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  • Jó
  • Tradução do Novo Mundo da Bíblia Sagrada
Tradução do Novo Mundo da Bíblia Sagrada
Jó

JÓ

1 Na terra de Uz, havia um homem chamado Jó.*+ Ele era íntegro* e justo,+ temia a Deus e rejeitava o que era mau.+ 2 Ele se tornou pai de sete filhos e três filhas. 3 Seus rebanhos eram de 7.000 ovelhas, 3.000 camelos, 1.000 bois* e 500 jumentas; ele também tinha um grande número de servos. Assim, ele se tornou o maior de todos os orientais.

4 Seus filhos costumavam realizar um banquete, cada um em sua própria casa, no seu dia designado,* e convidavam suas três irmãs para comer e beber com eles. 5 Depois que terminava o ciclo dos dias de banquete, Jó os chamava para santificá-los. Então ele se levantava de manhã cedo e oferecia sacrifícios queimados+ em favor de cada um deles, pois Jó dizia: “Talvez meus filhos tenham pecado e amaldiçoado a Deus no coração.” Jó sempre fazia assim.+

6 Chegou o dia em que os filhos do verdadeiro Deus*+ foram apresentar-se perante Jeová,+ e Satanás+ também foi no meio deles.+

7 Então Jeová perguntou a Satanás: “De onde você veio?” Satanás respondeu a Jeová: “De percorrer a terra e de andar por ela.”+ 8 E Jeová disse a Satanás: “Você observou o* meu servo Jó? Não há ninguém igual a ele na terra. Ele é um homem íntegro* e justo,+ que teme a Deus e rejeita o que é mau.” 9 Então Satanás respondeu a Jeová: “Será que é por nada que Jó teme a Deus?+ 10 Não puseste uma cerca de proteção em volta dele,+ da sua casa e de tudo o que ele tem? Tu abençoaste o trabalho das suas mãos,+ e os rebanhos dele se espalham pela terra. 11 Mas agora, levanta a mão e atinge tudo o que ele tem, e com certeza ele te amaldiçoará na tua própria face.” 12 Então Jeová disse a Satanás: “Pois bem, tudo o que ele tem está nas suas mãos.* Mas não estenda a mão contra ele mesmo!” De modo que Satanás se retirou da presença* de Jeová.+

13 Então, no dia em que os filhos e as filhas de Jó estavam comendo e bebendo vinho na casa do irmão mais velho,+ 14 chegou um mensageiro e disse a Jó: “Os bois estavam arando, e as jumentas estavam pastando ao lado deles, 15 quando os sabeus atacaram e os levaram embora; eles também mataram os servos à espada. Eu fui o único que escapou para lhe contar isso.”

16 Enquanto ele ainda estava falando, chegou outro e disse: “Caiu dos céus um fogo da parte de Deus* e queimou as ovelhas e os servos, consumindo-os. Eu fui o único que escapou para lhe contar isso.”

17 Enquanto esse ainda estava falando, chegou outro e disse: “Os caldeus+ formaram três bandos, atacaram os camelos e os levaram embora; eles também mataram os servos à espada. Eu fui o único que escapou para lhe contar isso.”

18 Enquanto este ainda estava falando, chegou mais um e disse: “Seus filhos e suas filhas estavam comendo e bebendo vinho na casa do irmão mais velho. 19 De repente, veio um forte vento do deserto e atingiu os quatro cantos da casa, de modo que ela caiu sobre os jovens e eles morreram. Eu fui o único que escapou para lhe contar isso.”

20 Então Jó se levantou, rasgou as suas roupas e raspou a cabeça; depois se lançou no chão e, curvando-se, 21 disse:

“Nu saí do ventre da minha mãe,

E nu voltarei.+

Jeová deu,+ e Jeová tirou.

Que o nome de Jeová continue a ser louvado.”

22 Em tudo isso, Jó não pecou nem acusou Deus de fazer algo errado.*

2 Depois disso, chegou o dia em que os filhos do verdadeiro Deus*+ foram apresentar-se perante Jeová,+ e Satanás também foi no meio deles para apresentar-se perante Jeová.+

2 Então Jeová perguntou a Satanás: “De onde você veio?” Satanás respondeu a Jeová: “De percorrer a terra e de andar por ela.”+ 3 E Jeová disse a Satanás: “Você observou o* meu servo Jó? Não há ninguém igual a ele na terra. Ele é um homem íntegro* e justo,+ que teme a Deus e rejeita o que é mau. Ele ainda se apega à sua integridade,+ embora você tente me colocar contra ele+ para o destruir* sem nenhum motivo.” 4 Mas Satanás disse a Jeová: “Pele por pele. O homem dará tudo o que tem pela sua vida.* 5 Mas agora, levanta a mão e atinge seus ossos e sua carne, e com certeza ele te amaldiçoará na tua própria face.”+

6 Então Jeová disse a Satanás: “Pois bem, ele está nas suas mãos.* Mas não tire a vida* dele!” 7 De modo que Satanás se retirou da presença* de Jeová e atingiu Jó com furúnculos dolorosos,*+ desde a sola dos pés até o alto da cabeça. 8 E Jó pegou um caco para se raspar e ficou sentado entre as cinzas.+

9 Por fim, sua esposa lhe disse: “Você ainda se apega à sua integridade? Amaldiçoe a Deus e morra!” 10 Mas ele lhe respondeu: “Você está falando como uma mulher insensata. Devemos aceitar apenas o que é bom da parte do verdadeiro Deus e não aceitar também o que é mau?”+ Em tudo isso, Jó não pecou com os seus lábios.+

11 Três amigos* de Jó — Elifaz,+ o temanita, Bildade,+ o suíta,+ e Zofar,+ o naamatita — ficaram sabendo de todas as desgraças que lhe tinham acontecido e vieram, cada um do seu lugar. Eles combinaram encontrar-se para ir mostrar solidariedade a Jó e consolá-lo. 12 Quando o viram de longe, não o reconheceram. Começaram a chorar alto e a rasgar as suas roupas, e jogaram pó para cima e sobre as suas cabeças.+ 13 Então se sentaram com ele no chão por sete dias e sete noites. Ninguém lhe disse uma palavra, pois viram que a sua dor era muito grande.+

3 Foi depois disso que Jó começou a falar e a amaldiçoar o dia em que nasceu.*+ 2 Jó disse:

 3 “Desapareça o dia em que nasci,+

Também a noite em que disseram: ‘Foi concebido um homem!’

 4 Que aquele dia seja escuridão.

Que Deus, lá de cima, não se importe com ele;

Que nenhuma luz brilhe sobre ele.

 5 Que a mais profunda escuridão o reclame* para si.

Que uma nuvem de chuva pare sobre ele;

Que as coisas que escurecem o dia o apavorem.

 6 Quanto àquela noite, que as trevas se apoderem dela;+

Que ela não se alegre entre os dias do ano,

E que nem seja incluída no número dos meses.

 7 Sim, que aquela noite se torne estéril,

E nenhum grito de alegria seja ouvido nela.

 8 Que aqueles que amaldiçoam o dia a amaldiçoem,

Aqueles que podem despertar o Leviatã.*+

 9 Que as estrelas da sua madrugada escureçam;

Que ela espere em vão pela luz do dia,

E que aquela noite não veja os raios do amanhecer.

10 Pois ela não fechou as portas do ventre da minha mãe,+

Nem escondeu dos meus olhos a desgraça.

11 Por que não morri ao nascer?

Por que não pereci quando saí do ventre?+

12 Por que houve colo para me acolher

E peitos para me amamentar?

13 Pois agora eu estaria deitado tranquilo;+

Estaria dormindo e descansando+

14 Com reis da terra e seus conselheiros,

Que construíram para si lugares que agora estão em ruínas,*

15 Ou com príncipes que tinham ouro,

Cujas casas estavam cheias de prata.

16 Ou por que não me tornei como um aborto que passou despercebido,

Como crianças que nunca viram a luz?

17 Na morte, termina até a agitação dos maus;

Ali descansam os que estão exaustos.+

18 Ali os prisioneiros estão juntos em paz;

Não ouvem a voz de ninguém os obrigando a trabalhar.

19 Ali o pequeno e o grande são iguais,+

E o escravo está livre do seu senhor.

20 Por que Ele dá luz a quem está sofrendo

E vida aos que estão amargurados?*+

21 Por que eles anseiam pela morte, mas ela não vem?+

Procuram por ela mais do que por tesouros escondidos.

22 Eles se alegram muito,

Ficam felizes quando acham a sepultura.

23 Por que Ele dá luz a um homem que não encontra o seu caminho,

Visto que Deus o cercou de todos os lados?+

24 Pois em vez de comer eu suspiro,+

E meus gemidos+ se derramam como água.

25 Pois o que me apavorava me atingiu,

E o que eu temia me aconteceu.

26 Não tenho paz, nem sossego, nem descanso;

As dificuldades não param de vir.”

4 Então Elifaz,+ o temanita, disse em resposta:

 2 “Se alguém tentar lhe falar, você ficará impaciente?

Pois quem é que pode ficar calado?

 3 Sim, você corrigia a muitos,

E fortalecia as mãos fracas.

 4 Suas palavras levantavam quem tropeçava,

E você firmava os joelhos vacilantes.

 5 Mas agora que isso lhe acontece, você se deixa abater;*

Isso o afeta, e você fica desanimado.

 6 Seu temor de Deus não lhe dá confiança?

Seu caminho de integridade não lhe dá esperança?+

 7 Por acaso você se lembra de algum inocente que tenha perecido?

Quando é que os justos foram destruídos?

 8 Tenho visto que os que aram campos de maldade*

E os que semeiam desgraça também as colhem.

 9 Morrem pelo sopro de Deus

E chegam ao seu fim numa rajada da Sua ira.

10 O leão ruge, e o leão novo rosna,

Mas até mesmo os dentes de leões fortes* são quebrados.

11 O leão morre por falta de presa,

E os filhotes do leão são espalhados.

12 Ora, uma palavra me foi falada em segredo,

E um sussurro chegou ao meu ouvido.

13 Em pensamentos perturbadores durante as visões da noite,

Quando um sono profundo cai sobre os homens,

14 Um terrível tremor tomou conta de mim,

Enchendo de pavor todos os meus ossos.

15 Um espírito passou pelo meu rosto;

Os pelos do meu corpo* ficaram arrepiados.

16 Então ele parou,

Mas não reconheci seu aspecto.

Havia um vulto diante dos meus olhos;

Houve um silêncio, e então ouvi uma voz:

17 ‘Será que o homem mortal pode ser mais justo do que Deus?

Será que o homem pode ser mais puro do que Aquele que o fez?’

18 Ele não confia nos seus servos,

E encontra defeito nos seus anjos.*

19 Quanto mais nos que moram em casas de barro,

Cujo alicerce está no pó,+

Que são esmagados tão facilmente quanto uma traça!

20 São completamente esmagados do dia para a noite.

Desaparecem para sempre, e ninguém percebe.

21 Não são como uma tenda cuja corda é arrancada?

Eles morrem sem sabedoria.

5 “Clame! Será que alguém lhe responde?

A qual dos santos você recorrerá?

 2 Pois o ressentimento matará o tolo,

E a inveja fará o ingênuo morrer.

 3 Eu vi o tolo lançar raízes,

Mas de repente o lugar onde ele mora é amaldiçoado.

 4 Seus filhos estão longe de ter segurança,

E são esmagados junto ao portão da cidade,+ sem que ninguém os salve.

 5 Os famintos comem o que ele colhe,

Tirando-o até mesmo do meio dos espinhos;

E os bens dele são apanhados numa armadilha.

 6 Pois a aflição não surge do pó,

E a desgraça não brota do chão.

 7 O homem nasce para a desgraça,

Tão certo como faíscas voam para cima.

 8 Mas eu apelaria a Deus,

E a Deus apresentaria a minha causa,

 9 Aquele que faz coisas grandiosas e insondáveis,

Inúmeras coisas maravilhosas.

10 Ele dá chuva à terra

E envia águas sobre os campos.

11 Ele enaltece o humilde,

E exalta o desanimado à salvação.

12 Ele frustra as tramas dos astutos,

Para que os trabalhos das suas mãos não sejam bem-sucedidos.

13 Ele apanha os sábios na sua própria astúcia,+

De modo que os planos dos espertos são frustrados.

14 Eles se deparam com a escuridão durante o dia,

E andam tateando ao meio-dia como se fosse noite.

15 Ele salva da espada que trazem na boca,

E salva o pobre das mãos do forte,

16 De modo que há esperança para o humilde,

Mas a boca de injustiça é silenciada.

17 Feliz é o homem a quem Deus repreende;

Por isso, não rejeite a disciplina do Todo-Poderoso!

18 Pois ele causa dor, mas trata a ferida;

Ele despedaça, mas cura com as próprias mãos.

19 Ele salvará você de seis calamidades,

Nem mesmo a sétima o prejudicará.

20 Durante a fome ele o livrará da morte,

E, durante a guerra, do poder da espada.

21 Você será protegido contra o açoite da língua,+

E não terá medo da devastação quando ela vier.

22 Você rirá da destruição e da fome,

E não terá medo dos animais selvagens da terra.

23 Pois as pedras do campo não lhe causarão dano,*

E os animais selvagens viverão em paz com você.

24 Você saberá que a sua tenda está segura,*

E nada estará faltando quando examinar a sua pastagem.

25 Você se alegrará com muitos filhos,

E seus descendentes serão tão abundantes como a vegetação da terra.

26 Você ainda estará forte quando chegar à sepultura,

Como feixes de cereal que são ajuntados na época devida.

27 Isso é o que temos verificado, e as coisas são assim.

Escute e aceite isso.”

6 Então Jó disse em resposta:

 2 “Quem dera que se pudesse pesar toda a minha angústia,+

E que ela fosse colocada na balança junto com a minha calamidade!

 3 Pois agora ela é mais pesada do que a areia dos mares.

É por isso que as minhas palavras foram impensadas.*+

 4 Pois as flechas do Todo-Poderoso me traspassaram,

E meu espírito bebe o veneno delas;+

Os terrores da parte de Deus se enfileiram contra mim.

 5 Será que o jumento selvagem+ zurra quando ele tem relva,

Ou o touro muge quando ele tem forragem?

 6 Será que o alimento que não tem gosto é comido sem sal?

Será que a seiva da malva tem sabor?

 7 Eu me neguei* a tocar nessas coisas;

Elas são como alimento estragado.

 8 Quem dera que o meu pedido fosse atendido,

E que Deus concedesse o meu desejo!

 9 Que Deus estivesse disposto a me esmagar,

E que estendesse a mão e me eliminasse!+

10 Pois até mesmo isso me traria consolo;

Eu pularia de alegria apesar da incessante dor,

Pois não rejeitei as declarações Daquele que é santo.+

11 Será que tenho forças para continuar esperando?+

E o que o futuro me reserva, para que eu continue a viver?*

12 Será que sou forte como uma rocha?

Será que a minha carne é de cobre?

13 Será que de algum modo posso ajudar a mim mesmo,

Quando tudo que me apoiava foi tirado de mim?

14 Quem recusar o amor leal ao seu próximo+

Abandonará o temor do Todo-Poderoso.+

15 Meus próprios irmãos têm sido tão traiçoeiros+ como um rio temporário,

Como a água de rios* que secam no verão.

16 Eles ficam turvos por causa do gelo,

E neles a neve derretida se esconde.

17 Mas na devida estação ficam sem água e chegam ao fim;

Quando vem o calor, eles secam.

18 Seu curso é desviado;

Eles chegam ao deserto e desaparecem.

19 As caravanas de Tema+ procuram por eles;

Os viajantes de Sabá+ os esperam.*

20 Ficam envergonhados porque sua confiança foi em vão;

Chegam lá apenas para ficar decepcionados.

21 Pois isso é o que vocês se tornaram para mim;+

Vocês veem o terror da minha calamidade e ficam com medo.+

22 Será que eu disse: ‘Deem-me algo’,

Ou pedi que me dessem um presente da sua riqueza?

23 Será que pedi para ser resgatado das mãos de um inimigo

Ou para ser salvo* de opressores?

24 Instruam-me, e eu ficarei calado;+

Ajudem-me a entender o meu erro.

25 Ora, palavras sinceras não são dolorosas!+

Mas qual é o benefício da sua repreensão?+

26 Será que vocês estão tramando para corrigir as minhas palavras,

As declarações de um homem desesperado,+ que são levadas pelo vento?

