Um outro aspecto do problema de língua
Muitos irmãos, quando consideram a possibilidade e a oportunidade de servir onde a necessidade é grande em outros países, se preocupam com as dificuldades do idioma. Às vezes, um erro na linguagem pode provar ser uma bênção disfarçada, como demonstra a seguinte experiência: Certo dia um dos nossos pioneiros se apresentou como um ministro ou servo, pregando de casa em casa. Numa das casas uma senhora jovem veio à porta, e assim que ele se apresentou, ela o mandou entrar. Aconteceu que esta senhora entendeu mal quem ele era, pois na Islândia “servo” significa garção, e ela realmente pensou que ele fosse um colega do seu marido, que era garção no hotel da comunidade. Ela sabia que o seu marido ia chegar logo, portanto achou que deveria deixar este suposto colega de serviço entrar para vê-lo. Naturalmente, riram-se quando o equivoco foi esclarecido, mas logo o marido chegou, e o nosso “garção espiritual” não perdeu tempo, mas serviu ao casal uma boa refeição espiritual, da qual gostaram muito, e até pediram que voltasse, mas não sozinho — queriam que trouxesse a esposa. Iniciou-se logo um estudo bíblico regular, e o casal interessado fez tão rápido progresso, que logo também começaram a servir o mesmo alimento espiritual a outros. Mesmo no hotel o garção falava com todos os que o ouviam. Em pouco tempo, tornaram-se regulares publicadores de casa em casa, e ambos já são batizados. Eles estão muito contentes de que foram visitados por este “garção espiritual” e também estão muito contentes de que o nosso irmão pioneiro não se refreou de testemunhar numa língua diferente da sua. — Anuário das Testemunhas de Jeová para 1962 (em inglês), página 81.