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  • g70 8/8 pp. 9-12
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  • Vivendo de pílulas
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  • Por Que o Avolumante Consumo de Pílulas?
  • Perigos das Drogas Modernas
  • Pílulas Estimulantes e de Emagrecer
  • Hipnóticos; Sedativos; Tranqüilizantes
  • Analgésicos
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Despertai! — 1970
g70 8/8 pp. 9-12

Vivendo de pílulas

Do correspondente de “Despertai!” nas Ilhas Britânicas

“PÍLULAS PARA EMAGRECER MATAM BEBÊS.”

“PÍLULA ANTICONCEPCIONAL MATA MÃE DE QUATRO FILHOS.”

Aqui na Inglaterra, tais manchetes audazes nos confrontam de tempos a tempos em nossos diários. Num país em que gozamos os benefícios de “gratuito” Serviço Nacional de Saúde e em que muitos vivem de pílulas, tais tragédias são lembretes crus dos perigos das drogas.

Recente enquête feita pela revista popular dos motoristas, Drive, revelou que um de cada sete motoristas ingleses dirige sob a influência de drogas. Dados publicados pela Associação da Indústria Farmacêutica Britânica indicam que, em 1967, os médicos de família na Inglaterra e no País de Gales receitaram remédios num total de 271 milhões de vezes. E além das receitas médicas, preparados médicos comumente usados, tais como a aspirina, podem ser obtidos com facilidade quase por qualquer um.

Notícias indicam que não só na Inglaterra, mas também no continente europeu, nos EUA e em outras partes do mundo, cada vez mais pessoas recorrem ao uso de drogas. Fazem-no a ponto de as drogas se tornarem parte aceita de sua rotina diária. Comentando a situação nos EUA, o Dr. M. M. Wintrobe, Professor de Medicina da Faculdade de Medicina da Universidade de Utah, teve o seguinte a dizer: “Alguns membros de nossa sociedade moderna se comportam como se a vida fosse um processo existencial que dificilmente possa ser mantido ou suportado sem se tomar uma série contínua de drogas maravilhosas.”

Por Que o Avolumante Consumo de Pílulas?

Admite-se livremente que, nos EUA e na Inglaterra, alguns médicos estão prontos a receitar demais. Num discurso sobre o “Uso e Abuso de Drogas”, Sir Derrick Dunlop comentou três das causas de se receitar demais: “Há as insistentes demandas do público . . . Em segundo lugar, há médicos insuficientes para a crescente população: leva tempo fazer-se cuidadosa anamnese, efetuar-se cabal exame, e dar conselho sábio, mas leva apenas uns instantes para se escrever uma receita para um remédio sintomático, e isto não raro satisfaz o paciente . . . Em terceiro lugar, há a formidável e perita promoção das drogas pelos laboratórios farmacêuticos, alguns dos quais estão sujeitos a justificável crítica de violarem a verdade e o bom gosto.” (O grifo é nosso.)

Fatores similares se aplicam no tocante à automedicação. Alguns sentem insaciável desejo de tomar pílulas. Acham mais fácil, mais rápido e mais barato ir à farmácia do que determinar a causa de seu problema e lidar com ela. Outros são sem dúvida influenciados pela propaganda no rádio, na televisão e nas revistas, que recomenda remédios para todo mal.

Talvez, um dos fatores contribuintes mais importantes do avolumante consumo de pílulas hoje seja o tremendo aumento no número de drogas agora disponíveis para tratamento de doenças. Algumas delas têm sido deveras benéficas. No entanto, ao mesmo tempo, o grande incremento de drogas — o que tem sido descrito como “explosão terapêutica” — trouxe seus próprios perigos.

Perigos das Drogas Modernas

Nunca antes a classe médica esteve tão cônscia dos perigos acompanhantes do uso de drogas modernas como hoje. Um dos principais responsáveis disto foi o desastre do início da década de 1960 que trouxe a morte ou crassa deformação a milhares de bebês nascidos de mães que tomaram o que parecia ser seguro tablete para dormir contendo talidomida.

