BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • g79 22/2 pp. 24-27
  • Ajuda ao Entendimento da Bíblia

Nenhum vídeo disponível para o trecho selecionado.

Desculpe, ocorreu um erro ao carregar o vídeo.

  • Ajuda ao Entendimento da Bíblia
  • Despertai! — 1979
Despertai! — 1979
g79 22/2 pp. 24-27

Ajuda ao Entendimento da Bíblia

[A matéria que segue foi compilada de Aid to Bible Understanding, Edição de 1971.]

LÍRIO. O termo hebraico shushán, e seu termo grego correspondente, krínon, ambos traduzidos “lírio”, provavelmente abrangem grande variedade de flores, tais como tulipas, anêmonas, jacintos, íris e gladíolos. De acordo com recente léxico hebraico e aramaico, de Koehler e Baumgartner, a designação hebraica se deriva de uma palavra egípcia que significa “flor grande”. Heródoto, historiador grego (Livro II, par. 92) fala do loto egípcio como “lírio”, e muitos crêem que, nas referências bíblicas ao “lírio” ou “feitura de lírio”, nos adornos, tem-se presente o loto egípcio, ou nenúfar ou ninféia. (1 Reis 7:19, 22, 26; 2 Crô. 4:5) No entanto, em vista de que o loto constava destacadamente no simbolismo da religião falsa do Egito, a identificação do lírio com o loto é questionável.

Os lírios do registro das Escrituras podiam ser encontrados nos baixios, entre ervas daninhas espinhosas e nos pastos, onde os rebanhos e as gazelas pastavam. (Cân. 2:1, 2, 16; 4:5) Talvez também tenham sido cultivados em jardins (Cân. 6:2, 3), fazendo-se alusão à sua doce fragrância. (Cân. 5:13) Possivelmente com referência à beleza do lírio, Oséias, ao predizer a restauração de Israel, falou do tempo em que o povo de Deus floresceria como um lírio. — Osé. 14:5.

Ao reduzir a importância geralmente atribuída às coisas materiais, Jesus Cristo indicou que nem mesmo Salomão, com toda a sua glória, se vestia tão lindamente quanto os lírios do campo. Tem-se sugerido que Jesus, provavelmente, tinha em mente a anêmona. Sem embargo, poderia estar simplesmente referindo-se às flores liliáceas em geral, como se pode deduzir do fato de que “lírios do campo” é a expressão usada em paralelismo com “vegetação do campo”. — Mat. 6:28-30; Luc. 12:27, 28.

O significado das expressões “O Lírio”, “Os Lírios”, que aparecem nos cabeçalhos dos Salmos 45, 60, 69 e 80, não é exatamente conhecido. A palavra hebraica, neste caso, tem sido definida como “de seis lados”. Possivelmente se tem presente um alaúde de seis cordas.

LÓDÃO [Heb., tse’elím]. O lódão espinhoso (Zizyphus lotus; também conhecida como loto, lótus) é um arbusto ou árvore baixa, de ramos grossos, não raro atingindo uma altura de apenas 1,50 metros. As folhas são pequenas, ovais e coriáceas, e, na base de cada folha, há um par de espinhos. A única referência a ela se acha em Jó 40:21, 22, que fala do beemote (o hipopótamo) deitar-se à sombra da árvore. Ao passo que tal árvore é encontrada nos lugares secos da Palestina e no Antilíbano, o Dictionary of Life in Bible Times (Dicionário da Vida nos Tempos Bíblicos, p. 177) de Corswant fala dela como “florescendo no pantanal quente e úmido” da África do Norte.

LOUREIRO [Heb., ’óren]. Esta árvore é mencionada como sendo a última de várias árvores em Isaías 44:14, a única referência a tal árvore, nas Escrituras Hebraicas. Koehler e Baumgartner [Lexicon in Veteris Testamenti Libros (Léxico dos Livros do Velho Testamento), p. 88] identificam tal nome com o loureiro (Laurus nobilis) também comumente chamado de “louro”. [Veja também The Interpreter’s Dictionary of the Bible (Dicionário Bíblico do Intérprete), Vol. 2, p. 293.] O loureiro é uma sempre verde que amiúde cresce como arbusto, porém é capaz de atingir até 15,20 metros de altura. Assim, Isaías podia falar de a chuva torrencial fazer a árvore “crescer”. A árvore toda (folhas, casca, raízes e frutos) contém um óleo há muito empregado na medicina. As folhas são oblongas e coriáceas, com lado superior acetinado. Também são usadas como condimento. Na primavera setentrional, a árvore floresce com pequenas flores branco-cremosas que amadurecem, tornando-se frutos negro-purpurinos. O Laurus nobilis é encontrado desde a costa até as regiões médio-montanhosas da Palestina, e cresce também em outros países mediterrâneos.