27 Vocês também lançariam sortes sobre um órfão+

E venderiam* seu próprio amigo!+

28 Então agora voltem-se para mim e olhem,

Pois eu não mentirei diante de vocês.

29 Reconsiderem, por favor, não me julguem mal.

Sim, reconsiderem, pois a minha justiça ainda está intacta.

30 Há alguma injustiça na minha língua?

Será que o meu paladar não discerne que algo está errado?

7 “Não é a vida do homem mortal na terra como o trabalho obrigatório,

E não são os seus dias como os de um trabalhador contratado?+

 2 Como um escravo, ele anseia pela sombra,

E como um trabalhador contratado, ele espera por seu salário.+

 3 Assim, designaram-me meses de futilidade

E deram-me noites de aflição.+

 4 Ao deitar-me, eu me pergunto: ‘Quando me levantarei?’+

Mas, enquanto a noite se arrasta, eu me viro na cama até o raiar do dia.*

 5 Meu corpo está coberto* de vermes e de crostas de pó;+

Minha pele está cheia de feridas e de pus.+

 6 Meus dias passam mais rápido do que a lançadeira do tecelão,+

E se acabam sem esperança.+

 7 Lembra-te de que a minha vida é como o vento,+

De que os meus olhos nunca mais verão a felicidade.*

 8 Os olhos que me veem agora não me verão mais;

Teus olhos procurarão por mim, mas já não existirei.+

 9 Como a nuvem que se desfaz e desaparece,

Quem desce à Sepultura* não voltará.+

10 Não retornará mais à sua casa,

E o seu lugar não o conhecerá mais.+

11 Portanto, não ficarei calado.

Vou falar na angústia do meu espírito;

Vou me queixar na minha amargura.*+

12 Por acaso sou o mar ou um monstro marinho,

Para que coloques um vigia sobre mim?

13 Quando eu digo: ‘Meu leito me consolará;

Minha cama ajudará a aliviar meu sofrimento’,

14 Tu me aterrorizas com sonhos,

E me assustas com visões,

15 De modo que eu prefiro morrer sufocado,*

Sim, prefiro morrer, a viver com este corpo.*+

16 Detesto a minha vida,+ não quero mais viver.

Deixa-me em paz, pois os meus dias são como um sopro.+

17 O que é o homem mortal, para que te preocupes com ele

E fixes tua atenção* nele?+

18 Por que o examinas a cada manhã

E o provas a cada instante?+

19 Será que não desviarás o teu olhar de mim

E não me darás tempo nem mesmo para eu engolir a minha saliva?+

20 Se pequei, como eu poderia prejudicar a ti, o Observador da humanidade?+

Por que fizeste de mim o teu alvo?

Será que me tornei um fardo para ti?

21 Por que não perdoas a minha transgressão

E não deixas passar o meu erro?

Pois logo me deitarei no pó;+

Tu me procurarás e não mais existirei.”

8 Então Bildade,+ o suíta,+ disse em resposta:

 2 “Até quando você continuará falando assim?+

As palavras da sua boca não passam de uma forte rajada de vento!

 3 Será que Deus perverteria a justiça?

Será que o Todo-Poderoso perverteria a retidão?

 4 Se seus filhos pecaram contra ele,

Ele os deixou ser punidos por causa da rebeldia deles.*

 5 Mas, se você apenas recorresse a Deus+

E implorasse o favor do Todo-Poderoso,

 6 E, se você realmente fosse puro e justo,+

Ele daria atenção a você*

E lhe restauraria o lugar que é seu por direito.

 7 E, embora seu começo tenha sido pequeno,

Seu futuro seria grande.+

 8 Por favor, pergunte às gerações anteriores,

E preste atenção às coisas que os pais delas descobriram.+

 9 Pois nós só nascemos ontem e não sabemos nada,

Visto que os nossos dias na terra são como uma sombra.

10 Será que eles não o instruirão,

E não lhe dirão o que sabem?*

11 Por acaso o papiro cresce onde não há brejo?

Será que o junco fica grande sem que haja água?

12 Enquanto ainda estiver dando brotos, sem ser arrancado,

Ele secará antes de qualquer outra planta.

13 Esse é o fim* de todos os que se esquecem de Deus,

Pois a esperança do ímpio* acabará.

14 A confiança dele é em vão,

E a segurança dele é tão frágil como uma teia* de aranha.

15 Ele se apoiará na sua casa, mas ela não resistirá;

Ele tentará se agarrar a ela, mas ela não permanecerá.

16 Ele é como uma planta viçosa à luz do sol,

Seus ramos se espalham pelo jardim.+

17 Num monte de pedras, suas raízes se entrelaçam;

Ele procura uma casa entre as pedras.*

18 Mas, quando ele é arrancado* do seu lugar,

Esse lugar não o reconhece, e diz: ‘Nunca o vi.’+

19 De fato, é assim que ele desaparecerá;*+

Então outros surgirão do pó.

20 Com certeza, Deus não rejeitará os que mantêm a integridade,*

Nem apoiará os* que são maus.

21 Quanto a você, ele ainda encherá sua boca de riso,

E seus lábios de gritos de alegria.

22 Os que o odeiam serão cobertos de vergonha,

E a tenda dos maus não existirá mais.”

9 Jó disse em resposta:

 2 “De fato, sei que é assim.

Mas como o homem mortal pode ter razão numa causa contra Deus?+

 3 Se alguém quisesse argumentar com Ele,*+

Não conseguiria responder nem sequer uma de mil perguntas que Ele fizesse.

 4 Ele tem coração sábio e grande poder.+

Quem pode se opor a ele e sair ileso?+

 5 Ele desloca* montanhas sem que ninguém saiba;

Ele as destrói na sua ira.

 6 Faz a terra tremer e sair do seu lugar,

De modo que as suas colunas estremecem.+

 7 Ele ordena ao sol que não brilhe,

E bloqueia a luz das estrelas;+

 8 Estende sozinho os céus,+

E pisa nas ondas altas do mar.+

 9 Ele fez as constelações de Ás,* de Quesil* e de Quima,*+

E as constelações do sul.*

10 Faz coisas grandiosas e insondáveis,+

Coisas maravilhosas que não podem ser enumeradas.+

11 Ele passa por mim, e não consigo vê-lo;

Passa perto de mim, mas eu não percebo.

12 Quando ele se apodera de algo, quem pode impedi-lo?

Quem pode dizer a ele: ‘O que estás fazendo?’+

13 Deus não refreia a sua ira;+

Até os ajudantes de Raabe*+ se curvam diante dele.

14 Quanto mais se eu lhe respondesse;

Teria de escolher cuidadosamente minhas palavras para argumentar com ele!

15 Mesmo que eu tivesse razão, não lhe responderia,+

Eu só poderia implorar misericórdia ao meu juiz.*

16 Se eu clamar a ele, será que me responderá?

Não acredito que ele escutará a minha voz,

17 Pois ele me esmaga com uma tempestade

E multiplica os meus ferimentos sem nenhum motivo.+

18 Ele não me deixa tomar fôlego,

E me enche de coisas amargas.

19 Se for uma questão de poder, Ele é o poderoso.+

Se for uma questão de justiça, ele diz: ‘Quem pode me chamar para prestar contas?’*

20 Se eu tivesse razão, minha própria boca me condenaria;

Mesmo que eu mantenha a integridade,* ele me declarará culpado.*

21 Mesmo que eu mantenha a integridade,* não sei o que acontecerá comigo;*

Eu rejeito* esta minha vida.

22 Não há diferença. É por isso que eu digo:

‘Ele destrói tanto os inocentes* como os maus.’

23 Se uma enxurrada causasse a morte repentina,

Ele zombaria do desespero dos inocentes.

24 A terra foi entregue aos maus;+

Ele fecha os olhos* dos juízes.

Se não é ele, então quem é?

25 Agora meus dias são mais velozes do que um corredor;+

Eles fogem sem ver o que é bom.

26 Deslizam como barcos de junco,

Como águias que mergulham sobre a presa.

27 Se eu dissesse: ‘Vou esquecer a minha queixa,

Vou mudar o meu semblante e ficar animado’,

28 Eu ainda ficaria com medo por causa de todas as minhas dores,+

E sei que não me considerarias inocente.

29 Eu seria considerado culpado.*

Então por que lutar em vão?+

30 Se eu me lavasse na água de neve derretida,

E purificasse minhas mãos com barrela,*+

31 Tu me mergulharias numa poça de lama,

De modo que até minhas roupas me detestariam.

32 Pois ele não é homem como eu para que eu possa lhe responder,

Ou para nos confrontarmos em juízo.+

33 Não há ninguém para decidir* entre nós,

Que possa servir como nosso juiz.*

34 Se ele parasse de bater em mim,*

E não deixasse que o seu terror me apavorasse,+

35 Eu falaria com ele sem ter medo,

Pois não é da minha índole falar com medo.

10 “Eu detesto* a minha vida!+

Vou desabafar as minhas queixas.

Vou falar na minha amargura.*

 2 Direi a Deus: ‘Não me declares culpado.

Diz-me por que me condenas.

 3 Tens alguma vantagem em oprimir,

Em desprezar o trabalho das tuas mãos,+

Enquanto favoreces os conselhos dos maus?

 4 Por acaso tens olhos humanos,*

Ou vês assim como o homem mortal vê?

 5 Será que os teus dias são como os dias dos mortais,

Ou será que os teus anos são como os de um homem,+

 6 Para que tentes encontrar o meu erro

E continues a procurar o meu pecado?+

 7 Sabes que não sou culpado+

E que ninguém pode me salvar das tuas mãos.+

 8 Tuas próprias mãos me modelaram e me fizeram,+

Mas agora queres me destruir completamente.

 9 Lembra-te, por favor, de que me fizeste do barro,+

Mas agora tu me fazes voltar ao pó.+

10 Não me derramaste como leite

E me coalhaste como queijo?

11 Tu me vestiste de pele e carne,

E me teceste com ossos e tendões.+

12 Tu me deste vida e me demonstraste amor leal,

E com teu cuidado guardaste o meu espírito.*+

13 Mas secretamente quiseste fazer estas coisas.*

Sei que estas coisas vêm de ti.

14 Se eu pecasse, tu me observarias,+

E não perdoarias o meu erro.

15 Se sou culpado, ai de mim!

E mesmo que eu seja inocente, não posso levantar a cabeça,+

Pois estou cheio de desonra e aflição.+

16 Se eu levanto a cabeça, tu me caças como um leão+

E novamente mostras teu poder contra mim.

17 Trazes novas testemunhas contra mim

E ficas mais irado comigo,

Ao passo que me sobrevém uma dificuldade após outra.

18 Portanto, por que me fizeste sair do ventre?+

Eu deveria ter morrido antes que algum olho me visse.

19 Seria como se eu nunca tivesse existido;

Eu teria sido levado direto do ventre para a sepultura.’

20 Não são poucos os meus dias?+ Que ele me deixe em paz,

Que desvie seus olhos de mim, para que eu tenha um pouco de alívio*+

21 Antes de ir embora, e não voltar mais,+

Para a terra de densas trevas,*+

22 Para a terra de completa escuridão,

Uma terra de sombras tenebrosas e desordem,

Onde até a luz é como a escuridão.”

11 Zofar,+ o naamatita, disse em resposta:

 2 “Será que todas essas palavras ficarão sem resposta,

Ou será que muita conversa faz alguém ter razão?*

 3 Por acaso sua conversa vã calará as pessoas?

Ninguém o censurará por sua zombaria?+

 4 Pois você diz: ‘O que eu ensino é puro,+

E sou limpo aos teus olhos.’+

 5 Mas quem dera que Deus falasse

E abrisse os lábios para você!+

 6 Então ele lhe revelaria os segredos da sabedoria,

Pois a sabedoria prática tem muitas facetas.

E você entenderia que Deus esquece alguns dos seus erros.

 7 Por acaso você pode descobrir as coisas profundas de Deus

Ou descobrir tudo sobre o* Todo-Poderoso?

 8 Ela* é mais alta do que o céu. O que você pode fazer?

Ela é mais profunda do que a Sepultura.* O que você pode saber?

 9 É mais extensa do que a terra

E mais ampla do que o mar.

10 Se ele vem para prender alguém e convoca um tribunal,

Quem pode impedi-lo?

11 Pois ele sabe quando os homens são falsos.

Quando vê a maldade, será que não presta atenção?

12 Mas um homem tolo entenderá

Somente quando um jumento selvagem der à luz um homem.*

13 Se você apenas preparasse o coração

E estendesse as mãos para ele!

14 Afaste das suas mãos o que estiver fazendo de errado,

E não deixe nenhuma injustiça morar nas suas tendas,

15 Então você poderá erguer a cabeça sem se envergonhar;

Poderá manter-se firme, sem ter medo.

16 Pois então você se esquecerá da sua desgraça,

Você se lembrará dela como se fossem águas passadas.

17 Sua vida se tornará mais clara do que o meio-dia;

Até mesmo a escuridão será como a manhã.

18 Você estará confiante porque há esperança,

Olhará em volta e se deitará em segurança.

19 Você se deitará sem que ninguém o faça ter medo,

E muitos procurarão ganhar o seu favor.

20 Mas os olhos dos maus falharão;

Eles não encontrarão nenhum lugar para onde fugir,

E a única esperança deles será a morte.”*+

12 Então Jó disse em resposta:

 2 “Com certeza, vocês são os que sabem tudo,*

E a sabedoria morrerá com vocês!

 3 Mas eu também tenho entendimento.*

Não sou inferior a vocês.

Quem não sabe essas coisas?

 4 Eu me tornei motivo de riso para meus amigos,+

Alguém que invoca a Deus em busca de uma resposta.+

Um homem justo e irrepreensível é motivo de riso.

 5 A pessoa despreocupada despreza a calamidade,

Achando que ela sobrevém apenas àqueles cujos pés estão vacilantes.*

 6 As tendas dos ladrões estão em paz,+

E os que provocam a Deus estão em segurança,+

Os que têm o seu deus nas mãos.

 7 No entanto, pergunte aos animais, por favor, e eles o ensinarão;

Também às aves dos céus, e elas o informarão.

 8 Ou observe* a terra, e ela o ensinará;

E os peixes do mar lhe contarão.

 9 Quem dentre todos eles não sabe

Que foi a mão de Jeová que fez isso?

10 Ele tem nas mãos a vida de todos os seres vivos*

E o espírito* de todos os humanos.*+

11 Não prova o ouvido as palavras,

Assim como a língua* saboreia a comida?+

12 Não é a sabedoria encontrada entre os idosos,+

E a vida longa, não traz entendimento?

13 Com ele há sabedoria e poder;+

A ele pertencem o conselho e o entendimento.+

14 Quando ele derruba alguma coisa, ela não pode ser reconstruída;+

O que ele fecha nenhum homem pode abrir.

15 Quando ele retém as águas, tudo se seca;+

Quando ele as envia, elas inundam a terra.+

16 Com ele há força e sabedoria prática;+

Em suas mãos estão quem se desvia e quem desvia outros;

17 Ele faz os conselheiros andar descalços,*

E faz os juízes de tolos.+

18 Solta as correntes impostas por reis,+

E prende uma corda na cintura deles.

19 Faz os sacerdotes andar descalços,+

E derruba os que estão firmemente estabelecidos no poder;+

20 Ele silencia os conselheiros de confiança

E tira a sensatez de homens idosos;*

21 Derrama desprezo sobre os nobres,+

E faz os poderosos ficar fracos;*

22 Ele revela coisas profundas da escuridão,+

E faz a luz brilhar sobre densas trevas;

23 Faz nações se tornarem poderosas, para destruí-las;

Faz nações crescerem, para levá-las ao exílio;

24 Tira o entendimento* dos líderes do povo

E os faz vaguear por desertos sem caminho.+

25 Eles andam tateando na escuridão,+ onde não há luz;

Ele os faz vaguear como bêbados.+

13 “Sim, meus olhos viram tudo isso,

Meus ouvidos ouviram e entenderam.

 2 O que vocês sabem, eu também sei;

Não sou inferior a vocês.

 3 No entanto, eu prefiro falar com o próprio Todo-Poderoso;

Desejo defender minha causa perante Deus.+

 4 Mas vocês me difamam com mentiras;

Todos vocês são médicos que nada valem.+

 5 Quem dera que ficassem calados,

Isso seria sabedoria da sua parte.+

 6 Por favor, escutem meus argumentos,

E prestem atenção à defesa dos meus lábios.

 7 Será que vocês falarão injustamente a favor de Deus,

E falarão falsidades em benefício dele?