À parte dos efeitos teratogênicos (ou causadores de defeitos), as drogas modernas prescritas pelos médicos podem produzir, direta ou indiretamente, amplo espectro de reações adversas e doenças, inclusive erupções da pele, sangria na pele, sangria no estômago ou nos intestinos, hemorragias no cérebro, infecções de vários tipos, distúrbios endócrinos tais como diabetes, hiper e hipotireoidismo, úlceras gástricas e duodenais, moléstias do fígado, moléstias dos rins, moléstias dos ossos e da medula óssea, vício de entorpecentes, doença mental e até a insanidade. Uma lista deveras formidável!

Em um simpósio sobre o assunto de doenças causadas por drogas, o Dr. Louis Lasagna, da Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins, Baltimore, EUA, declarou: “Torna-se aparente, não só que existe um problema, mas também que, apesar de uma razoavelmente alta freqüência de dificuldades relatadas com drogas, os casos publicados constituem simplesmente a ponta flutuante dum iceberg, a maior parte das dificuldades permanecendo oculta por trás da aparência de nossa percepção.”

Ao discutir os efeitos tóxicos das drogas, Sir Derrick Dunlop forneceu alguma idéia da magnitude do problema na Inglaterra ao dizer: “Tem-se calculado que de 10 a 15% dos pacientes em nossos hospitais de clínicas sofrem em grau maior ou menor de nossos esforços de tratá-los — de doenças iatrogênicas, conforme são chamadas [isto é, causadas pelo médico], ou, mais otimistamente, de doenças devidas ao progresso médico.”

Em vista dos perigos da moderna terapia de drogas, compreende-se por que muitos países estabeleceram agora organizações governamentais que supervisam a introdução e o uso de drogas, bem como publicam avisos e recomendam a retirada de uma droga quando necessário.

O que dizer, porém, daquelas pílulas que as pessoas tomam todo dia sem dano aparente, pílulas que alguns médicos se inclinam a receitar demais ou que podem ser compradas facilmente, sem receita, do farmacêutico ou balconista de farmácia? Devem ser classificadas entre as drogas que podem provocar doenças? Qual seria o conceito correto a se ter do uso de tais pílulas? Consideremos algumas.

Pílulas Estimulantes e de Emagrecer

As drogas usadas mais comumente em pílulas “estimulantes” e em tabletes para emagrecer são as que pertencem ao grupo das anfetaminas e que se acham disponíveis sob ampla gama de marcas. Atuam sobre o cérebro de tal modo que desaparece a sensação de cansaço. A pessoa se torna mental e fisicamente mais ativa, mais alegre e mais confiante, muito embora talvez piore a eficiência no trabalho. Também suprimem o apetite por algum tempo. Seu efeito sobre o coração é similar ao da adrenalina liberada em acessos de ira, isso é, há um aumento no ritmo e na força das batidas cardíacas e estreitamento dos vasos sanguíneos.

Será sábio “açoitar” o coração e o cérebro desta forma? Será sábio privar o corpo do devido cuidado e descanso de que realmente carece? Dificilmente, e, por certo, não ao risco de criar sérios distúrbios de comportamento, insônia e até mesmo vício. Alguns que tomam anfetaminas por longos períodos de tempo se tornam tensos e esgotados; alguns ficaram com pressão alta e insuficiência cardíaca, e outros, com uma insanidade bem relacionada com a esquizofrenia. Havendo tais riscos, algumas autoridades médicas crêem que tais drogas não devem ter lugar no tratamento da obesidade.

Hipnóticos; Sedativos; Tranqüilizantes

As drogas que provocam sono (hipnóticos), as drogas para acalmar um paciente em aguda angústia (sedativos), ou as drogas para reduzir a ansiedade ou a tensão (tranqüilizantes) são receitadas amiúde pelos médicos e, por isso, sujeitas a abuso. Simplesmente fornecem alívio transitório de sintomas e jamais podem curar a causa.

Ao passo que há sem dúvida circunstâncias em que o uso por curto período de tempo de tais drogas seja eficaz e benéfico, sua administração a longo termo é usualmente indesejável.

As drogas nesta categoria deprimem o sistema nervoso central. Uma pessoa de outro modo saudável pode facilmente se tornar física e emocionalmente dependente de tais drogas, resultando em vício a elas. Também, guiar um automóvel pode ser perigosíssimo quando o motorista se acha sob sua influência. Em combinação com o álcool, alguns hipnóticos e tranqüilizantes podem ter efeitos letais.