Folhas de louro eram usadas pelos antigos gregos para formar coroas, que colocavam sobre as cabeças dos vitoriosos nos jogos píticos e também se estendiam aos que detinham certos cargos, qual símbolo de distinção. Nossas palavras portuguesas, “laureado” e “bacharelado” se derivam destas práticas e utilizações do louro.

MAÇÃ [Heb. tappúahh]. Conjetura-se muito a respeito da identificação da árvore e do fruto indicados pela palavra hebraica tappúahh. A própria palavra indica o que se distingue por sua fragrância ou aroma. Têm-se sugerido várias frutas, em lugar da maçã inclusive a laranja, a cidra, o marmelo e o damasco, a principal objeção quanto à maçã surgindo de que o solo quente e árido da maior parte da Palestina é desfavorável à cultura da maçã. No entanto, a palavra árabe relacionada, tuffakh significa primariamente “maçã”, e é notável que os nomes hebraicos de lugares, Tapua e Bete Tapua (provavelmente assim chamados devido à prevalência desta fruta em sua vizinhança) foram preservados em seus equivalentes árabes pelo uso desta palavra. (Jos. 12:17; 15:34, 53; 16:8; 17:8) Estes lugares não estavam nas planícies baixas, mas na região de colinas, onde o clima em geral, é um tanto moderado. Em adição, a possibilidade de algumas variações climáticas no passado não pode ser inteiramente eliminada, conforme indicado por Denis Baly no livro The Geography of the Bible (Geografia da Bíblia, págs. 72, 74). Hoje em dia deveras crescem macieiras na Palestina, e, assim, parecem ajustar-se satisfatoriamente à descrição da Bíblia. O Dr. Thomson, que passou 45 anos na Síria e na Palestina, no século passado, até mesmo chegou a relatar que encontrou pomares de maçãs na área de Ascalom, nas planícies da Filístia. — The Land and the Book (A Terra e o Livro), cap. XXXVI, págs. 328, 329.

A macieira é considerada mormente no Cântico de Salomão, onde as expressões de amor feitas pelo pastor, companheiro da sulamita, se assemelham à agradável sombra da macieira e à doçura de seu fruto. (Cân. 2:3, 5) Por sua vez, ele compara o hálito dela à fragrância das maçãs. (7:8; veja também 8:5.) Nos Provérbios (25:11) a linguagem apropriada, oportuna, é assemelhada a “maçãs de ouro em esculturas de prata”. A única outra referência à maçã se acha em Joel 1:12. A tradição comum quanto à maçã ser o fruto proibido no Éden não possui nenhuma base bíblica. Similarmente, a expressão “maçã do olho” é encontrada na Versão Autorizada (ou Rei Jaime, em inglês; Sal. 17:8; Pro. 7:2; e outros), mas não é uma expressão hebraica, a tradução literal sendo “a pupila do globo ocular [da pessoa]”.

MALVAS. Isto traduz a palavra hebraica ’oróhth (2 Reis 4:39; Isa. 26:19), considerada plural de ’oráh, “luz”. (Est. 8:16; Sal. 139:12) Conforme o Lexicon in Veteris Testamenti Libros de Koehler e Baumgartner, ’oróhth indica a malva-anã (Malva rotundifolia). Esta identificação baseia-se no fato de que tal planta é mui sensível à luz, daí, talvez, a denominação hebraica ’oróhth, “luz-[erva]”. Também, seu fruto é comestível, harmonizando-se assim com 2 Reis 4:39. A malva-anã é uma planta rasteira que possui folhas quase redondas, um tanto lobuladas, de extremidades serrilhadas, com longas hastes. Suas flores só têm cerca de 1,3 centímetros de largura e variam de cor, do azul pálido ao branco. Os frutos achatados, circulares e mucilaginosos são comumente chamados, em inglês, de “cheeses” (queijos).

MIRRA. Uma goma-resina aromática. (Cân. 1:13; 4:6, 14; 5:1, 13) Sua fonte precisa, nos tempos antigos, é incerta. Mas, em geral, crê-se que a mirra, na maioria dos casos, tenha sido uma resina obtida do arbusto espinhoso ou árvore pequena conhecida como Commiphora myrrha ou a variedade relacionada Commiphora kataf. Ambos estes arbustos vicejam em áreas rochosas, especialmente nas colinas de calcário. Sua madeira e casca possuem cheiro forte. Embora a resina exsude por si mesmo do caule ou dos ramos grossos e duros de ambas as variedades, o fluxo pode ser aumentado por meio de incisões. Inicialmente, a resina clara, branca ou castanho-amarelada, é macia e pegajosa, mas ao pingar no solo, endurece-se e se torna vermelho-escura ou negra.