 8 Vocês tomarão o lado* dele,

Tentarão defender a causa do verdadeiro Deus?

 9 O que seria de vocês se ele os examinasse?+

Será que o enganariam, assim como fariam com um homem mortal?

10 Com certeza ele os repreenderá,

Se tentarem secretamente mostrar favoritismo.+

11 Será que a glória dele não os amedrontará,

E o pavor dele não virá sobre vocês?

12 Suas declarações sábias* são provérbios de cinzas;

Suas defesas* são tão frágeis como barro.

13 Calem-se, para que eu fale,

Então aconteça comigo o que acontecer!

14 Por que me coloco em perigo*

E ponho minha vida* em minhas mãos?

15 Embora ele possa me matar, eu ainda esperarei;+

Defenderei minha causa* perante ele.*

16 Então ele se tornará minha salvação,+

Pois nenhum ímpio* pode comparecer perante ele.+

17 Escutem atentamente a minha palavra;

Prestem atenção à minha declaração.

18 Vejam, eu me preparei para defender minha causa;

Sei que tenho razão.

19 Quem discutirá comigo?

Eu morreria se ficasse calado!*

20 Apenas conceda-me duas coisas, ó Deus,*

Para que eu não me esconda de ti:

21 Afasta a tua mão pesada de mim,

E que o medo de ti não me apavore.+

22 Chama, e eu responderei,

Ou deixa-me falar, e responde-me.

23 Quais são os meus erros e pecados?

Mostra-me a minha transgressão e o meu pecado.

24 Por que escondes a tua face+

E me consideras teu inimigo?+

25 Tentarás assustar uma folha levada pelo vento

Ou perseguirás uma palha seca?

26 Pois continuas a registrar acusações amargas contra mim,

E me fazes responder pelos pecados da minha juventude.

27 Colocas meus pés no tronco,

Inspecionas todos os meus caminhos,

E examinas cada uma das minhas pegadas.

28 Então o homem* se consome como algo podre,

Como uma roupa comida por traças.

14 “O homem, nascido de mulher,

Tem vida curta+ e está cheio de preocupação.*+

 2 Ele brota como uma flor, e então murcha;*+

Ele passa como uma sombra e desaparece.+

 3 Tu fixas nele o teu olhar,

E o* levas a julgamento contra ti.+

 4 Quem pode produzir alguém puro de alguém impuro?+

Ninguém pode!

 5 Se os dias dele estão determinados,

O número dos seus meses está sob o teu controle.

Fixaste para ele um limite que ele não pode ultrapassar.+

 6 Desvia dele o teu olhar, para que ele descanse,

Até que ele cumpra o seu dia,+ assim como um trabalhador contratado.

 7 Pois até mesmo para uma árvore há esperança.

Se ela for cortada, brotará novamente

E seus raminhos continuarão a crescer.

 8 Caso sua raiz envelheça na terra

E seu toco morra no solo,

 9 Ao cheiro da água brotará,

E produzirá ramos, como se fosse uma planta nova.

10 Mas o homem morre e não pode fazer nada;

Quando um humano dá o último suspiro, para onde ele vai?+

11 As águas desaparecem do mar,

E o rio escoa e seca.

12 Assim também o homem se deita e não se levanta.+

Não acordará até que não exista mais céu,

Nem será despertado do seu sono.+

13 Quem dera que me escondesses na Sepultura,*+

Que me ocultasses até a tua ira passar,

Que estabelecesses um tempo e então te lembrasses de mim!+

14 Quando um homem morre, pode ele viver novamente?+

Esperarei todos os dias do meu serviço obrigatório,

Até vir o meu livramento.*+

15 Tu chamarás, e eu te responderei.+

Terás saudades do* trabalho das tuas mãos.

16 Mas agora, estás contando cada um dos meus passos;

Procuras apenas o meu pecado.

17 Minha transgressão está numa bolsa selada,

E selas meu erro com cola.

18 Assim como uma montanha desmorona e se desintegra,

E uma rocha sai do lugar,

19 Assim como a água desgasta as pedras

E suas torrentes levam embora o solo,

Da mesma maneira tu destróis a esperança do homem mortal.

20 Tu prevaleces sobre ele até ele morrer;+

Mudas a aparência dele e o mandas embora.

21 Seus filhos são honrados, mas ele não sabe disso;

Tornam-se insignificantes, mas ele não percebe.+

22 Ele só sente a dor do seu próprio corpo;*

Ele* só chora enquanto está vivo.”

15 E Elifaz,+ o temanita, disse em resposta:

 2 “Será que uma pessoa sábia responderia com argumentos vazios,*

Ou encheria seu ventre com o vento leste?

 3 Argumentar com meras palavras é inútil,

E só falar não traz nenhum benefício.

 4 Pois você enfraquece o temor de Deus

E menospreza a devoção a Deus.

 5 Pois o seu pecado determina o que você fala,*

E você escolhe palavras astutas.

 6 Sua própria boca o condena, não eu;

Seus próprios lábios testemunham contra você.+

 7 Será que você foi o primeiro homem a nascer,

Ou foi dado à luz antes das colinas?

 8 Por acaso você escuta a conversa confidencial de Deus,

Ou é só você que tem sabedoria?

 9 O que você sabe que nós não sabemos?+

O que você entende que nós não entendemos?

10 Entre nós estão os de cabelos brancos e idosos,+

Homens muito mais velhos do que o seu pai.

11 Não lhe são suficientes o consolo de Deus,

Ou as ternas palavras faladas a você?

12 Por que o seu coração o deixa tão presunçoso,

E por que os seus olhos demonstram ira?

13 Pois você fica furioso com* o próprio Deus,

E deixa sair palavras como essas da sua boca.

14 Como o homem mortal pode ser puro?

Ou como alguém que nasceu de uma mulher pode ser justo?+

15 Veja! Ele não confia nos seus santos,*

E nem mesmo os céus são puros aos seus olhos.+

16 Quanto menos alguém que é detestável e corrupto,+

Um homem que bebe injustiça como água!

17 Vou lhe dizer algo; escute-me!

Vou relatar o que observei,

18 O que os sábios transmitiram, conforme receberam dos seus pais,+

Coisas que eles não escondem.

19 A terra foi dada apenas a eles,

E entre eles nenhum estrangeiro passou.

20 Quem é mau é atormentado todos os dias,

Durante todos os anos reservados para o tirano.

21 Sons assustadores estão nos seus ouvidos;+

Em tempos de paz, saqueadores o atacam.

22 Ele não acredita que escapará da escuridão;+

Está destinado à espada.

23 Ele vagueia em busca de alimento,* e diz: ‘Onde está?’

Ele sabe muito bem que o dia da escuridão está próximo.

24 Aflição e angústia o apavoram,

Vêm contra ele como um rei pronto para atacar.

25 Pois ele levanta a mão contra o próprio Deus

E tenta desafiar* o Todo-Poderoso;

26 Corre contra Ele obstinadamente,

Com seu escudo grosso e resistente;*

27 Seu rosto está coberto de gordura,

E seus quadris acumulam gordura.

28 Ele mora em cidades que serão destruídas,

Em casas onde ninguém morará,

Que se tornarão um monte de pedras.

29 Ele não enriquecerá, e seus bens não se acumularão,

Nem suas posses se espalharão pela terra.

30 Não escapará da escuridão;

Uma chama ressecará seu ramo novo,*

E pelo sopro da boca de Deus* ele desaparecerá.+

31 Ele não deve se desviar nem confiar no que é inútil,

Pois o que é inútil é o que ele receberá em troca;

32 Isso acontecerá antes de chegar o seu dia,

E seus ramos nunca florescerão.+

33 Ele será como uma videira cujas uvas verdes caem,

E como uma oliveira que perde as suas flores.

34 Pois o grupo dos ímpios* é estéril,+

E o fogo consumirá as tendas onde há suborno.

35 Eles concebem desgraça e dão à luz o que é mau,

E seu ventre produz engano.”

16 Jó disse em resposta:

 2 “Já ouvi muitas coisas como essas.

Em vez de darem consolo, vocês afligem ainda mais!+

 3 Será que essas palavras vazias* não terão fim?

O que leva você a falar assim?

 4 Eu também poderia falar como vocês.

Se estivessem no meu lugar,*

Eu poderia fazer belos discursos contra vocês

E balançar a cabeça contra vocês.+

 5 Mas, em vez de fazer isso, eu os fortaleceria com as palavras da minha boca,

E o consolo dos meus lábios traria alívio.+

 6 Se eu falo, minha dor não alivia,+

E, se paro de falar, até que ponto minha dor diminui?

 7 Mas agora ele me fez ficar exausto;+

Destruiu todos os da minha casa.*

 8 Além disso, tu me agarras, e isso dá testemunho contra mim,

E minha própria magreza se levanta e testemunha contra mim.

 9 A ira dele me dilacerou, e ele tem rancor de mim.+

Contra mim, ele range os dentes.

Meu adversário me traspassa com os olhos.+

10 Eles abrem bem a boca para me devorar+

E me dão bofetadas com desprezo;

Unem-se contra mim em grandes números.+

11 Deus me entrega a garotos,

E me lança nas mãos dos maus.+

12 Eu estava tranquilo, mas ele me despedaçou;+

Ele me agarrou pela nuca e me esmagou,

E fez de mim o seu alvo.

13 Seus arqueiros me cercam;+

Ele traspassa meus rins+ e não tem compaixão,

Derrama a minha bílis na terra.

14 Ele avança contra mim abrindo brechas;

Corre contra mim como um guerreiro.

15 Costurei pano de saco para cobrir minha pele,+

E enterrei minha dignidade* no pó.+

16 Meu rosto está vermelho de tanto chorar,+

E há escuridão* em volta dos meus olhos.

17 No entanto, não há violência nas minhas mãos,

E minha oração é pura.

18 Ó terra, não cubra o meu sangue!+

E que não haja nenhum lugar de descanso para o meu clamor!

19 Agora mesmo minha testemunha está nos céus;

Aquele que pode testemunhar a meu favor está nas alturas.

20 Meus amigos zombam de mim,+

Enquanto meus olhos derramam lágrimas* para Deus.+

21 Que alguém julgue entre um homem e Deus,

Assim como acontece entre um homem e seu próximo.+

22 Pois os anos que restam são poucos,

E irei embora pelo caminho que não tem volta.+

17 “Meu espírito está quebrantado, meus dias se apagam;

A sepultura me aguarda.+

 2 Zombadores me cercam,+

E meus olhos são obrigados a observar o* seu comportamento rebelde.

 3 Por favor, aceita a minha garantia e guarda-a junto de ti.

Quem mais apertaria a minha mão e agiria como fiador em meu benefício?+

 4 Pois fechaste a mente deles ao discernimento;+

É por isso que não os exaltas.

 5 Há quem se dispõe a compartilhar algo com os amigos,

Enquanto os olhos dos seus filhos falham.

 6 Ele* faz de mim um motivo de zombaria* entre os povos,+

De modo que cospem no meu rosto.+

 7 Meus olhos enfraqueceram devido à angústia,+

E meus membros não passam de uma sombra.

 8 Os que são retos ficam espantados ao verem isso,

E o inocente fica perturbado por causa do ímpio.*

 9 Mas o justo se agarra ao seu caminho,+

E quem tem mãos puras se torna cada vez mais forte.+

10 No entanto, vocês podem voltar a argumentar,

Pois não achei nenhum sábio entre vocês.+

11 Meus dias chegaram ao fim;+

Meus planos, os desejos do meu coração, foram desfeitos.+

12 Eles transformam a noite em dia,

Dizendo: ‘A luz deve estar perto, porque está escuro.’

13 Se eu esperar, a Sepultura* será a minha casa;+

Estenderei minha cama na escuridão.+

14 Direi à cova:*+ ‘Você é meu pai!’

E às larvas: ‘Minha mãe e minha irmã!’

15 Então, onde está a minha esperança?+

Será que alguém vê esperança para mim?

16 Ela* descerá aos portões trancados da Sepultura,*

Quando juntos descermos ao pó.”+

18 Bildade,+ o suíta, disse em resposta:

 2 “Até quando você vai continuar falando essas coisas?

Mostre algum entendimento, e depois conversamos.

 3 Por que devíamos ser vistos como animais+

E considerados tolos* aos seus olhos?

 4 Mesmo que você se dilacere* na sua ira,

Será que a terra vai ser abandonada por sua causa,

Ou as rochas vão mudar de lugar?

 5 A luz de quem é mau será apagada,

E a chama do seu fogo deixará de brilhar.+

 6 A luz na sua tenda certamente escurecerá,

E a lâmpada acima dele será apagada.

 7 Seus passos vigorosos são encurtados,

E seus próprios planos o farão cair.+

 8 Pois os seus pés o levarão a uma rede de caça,

Ele vagueará e cairá nas suas malhas.

 9 Uma armadilha o prenderá pelo calcanhar;

Um laço o apanhará.+

10 Há uma corda escondida para ele no chão,

E há uma armadilha no seu caminho.

11 Terrores o assustam por todos os lados+

E o perseguem em cada passo.

12 Sua força diminui,

E a desgraça+ o fará cambalear.*

13 Sua pele é consumida;

A doença mais mortífera* devora os seus membros.

14 Ele é arrancado da segurança da sua tenda+

E conduzido ao rei dos terrores.*

15 Estranhos morarão* na sua tenda;

Enxofre será espalhado pela sua casa.+

16 Suas raízes se secarão embaixo dele,

E, em cima, seus ramos murcharão.

17 A lembrança dele desaparecerá da terra,

E seu nome será desconhecido* nas ruas.

18 Ele será expulso da luz para a escuridão

E será banido da terra produtiva.

19 Não terá filhos nem descendentes entre o seu povo,

E não lhe restará sobrevivente no lugar onde ele vive.*

20 Quando chegar o seu dia, o povo do Ocidente ficará chocado,

E o povo do Oriente ficará horrorizado.

21 Isso é o que acontece com as tendas do malfeitor

E com o lugar de quem não conhece a Deus.”

19 Jó disse em resposta:

 2 “Até quando vocês ficarão me irritando,*+

Esmagando-me com palavras?+

 3 Vocês já me repreenderam* dez vezes

E não se envergonham de me tratar de modo duro.+

 4 E, se eu realmente cometi um erro,

Meu erro só interessa a mim.

 5 Se vocês insistem em me tratar com arrogância,

Dizendo que a minha humilhação é merecida,

 6 Saibam que foi Deus que me enganou,

E me apanhou com a sua rede de caça.

 7 Ouçam! Eu clamo: ‘Sofro violência!’ mas não obtenho resposta;+

Estou clamando por ajuda, mas não há justiça.+

 8 Ele bloqueia o meu caminho com um muro de pedras, e não posso passar;

Ele cobriu as minhas veredas com escuridão.+

 9 Ele me despiu da minha glória

E tirou a coroa da minha cabeça.

10 Ele me quebra de todos os lados, até eu perecer;

Arranca minha esperança como se faz com uma árvore.

11 Sua ira se acende contra mim,

E ele me considera seu inimigo.+

12 Suas tropas avançam juntas e me cercam,

E acampam ao redor da minha tenda.

13 Ele pôs meus próprios irmãos longe de mim,

E os que me conhecem se afastaram de mim.+

14 Meus amigos* se foram,

E os que eu conhecia bem esqueceram-se de mim.+

15 Os hóspedes em minha casa+ e minhas escravas me consideram um estranho;

Sou um estrangeiro aos seus olhos.

16 Chamo o meu servo, mas ele não responde;

Com a minha boca imploro-lhe compaixão.

17 Meu hálito se tornou nojento para a minha esposa,+

E meu cheiro é repugnante para os meus irmãos.*

18 Até as crianças me desprezam;

Quando me levanto, elas começam a zombar de mim.

19 Todos os meus amigos me detestam,+

E os que eu amava se voltam contra mim.+

20 Meu corpo ficou reduzido a pele e osso,+

E eu escapo da morte por um fio.*

21 Tenham misericórdia de mim, meus amigos, tenham misericórdia,

Pois a mão de Deus me tocou.+

22 Por que vocês continuam a me perseguir assim como Deus faz,+

Atacando-me sem cessar?*+

23 Quem dera que minhas palavras fossem registradas,

Que fossem escritas num livro!

24 Quem dera que fossem talhadas na rocha para sempre,

Com um instrumento* de ferro e com chumbo!

