Perguntas dos leitores
● Por causa das informações apresentadas na Sentinela de 1.° de janeiro de 1957, sôbre batismo, várias pessoas têm perguntado se é aconselhável que sejam batizadas novamente. Dizem que o seu entendimento sôbre êste assunto é agora melhor do que quando foram batizadas. Também, dissera-se a alguns, em anos passados, que sua imersão em água, feita por um dos sistemas religiosos da cristandade, era suficiente para simbolizar sua dedicação, dado que êles entendessem naquele tempo que se estavam dedicando para fazer a vontade de Jeová; mas, agora, êste artigo (página 11, parágrafo 14) diz que o batismo pelos sistemas religiosos da cristandade, da atualidade, não é válido, e que tais pessoas devem ser batizadas novamente pela organização teocrática de Jeová. Eles perguntam se devem agora ser batizados novamente, e se assim fôr, qual é a data da dedicação que se deve anotar no cartão de Registro de Publicador? Deve ser anotada a data do último batismo, mesmo que a pessoa tenha estado na verdade e tenha testemunhado ativamente por dez ou vinte anos, ou mais?
Com respeito à pergunta sôbre pessoas que já foram batizadas pelas testemunhas de Jeová e que sentem a necessidade de ser batizadas de novo, em vista do artigo acima mencionado, surge o seguinte pensamento: Entenderam o discurso do batismo os que o ouviram quando foram imersos? Entenderam êles que a imersão em água simbolizou uma dedicação que já deviam ter feito em seu coração, um voto ou uma decisão já feita perante Deus, para fazer a sua vontade? Não foram específicas as perguntas que lhes foram propostas na ocasião do seu batismo? Não indicaram o discurso e estas perguntas os requisitos, de modo claro e vigoroso? Se o discurso do batismo explicou o assunto claramente e as perguntas propostas aos candidatos foram fraseadas de modo claro e sem engano, por que deveria aquêle que então disse Sim àquelas perguntas dizer que não sabia ou não entendia o que estava fazendo?
Todos nós temos, sem dúvida, aumentado a nossa apreciação da dedicação desde que a simbolizamos pela imersão em água. Certamente, não tínhamos uma apreciação cabal quando a fizemos, ou tão cabal quanto temos agora. Mas, isto não significa que devamos ser batizados de novo. Êste artigo da Sentinela não disse nada mais, nem diferente, do que os artigos prévios disseram sôbre o assunto, exceto o ponto sôbre o batismo administrado por denominações religiosas da cristandade como não sendo suficiente hoje, desde 1918 E. C., quando Jeová Deus, acompanhado do Mensageiro do Pacto, veio ao templo e rejeitou a cristandade.
De modo que fica ao critério destas pessoas que estão incertas determinar quando foi que se dedicaram conscientemente a Deus, dedicação esta que podem agora lembrar claramente com uma consciência satisfeita, e se esta se deu depois de serem batizadas anos atrás, então deveriam ser batizadas novamente em símbolo da sua dedicação real, e deve-se anotar esta data no cartão de Registro de Publicador.
Uma vez que a pessoa já foi batizada com entendimento, em símbolo da sua dedicação, não é necessário nem apropriado que seja batizada de novo, mesmo que se afaste ou se torne inativa por algum tempo, assim como um membro do corpo de Cristo não precisa ser ungido de novo. O seu batismo, uma vez realizado, permanece para sempre como testemunho da sua dedicação a Jeová e como sinal permanente das suas obrigações para com Deus.
Quanto ao batismo ou imersão total de pessoas enquanto eram membros da organização religiosa da cristandade, e antes de se associarem com as testemunhas de Jeová: Em 1918, as denominações religiosas da cristandade, por causa da sua conduta, foram definitivamente rejeitadas, mediante o juízo de Jeová por meio de Seu Mensageiro no Seu templo. Antes disso, muitos que estavam em relação com estas denominações estudaram conscienciosamente as suas Bíblias e chegaram a discernir que deviam entregar-se, ou dedicar-se, ou “consagrar-se” a Deus por meio de Cristo, para serem de Deus e para daí em diante fazerem a Sua vontade, confiando na Sua ajuda por meio do Seu espírito santo. Perceberam corretamente que o batismo em água, por meio de completa submersão, era a coisa correta a se fazer, a fim de representar esta rendição de si mesmos a Deus, mediante Cristo. Portanto, fizeram com que os clérigos ou os autorizados nas denominações religiosas os imergissem, fazendo isto com as palavras rituais, “em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”, e confiaram na operação do espírito de Deus, conforme descrita nas Escrituras que haviam lido e com as quais estavam familiarizados.