A mirra era um dos ingredientes do óleo de santa unção. (Êxo. 30:23-25) Prezada por sua fragrância, era usada para aromatizar roupas, camas e outros itens. (Coteje com Salmo 45:8; Provérbios 7:17; Cân. 3:6, 7.) A jovem sulamita de O Cântico de Salomão parece ter aplicado mirra líquida em seu corpo antes de recolher-se à noite. (Cân. 5:2, 5) Massagens com óleo de mirra foram incluídas no tratamento especial de beleza dado a Ester. (Est. 2:12) A mirra foi também uma das substâncias empregadas na preparação dos corpos para o sepultamento. (João 19:39, 40) Era aparentemente considerada como tendo valor suficiente para ser oferecida qual presente a alguém que nascera rei dos judeus. — Mat. 2:1, 2, 11.

MOSTARDA. Erva de crescimento rápido a cuja semente ou grão Jesus se referiu numa ilustração. (Mat. 13:31, 32; Mar. 4:30-32; Luc. 13:18, 19) Várias espécies de mostardeiras crescem em sua forma silvestre na Palestina, a mostarda-negra (Brassica nigra) sendo a variedade comumente cultivada. No solo rico, a semente depois de alguns meses, poderá tornar-se uma planta arbórea, planta que chega a medir de 3 a 4,60 metros de altura, com um tronco central que possui a grossura do braço dum homem. As flores das mostardeiras são amarelas, e as folhas têm extremidades um tanto irregulares e são verde-escuras. As vagens que se desenvolvem contêm uma fileira de sementes, as da mostarda-negra sendo castanho-escuras. No outono setentrional, os caules e ramos das mostardeiras se endurecem e se tornam rígidos, bastante fortes para suportar o peso de aves tais como pintarroxos e tentilhões que se alimentam das sementes.

Ao passo que alguns talvez arguam que um grão de mostarda não é “a menor” de todas as sementes, as sementes da orquídea sendo menores e que realmente não se tornam uma “árvore” deve-se ter presente que Jesus falava em termos familiares à sua assistência. No que tange aos ouvintes de Jesus, o grão de mostarda se situava, deveras, entre as menores sementes plantadas, e é digno de nota que os árabes chamam de “árvores” plantas menores do que a mostardeira. — Mat. 13:31, 32.

MURTA [Heb., hadhás]. A murta ou murta-do-jardim (Myrtus communis) cresce quer como arbusto quer como árvore, e é comum na Palestina e no Líbano, crescendo bem em solo pedregoso. Pode atingir uma altura de 9,10 metros, mas, usualmente é encontrada como arbusto de 60 cm a 1,20 metros de altura. Como sempre-verde, é bem ramalhuda na estrutura dos seus ramos, possui folhas verde-escuras grossas, brilhantes, e floresce em cachos de fragrantes flores brancas que ao amadurecer se tornam frutinhas azul-escuras. Quase toda a planta possui óleo perfumado picante, usado em perfumes. As frutinhas, embora aromáticas, são comestíveis. A murta é encontrada atualmente em especial, na região do monte Carmelo, e na Galiléia, mas também cresce na área de Jerusalém, como evidentemente crescia no tempo da visão de Zacarias, registrada em Zacarias 1:8-11, 16.

Os ramos fragrantes da murta eram usados junto com os ramos de outras árvores, para cobrir as cabanas ou barracas temporárias para o ar livre, usadas pelos hebreus durante a ‘festividade das barracas’. (Nee. 8:14, 15) Nas profecias da restauração, prediz-se que a murta com sua fragrância e beleza, crescerá em lugar da urtiga e surgirá mesmo no ermo. — Isa. 41:19; 55:13.

O nome de Ester, esposa do rei persa, Assuero, era “Hadassa” em hebraico, por isso sendo derivado do nome da murta. — Ester 2:7.

NARDO. Pequena planta aromática (Nardostachys jatamansi) encontrada nos montes Himalaia. As hastes e raízes desta planta são, em geral, consideradas como sendo a fonte do nardo mencionado na Escritura. (Cân. 1:12; 4:13, 14; Mar. 14:3) O nardo se diferencia por seus feixes de hastes escuras, piliformes, de cerca de 5 centímetros de comprimento, que se ramificam do topo da raiz. As folhas germinam da porção superior da planta, que termina com cachos de flores róseas.