25 Pois sei que meu redentor*+ está vivo;

Ele virá depois e se levantará sobre a terra.*

26 Depois de minha pele ter sido consumida,

Mesmo assim, ainda neste meu corpo,* verei a Deus;

27 Eu o verei pessoalmente,

Meus próprios olhos o verão, não os de outra pessoa.+

Mas no íntimo me sinto esmagado.*

28 Vocês dizem: ‘De que modo o estamos perseguindo?’+

Por acharem que eu sou a causa do problema.

29 São vocês que devem temer a espada,+

Pois a espada traz punição a quem comete erros;

Vocês deviam saber que há um juiz.”+

20 Zofar,+ o naamatita, disse em resposta:

 2 “É por isto que pensamentos inquietantes me obrigam a responder,

Por causa da agitação que sinto.

 3 A repreensão que ouvi é um insulto para mim;

E meu entendimento* me leva a responder.

 4 Com certeza você sempre soube disto,

Pois tem sido assim desde que o homem foi posto* na terra,+

 5 Que o grito de alegria de quem é mau é passageiro,

E que a alegria do ímpio* dura apenas um instante.+

 6 Embora a estatura dele chegue até o céu,

E a sua cabeça alcance as nuvens,

 7 Ele desaparecerá para sempre, assim como suas próprias fezes;

Os que o viam perguntarão: ‘Onde ele está?’

 8 Voará como um sonho, e não o acharão;

Desaparecerá como uma visão da noite.

 9 Os olhos que o viam não o verão mais,

E o lugar onde ele morava não voltará a vê-lo.+

10 Seus filhos buscarão o favor dos pobres,

E as mãos dele devolverão sua riqueza.+

11 Seus ossos estavam cheios do vigor da juventude,

Mas esse* se deitará com ele no pó.

12 Se o que é mau for doce na sua boca,

Se ele o esconder debaixo da língua,

13 Se o saborear e não o largar,

Mas o mantiver na boca,

14 Seu alimento azedará dentro dele;

No seu interior, será como o veneno* de najas.

15 Ele engoliu riqueza, mas a vomitará,

Deus a eliminará do ventre dele.

16 Ele sugará o veneno de najas;

As presas* de uma víbora o matarão.

17 Ele nunca verá as correntes de água,

As torrentes de mel e manteiga.

18 Devolverá seus bens sem consumi-los;*

Não usufruirá a riqueza proveniente dos seus negócios.+

19 Pois esmagou e abandonou o pobre;

Ele se apossou de uma casa que não construiu.

20 Mas ele não terá paz interior;

Sua riqueza não o ajudará a se salvar.

21 Não lhe sobrou nada para devorar;

É por isso que sua prosperidade não durará.

22 Quando a sua riqueza estiver no auge, a ansiedade o dominará;

A desgraça virá contra ele com toda a força.

23 Quando ele encher o ventre,

Deus* lhe enviará sua ira ardente,

Fazendo-a chover sobre ele, até chegar às suas vísceras.

24 Quando ele fugir de armas de ferro,

Flechas de um arco de cobre o traspassarão.

25 Ele arranca uma flecha das costas,

Tira uma flecha brilhante do fígado;*

E o terror toma conta dele.+

26 Completa escuridão estará à espera das suas riquezas;

Um fogo que ninguém atiçou o consumirá;

A calamidade aguarda os que restarem na sua tenda.

27 O céu revelará o seu erro;

A terra se levantará contra ele.

28 Uma inundação arrastará a sua casa;

Será uma forte torrente no dia da ira de Deus.*

29 Essa é a porção da parte de Deus àquele que é mau,

A herança que Deus determinou para ele.”

21 Jó disse em resposta:

 2 “Ouçam atentamente o que eu digo;

Que esse seja o consolo que vocês me dão.

 3 Tenham paciência comigo, enquanto eu falo;

Depois que eu falar, podem zombar de mim.+

 4 Será que estou me queixando a um homem?

Se estivesse, eu* não perderia a paciência?

 5 Olhem para mim e fiquem espantados;

Ponham a mão sobre a boca.

 6 Quando penso nisso, fico perturbado,

E todo o meu corpo treme.

 7 Por que os maus continuam vivendo,+

Envelhecem e ficam ricos?*+

 8 Seus filhos estão sempre diante deles,

E eles chegam a ver seus descendentes.

 9 Suas casas estão seguras, eles estão livres do medo;+

E Deus não os pune com a sua vara.

10 Seus touros reproduzem sem falhar;

Suas vacas dão cria e não abortam.

11 Seus meninos correm lá fora como um rebanho,

E seus filhos pulam de alegria.

12 Cantam com acompanhamento de pandeiro e harpa,

E se alegram ao som da flauta.*+

13 Passam os seus dias contentes

E descem em paz* à Sepultura.*

14 Mas eles dizem ao verdadeiro Deus: ‘Deixa-nos em paz!

Não queremos conhecer os teus caminhos.+

15 Quem é o Todo-Poderoso, para que o sirvamos?+

Que vantagem teríamos em conhecê-lo?’+

16 Mas sei que eles não têm controle sobre sua prosperidade.+

O pensamento* dos maus está longe de mim.+

17 Quantas vezes a lâmpada dos maus é apagada?+

Quantas vezes vem sobre eles a calamidade?

Na Sua ira, quantas vezes Deus traz destruição sobre eles?

18 Será que eles se tornam como a palha diante do vento

E como a pragana levada pelo vendaval?

19 Deus reservará a punição do homem para os seus filhos.

Mas que Deus retribua a ele, para que ele mesmo sinta.+

20 Que seus próprios olhos vejam a sua ruína,

E que ele beba do furor do Todo-Poderoso.+

21 Pois o que lhe importa o que acontecerá com a sua família depois que ele se for,

Se o número dos seus meses for abreviado?*+

22 Pode alguém transmitir conhecimento a Deus,*+

Aquele que julga até mesmo os que estão em posição mais elevada?+

23 Um homem morre em pleno vigor,+

Quando está completamente despreocupado e tranquilo,+

24 Quando as suas coxas estão gordas,

E os seus ossos estão fortes.*

25 Mas outro morre cheio de amargura,*

Sem nunca ter experimentado coisas boas.

26 Juntos se deitarão no pó,+

E ambos serão cobertos por vermes.+

27 Eu sei muito bem o que vocês estão pensando

E o que estão tramando para me prejudicar.*+

28 Vocês dizem: ‘Onde está a casa do homem importante,

E onde está a tenda em que os maus moravam?’+

29 Vocês não perguntaram aos viajantes?

Não consideraram com atenção suas observações,*

30 Que aquele que é mau é poupado no dia da calamidade

E é salvo no dia da fúria?

31 Quem o repreenderá por causa do seu caminho,

E quem lhe retribuirá pelo que ele fez?

32 Quando ele for levado ao cemitério,

Manterão vigília sobre o seu túmulo.

33 Os torrões de terra do vale* serão doces para ele;+

Toda a humanidade o segue,*+

Como inúmeros outros antes dele.

34 Então por que me dão um consolo inútil?+

Suas respostas não passam de falsidade!”

22 Elifaz,+ o temanita, disse em resposta:

 2 “Pode um homem ser útil para Deus?

Pode alguém com perspicácia ser de algum proveito para ele?+

 3 Será que o Todo-Poderoso se importa* que você seja justo,

Ou será que ele ganha alguma coisa por você ser íntegro?+

 4 Por acaso ele o punirá

E entrará em juízo contra você por temer a ele?

 5 Não é porque sua maldade é muito grande

E não há fim dos seus erros?+

 6 Pois você exige uma garantia dos seus irmãos sem nenhum motivo,

E fica com a roupa de outros, deixando-os nus.*+

 7 Não dá água ao cansado

E nega pão ao faminto.+

 8 A terra pertence ao homem poderoso,+

E quem é favorecido mora nela.

 9 Mas você mandou as viúvas embora de mãos vazias,

E quebrou os braços dos órfãos.*

10 É por isso que você está cercado de armadilhas,*+

E terrores repentinos o assustam;

11 É por isso que a escuridão não o deixa ver,

E uma enxurrada o cobre.

12 Não está Deus no mais alto dos céus?

E veja como são altas todas as estrelas.

13 Mas você disse: ‘O que é que Deus realmente sabe?

Será que ele pode julgar através de densas trevas?

14 As nuvens o encobrem para que ele não veja,

Enquanto ele anda sobre a abóbada* do céu.’

15 Por acaso você seguirá os antigos caminhos

Por onde andaram os maus,

16 Homens que foram levados* antes do tempo,

Cujo alicerce foi levado embora por uma enxurrada?*+

17 Eles diziam ao verdadeiro Deus: ‘Deixa-nos em paz!

O que o Todo-Poderoso pode fazer contra nós?’

18 Contudo, foi ele quem encheu a casa deles de coisas boas.

(Esse pensamento mau está longe de mim.)

19 Os justos verão a destruição deles e se alegrarão,

E o inocente zombará deles, dizendo:

20 ‘Nossos adversários foram destruídos,

E um fogo consumirá o que sobrou deles.’

21 Conheça a Ele e você ficará em paz,

Assim lhe sobrevirão coisas boas.

22 Aceite a lei procedente da sua boca,

E guarde as suas declarações no coração.+

23 Se você voltar ao Todo-Poderoso, será restabelecido.+

Se afastar a injustiça da sua tenda,

24 Se lançar seu ouro* no pó

E o ouro de Ofir+ entre as rochas dos vales,*

25 Então o Todo-Poderoso será o seu ouro*

E a sua prata mais seleta.

26 Pois você terá alegria no Todo-Poderoso

E levantará seu rosto para Deus.

27 Você lhe fará súplicas, e ele o ouvirá;

E você cumprirá os seus votos.

28 O que você decidir fazer será bem-sucedido,

E a luz brilhará sobre o seu caminho.

29 Pois quem falar com arrogância será humilhado,

Mas ele salvará o humilde.*

30 Ele salvará os inocentes;

Assim, se suas mãos forem limpas, você certamente será salvo.”

23 Jó disse em resposta:

2 “Até hoje me queixo de modo obstinado;*+

Minhas forças se esgotaram por causa do meu gemido.

 3 Quem dera que eu soubesse onde encontrar a Deus!+

Eu iria até o seu lugar de morada.+

 4 Apresentaria minha causa perante ele

E encheria minha boca de argumentos.

 5 Eu ficaria sabendo o que ele me responderia

E prestaria atenção no que ele me dissesse.

 6 Será que ele se oporia a mim com seu grande poder?

Não, com certeza ele me ouviria.+

 7 Ali o justo resolveria as questões com ele,

E eu seria absolvido de uma vez para sempre pelo meu Juiz.

 8 Mas, se vou para o leste, ele não está lá;

E, se volto, não consigo encontrá-lo.

 9 Quando ele está trabalhando à esquerda, não consigo vê-lo;

Então ele se desvia para a direita, mas ainda assim não o vejo.

10 Mas ele conhece o caminho em que ando.+

Depois que ele me testar, sairei como ouro refinado.+

11 Meus pés seguiram fielmente os seus passos;

Guardei o seu caminho sem me desviar.+

12 Não me afastei do mandamento dos seus lábios.

Guardei suas declarações no coração,*+ mais do que se exigia de mim.*

13 Quando ele toma uma decisão, quem pode impedi-lo?+

Quando ele* quer fazer alguma coisa, ele faz.+

14 Pois cumprirá plenamente o que determinou* para mim,

E ele tem muitas outras coisas semelhantes em reserva.

15 É por isso que eu me sinto perturbado por causa dele;

Quando penso nele, meu temor aumenta.

16 Deus me fez ficar desanimado,

E o Todo-Poderoso me fez ficar com medo.

17 Mas ainda não fui silenciado pela escuridão

Nem pelas trevas que cobrem o meu rosto.

24 “Por que o Todo-Poderoso não estabelece um tempo?+

Por que os que o conhecem não discernem o seu dia?*

 2 Há homens que mudam de lugar os marcos divisórios;+

Apoderam-se de rebanhos e os levam aos seus pastos.

 3 Levam embora o jumento dos órfãos*

E tomam o touro da viúva como garantia de um empréstimo.*+

 4 Obrigam os pobres a sair do caminho;

Os desamparados da terra precisam se esconder deles.+

 5 Os pobres vão em busca de comida como jumentos selvagens+ no ermo;

No deserto procuram comida para os seus filhos.

 6 Precisam colher no campo de outros,*

E respigam do vinhedo daquele que é mau.

 7 Passam a noite nus, sem roupa;+

Não têm com que se cobrir no frio.

 8 Estão encharcados por causa das chuvas das montanhas;

Abraçam-se às rochas porque não têm abrigo.

 9 O órfão é arrancado do peito da mãe;+

E as roupas dos pobres são levadas como garantia de um empréstimo.+

10 São obrigados a andar nus, sem roupa,

E, famintos, carregam os feixes de cereal.

11 No calor do dia, trabalham arduamente junto aos* muros dos terraços de lavoura;

Pisam uvas nos lagares, e mesmo assim passam sede.+

12 Os que estão morrendo continuam a gemer na cidade;

Os fatalmente feridos* clamam por ajuda,+

Mas Deus não considera isso impróprio.*

13 Há os que se rebelam contra a luz;+

Não reconhecem os caminhos dela,

Nem seguem as suas veredas.

14 O assassino levanta-se ao amanhecer;

Mata o desamparado e o pobre,+

E à noite ele rouba.

15 Os olhos do adúltero esperam o anoitecer,+

Ele diz: ‘Ninguém me verá!’+

E cobre seu rosto.

16 Na escuridão, homens invadem* casas;

De dia ficam trancados.

São estranhos para a luz.+

17 Para eles a manhã é como as densas trevas;

Conhecem bem os terrores das densas trevas.

18 Mas são levados rapidamente pelas águas.*

O terreno deles será amaldiçoado.+

Eles não voltarão para os seus vinhedos.

19 Assim como a seca e o calor levam embora a neve derretida,

Assim a Sepultura* leva embora os que pecaram.+

20 Sua mãe* os esquecerá; os vermes os devorarão com gosto.

Eles não serão mais lembrados.+

E a injustiça será derrubada como uma árvore.

21 Eles exploram a mulher estéril,

E maltratam a viúva.

22 Deus* usará sua força para destruir os poderosos;

Embora se enalteçam, sua vida é incerta.

23 Deus* permite que eles se tornem confiantes e se sintam seguros,+

Mas os olhos dele estão sobre tudo que eles fazem.*+

24 Eles são enaltecidos por pouco tempo, depois deixam de existir.+

São rebaixados+ e colhidos como todos os outros;

São cortados como espigas de cereal.

25 Então quem pode provar que sou um mentiroso

Ou contestar as minhas palavras?”

25 Bildade,+ o suíta, disse em resposta:

 2 “O domínio e o poder espantoso pertencem a ele;

Ele estabelece a paz no céu.*

 3 Podem as suas tropas ser contadas?

Sobre quem a sua luz não se levanta?

 4 Então, como pode o homem mortal ser justo perante Deus,+

Ou como pode alguém que nasceu de uma mulher ser inocente?*+

 5 Nem mesmo a lua tem brilho,

E as estrelas não são puras aos seus olhos,

 6 Quanto menos, então, o homem mortal, que é uma larva,

E o filho do homem, que é um verme!”

26 Jó disse em resposta:

 2 “Como você ajudou aquele que não tem poder!

Como você salvou o braço que não tem força!+

 3 Que excelente conselho você deu àquele que não tem sabedoria!+

Quão plenamente* você revelou sua sabedoria prática!*

 4 A quem você está tentando falar?

Quem o inspirou a dizer essas coisas?*

 5 Os que estão impotentes na morte estremecem;

Estão abaixo do mar e de tudo que o habita.

 6 A Sepultura* está nua perante Deus,*+

E o lugar de destruição* está descoberto.

 7 Ele estende os céus do norte* sobre o vazio,*+

Suspende a terra sobre o nada;

 8 Embrulha as águas nas nuvens,+

De modo que as nuvens não se rompem com o peso delas;

 9 Encobre a visão do seu trono,

Estendendo sua nuvem sobre ele.+

10 Ele demarca o horizonte* sobre a superfície das águas,+

Estabelece um limite entre a luz e a escuridão.

11 As colunas do céu estremecem,

Ficam espantadas com a sua censura.

12 Ele agita o mar com o seu poder,+

E despedaça o monstro marinho* com o seu entendimento.+

13 Com o seu sopro* ele limpa o céu;

Sua mão traspassa a serpente arisca.*

14 E essas são apenas as beiradas dos seus caminhos;+

O que ouvimos sobre ele é somente um leve sussurro!