Seja notado que estas pessoas fizeram uma dedicação verdadeira de si mesmas a Deus, mediante Cristo, e oraram para que Deus enviasse o seu espírito santo, e sentiram-se, daí em diante, obrigadas para sempre por meio dela. Não fizeram esta dedicação por meio do clérigo ou o que os batizou. Isto está comprovado pelo fato de que depois de conhecerem as verdades conforme apresentadas pelas testemunhas de Jeová, perceberam a sua obrigação, não de dedicar-se novamente a Deus, mas, de “sair do meio dela” ou sair da Babilônia antitípica, portanto, romperam as suas relações com as denominações religiosas e tornaram-se testemunhas de Jeová, e continuaram a fazer a Sua vontade com conhecimento melhor e entendimento mais claro. Não foram batizadas novamente, mas persistiram em cumprir a sua dedicação feita previamente, e Jeová manifestou que as aceitou, usando-as em seu serviço, manifestando por meio delas a operação do Seu espírito, enquanto ao mesmo tempo elas produziram os frutos do Seu espírito. Isto indica que a coisa essencial para validar a dedicação é, não aquilo que a pessoa que batiza (seja um clérigo ou não) entende ou pensa, mas aquilo que a pessoa imersa pensa, entende ou faz. A dedicação foi correta, o símbolo da água foi correto e Deus indicou a sua aceitação, pondo o Seu espírito sôbre a pessoa imersa. Por que, então, deveria a pessoa ser rebatizada depois de ter abandonado a Babilônia antitípica, em cumprimento da sua dedicação, e ter-se tornado uma das testemunhas de Jeová?
Note-se especificamente o que diz o parágrafo 14, na página 11, da Sentinela, já mencionado anteriormente: “Muitas vêzes se faz a pergunta se a pessoa, já batizada numa cerimônia realizada por algum outro grupo religioso, deve ser batizada novamente, ao chegar ao conhecimento acurado da verdade e fazer sua dedicação a Jeová.” Note-se aquelas seis últimas palavras: “E fazer sua dedicação a Jeová.” Isto é, fazer uma dedicação depois de receber as verdades apresentadas pelas testemunhas de Jeová e depois de abandonar a Babilônia antitípica. Isto significa que tal pessoa não tinha simbolizado a dedicação de si mesma a Deus quando batizada “em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”, pelo encarregado duma denominação religiosa, mas, meramente, que tal pessoa se tornara membro de tal denominação. De modo que percebeu a necessidade de fazer uma dedicação e de simbolizá-la depois de se associar com as testemunhas de Jeová. Esta pessoa, apropriadamente, é rebatizada. Em harmonia com isso, os doze homens que foram rebatizados, segundo Atos 19:1-7, já haviam sido batizados antes, em nome do Pai, mas não em nome de Jesus, nem em nome do espírito santo, a respeito dos quais não haviam ouvido falar, de modo que sua imersão total, anterior, não foi em nome de todos os fatôres envolvidos, sendo êste o motivo pelo qual não podiam receber o espírito santo antes de Paulo os ter rebatizado.
Portanto, agora que a chamada para sair da Babilônia está sendo claramente feita, se alguém tiver ouvido tal chamada e, apesar disso, ainda permanecer numa parte religiosa da Babilônia antitípica e fôr imerso em tais grupos religiosos, sua imersão não é válida. Sua decisão “não pode ter sido uma dedicação de fazer a vontade de Deus, porque, citando-se o parágrafo 14, “a pessoa se teria separado de tais sistemas babilônicos que desonram a Deus, antes de permitir que a batizassem”. Tal pessoa só poderia fazer uma dedicação aceitável depois de ter ‘saído da Babilônia’, e teria de simbolizar tal dedicação por meio de um novo batismo em água, sendo totalmente submergida. É a data dêste novo batismo que se deve anotar no cartão de Registro de Publicador na congregação com a qual se associa. Nunca aparece a data da dedicação, mas entende-se que precedeu o momento do batismo.
Se uma pessoa assiste ao serviço de batismo, mas não se senta entre os candidatos ao batismo e não responde oralmente às perguntas, mas, decide depois ser batizada em símbolo da dedicação e entra na fila dos candidatos e realmente é batizada na mesma base que êles, tal pessoa assumiu um compromisso perante Jeová Deus, mediante Cristo. Sua dedicação simbolizada deve permanecer como um compromisso eterno da sua parte, e deve considerar-se obrigada por meio dêle à vista de Deus. Deus leu o seu coração e viu o que ela fêz, e, portanto, obriga-a a cumprir a sua profissão pública de dedicação. Mas, no futuro, será melhor que tal pessoa faça o seguinte, antes de se submeter ao batismo: ir ao orador que proferiu o discurso do batismo, tendo ouvido o discurso, e fazer com que êle proponha as duas perguntas a esta pessoa em particular, para obter respostas afirmativas.