A fim de preservar sua fragrância, o nardo, um líquido leve, aromático, de coloração avermelhada, era colocado em caixas de alabastro uma pedra macia, usualmente esbranquiçada, marmórea, assim chamada por causa de Alabastrão, Egito, onde se fabricavam vasos deste material. O quase meio quilo de óleo perfumado, “nardo genuíno”, derramado por Maria, de um vaso de alabastro, sobre a cabeça e os pés de Jesus Cristo, ‘em vista do seu enterro’ foi avaliado em 300 denários (uns US$ 48, de 1971, ou Cr$ 1.056,00, de 1979), o equivalente a cerca do salário de um ano. (Mar. 14:3-9; João 12:3-8; Mat. 20:2) Ser este óleo tão custoso sugere que a fonte dele poderia estar na distante Índia.

NOGUEIRAS.

1. [Heb., botním]. Dentre os “produtos mais excelentes do país”, que Jacó enviou qual presente para José do Egito achava-se o que, em geral, considera-se como sendo o fruto da Pistacia vera, isto é, “nozes de pistácia”. (Gên. 43:11) Tais nozes são ainda consideradas uma fina iguaria na Síria e no Egito. O fruto possui uma camada exterior fina, seca, que varia de cor indo do vermelho-claro ao amarelo, e contém dentro de si dois cotilédones verde-claros. Tais nozes são comidas frescas ou assadas, e possuem um sabor doce, um tanto oleoso. As árvores abundam na Síria, mas são muito menos comuns na Palestina, atualmente.

O nome da cidade de Betonim, no território de Gade, poderá ter-se derivado deste termo hebraico, talvez devido a que então houvesse uma abundância de pistácias ali. Jos. 13:24-26.

2. [Heb., ’eghóhz]. A jovem sulamita, em O Cântico de Salomão (6:11) fala de descer “ao jardim das nogueiras”. As nogueiras aqui mencionadas podem bem ter sido nogueiras-européias (Juglans regia). Esta árvore é nativa da Pérsia (embora amiúde seja chamada de nogueira-européia), sendo presentemente cultivada na Galiléia, e nas encostas do Líbano e do monte Hermom. O historiador judeu, Josefo fala dela como crescendo em abundância na área do Mar da Galiléia no primeiro século E. C. (Guerras Judaicas, em inglês, de Josefo, Livro III, cap. X, seção 8) A nogueira é uma árvore bonita, atingindo cerca de 9,10 metros de altura, possuindo folhas fragrantes que fornecem excelente sombra. A madeira possui grãos cerrados e é muito apreciada pelos marceneiros que fabricam armários por sua beleza. O fruto da árvore é envolto numa casca carnuda que contém ácido tânico e, quando fervida produz um corante marrom-forte. As nozes são altamente prezadas por seu rico sabor, e são submetidas a pressão para extração de um óleo quase igual ao óleo de oliva, quanto à qualidade.

OLEASTRO (ÁRVORE DE ÓLEO) [Heb., ‘ets shémem]. A identificação desta árvore é duvidosa. Seu nome hebraico indica uma árvore de “madeira oleosa”, rica em óleo ou duma substância similar. Há muito se tem considerado como sendo o oleastro (Elaeagnus hortensis ou Elaeagnus angustifolia), pequena árvore ou arbusto comum na Palestina, que apresenta folhas verde-cinzentas similares às da oliveira e produz um fruto do qual se obtém óleo, muito inferior ao óleo de oliva. Ao passo que sua madeira é dura e de grãos finos, tornando-a apropriada para esculturas, dificilmente parece ajustar-se à descrição fornecida da ‘árvore de óleo’ ou ‘oleastro’ de 1 Reis 6:23, 31-33. Ali se declara que, na construção do templo, os dois querubins, cada um com cerca de 4,60 metros de altura, bem como as portas do Santíssimo e os “batentes” das portas, da entrada principal do templo, foram feitas de ‘oleastro’. O oleastro parece uma planta pequena demais para ajustar-se adequadamente a tais exigências.

As traduções Almeida e Centro Bíblico Católico referem-se à madeira ou pau de oliveira em 1 Reis 6:23, e sugere-se que os querubins poderiam ter sido feitos de vários pedaços ajuntados, visto que o curto tronco da oliveira não fornece madeira de grande comprimento. Ainda assim, ser a oliveira mencionada como distinta do oleastro, em Neemias 8:15, pareceria eliminar tal sugestão.