Então quem pode entender seu poderoso trovão?”+

27 Jó continuou seu discurso,* dizendo:

 2 “Tão certo como vive Deus, que me negou a justiça,+

Assim como vive o Todo-Poderoso, que me deixou amargurado,*+

 3 Enquanto o meu fôlego estiver em mim

E o espírito que procede de Deus estiver nas minhas narinas,+

 4 Meus lábios não falarão coisas injustas,

Nem minha língua murmurará mentiras!

 5 Eu nunca os declararia justos!

Até eu morrer não renunciarei à* minha integridade!+

 6 Insistirei na minha retidão e nunca a deixarei;+

Enquanto eu viver,* meu coração não me condenará.*

 7 Que o meu inimigo acabe como alguém mau,

E aqueles que me atacam, como os injustos.

 8 Pois que esperança o ímpio* tem quando é destruído,+

Quando Deus lhe tira a vida?*

 9 Será que Deus ouvirá seu clamor,

Quando lhe sobrevier a aflição?+

10 Ou será que ele terá prazer no Todo-Poderoso?

Invocará a Deus o tempo todo?

11 Eu os instruirei sobre o poder* de Deus,

Não ocultarei nada sobre o Todo-Poderoso.

12 Ora, se todos vocês tiveram visões,

Por que suas palavras são completamente vazias?

13 Esta é a porção que Deus reserva àquele que é mau,+

A herança que os tiranos recebem do Todo-Poderoso:

14 Se os seus filhos se tornarem muitos, eles cairão pela espada,+

E os seus descendentes não terão alimento suficiente;

15 Os que restarem serão enterrados por causa da praga,

E as suas viúvas não chorarão por eles.

16 Mesmo que ele amontoe prata como se fosse pó

E acumule roupas finas como se fossem barro,

17 Mesmo que ele as ajunte,

O justo é quem as usará,+

E o inocente repartirá a prata.

18 A casa que ele constrói é tão frágil como o casulo de uma traça,

Como um abrigo+ feito por um vigia.

19 Ele se deitará rico, mas não colherá nada;

Quando abrir os olhos, não haverá nada.

20 O terror o alcança como uma enxurrada;

À noite um vendaval o leva embora.+

21 O vento leste o levará para longe, e ele desaparecerá;

Ele o varrerá do seu lugar.+

22 Virá sobre ele sem compaixão,+

Enquanto ele desesperadamente tenta escapar da sua força.+

23 Bate palmas contra ele,

E, do lugar onde está, assobia+ para ele.*

28 “Há um lugar de onde se extrai prata

E um lugar de onde se extrai o ouro que refinam.+

 2 Do solo se tira o ferro,

E das rochas se funde* o cobre.+

 3 O homem domina a escuridão;

Nas trevas e na escuridão, ele explora até o limite

Em busca de minério.*

 4 Ele abre uma mina longe de onde as pessoas residem,

Em lugares esquecidos, longe de onde as pessoas passam;

Alguns homens descem e ficam dependurados, balançando.

 5 A terra produz alimento na superfície,

Mas embaixo ela é revolvida como que pelo fogo.*

 6 Ali nas pedras se encontra safira,

E o pó contém ouro.

 7 Nenhuma ave de rapina conhece o caminho até ali;

O olho do milhafre-preto não o viu.

 8 Nenhum animal majestoso pisa nele,

E o leão novo não ronda por ali.

 9 As mãos do homem golpeiam o rochedo;*

Ele revira a base das montanhas.

10 Faz galerias de água+ na rocha;

Seus olhos veem toda coisa preciosa.

11 Ele bloqueia as nascentes dos rios

E traz à luz o que estava escondido.

12 Mas a sabedoria — onde pode ser achada?+

E onde está a fonte do entendimento?+

13 Nenhum homem reconhece seu valor,+

E ela não pode ser encontrada na terra dos viventes.

14 As águas profundas dizem: ‘Ela não está aqui!’

E o mar diz: ‘Não está comigo!’+

15 Ela não pode ser comprada com ouro puro;

Nem se pode pesar prata para trocar por ela.+

16 Não pode ser comprada com o ouro de Ofir,+

Nem com o raro ônix, nem com a safira.

17 Ouro e vidro não podem ser comparados com ela;

Nem se pode trocá-la por um vaso de ouro fino.*+

18 Coral e cristal nem merecem ser mencionados,+

Pois uma bolsa cheia de sabedoria vale mais do que uma cheia de pérolas.

19 O topázio+ de Cuche não pode ser comparado com ela;

Ela não pode ser comprada nem mesmo com ouro puro.

20 Mas de onde vem a sabedoria?

E onde está a fonte do entendimento?+

21 Ela foi escondida dos olhos de todos os seres vivos+

E ocultada das aves dos céus.

22 A destruição e a morte dizem:

‘Nossos ouvidos apenas ouviram falar dela.’

23 Deus conhece o caminho para encontrá-la;

Somente ele sabe onde ela mora,+

24 Pois ele olha até os confins da terra,

E vê tudo debaixo dos céus.+

25 Quando ele determinou a força do vento*+

E mediu as águas,+

26 Quando estabeleceu uma lei para a chuva+

E um caminho para o trovão e a nuvem de tempestade,+

27 Então ele viu a sabedoria e a explicou,

Ele a estabeleceu e a examinou.

28 Disse então ao homem:

‘Veja! O temor de Jeová — isso é sabedoria.+

E desviar-se do mal é entendimento.’”+

29 Jó continuou seu discurso,* dizendo:

 2 “Quem me dera voltar aos meses passados,

Aos dias em que Deus cuidava de mim,

 3 Quando ele fazia a sua lâmpada brilhar sobre a minha cabeça,

E eu andava na escuridão pela sua luz,+

 4 Quando eu estava no* meu vigor,

E sentia a amizade de Deus na minha tenda,+

 5 Quando o Todo-Poderoso ainda estava comigo,

E meus filhos* estavam ao meu redor,

 6 Quando os meus pés eram banhados em manteiga,

E as rochas despejavam correntes de azeite para mim.+

 7 Quando eu ia ao portão da cidade+

E ocupava o meu assento na praça,+

 8 Os jovens me viam e abriam passagem,*

E até os idosos se levantavam e ficavam de pé.+

 9 Os príncipes ficavam calados;

Tapavam a boca com a mão.

10 A voz dos homens importantes era silenciada;

A língua deles grudava no céu da boca.

11 Quem me ouvia falava bem de mim,

E os que me viam testemunhavam a meu favor.

12 Pois eu salvava o pobre que clamava por ajuda,+

E também o órfão* e qualquer um que não tinha quem o ajudasse.+

13 O que estava prestes a morrer me abençoava;+

E eu alegrava o coração da viúva.+

14 Eu vestia a justiça como minha roupa;

Minha retidão era como uma túnica* e um turbante.

15 Eu era olhos para o cego

E pés para o manco.

16 Eu era um pai para os pobres;+

E examinava a causa jurídica de quem eu não conhecia.+

17 Eu quebrava o queixo do malfeitor+

E arrancava a presa dos seus dentes.

18 Eu costumava dizer: ‘Morrerei na minha própria casa,*+

E meus dias serão tão numerosos quanto os grãos de areia.

19 Minhas raízes se espalharão até as águas,

E o orvalho passará a noite toda sobre os meus ramos.

20 Minha glória é sempre renovada,

E o arco na minha mão continuará atirando.’

21 Todos me escutavam com atenção,

Esperando em silêncio o meu conselho.+

22 Depois que eu falava, não tinham mais nada a dizer;

Minhas palavras entravam suavemente* nos seus ouvidos.

23 Eles me esperavam como se espera pela chuva;

Abriam bem a boca como que para beber a chuva da primavera.+

24 Quando eu sorria para eles, mal podiam acreditar;

A luz do meu rosto os tranquilizava.*

25 Eu lhes dava orientação como o seu cabeça,

E vivia como um rei entre as suas tropas,+

Como quem consola os que choram.+

30 “Agora riem de mim,+

Homens mais jovens do que eu,

Cujos pais eu teria recusado

Colocar com os cães que vigiavam o meu rebanho.

 2 De que me adiantou a força das mãos deles?

O vigor deles desapareceu.

 3 Eles estão esgotados por causa da miséria e da fome;

Roem o que encontram numa terra árida,

Que já estava arruinada e desolada.

 4 Colhem as folhas da salgadeira entre os arbustos;

Seu alimento é a raiz das giestas-das-vassouras.

 5 São expulsos da comunidade;+

As pessoas gritam com eles como se fosse com um ladrão.

 6 Eles moram nas encostas dos vales,*

Em buracos no chão e nas rochas.

 7 Uivam do meio dos arbustos,

E se amontoam entre as urtigas.

 8 Como filhos dos insensatos e daqueles que não têm nome,

Foram expulsos* da terra.

 9 Mas agora zombam de mim até mesmo nas suas canções;+

Eu me tornei para eles um motivo de zombaria.*+

10 Eles me detestam e se mantêm longe de mim;+

Não hesitam em cuspir no meu rosto.+

11 Pois Deus me desarmou* e me humilhou;

Eles não se refreiam* na minha presença.

12 À minha direita, surgem como uma turba;

Eles me põem para fugir

E levantam barreiras de destruição no meu caminho.

13 Destroem os meus caminhos

E aumentam a minha calamidade,+

Sem que haja ninguém para impedi-los.*

14 Entram como que por uma grande brecha na muralha;

Avançam em meio à devastação.

15 O terror toma conta de mim;

Minha dignidade é levada embora como que pelo vento,

E minha salvação desaparece como uma nuvem.

16 Agora a minha vida* se desvanece;+

Dias de aflição+ tomam conta de mim.

17 A dor traspassa meus ossos* à noite;+

A dor que me corrói nunca passa.+

18 Com grande força minha roupa é desfigurada,*

E me sufoca como a gola da minha veste.

19 Deus me jogou na lama;

Fui reduzido a pó e cinzas.

20 Clamo a ti por ajuda, mas não me respondes;+

Fico de pé, mas apenas olhas para mim.

21 Tu te voltaste cruelmente contra mim;+

E me atacas com toda a força da tua mão.

22 Tu me levantas e me carregas com o vento;

Depois me jogas para lá e para cá na tempestade.*

23 Sei que tu me levarás à morte,

À casa onde todos os vivos se encontrarão.

24 Mas ninguém atacaria um homem arruinado,*+

Quando ele clama por ajuda durante a sua calamidade.

25 Será que não chorei pelos que passam por tempos difíceis?*

Será que eu não tive* pena do pobre?+

26 Embora eu esperasse o bem, chegou o mal;

Eu aguardava a luz, mas chegou a escuridão.

27 A agitação dentro de mim não cessou;

Dias de aflição me sobrevieram.

28 Eu caminho triste;+ não há luz do sol.

Eu me levanto no meio da assembleia e clamo por ajuda.

29 Eu me tornei irmão de chacais

E companheiro de filhotes de avestruzes.+

30 Minha pele ficou escura e caiu;+

Meus ossos queimam por causa do calor.*

31 Minha harpa é usada apenas para lamento;

E minha flauta,* para o som de choro.

31 “Fiz um pacto com os meus olhos.+

Portanto, como eu poderia dar atenção imprópria a uma virgem?+

 2 Nesse caso, que porção eu receberia de Deus, lá de cima,

Que herança eu receberia do Todo-Poderoso, lá do alto?

 3 Não está reservado o desastre para o malfeitor

E a calamidade para os que praticam a maldade?+

 4 Por acaso ele não vê os meus caminhos+

E conta todos os meus passos?

 5 Será que já andei em falsidade?*

Será que meus pés se apressaram para enganar?+

 6 Que Deus me pese com balança exata,+

Então ele verá que sou íntegro.+

 7 Se meus passos se desviaram do caminho,+

Se meu coração seguiu os meus olhos,+

Ou se minhas mãos ficaram impuras,

 8 Que eu semeie e outro coma,+

E que aquilo que eu planto seja desarraigado.*

 9 Se meu coração foi seduzido por uma mulher,+

E fiquei vigiando+ a porta do meu próximo,

10 Que minha esposa moa cereal para outro homem,

E que outros homens tenham relações sexuais com ela.*+

11 Pois eu teria cometido um ato de conduta vergonhosa,

Um erro que mereceria a punição dos juízes.+

12 Isso seria um fogo que devoraria e destruiria,*+

Consumindo os meus produtos até a raiz.*

13 Se eu neguei justiça ao meu servo ou à minha serva

Quando eles tinham uma queixa* contra mim,

14 O que posso fazer quando Deus me confrontar?*

O que posso lhe responder quando ele exigir uma prestação de contas?+

15 Aquele que me fez no ventre não os fez também?+

Não foi o mesmo que nos formou antes de nascermos?*+

16 Se eu negava dar aos pobres o que eles desejavam,+

Ou entristecia os olhos da viúva;*+

17 Se eu comia sozinho a minha porção

Sem reparti-la com os órfãos;+

18 (Pois desde a minha juventude criei o órfão* como se fosse o pai dele,

E desde a infância* ajudo a viúva.*)

19 Se eu vi alguém morrer de frio,

Ou um pobre que não tinha com que se cobrir;+

20 Se ele não me agradecia*+

Enquanto se aquecia com a lã das minhas ovelhas;

21 Se eu sacudi o punho contra o órfão+

Quando ele precisou da minha ajuda no portão da cidade,*+

22 Então que meu braço* caia do meu ombro,

E que meu braço seja quebrado no cotovelo.*

23 Pois eu tinha pavor de sofrer uma calamidade da parte de Deus,

E não poderia ficar em pé diante da sua glória.

24 Se pus a minha confiança no ouro

Ou disse ao ouro puro: ‘Você é minha segurança!’;+

25 Se eu me alegrei por ser grande a minha riqueza,+

Por causa dos muitos bens que adquiri;+

26 Se eu via o sol* brilhar

Ou a lua se movendo no seu esplendor;+

27 E meu coração foi seduzido em segredo,

E minha boca beijou minha mão em adoração a eles,+

28 Então isso seria um erro que mereceria a punição dos juízes,

Pois eu teria negado o verdadeiro Deus de cima.

29 Será que algum dia eu me alegrei com a destruição do meu inimigo+

Ou fiquei feliz porque o mal o atingiu?

30 Nunca permiti que a minha boca pecasse,

Pedindo que a sua vida fosse tirada* por meio de uma maldição.+

31 Será que as pessoas da minha tenda não disseram:

‘Quem pode encontrar alguém que não se saciou da comida* dele?’+

32 Nenhum estranho* teve de passar a noite do lado de fora,+

Eu abri minhas portas para o viajante.

33 Será que já tentei encobrir minhas transgressões como fazem outros homens,+

Escondendo meu erro no bolso da minha roupa?

34 Por acaso temi a reação da multidão,

Ou fiquei aterrorizado com o desprezo de outras famílias,

A ponto de ficar quieto e com medo de ir para fora?

35 Quem dera que alguém me escutasse!+

Eu assinaria embaixo do que eu disse.*

Que o Todo-Poderoso me responda!+

Quem dera que meu acusador tivesse escrito as acusações num documento!

36 Eu as carregaria sobre os ombros,

E as colocaria na minha cabeça como se fossem uma coroa.

37 Eu lhe prestaria contas de todos os meus passos,

E me chegaria a ele confiantemente, como um príncipe.

38 Se o meu solo clamou contra mim,

E todos os seus sulcos choraram;

39 Se comi os seus frutos sem pagar,+

Ou se causei desespero aos seus donos,*+

40 Então que nasçam para mim espinhos em vez de trigo

E ervas malcheirosas em vez de cevada.”

Aqui terminam as palavras de Jó.

32 Portanto, os três homens desistiram de responder a Jó, porque ele estava convicto de sua própria justiça.*+ 2 Mas Eliú, filho de Baraquel, o buzita,+ da família de Rão, tinha ficado muito irado. Sua ira se acendeu contra Jó, porque ele tentou provar que ele* tinha razão, e não Deus.+ 3 Ele também ficou muito irado com os três amigos de Jó, porque não conseguiram achar uma resposta, mas haviam declarado que Deus era culpado.+ 4 Eliú tinha esperado para responder a Jó, pois eles eram mais velhos do que ele.+ 5 Quando Eliú viu que os três homens não tinham nada para dizer em resposta, a sua ira se acendeu. 6 Então Eliú, filho de Baraquel, o buzita, tomou a palavra e disse:

“Sou jovem,*

E vocês são idosos.+

Por isso eu respeitosamente fiquei calado+

E não me atrevi a dizer-lhes o que sei.

 7 Eu disse a mim mesmo: ‘Que a idade fale,*

E que a multidão de anos declare a sabedoria.’

