Como devemos reagir quando ocorre alguma calamidade?
1 Todos nós ficamos preocupados quando as chuvas que caíram de norte a sul do país, no começo do outono deste ano, provocaram inundações em muitas cidades, deixando no seu rasto prejuízos materiais de grande monta, além do desabrigo resultante da destruição de lares nas áreas atingidas. Sabemos que “o tempo e o imprevisto sobrevêm a todos” (Ecl. 9:11), por isso, além da preocupação natural com o bem-estar de nosso próximo em geral, pensamos em nossos queridos irmãos e como foram afetados.
2 A administração de socorros por ocasião de calamidades dessa natureza, depende muito da brevidade com que as informações chegam ao escritório da Sociedade e aos irmãos em cidades vizinhas não atingidas, o que exige pronta ação dos anciãos das congregações vitimadas.
3 Entre as primeiras providências que devem ser tomadas pelos irmãos responsáveis recomenda-se que todos os irmãos e pessoas interessadas sejam visitadas, a fim de se saber como estão passando, se há feridos etc., e quais são suas necessidades urgentes. Se houver feridos, estes serão os primeiros a receber atenção. Às vezes, pode-se usar o Salão do Reino como base de operação, onde também os irmãos desabrigados podem ser hospedados e receber socorro. Depois desse passo inicial, as congregações vizinhas, de áreas não atingidas, poderão ser informadas por telefone ou por outros meios, lembrando-se de que geralmente os meios normais de comunicação são cortados, pondo-as a par da situação e das necessidades dos irmãos e pessoas interessadas. Para cuidar da administração de socorro, no recebimento e na distribuição dos recursos providos, os anciãos poderão designar uma comissão, composta de irmãos maduros, anciãos ou servos ministeriais. Se o superintendente de circuito estiver visitando uma congregação vizinha, ele poderá ser informado da extensão da calamidade, e então poderá cooperar com os anciãos locais nas providências mais urgentes.
4 Conforme comentado acima, é importante que se faça prontamente um relatório à Sociedade, relatando-se de modo simples e claro, sem exagerar, nem subestimar os perigos, a proporção da calamidade e que tipo de assistência se torna necessária. Relate apenas os fatos. Será de ajuda indicar o número de irmãos vitimados, especificando-se, entre os dedicados, quantos homens e quantas mulheres bem como o número de rapazes e moças envolvidos, fazendo-se o mesmo com relação aos não dedicados e às pessoas interessadas. Se for necessário um suprimento de roupa, a lista deve indicar o número necessário de roupa para homem, para mulher, para jovem e para criança. De posse de tais informações, a Sociedade dará pronta atenção as remessas solicitadas.
5 Além da assistência que as congregações e a Sociedade possam dar, é natural que alguns irmãos desejem oferecer pessoalmente alguma ajuda, e neste caso poderão comunicar-se com os anciãos da congregação da área flagelada, pondo-os a par do que estão em condições de fazer a favor das vítimas. Tal cooperação é muito apreciada em tempo de calamidade.
6 Lembrando que “o nome de Jeová é uma torre forte” (Pro. 18:10), manteremos a calma quando somos atingidos por alguma calamidade inesperada, confiando plenamente Nele. Além disso, os irmãos das áreas não afetadas manifestarão sua preocupação com o nosso bem-estar, conforme já demonstrado em outras ocasiões. Tal preocupação amorosa induziu certa irmã, vítima duma calamidade, a comentar: “Deu-me uma sensação de conforto saber quão preocupados os nossos irmãos cristãos estavam conosco.” Assim, confiando em Jeová e no interesse dos nossos irmãos, esperaremos, certos de que seremos socorridos. — Sal. 46:1-3.