Por esse motivo, há autoridades que recomendam o pinheiro-de-alepo (ou pinheiro-de-jerusalém; Pinus halepensis), que crêem poderia ter sido chamado de ‘árvore de óleo’ (ou oleácea) por produzir betume e terebintina. Este pinheiro majestoso é uma das sempre-verdes mais comuns da Palestina, e há evidência de que a região em torno de Jerusalém certa vez possuía considerável floresta delas. Cresce de 9,10 a 15,20 metros de altura, tendo macia casca cinzenta, agulhas verde-claras e cones castanho-avermelhados. Diz-se que sua madeira é duma qualidade que se aproxima da do cedro. Esta árvore, portanto, poderia ajustar-se às exigências da construção do templo; no entanto, em vista da falta de evidência positiva, a Tradução do Novo Mundo traduz o termo simplesmente como “oil tree” (árvore de óleo; em inglês); “oleastro” (em português).

Os ramos do oleastro, junto com os das oliveiras, das murtas e das palmeiras eram usados em Jerusalém, na Festividade das Barracas. (Nee. 8:15) O oleastro é também uma das árvores preditas como embelezando o ermo, na profecia de Isaías sobre a restauração. — Isa. 41:19.

OLÍBANO [Heb., levohnáh, levonáh; Gr., líbanos]. Trata-se do produto das árvores de incenso do gênero Boswellia, aparentadas do terebinto, e também de árvores que produzem o bálsamo e a mirra. As árvores são grandes, as folhas lustrosas, com extremidades serrilhadas, as flores tendo pontas brancas ou verdes, em formato de rosa ou estrela. São originárias da Índia, Arábia, de partes da África e das Índias Orientais. O Cântico de Salomão menciona “o morro do olíbano”, pelo que parece em sentido figurado, mas talvez indique o cultivo de árvores de incenso nos parques reais de Salomão. — Cân. 4:6, 12-16; Ecl. 2:5.

O olíbano era um dos principais itens levados pelas caravanas de comerciantes orientais que viajavam pelas rotas de especiarias que partiam da Arábia do Sul, subindo até Gaza, próximo do Mediterrâneo, e indo para Damasco. As referências bíblicas indicavam que era exportado desta forma de Seba para a Palestina. — Isa. 60:6; Jer. 6:20.

O olíbano era obtido por meio de sucessivas incisões na casca ou por descascar a árvore em certos intervalos, fazendo com que o látex branco (depois de várias incisões, fica manchado de pontos amarelos ou vermelhos) fluísse e se formasse em lágrimas de cerca de 2,5 centímetros de comprimento. Quando juntado, o olíbano consiste em uma goma-resina aromática em pequenos punhados ou contas, tendo gosto amargo e produzindo um odor aromático, quando queimado. — Cân. 3:6.

Além das referências em O Cântico de Salomão, o olíbano é mencionado regularmente nas Escrituras Hebraicas em conexão com a adoração. (Compare com 2 Coríntios 2:14-16.) Era um ingrediente do santo incenso usado no santuário (Êxo. 30:34-38), era usado nas ofertas de cereais (Lev. 2:1, 2, 15, 16; 6:15; Jer. 17:26; 41:4, 5) e em cada fileira do pão da apresentação do santuário (Lev. 24:7). Mas não deveria ser incluído nas ofertas pelo pecado (Lev. 5:11), nem na “oferta de cereais do ciúme”. (Núm. 5:15) Isto era, sem dúvida, porque essas últimas ofertas tinham que ver com o pecado ou erro, e não eram oferecidas qual sacrifício de louvor ou de agradecimento a Jeová.

O olíbano é mencionado como sendo estocado nos prédios do templo reconstruído, após a volta do exílio babilônico. (1 Crô. 9:29; Nee. 13:5, 9) Os astrólogos orientais que visitaram o menino Jesus trouxeram consigo o olíbano (Mat. 2:11), e é mencionado como um dos itens comerciais vendidos à Babilônia, a Grande, antes da destruição dela. (Rev. 18:8-13) O termo grego para o vaso celeste de incenso, em Revelação 8:3, 5, é libanotós, e se deriva da palavra hebraica para “olíbano”.

O profeta Isaías registra o desprazer e a desaprovação de Jeová quanto às dádivas e ao uso do olíbano, quando oferecido por aqueles que rejeitam sua Palavra. — Isa. 66:3.

[Foto na página 24]

Ramo florescente do loureiro.

[Foto na página 27]

Pequeno ramo da “Boswellia thurifera”, uma das árvores das quais se extrai o olíbano.

    Publicações em Português (1950-2026)
    Sair
    Login
    • Português (Brasil)
    • Compartilhar
    • Preferências
    • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
    • Termos de Uso
    • Política de Privacidade
    • Configurações de Privacidade
    • JW.ORG
    • Login
    Compartilhar