 8 Mas é o espírito que está nas pessoas,

O fôlego do Todo-Poderoso, que lhes dá entendimento.+

 9 A idade em si não torna* ninguém sábio,

Nem são apenas os idosos que sabem o que é certo.+

10 Por isso eu digo: ‘Escute-me,

E eu também lhe direi o que sei.’

11 Vejam! Esperei que vocês falassem;

Fiquei ouvindo os seus raciocínios,+

Enquanto vocês procuravam o que dizer.+

12 Prestei bastante atenção em vocês,

Mas nenhum de vocês conseguiu provar que Jó estava errado,*

Nem responder aos seus argumentos.

13 Por isso não digam: ‘Encontramos a sabedoria;

É Deus quem o censura, não um homem.’

14 Jó não dirigiu palavras contra mim,

Por isso, não lhe responderei com os mesmos argumentos que vocês.

15 Estão desconcertados, não têm mais respostas;

Não têm mais nada a dizer.

16 Espero, mas não falam mais;

Ficam aí parados, sem mais nenhuma resposta.

17 Então eu também darei uma resposta;

Eu também direi o que sei,

18 Pois tenho muitas palavras para dizer;

O espírito dentro de mim me obriga a falar.

19 Por dentro estou como o vinho sem respiradouro,

Como odres novos a ponto de estourar.+

20 Deixem-me falar, para que eu fique aliviado.

Abrirei meus lábios e responderei.

21 Não mostrarei parcialidade a favor de ninguém;+

Não bajularei* nenhum homem,

22 Pois não sei bajular;

Se eu fizesse isso, Aquele que me fez logo me eliminaria.

33 “Mas agora, Jó, por favor, ouça as minhas palavras;

Escute tudo o que eu disser.

 2 Preste atenção, vou abrir minha boca,

Minha língua* vai falar.

 3 Minhas palavras declaram a retidão do meu coração,+

E meus lábios dizem com sinceridade o que sei.

 4 Foi o espírito de Deus que me fez,+

E o fôlego do Todo-Poderoso me fez viver.+

 5 Responda-me, se puder;

Apresente seus argumentos diante de mim; tome sua posição.

 6 Veja! Perante o verdadeiro Deus, sou exatamente como você;

Eu também fui formado do barro.+

 7 Por isso, você não deve ficar apavorado, com medo de mim,

E nenhuma pressão da minha parte deve esmagá-lo.

 8 Mas eu ouvi você dizer,

Sim, eu ouvi muitas vezes estas palavras:

 9 ‘Sou puro, não cometi transgressão;+

Estou limpo, não cometi erro.+

10 Mas Deus acha motivos para se opor a mim;

Ele me considera seu inimigo.+

11 Ele põe os meus pés no tronco;

Inspeciona todos os meus caminhos.’+

12 Mas você não tem razão em dizer isso, então lhe responderei:

Deus é muito maior do que o homem mortal.+

13 Por que você se queixa contra ele?+

É porque ele não respondeu a todas as suas palavras?+

14 Pois Deus fala uma, duas vezes,

Mas ninguém presta atenção.

15 Ele fala num sonho, numa visão da noite,+

Quando o sono profundo cai sobre os homens,

Enquanto dormem nas suas camas.

16 Então ele destapa o ouvido deles+

E grava* neles a sua instrução,

17 Para afastar o homem de atos maus+

E protegê-lo do orgulho.+

18 Deus livra sua alma* da cova,*+

Sua vida de perecer pela espada.*

19 O homem também é corrigido pela dor na sua cama

E pela constante aflição nos seus ossos,

20 De modo que seu próprio ser* abomina o pão,

E ele* rejeita até mesmo a boa comida.+

21 Sua carne definha,

E seus ossos, que não eram vistos, agora aparecem.*

22 Sua alma* se aproxima da cova;*

Sua vida, dos que causam a morte.

23 Se houver um mensageiro* para ele,

Um defensor entre mil,

Para dizer ao homem o que é justo,

24 Deus lhe mostrará favor e dirá:

‘Livre-o de descer à cova!*+

Encontrei um resgate!+

25 Que a sua carne se torne mais fresca* do que a de um jovem;+

Que ele volte aos dias do vigor da sua juventude.’+

26 Ele suplicará a Deus,+ que o aceitará,

Verá a Sua face com gritos de alegria;

E Ele concederá novamente a Sua justiça ao homem mortal.

27 Essa pessoa dirá* aos homens:

‘Pequei+ e distorci o que é certo,

Mas não recebi o que merecia.*

28 Ele me livrou* de ir para a cova,*+

E eu continuarei vendo* a luz.’

29 Realmente, Deus faz todas essas coisas

Duas, três vezes, em favor do homem,

30 Para trazê-lo* de volta da cova,*

A fim de que seja iluminado com a luz da vida.+

31 Preste atenção, Jó! Escute-me!

Fique calado, e eu continuarei a falar.

32 Se tiver algo para dizer, responda-me.

Fale, pois eu quero provar que você está certo.

33 Se não tiver nada para dizer, escute-me;

Fique calado, e eu lhe ensinarei a sabedoria.”

34 Então Eliú continuou dizendo:

 2 “Escutem as minhas palavras, vocês que sabem tantas coisas;

Ouçam-me, vocês que têm tanto entendimento.

 3 Pois o ouvido prova as palavras,

Assim como a língua* saboreia a comida.

 4 Avaliemos o que é justo;

Decidamos o que é bom.

 5 Pois Jó disse: ‘Eu tenho razão,+

Mas Deus me negou a justiça;+

 6 Será que eu deveria mentir e dizer que sou culpado?

Meu ferimento é incurável, embora eu não tenha cometido nenhuma transgressão.’+

 7 Que homem é como Jó,

Que engole a zombaria como se fosse água?

 8 Ele está na companhia de malfeitores

E se ajunta com os maus.+

 9 Pois ele disse: ‘O homem não ganha nada

Em tentar agradar a Deus.’+

10 Por isso escutem-me, homens de entendimento:*

O verdadeiro Deus jamais faria o que é mau,+

O Todo-Poderoso nunca faria o que é errado!+

11 Pois ele recompensará o homem conforme as suas ações+

E trará sobre ele as consequências dos seus caminhos.

12 A verdade é que Deus não faz o que é mau;+

O Todo-Poderoso não perverte a justiça.+

13 Quem o encarregou da terra,

E quem o designou sobre o mundo inteiro?*

14 Se ele fixasse sua atenção* neles,

E recolhesse o espírito e o fôlego deles,+

15 Todos os humanos morreriam juntos,*

E a humanidade voltaria ao pó.+

16 Portanto, se você tiver entendimento, preste atenção a isto,

Escute atentamente o que eu digo.

17 Será que alguém que odeia a justiça pode governar?

Você condenaria um poderoso que é justo?

18 Será que você diria ao rei: ‘Você não presta para nada’,

Ou aos nobres: ‘Vocês são maus’?+

19 Há Um que não mostra parcialidade a favor de príncipes,

Nem favorece mais o rico do que o pobre,*+

Pois todos eles são trabalho das suas mãos.+

20 Eles podem morrer de repente,+ no meio da noite;+

Estremecem violentamente e falecem;

Até os poderosos são removidos, mas não por mãos humanas.+

21 Pois os olhos de Deus estão sobre os caminhos do homem,+

E Ele vê todos os seus passos.

22 Não há escuridão nem densas trevas

Onde os malfeitores possam se esconder.+

23 Pois Deus não determinou um tempo para o homem

Apresentar-se perante ele em julgamento.

24 Ele destrói os poderosos sem necessidade de investigação

E coloca outros no lugar deles.+

25 Pois sabe o que eles estão fazendo;+

Ele os derruba durante a noite, e são esmagados.+

26 Ele os golpeia por causa da sua maldade

Num lugar onde todos podem ver,+

27 Porque deixaram de segui-lo+

E não fazem caso de nenhum dos Seus caminhos;+

28 Fazem com que o pobre clame a ele,

De modo que ele ouve o clamor dos desamparados.+

29 Quando Deus fica em silêncio, quem pode condená-lo?

Quando ele esconde a face, quem pode vê-lo?

Quer seja para uma nação, quer para um homem, o resultado é o mesmo,

30 De modo que o ímpio* não pode governar,+

Nem preparar armadilhas para o povo.

31 Pois será que alguém dirá a Deus:

‘Fui punido, embora eu não tenha feito nada errado;+

32 Mostra-me o que deixei de ver;

Se fiz algo errado, não farei isso de novo’?

33 Será que ele deveria recompensá-lo segundo o que você quer, se você rejeita o julgamento dele?

Você é quem deve decidir, não eu.

Então diga-me o que você sabe tão bem.

34 Os homens de entendimento* me dirão,

Qualquer homem sábio que me ouve:

35 ‘Jó fala sem conhecimento,+

E suas palavras não demonstram entendimento.’

36 Que Jó seja provado* até o limite,

Porque suas respostas são como as dos homens maus!

37 Ele acrescenta revolta ao seu pecado,+

Bate palmas com desprezo diante de nós

E multiplica suas palavras contra o verdadeiro Deus!”+

35 Eliú continuou dizendo:

 2 “Será que você está tão convicto de que está certo a ponto de dizer:

‘Sou mais justo do que Deus’?+

 3 Pois você diz: ‘Que importa isso para ti?*

Estou em melhor situação do que se eu tivesse pecado?’+

 4 Eu responderei a você

E aos seus amigos.+

 5 Olhe para o céu e veja,

Observe as nuvens,+ que estão muito acima de você.

 6 Se você pecar, como prejudicará a Ele?+

Se as suas transgressões se tornarem muitas, o que lhe fará de mau?+

 7 Se você for justo, o que dará a ele?

O que ele receberá de você?+

 8 Sua maldade afeta apenas um humano como você,

E sua justiça, o filho de um homem.

 9 As pessoas clamam sob o peso da opressão;

Clamam por alívio por causa do domínio* dos poderosos.+

10 Mas ninguém diz: ‘Onde está Deus, o Grandioso que me fez,+

Aquele que faz com que se cantem cânticos à noite?’+

11 Ele nos ensina+ mais do que aos animais da terra,+

E nos faz mais sábios do que as aves dos céus.

12 As pessoas clamam, mas ele não responde,+

Por causa do orgulho dos maus.+

13 Certamente Deus não ouve clamores vazios;*+

O Todo-Poderoso não dá atenção a isso.

14 Quanto menos quando você se queixa de que não o vê!+

Sua causa jurídica está perante ele, por isso você devia esperar por ele ansiosamente.+

15 Pois ele não exigiu com ira uma prestação de contas,

Nem levou em consideração sua grande impetuosidade.+

16 Jó abre a boca em vão;

Sem conhecimento, ele multiplica palavras.”+

36 Eliú também disse:

 2 “Tenha mais um pouco de paciência comigo enquanto eu explico,

Pois ainda tenho palavras para dizer a favor de Deus.

 3 Falarei tudo o que sei,

E declararei que a justiça pertence Àquele que me fez.+

 4 De fato, as minhas palavras não são falsas;

E Aquele que é perfeito em conhecimento+ está aqui, diante de você.

 5 Realmente, Deus é poderoso+ e não rejeita ninguém;

Ele tem grande entendimento.*

 6 Não preservará a vida dos maus,+

Mas fará justiça aos aflitos.+

 7 Não desvia seus olhos dos justos.+

Ele os faz sentar em tronos com reis,*+ e eles são enaltecidos para sempre.

 8 Mas, se eles são presos com correntes

E capturados com cordas de aflição,

 9 Ele lhes mostra o que fizeram,

Suas transgressões resultantes do seu orgulho.

10 Abre o ouvido deles para a correção

E lhes diz para se afastar do que é mau.+

11 Se obedecerem e servirem a ele,

Terminarão os seus dias na prosperidade,

E os seus anos serão agradáveis.+

12 Mas, se não obedecerem, perecerão pela espada*+

E morrerão sem conhecimento.

13 Os que têm coração ímpio* guardarão ressentimento.

Não clamam por ajuda mesmo quando ele os prende.

14 Eles morrem* enquanto ainda são jovens,+

Desperdiçam* a vida entre os prostitutos de templo.+

15 Mas Deus* salva os atribulados durante a sua aflição;

Abre o ouvido deles quando são oprimidos.

16 Ele tira você das garras da aflição+

E o leva a um lugar amplo, onde não há aperto,+

E você será consolado com excelente alimento na sua mesa.+

17 Então você ficará satisfeito com o julgamento dos maus,+

Quando o julgamento for proferido e a justiça prevalecer.

18 Mas tome cuidado para que o furor não o leve a agir com rancor,*+

E não se deixe desencaminhar por um grande suborno.

19 Será que seu clamor por ajuda

Ou seu esforço árduo livrarão você da aflição?+

20 Não fique desejando que chegue a noite,

Quando as pessoas desaparecem do seu lugar.

21 Tome cuidado para não se voltar para o que é mau,

Escolhendo isso em vez de aceitar a tribulação.+

22 Veja! Deus é sublime em poder.

Que instrutor é semelhante a ele?

23 Quem direcionou o* seu caminho+

Ou lhe disse: ‘O que fizeste é errado’?+

24 Lembre-se de enaltecer os atos dele,+

Sobre os quais os homens cantam.+

25 Todos os humanos os veem;

O homem mortal os olha de longe.

26 A grandeza de Deus está além da nossa compreensão;+

O número dos seus anos foge ao nosso entendimento.*+

27 Ele puxa para cima as gotas de água;+

O vapor se condensa para formar a chuva,

28 Então as nuvens a derramam,+

Despejando-a sobre a humanidade.

29 Será que alguém pode entender as camadas de nuvens,

E os trovões que saem da tenda* dele?+

30 Veja como ele estende o seu relâmpago*+ sobre ela

E cobre as profundezas* do mar.

31 Por meio dessas coisas ele sustenta os* povos;

Dá-lhes comida em abundância.+

32 Nas suas mãos ele esconde o relâmpago,

E o direciona contra o alvo.+

33 Seu trovão o anuncia,

Até mesmo o rebanho anuncia quem* se aproxima.

37 “Por causa disso, meu coração bate forte

E pula dentro do meu peito.

 2 Escutem atentamente o estrondo da sua voz*

E o trovão que sai da sua boca.

 3 Ele o solta debaixo de toda a extensão dos céus

E envia seus relâmpagos+ até os confins da terra.

 4 Depois, ouve-se um rugido;

Ele troveja com uma voz majestosa,+

E não detém os relâmpagos quando se ouve a sua voz.

 5 Deus troveja com a sua voz+ de modo maravilhoso;

Faz coisas grandiosas que estão além da nossa compreensão.+

 6 Pois ele diz à neve: ‘Caia sobre a terra’,+

E à chuva torrencial: ‘Caia com toda a força.’+

 7 Deus interrompe toda atividade humana,*

Para que todos os mortais conheçam o Seu trabalho.

 8 Os animais selvagens entram nas tocas

E ficam nos esconderijos.

 9 O vendaval sai do seu lugar,+

E os ventos do norte trazem o frio.+

10 Por meio do sopro de Deus se produz o gelo,+

E grandes extensões de água ficam congeladas.+

11 Ele carrega as nuvens com umidade;

Espalha seus relâmpagos+ nas nuvens;

12 Elas giram em círculos, guiadas por ele;

Fazem tudo o que ele ordena+ sobre a superfície da terra habitada.*

13 E ele faz isso acontecer, quer para a punição,*+ quer para o benefício da terra,

Quer para demonstrar amor leal.+

14 Escute isto, Jó;

Pare e reflita nas obras maravilhosas de Deus.+

15 Por acaso você sabe como Deus controla as* nuvens

E como ele faz o relâmpago sair brilhando da Sua nuvem?

16 Você sabe como as nuvens pairam no ar?+

Essas são as obras maravilhosas daquele que é perfeito em conhecimento.+

17 Por que as suas roupas ficam quentes

Quando vem uma calmaria sobre a terra por causa do vento sul?+

18 Será que você, junto com ele, pode estender* os céus,+

Tão sólidos como um espelho de metal?

19 Diga-nos o que devemos dizer a ele;

Não podemos responder, porque estamos em escuridão.

20 Devia alguém lhe dizer que eu gostaria de falar?

Será que alguém disse algo que deveria ser comunicado a ele?+

21 As pessoas não conseguem nem ver a luz,*

Embora ela esteja brilhando no céu,

Até que o vento passe e limpe as nuvens.

22 Do norte vem um esplendor dourado;

A majestade de Deus+ inspira temor.

