Pregando a Palavra com Denôdo no Brasil

NO BRASIL, nem a situação política, nem a inflação galopante desencorajam as testemunhas de Jeová. Continuam a pregar as boas novas do Reino. A sua esperança se fixa firmemente no nôvo sistema de coisas de Deus. Sabem que se precisa de fé e avançam no serviço de Jeová. Uma das coisas notáveis no Brasil é que a assistência ao estudo da Sentinela para todo o país é agora de 105 por cento do total de publicadores. Em outras palavras, mais pessoas assistem ao estudo da Sentinela do que o total de publicadores do Reino. É de se admirar, então, que a obra cresça tão ràpidamente no Brasil? Isto tornou necessária a construção de novo lar de Betel e um Salão do Reino no terreno da Sociedade. Tem-se mostrado grande ajuda na obra de expansão. O servo de filial enviou algumas experiências muito interessantes e diz:

“Todos desejam expressar a gratidão pela ajuda financeira que foi dada a grande número de irmãos no Brasil, a fim de que pudessem assistir a uma das Assembléias ao Redor do Mundo. Foi verdadeira expressão de amor da parte da Sociedade e dos irmãos, cujas contribuições tornaram possível a muitas pessoas assistirem às assembléias. Todos se sentem revigorados e fortalecidos de modo espiritual, e isto se reflete na obra.”

Ao passar por uma cidade isolada, certo representante viajante da Sociedade teve oportunidade de dar testemunho a diversas famílias. Uma das famílias mostrou muito interêsse na mensagem do Reino. Visto que não havia publicadores que morassem naquela cidade, que pudessem cuidar dos interessados, o representante decidiu fazer revisitas por meio de cartas. Convidou a família a lhe escrever e fazer perguntas. A família fêz isto. Em resposta, êle também fazia perguntas, de modo a animar a família a estudar e fazer pesquisa, e a família respondia às perguntas enviadas nas cartas. Esta troca regular de cartas se transformou num estudo bíblico dirigido por correspondência. A família começou a dar testemunho a seus parentes e vizinhos e escreveu a respeito de suas experiências. Quando chegou a ocasião de se realizar a assembléia do circuito local, a família foi convidada. Ali, tiveram a oportunidade de assistir à reunião de serviço e de participar no trabalho de casa em casa, junto com publicadores maduros. Êste treinamento lhes foi de grande vitalidade e os ajudou a fazer maior progresso no ministério. São todos publicadores regulares agora. Foi formado um grupo isolado e a família receberá mais ajuda e treinamento, por meio da visita regular do servo de circuito.

Os irmãos que aceitaram o convite de servir onde há mais necessidade têm recebido ricas bênçãos. Após certa assembléia, um irmão e a esposa fizeram arranjos de se mudarem para uma cidade de cêrca de cinco mil habitantes, em que se havia dado muito pouco testemunho. Depois de dois anos, dez publicadores já relatavam serviço de campo e já foi formada agora ali uma pequena congregação, fruto do trabalho dêstes dois publicadores. Outro casal enviou suas petições para pioneiros de férias e escolheu território em que há mais necessidade. Depois de trabalharem como pioneiros de férias por quatro meses, o casal solicitou a continuação do serviço por mais quatro meses. No fim dos oito meses, dirigia dez estudos bíblicos e foi formada uma congregação de onze publicadores. Famílias inteiras têm também usufruído as bênçãos resultantes de servirem onde há mais necessidade. Certa família, no estado da Bahia, se mudou para uma pequena cidade em que ninguém pregava o reino de Deus. Viveram ali e serviram com paciência durante três anos. Apesar das objeções do clero local, as pessoas de boa vontade aceitavam a verdade, e quanto mais os trabalhadores aumentavam, tanto mais ràpidamente crescia a obra. Uma igreja abandonada foi comprada e transformada em Salão do Reino. Dêste centro, a verdade se disseminou na localidade, de modo que há agora três congregações e dois grupos isolados de publicadores, perfazendo um total de cem publicadores ativos que relatam serviço de campo.

A espôsa de um servo de distrito recebeu algumas fôlhas de assinaturas expiradas, ao trabalhar com certa congregação, junto com o marido. Algumas das folhas já eram de vários meses atrás, mas ela achou que mereciam pelo menos uma visita. Algumas pessoas haviam-se mudado, e, ao fazer as revisitas, ela teve que ir às vêzes a três endereços diferentes antes de encontrar a devida pessoa. Quais foram os resultados? No total, foram obtidas sete assinaturas e foi iniciado um estudo bíblico. Também auxiliou os irmãos a entender seu privilégio de visitar tôdas as pessoas cujas assinaturas terminarem.

A escola de leitura e escrita, dirigida em 414 congregações no Brasil, ajudou 447 pessoas de boa vontade e publicadores a aprenderem a ler e escrever, durante o ano passado. Certo publicador, muito feliz, relata a sua experiência: “É com prazer e felicidade que lhes escrevo a fim de lhes agradecer, em nome de Jeová, a maravilhosa provisão da Sociedade para ajudar pessoas como eu a ler e a escrever. Quando comecei a aprender a verdade, não podia ir de casa em casa sòzinho, visto que não sabia ler. Agora, sinto-me muito feliz porque aprendi a ler e posso dar sermões às portas. Já estou dirigindo um estudo bíblico domiciliar, graças a Jeová.” Numa assembléia de circuito recente, um irmão de setenta e nove anos de idade leu a sua própria experiência, contando como, na sua idade, pôde aprender a ler na escola de leitura da congregação. É agora um publicador eficiente. Outro senhor de trinta e oito anos contou como foi que assistiu uma vez a um discurso público e gostou do que ouviu, mas, visto que estava levando uma vida ruim, e, além disso, não sabia ler, pensou que não tinha esperança de aprender alguma coisa e mudar seu modo de viver. No entanto, foram-lhe feitas revisitas por parte de publicadores locais e êle foi animado a freqüentar as reuniões, finalmente se matriculando na escola de leitura e escrita. Êle aprendeu a verdade, aprendeu a ler, mudou seu modo de vida e é agora servo e dirigente de estudo de livro na congregação.