Perguntas dos leitores
● Teria sido permitido a Adão e Eva que alguma vez comessem da árvore do conhecimento do bem e do mal? — D. A., Estados Unidos.
Após citar Gênesis 2:15-17, o livro “Novos Céus e uma Nova Terra” diz, nas páginas 72 e 73 da edição em inglês: “De acordo com isso, o homem não morreria por não comer da árvore do conhecimento, mas morreria se comesse dela enquanto estivesse proibido.” Isto dá a entender que viria o tempo em que o comer dêste fruto não seria proibido. Essa árvore simbolizava o poder ou capacidade de determinar e decretar o que é bom e o que é mau. Depois que Adão e Eva tivessem provado obediência a Jeová durante um período de tempo, e tivessem evidenciado conformidade com o julgamento de Deus no tocante ao que era bom e ao que era mau, tivessem assimilado os princípios divinos que governam a conduta correta em contraste com a errada, então, há possibilidade de que Jeová lhes tivesse permitido comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Isto mostraria que sua educação sob a direção de Deus os tinha preparado para fazer isto em harmonia com o julgamento de tais coisas por Deus e que então podiam determinar corretamente o que era bom e o que Adão e Eva, porém, não esperaram, não passaram pelo período necessário de educação e instrução divina, e falharam na prova quando correram na frente de Jeová e comeram do fruto proibido naquela época. Assim, nunca chegaram ao ponto em que puderam julgar corretamente ou determinar com certeza o que era bom e o que era mau. Tampouco o têm feito os seus decendentes, que herdaram o pecado e a imperfeição. Nas Escrituras, não se encontra nada para indicar que, com a restauração do paraíso terrestre debaixo do reino de Deus mediante Cristo, a “árvore do conhecimento do bem e do mal” será restaurada para provar a humanidade. Conforme se diz na página 352 do livro acima mencionado: “A prova sôbre a terra não se dará por qualquer ‘árvore do conhecimento do bem e do mal’ replantada. Por volta do fim do milênio, a humanidade aperfeiçoada já terá passado pelo bem e pelo mal por experiência real. A prova será por meio do mesmo que desviou a humanidade no princípio de sua história, Satanás, o Diabo, junto com seus demônios.”
●Quando uma mulher grávida, solteira, que fêz arranjos para que seu filho seja adotado por outros, chega ao conhecimento da verdade antes de nascer a criança, deve ela sentir-se obrigada a ficar com a criança, a fim de lhe ensinar a verdade da Palavra de Deus?
Alguém talvez argumente que, se o bebê fôr adotado por outros, terá mais no sentido material e não terá de levar o estigma da ilegitimidade. As provisões espirituais, porém, são mais vitais do que as coisas materiais, e, se fôr necessário, o estigma local pode ser evitado por a mãe se mudar para outro lugar.
Jeová ordena aos pais: “Estas palavras que eu hoje te intimo, estarão sobre o teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e deles falarás, sentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te e ao levantar-te.” Poderia a mãe fazer isso se ela der o filho a outros? Como poderia dar-lhe o início correto na vida: “Educa a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho, não se desviará dele”? — Deu. 6:6, 7; Pro. 22:6.
Por um momento parece ser sábio desobrigar-se do problema, por fazer que o filho seja adotado, mas, é contra o instinto materno, e, com o passar do tempo, pode surgir o arrependimento amargo por causa dêste proceder. É contra a afeição natural, embora se nos diga que, nestes últimos dias dos tempos críticos e difíceis, muitas pessoas estariam “sem afeição natural”. Seria melhor seguir os princípios da afeição e do amor materno para com o filho e ter a consciência tranqüila. Pareceria até uma violação dos princípios da fé cristã, deixar de cuidar da criança que se trouxe à existência. Paulo escreveu: “Se alguém não cuida dos seus e especialmente dos de sua família, tem negado a fé e é pior que um incrédulo.” — 2 Tim. 3:3; 1 Tim. 5:8.
Portanto, pareceria mais corajoso e mais cristão levar a carga de ficar com a criança e de cuidar dela, enfrentando tôdas as conseqüências que possam surgir, tais como a perda da reputação. Especialmente agora, que a mãe veio ao conhecimento da verdade e está em posição de ensinar a verdade ao seu filho, tornando talvez possível que viva para sempre num novo mundo de justiça. A pessoa que se encontra em tal situação difícil tem de fazer a sua própria decisão quanto ao proceder que adotará.