23 Entender o Todo-Poderoso está além do nosso alcance;+

Ele é grande em poder+

E nunca viola sua justiça+ e sua abundante retidão.+

24 Portanto, as pessoas devem temê-lo.+

Pois ele não mostra favor aos que se consideram sábios.”*+

38 Então Jeová respondeu a Jó de dentro do vendaval:+

 2 “Quem é este que está obscurecendo os meus propósitos*

E falando sem conhecimento?+

 3 Por favor, prepare-se como um homem;

Eu lhe farei perguntas, e você me informará.

 4 Onde você estava quando lancei os alicerces da terra?+

Responda-me, se você acha que tem entendimento.

 5 Quem estabeleceu as medidas dela, caso você saiba,

Ou quem estendeu sobre ela uma corda de medir?

 6 Em que se encaixaram as suas bases,

Ou quem assentou a sua pedra angular,+

 7 Quando as estrelas da manhã+ juntas gritavam de alegria

E todos os filhos de Deus*+ davam gritos de louvor?

 8 E quem fechou com portas o mar+

Quando ele repentinamente saiu do ventre,

 9 Quando o vesti com nuvens

E o envolvi* com densas trevas,

10 Quando estabeleci meu limite para ele

E coloquei suas portas e trancas,+

11 E disse: ‘Você pode chegar até aqui, não além disso;

Aqui param as suas ondas orgulhosas’?+

12 Você já* deu ordens à manhã

Ou fez a aurora saber seu lugar,+

13 Para que ela pegasse os confins da terra

E sacudisse dela os maus?+

14 A terra se transforma como argila debaixo de um selo,

E tudo nela se destaca como os adornos de uma roupa.

15 Mas a luz dos maus é retirada deles,

E o braço forte* deles é quebrado.

16 Você já desceu às fontes do mar

Ou explorou as águas profundas?+

17 Foram revelados a você os portões da morte,+

Ou você já viu os portões da escuridão profunda?*+

18 Você compreende a imensidão da terra?+

Responda-me, se você sabe tudo isso.

19 Em que direção a luz reside?+

E onde é o lugar da escuridão,

20 Para que você a leve ao seu território

E conheça os caminhos para a casa dela?

21 Por acaso você sabe isso porque já tinha nascido

E porque são muitos os seus anos?*

22 Por acaso você entrou nos depósitos da neve,+

Ou viu os depósitos do granizo,+

23 Que reservei para o tempo de aflição,

Para o dia de batalha e de guerra?+

24 De onde a luz* se propaga,

E de onde o vento leste sopra sobre a terra?+

25 Quem abriu um canal para o aguaceiro

E fez um caminho para a trovejante nuvem de tempestade,+

26 Para fazer chover onde não mora ninguém,

No deserto, onde não há nenhum humano,+

27 Para saciar lugares devastados

E fazer a relva brotar?+

28 Será que a chuva tem pai?+

Ou quem gerou as gotas de orvalho?+

29 Do ventre de quem saiu o gelo,

E quem deu à luz a geada do céu?+

30 As águas são cobertas como que com pedra,

E a superfície das águas profundas se congela.+

31 Será que você pode atar as cordas da constelação de Quima,*

Ou desatar as cordas da constelação de Quesil?*+

32 Você pode fazer sair uma constelação* na sua estação,

Ou guiar a constelação de Ás* com seus filhos?

33 Por acaso você conhece as leis que governam os céus,+

Ou pode impor a autoridade delas* sobre a terra?

34 Será que você pode erguer a sua voz até as nuvens,

Para fazer com que um aguaceiro o cubra?+

35 Por acaso você pode enviar raios?

Será que eles vêm e lhe dizem: ‘Aqui estamos!’?

36 Quem pôs sabedoria nas nuvens,*+

Ou deu entendimento aos fenômenos celestes?*+

37 Quem tem sabedoria para contar as nuvens,

Ou quem pode despejar os jarros de água do céu,+

38 De modo que o pó se transforma em lama

E os torrões de terra grudam um no outro?

39 Será que você pode caçar a presa para o leão

Ou satisfazer o apetite dos leões novos,+

40 Quando se agacham nos esconderijos

Ou ficam de emboscada nas tocas?

41 Quem dá alimento ao corvo+

Quando seus filhotes clamam a Deus por ajuda

E vagueiam por não ter nada para comer?

39 “Por acaso você sabe quando as cabras-montesas dão cria?+

Já viu as corças darem à luz seus filhotes?+

 2 Você conta os meses de sua gestação?

Você sabe quando elas vão dar cria?

 3 Elas se agacham para dar à luz seus filhotes,

E suas dores de parto terminam.

 4 Seus filhotes ficam fortes e crescem nos campos;

Vão embora e não voltam para elas.

 5 Quem pôs o jumento selvagem* em liberdade,+

E quem soltou as cordas do jumento selvagem?

 6 Fiz da planície desértica sua habitação,

E da terra salgada sua moradia.

 7 Ele despreza a agitação da cidade,

Não ouve os gritos do condutor.

 8 Vagueia pelas colinas em busca de pasto,

Procurando todo tipo de planta verde.

 9 Será que o touro selvagem vai querer servir a você?+

Será que ele vai passar a noite no seu estábulo?*

10 Por acaso você pode prender o touro selvagem ao arado* com uma corda,

Ou será que ele seguirá você a fim de arar* o vale?

11 Você confiará na grande força dele

E deixará que ele faça o trabalho pesado para você?

12 Por acaso você contará com ele para que traga a sua colheita*

E a ajunte à sua eira?

13 As asas da avestruz batem alegremente,

Mas será que as suas asas e plumas se comparam às da cegonha?+

14 Ela deixa seus ovos no chão

E os mantém aquecidos no pó.

15 Ela se esquece que alguém pode pisar neles e esmagá-los,

Ou que um animal selvagem pode pisoteá-los.

16 Trata os seus filhotes com dureza, como se não fossem seus;+

Não se importa que seu trabalho tenha sido em vão.

17 Pois Deus lhe negou* sabedoria

E não lhe deu entendimento.

18 Mas, quando ela se levanta e bate as asas,

Ri do cavalo e do cavaleiro.

19 É você que dá força ao cavalo,+

E veste seu pescoço com uma crina esvoaçante?

20 Será que você pode fazê-lo pular como um gafanhoto?

Seu majestoso relinchar* é atemorizante.+

21 Ele escarva o chão do vale e alegra-se muito;*+

Sai correndo para a batalha.*+

22 Ele ri do medo e não se assusta com nada,+

Não recua por causa da espada.

23 Sobre ele chocalha a aljava;

A lança e o dardo brilham.

24 Tremendo e agitado, ele sai galopando,*

Não consegue ficar parado ao* som da buzina.

25 Ao toque da buzina, ele relincha.

De longe sente o cheiro da batalha

E ouve os gritos dos comandantes e o grito de guerra.+

26 Será que é por causa do entendimento que você tem que o falcão plana,

Estendendo suas asas para o sul?

27 Ou é às suas ordens que a águia voa para cima+

E constrói o seu ninho no alto,+

28 Passando a noite num rochedo,

Na fortaleza onde vive, num penhasco?*

29 De lá ela procura alimento,+

Seus olhos enxergam longe.

30 Seus filhotes bebem sangue;

E onde há mortos, ali está ela.”+

40 Jeová continuou a responder a Jó:

 2 “Deve aquele que critica discutir com o Todo-Poderoso?+

Responda agora aquele que quer repreender a Deus.”+

 3 Jó disse em resposta a Jeová:

 4 “Sou indigno!+

O que posso te responder?

Ponho a mão sobre a boca.+

 5 Falei uma vez, mas não vou falar de novo;

Duas vezes, mas não vou dizer mais nada.”

 6 Então Jeová respondeu a Jó de dentro do vendaval:+

 7 “Por favor, prepare-se como um homem;

Eu lhe farei perguntas, e você me informará.+

 8 Você questionará* a minha justiça?

Vai me condenar, a fim de ter razão?+

 9 Por acaso você tem um braço tão poderoso quanto o do verdadeiro Deus?+

Ou pode a sua voz trovejar como a dele?+

10 Por favor, adorne-se com glória e majestade,

Vista-se com dignidade e esplendor.

11 Dê vazão à sua ira;

Olhe para todos os arrogantes e rebaixe-os.

12 Olhe para todos os arrogantes e humilhe-os,

E pisoteie os maus onde eles estão.

13 Esconda todos eles no pó;

Prenda-os* no lugar escondido,

14 Então até eu admitirei*

Que a sua mão direita pode salvá-lo.

15 Veja o Beemote,* que eu fiz assim como fiz você.

Ele come capim como o touro.

16 Veja a força das suas ancas

E o poder dos músculos da sua barriga!

17 Ele endurece a cauda como um cedro;

Os tendões das suas coxas estão entrelaçados.

18 Seus ossos são como tubos de cobre;

Seus membros são como barras de ferro forjado.

19 Ele ocupa o primeiro lugar* entre as obras de Deus;

Apenas Aquele que o fez pode se aproximar dele com uma espada.

20 Seu alimento é produzido pelos montes,

Onde todos os animais selvagens se divertem.

21 Ele se deita debaixo dos lótus,

No abrigo dos juncos do brejo.

22 Os lótus o cobrem com a sua sombra,

E os choupos do vale* o cercam.

23 Quando o rio fica turbulento, ele não entra em pânico.

Mantém-se confiante, mesmo que as águas do Jordão+ venham com força contra a sua boca.

24 Será que alguém pode capturá-lo quando ele está olhando,

Ou furar seu nariz com um gancho?*

41 “Por acaso você pode pegar o Leviatã*+ com um anzol

Ou amarrar a língua dele com uma corda?

 2 Pode passar uma corda* pelas suas narinas

Ou furar suas mandíbulas com um gancho?*

 3 Será que ele fará muitas súplicas a você,

Ou lhe falará com ternura?

 4 Fará um pacto com você

Para que você o torne seu escravo por toda a vida?

 5 Será que você brincará com ele como se fosse um pássaro

Ou o prenderá com uma coleira para as suas filhas?

 6 Por acaso os comerciantes o negociarão?

Será que o dividirão entre os mercadores?

 7 Por acaso você perfurará a pele dele com muitos arpões+

Ou a sua cabeça com lanças de pesca?

 8 Ponha a mão sobre ele;

Você não se esquecerá da batalha e nunca fará isso de novo!

 9 Qualquer esperança de dominá-lo é inútil.

Só de vê-lo você ficaria sem ação.*

10 Ninguém se atreve a provocá-lo.

Portanto, quem pode me enfrentar?+

11 Quem primeiro me deu alguma coisa para que eu deva lhe retribuir?+

Debaixo dos céus, tudo é meu.+

12 Não deixarei de falar sobre os membros dele,

Sobre a sua força e o seu corpo bem formado.

13 Quem já tirou a sua couraça?

Quem passará entre as suas mandíbulas?

14 Quem consegue abrir as portas da sua boca?*

Os dentes em volta dela são assustadores.

15 Nas suas costas há fileiras de escamas,*

Que estão bem coladas entre si.

16 Cada uma se ajusta tão bem à outra

Que nem mesmo o ar pode penetrar entre elas.

17 Estão presas entre si;

Agarram-se umas às outras e não podem ser separadas.

18 Quando ele espirra, saem faíscas;

Seus olhos são como os raios do amanhecer.

19 Relâmpagos saem da sua boca;

Dela escapam centelhas de fogo.

20 Suas narinas soltam fumaça,

Como uma fornalha alimentada com juncos.

21 O sopro dele incendeia carvões,

E uma chama sai da sua boca.

22 Seu pescoço é muito forte,

E o desespero se espalha diante dele.

23 As dobras da sua pele* estão bem ligadas umas às outras,

São firmes, como se estivessem fundidas sobre ele, e não se movem.

24 Seu coração é duro como pedra,

Sim, duro como uma pedra inferior de moinho.

25 Quando ele se levanta, até os poderosos ficam com medo;

Seus movimentos bruscos causam espanto.

26 Nenhuma espada que o atingir prevalecerá;

Nem a lança, nem o dardo nem a ponta da flecha.+

27 Para ele, o ferro é como palha;

O cobre, como madeira podre.

28 Uma flecha não o faz fugir;

Para ele, pedras lançadas com a funda* são como palha.

29 Um bastão é como palha para ele,

E ele ri do barulho da lança.

30 Seu ventre é como cacos pontiagudos,

Ele passa sobre a lama como um trenó de debulha.+

31 Faz as profundezas ferver como um caldeirão;

Agita o mar como se fosse um caldeirão com óleo.*

32 Deixa um rastro luminoso por onde passa,

Fazendo parecer que as águas profundas têm cabelos brancos.

33 Não há nada igual a ele na terra,

Uma criatura feita para não ter medo.

34 Ele encara todos os seres orgulhosos.

É rei sobre todos os majestosos animais selvagens.”

42 Então Jó disse em resposta a Jeová:

 2 “Agora sei que és capaz de fazer todas as coisas

E que nada que tens em mente é impossível para ti.+

 3 Tu disseste: ‘Quem é este que está obscurecendo os meus propósitos* sem ter conhecimento?’+

É verdade, eu falei sem entendimento

Sobre coisas maravilhosas demais para mim, que eu não conheço.+

 4 Tu disseste: ‘Ouça, por favor, e eu falarei.

Eu lhe farei perguntas, e você me informará.’+

 5 Ouvi falar a teu respeito,

Mas agora te vejo com os meus próprios olhos.

 6 É por isso que retiro o que eu disse,*+

E me arrependo em pó e cinzas.”+

7 Depois de Jeová ter falado essas palavras a Jó, Jeová disse a Elifaz, o temanita:

“Minha ira está acesa contra você e contra seus dois amigos,+ pois vocês não falaram a verdade a meu respeito,+ assim como fez o meu servo Jó. 8 Agora peguem sete novilhos e sete carneiros, vão ao meu servo Jó e ofereçam um sacrifício queimado a favor de si mesmos. E o meu servo Jó orará por vocês.+ Eu certamente atenderei ao pedido dele,* de não lidar com vocês de acordo com a sua tolice, pois não falaram a verdade a meu respeito, assim como fez o meu servo Jó.”

9 Então Elifaz, o temanita, Bildade, o suíta, e Zofar, o naamatita, foram e fizeram o que Jeová lhes tinha ordenado. E Jeová ouviu a oração de Jó.

10 Depois de Jó ter orado pelos seus amigos,+ Jeová acabou com a tribulação de Jó+ e restaurou a sua prosperidade.* Jeová lhe deu o dobro de tudo o que ele tinha antes.+ 11 Todos os seus irmãos e suas irmãs, e todos os seus antigos amigos+ foram visitá-lo e tomaram uma refeição com ele na sua casa. Eles se compadeceram dele e o consolaram por causa de toda a calamidade que Jeová tinha deixado vir sobre ele. Cada um lhe deu uma peça de dinheiro e uma argola de ouro.

12 Assim, Jeová abençoou a última parte da vida de Jó mais do que a primeira,+ e Jó veio a ter 14.000 ovelhas, 6.000 camelos, 1.000 juntas de bois e 1.000 jumentas.+ 13 Ele também teve mais sete filhos e mais três filhas.+ 14 Ele chamou a primeira filha de Jemima, a segunda de Quezia, e a terceira de Querém-Hapuque. 15 Em todo o país não havia mulheres tão lindas como as filhas de Jó; e o pai delas lhes deu uma herança junto com os seus irmãos.

16 Depois disso, Jó viveu 140 anos, e viu seus filhos e seus netos, até a quarta geração. 17 Por fim, Jó morreu, depois de uma vida longa e satisfatória.*

Que possivelmente significa “objeto de hostilidade”.

Ou: “irrepreensível”.

Lit.: “500 juntas de gado”.

Ou: “na casa de cada um, na sua vez”.

Expressão idiomática hebraica que se refere aos filhos angélicos de Deus.

Lit.: “fixou seu coração no”.

Ou: “irrepreensível”.

Ou: “sob o seu controle”.

Lit.: “face”.

Ou, possivelmente: “um raio”.

Ou: “atribuiu a Deus algo impróprio”.

Expressão idiomática hebraica que se refere aos filhos angélicos de Deus.

Lit.: “fixou seu coração no”.

Ou: “irrepreensível”.

Lit.: “tragar”.

Ou: “alma”.

Ou: “sob o seu controle”.

Ou: “alma”.

Lit.: “face”.

Ou: “feridas graves”.

Ou: “conhecidos”.

Lit.: “amaldiçoar seu dia”.

Ou: “a escuridão e a sombra da morte o reclamem”.

Entende-se que se refere ao crocodilo ou a algum outro animal aquático grande e forte.

Ou, possivelmente: “Que construíram lugares desolados para si”.

Ou: “aos amargurados de alma”.

Lit.: “você fica esgotado”.

Ou: “tramam a maldade”.

Ou: “leões novos jubados”.

Ou: “da minha carne”.

Ou: “mensageiros”.

Ou: “do campo farão um pacto (um acordo) com você”.

Lit.: “é paz”.

Ou: “irrefletidas, precipitadas”.

Ou: “Minha alma se negou”.

Ou: “para que eu deva prolongar minha vida (alma)”.

Ou: “de torrentes de inverno”.

Ou: “A companhia dos viajantes sabeus os espera”.

Lit.: “remido”.

Ou: “negociariam”.

Ou: “até o crepúsculo da manhã”.

Ou: “Minha carne está coberta”.

Lit.: “o bem”.

Ou: “ao Seol”, isto é, a sepultura comum da humanidade. Veja o Glossário.

Ou: “com a amargura da minha alma”.

Ou: “minha alma prefere morrer sufocada”.

Ou: “com os meus ossos”.

Lit.: “fixes teu coração”.

Lit.: “Ele os lançou na mão da revolta deles”.

Ou: “despertaria em seu favor”.

Ou: “E não farão sair palavras do coração deles”.

Lit.: “Assim são os caminhos”.

Ou: “apóstata”.

Lit.: “casa”.

Ou: “Ele olha para uma casa de pedras”.

Ou: “engolido”.

Ou: “que o seu caminho se dissolve”.

Ou: “os irrepreensíveis”.

Lit.: “Nem segurará a mão dos”.

Ou: “levá-Lo ao tribunal”.

Ou: “remove”.

Possivelmente a constelação do Grande Urso (Ursa Maior).

Possivelmente a constelação de Órion.

Possivelmente as estrelas de Plêiades na constelação de Touro.

Lit.: “as câmaras do sul”.

Possivelmente um grande monstro marinho.

Ou, possivelmente: “meu adversário em juízo”.

Lit.: “me convocar”.

Ou: “Mesmo que eu seja inocente”.

Lit.: “pervertido”.

Ou: “Mesmo que eu seja inocente”.

Ou: “não conheço minha alma”.

Ou: “desprezo; recuso”.

Ou: “íntegros”.

Lit.: “as faces”.

Lit.: “mau”.

Ou: “potassa; sabão”.

Ou: “nenhum mediador”.

Lit.: “colocar a mão sobre nós dois”.

Lit.: “removesse sua vara de cima de mim”.

Ou: “Minha alma detesta”.

Ou: “com a amargura da minha alma”.

Lit.: “de carne”.

Ou: “o meu fôlego; a minha vida”.

Lit.: “E estas coisas escondeste no teu coração.”

Ou: “me alegre um pouco”.

Ou: “da escuridão e da sombra da morte”.

Ou: “será que aquele que se gaba terá razão”.

Ou: “encontrar o limite do”.

Isto é, a sabedoria.

Ou: “o Seol”, isto é, a sepultura comum da humanidade. Veja o Glossário.

Ou: “quando um jumento selvagem nascer homem”.

Ou: “a expiração da alma”.

Lit.: “vocês são o povo”.

Lit.: “um coração”.

Ou: “escorregando”.

Ou, possivelmente: “fale com”.

Ou: “a alma de todos os que vivem”.

Ou: “fôlego”.

Lit.: “de toda carne de homem”.

Lit.: “o palato”.

Ou: “ficar despojados de tudo”.

Ou: “de anciãos”.

Lit.: “afrouxa o cinto dos poderosos”.

Lit.: “coração”.

Ou: “mostrarão parcialidade a favor”.

Ou: “memoráveis”.

Lit.: “protuberâncias de escudo”.

Lit.: “Por que carrego minha carne em meus dentes”.

Ou: “alma”.

Ou: “meus caminhos”.

Ou: “perante a face dele”.

Ou: “apóstata”.

Ou, possivelmente: “Se alguém puder, eu ficarei calado e morrerei.”

Lit.: “Apenas duas coisas não me faças”.

Lit.: “ele”, possivelmente se referindo a Jó.

Ou: “empanturrado de agitação”.

Ou, possivelmente: “e é cortado”.

Lit.: “me”.

Ou: “no Seol”, isto é, a sepultura comum da humanidade. Veja o Glossário.

Ou: “a minha substituição”.

Ou: “Ansiarás o”.

Ou: “sente dor enquanto sua carne ainda está nele”.

Ou: “Sua alma”.

Ou: “com conhecimento de vento”.

Ou: “o seu pecado ensina a sua boca”.

Lit.: “volta seu espírito contra”.

Ou: “anjos”.

Lit.: “pão”.

Ou: “tenta prevalecer contra”.

Lit.: “suas protuberâncias grossas de escudos”.

Isto é, qualquer esperança de recuperação.

Lit.: “sua boca”.

Ou: “apóstatas”.

Ou: “de vento”.

Ou: “Se a alma de vocês estivesse no lugar da minha alma”.

Ou: “todos os que se reúnem comigo”.

Ou: “minha força”. Lit.: “meu chifre”.

Ou: “sombra de morte”.

Ou, possivelmente: “olham sem sono”.

Ou: “a se fixar no”.

Pelo visto se refere a Deus.

Lit.: “um provérbio; um ditado”.

Ou: “apóstata”.

Ou: “o Seol”, isto é, a sepultura comum da humanidade. Veja o Glossário.

Ou: “sepultura”.

Isto é, a minha esperança.

Ou: “do Seol”, isto é, a sepultura comum da humanidade. Veja o Glossário.

Ou, possivelmente: “impuros”.

Ou: “você dilacere sua alma”.

Ou: “mancar”.

Lit.: “O primogênito da morte”.

Ou: “a uma morte terrível”.

Lit.: “Algo que não é dele morará”.

Lit.: “ele não terá nome”.

Ou: “no lugar da sua residência temporária”.

Ou: “irritando a minha alma”. Veja o Glossário, “Alma”.

Ou: “insultaram”.

Ou: “parentes”.

Lit.: “para os filhos do meu ventre”, isto é, do ventre que me deu à luz (o ventre da minha mãe).

Lit.: “com a pele dos meus dentes”.

Lit.: “E não ficam satisfeitos com a minha carne”.

Lit.: “estilo”. Veja o Glossário, “Estilo”.

Ou: “resgatador”.

Lit.: “o pó”.

Ou: “na minha carne”.

Ou: “Meus rins falharam no meu íntimo.”

Lit.: “um espírito do meu entendimento”.

Ou: “a humanidade foi posta; Adão foi posto”.

Ou: “apóstata”.

Isto é, seu vigor.

Ou: “a bílis”.

Lit.: “A língua”.

Lit.: “e não engolirá”.

Lit.: “Ele”.

Ou: “da bílis”.

Lit.: “dele”.

Lit.: “meu espírito”.

Ou: “poderosos”.

Ou: “do pífaro”.

Ou: “num instante”, isto é, sofrem uma morte rápida e sem dor.

Ou: “ao Seol”, isto é, a sepultura comum da humanidade. Veja o Glossário.

Ou: “O conselho; A trama”.

Ou: “cortado pela metade”.

Ou: “ensinar algo a Deus”.

Lit.: “o tutano dos seus ossos está úmido”.

Ou: “com a alma amargurada”.

Ou, possivelmente: “para agir violentamente contra mim”.

Lit.: “seus sinais”.

Ou: “uádi”.

Lit.: “E ele arrastará toda a humanidade atrás dele”.

Ou: “Será que é do agrado do Todo-Poderoso”.

Lit.: “tira roupas dos nus”.

Ou: “órfãos de pai”.

Lit.: “armadilhas para pássaros”.

Ou: “o círculo”.

Ou: “cujas vidas foram abreviadas”.

Lit.: “um rio”.

Ou: “suas pepitas de ouro”.

Ou: “uádis”.

Ou: “as suas pepitas de ouro”.

Ou: “aquele que olha para baixo”.

Ou: “minha queixa é rebelde”.

Ou: “Entesourei suas declarações”.

Ou: “do que me foi prescrito”.

Ou: “sua alma”.

Ou: “prescreveu”.

Isto é, o seu dia de julgamento.

Ou: “órfãos de pai”.

Ou: “como penhor”.

Ou, possivelmente: “colher forragem no campo”.

Ou, possivelmente: “Extraem azeite entre os”.

Ou: “As almas dos feridos”.

Ou, possivelmente: “Deus não acusa ninguém de erro”.

Lit.: “cavam”.

Lit.: “Ele é ligeiro na superfície das águas.”

Ou: “o Seol”, isto é, a sepultura comum da humanidade. Veja o Glossário.

Lit.: “O ventre”.

Lit.: “Ele”.

Lit.: “Ele”.

Lit.: “sobre os caminhos deles”.

Lit.: “nas suas alturas”.

Ou: “puro”.

Ou: “abundantemente”.

Ou: “seu bom senso”.

Lit.: “E o fôlego (espírito) de quem saiu de você?”

Ou: “O Seol”, isto é, a sepultura comum da humanidade. Veja o Glossário.

Lit.: “ele”.

Ou: “E o Abadon”.

Lit.: “o norte”.

Lit.: “vácuo”.

Lit.: “um círculo”.

Lit.: “Raabe”.

Ou: “vento”.

Ou: “que desliza”.

Lit.: “provérbio”.

Ou: “que deixou minha alma amargurada”.

Ou: “não removerei de mim a; manterei a”.

Ou: “Por nenhum dos meus dias”.

Ou: “não zombará de mim”.

Ou: “apóstata”.

Ou: “alma”.

Ou, possivelmente: “pela mão”.

Ou, possivelmente: “Batem palmas contra ele, e, do lugar onde estão, assobiam para ele.”

Lit.: “derrama”.

Lit.: “pedra”.

Aparentemente se refere à mineração.

Ou: “a rocha de pederneira”.

Ou: “refinado”.

Lit.: “um peso para o vento”.

Lit.: “provérbio”.

Lit.: “nos dias do”.

Ou: “ajudantes”.

Lit.: “se escondiam”.

Ou: “órfão de pai”.

Ou: “túnica sem mangas”.

Lit.: “no meu ninho”.

Lit.: “gotejavam”.

Ou, possivelmente: “Eles não escureciam a luz do meu rosto”.

Ou: “uádis”.

Lit.: “chicoteados para fora”.

Lit.: “um provérbio; um ditado”.

Lit.: “afrouxou a minha corda de arco”.

Ou: “Eles lançam fora o freio”.

Ou, possivelmente: “Sem ninguém para ajudá-los”.

Ou: “alma”.

Lit.: “Meus ossos são perfurados”.

Ou, possivelmente: “A gravidade da minha aflição me desfigura”.

Ou, possivelmente: “me dissolves com um estrondo”.

Lit.: “um monte de ruínas”.

Ou: “estão tendo um dia difícil”.

Ou: “minha alma não teve”.

Ou, possivelmente: “da febre”.

Ou: “meu pífaro”.

Ou, possivelmente: “com homens de falsidade”.

Ou: “que meus descendentes sejam desarraigados”.

Lit.: “que outros homens se ajoelhem sobre ela”.

Lit.: “comeria (devoraria) até a destruição”.

Ou: “Desarraigando os meus produtos”.

Ou: “causa jurídica”.

Lit.: “se levantar”.

Lit.: “no ventre”.

Lit.: “fazia os olhos da viúva falhar”.

Lit.: “ele cresceu comigo”.

Lit.: “desde o ventre da minha mãe”.

Lit.: “eu a guio”.

Lit.: “Se seus lombos não me abençoavam”.

Ou, possivelmente: “Quando vi que eu tinha apoio no portão da cidade”.

Ou: “minha escápula”.

Ou: “arrancado da sua articulação; arrancado do seu osso superior”.

Lit.: “a luz”.

Ou: “Pedindo a sua alma”.

Lit.: “carne”.

Ou: “residente estrangeiro”.

Ou: “Aqui está a minha assinatura.”

Ou: “à alma dos seus donos”.

Ou: “porque ele era justo aos seus próprios olhos”.

Ou: “sua alma”.

Lit.: “pequeno em dias”.

Lit.: “os dias falem”.

Ou: “Muitos dias em si não tornam”.

Ou: “repreender a Jó”.

Ou: “Não conferirei um título honorífico a”.

Lit.: “Minha língua com meu palato”.

Lit.: “sela”.

Ou: “vida”.

Ou: “sepultura”.

Ou: “por uma arma (arma de arremesso)”.

Lit.: “sua vida”.

Ou: “sua alma”.

Ou: “estão expostos”.

Ou: “vida”.

Ou: “sepultura”.

Ou: “anjo”.

Ou: “sepultura”.

Ou: “saudável”.

Lit.: “cantará”.

Ou, possivelmente: “E isso não me beneficiou”.

Ou: “Ele livrou a minha alma”.

Ou: “sepultura”.

Lit.: “a minha vida verá”.

Ou: “trazer a sua alma”.

Ou: “sepultura”.

Lit.: “o palato”.

Lit.: “coração”.

Ou: “a terra habitada”.

Lit.: “seu coração”.

Lit.: “Toda carne morreria junta”.

Ou: “o nobre do que o humilde”.

Ou: “apóstata”.

Lit.: “coração”.

Ou, possivelmente: “Meu pai, que Jó seja provado”.

Provavelmente se refere a Deus.

Lit.: “braço”.

Ou: “uma mentira”.

Ou: “Ele é grande em poder de coração”.

Ou, possivelmente: “Ele entroniza reis”.

Ou: “por uma arma (arma de arremesso)”.

Ou: “apóstata”.

Ou: “A alma deles morre”.

Ou, possivelmente: “Terminam”.

Lit.: “Ele”.

Ou: “bater as mãos com rancor”.

Ou, possivelmente: “criticou o; exigiu dele uma prestação de contas pelo”.

Ou: “é insondável”.

Lit.: “barraca”.

Lit.: “a sua luz”.

Lit.: “raízes”.

Ou, possivelmente: “defende a causa dos”.

Ou, possivelmente: “o que”.

Isto é, de Deus.

Lit.: “põe um selo na mão de todo humano”.

Ou: “do solo produtivo da terra”.

Lit.: “uma vara”.

Ou: “dá ordem às”.

Ou: “achatar”.

Isto é, do sol.

Lit.: “que são sábios de coração”.

Ou: “o meu conselho”.

Expressão idiomática hebraica que se refere aos filhos angélicos de Deus.

Ou: “enfaixei”.

Lit.: “em seus dias”.

Lit.: “erguido”.

Ou: “da sombra da morte”.

Lit.: “dias”.

Ou, possivelmente: “o relâmpago”.

Possivelmente as estrelas de Plêiades na constelação de Touro.

Possivelmente a constelação de Órion.

Lit.: “Mazarote”. Em 2 Reis 23:5, o termo relacionado ocorre no plural e se refere às constelações do zodíaco.

Possivelmente a constelação do Grande Urso (Ursa Maior).

Ou, possivelmente: “Dele”.

Ou, possivelmente: “no íntimo do homem”.

Ou, possivelmente: “à mente”.

Ou: “o onagro”.

Ou: “na sua manjedoura”.

Lit.: “sulco”.

Ou: “gradar”.

Lit.: “semente”.

Lit.: “a fez esquecer a”.

Lit.: “bufar”.

Lit.: “alegra-se em poder”.

Lit.: “Sai para enfrentar armamento”.

Lit.: “devora o chão (a terra)”.

Ou, possivelmente: “Ele não acredita no”.

Lit.: “no dente de um rochedo”.

Ou: “invalidará”.

Lit.: “Amarre suas faces”.

Ou: “o elogiarei”.

Possivelmente o hipopótamo.

Lit.: “Ele é o princípio”.

Ou: “uádi”.

Lit.: “laço”.

Possivelmente o crocodilo.

Lit.: “um junco”.

Lit.: “espinho”.

Ou: “seria derrubado”.

Lit.: “face”.

Ou, possivelmente: “Seu orgulho são suas fileiras de escamas”.

Lit.: “carne”.

Veja o Glossário.

Ou: “unguento”.

Ou: “o meu conselho”.

Ou: “faço uma retratação”.

Lit.: “Certamente eu levantarei a face dele”.

Lit.: “Jeová fez recuar o cativeiro de Jó”.

Lit.: “idoso e cheio de dias”.

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