Analgésicos

As drogas para alívio da dor são prontamente obtidas, na maioria dos países, sem prescrição, e se acham provavelmente entre as primeiras da lista de pílulas de que as pessoas ‘vivem’ hoje. O nome “analgesia” significa literalmente “ausência de sensibilidade dolorosa” e é lembrete de que a dor é uma sensação e não uma doença. Os analgésicos incluem a aspirina (ou ácido acetilsalicílico), bem como outras drogas que acabam com a dor, tais como a fenacetina (ou acetofenetidina) e o paracetamol, às vezes associados a outras drogas.

Tais drogas erguem o limiar da dor provavelmente por agirem na parte do cérebro chamada de tálamo. Sendo antipiréticas, também reduzem eficazmente a temperatura alta, por isso são amplamente anunciadas e usadas como remédios para dor de garganta, resfriados comuns e males de influenza. A aspirina, em especial, é tida por alguns como panacéia para todos os males — indigestão, acalmar os nervos, provocar o sono, e assim por diante. Mas, são tais drogas inteiramente seguras?

Nos anos recentes, verificou-se que a aspirina causa freqüentemente a sangria estomacal. Quão freqüentemente? Relata-se que cerca de uma colher de chá de sangue poreja por dia em 50 a 70 por cento das pessoas que tomam aspirina. Em certas pessoas, a perda de sangue é maior e pode levar à anemia por deficiência de ferro; em alguns indivíduos, pode pôr em perigo a vida, em resultado de sangria maciça. Crê-se que a aspirina interfere de algum modo com a mucosa que protege o revestimento do estômago. Os sucos gástricos, ou a própria aspirina, então causa dano ao epitélio do revestimento e provoca pequenas erosões ou úlceras que sangram.

Que o uso prolongado de fenacetina, comumente encontrada em muitos remédios para eliminar a dor, pode ser perigoso devido a um efeito prejudicial sobre os rins, é bem reconhecido. Na Suécia, a fenacetina só é obtida sob prescrição médica, e na Inglaterra todos os diabéticos e os pacientes com doenças dos rins são avisados a evitar a fenacetina.

O paracetamol, produto decomposto da fenacetina, não provoca a indigestão nem a sangria estomacal, e, neste respeito, tem vantagens sobre a aspirina. Mesmo assim, não se sabe ainda se tem efeito prejudicial sobre os rins.

Por conseguinte, os analgésicos não são inteiramente seguros. Assim, quando possível, é sábio tratar a causa da dor, ao invés de simplesmente mascarar o sintoma por meio de drogas que acabam com a dor e que atuam sobre o cérebro.

Conceito Equilibrado, Mais Saudável

Embora as drogas modernas possam ser perigosas, seu uso sábio sob supervisão médica pode ser benéfico para a saúde. Assim, para alguns indivíduos, o uso regular de drogas ajuda a manter razoável padrão de saúde. Por exemplo, para os que sofrem de epilepsia, artrite reumatóide, cardiopatia, diabetes ou doenças dos rins, as drogas podem ser de valiosa ajuda. Podem até ajudar a impedir uma doença, como no caso das drogas antimaláricas em países em que ainda grassa a malária. Para outros pacientes, ‘viver de pílulas’ é ainda mais vital e tem de ser feito indefinidamente porque a doença talvez tenha levado a algum defeito na absorção ou no metabolismo das substâncias essenciais à vida, tais como a vitamina B12, o hormônio da tireóide, a cortisona ou a insulina.

Entretanto, para muitos que hoje ‘vivem de pílulas’, isso se tornou hábito prejudicial antes que necessidade saudável. A maioria dessas drogas atuam sobre o cérebro e não deixam de ter seus maus efeitos secundários. Será sábio brincar com tais partes vitais de nosso corpo? Será sábio correr riscos quando isso é desnecessário?

Precisamos do mesmo conceito equilibrado que o médico em exercício que é verdadeiramente consciente e que, portanto, pesa os contras dos perigos das drogas modernas contra os prós dos seus benefícios, antes de receitá-las. Por mantermos tal conceito, restringiremos o uso de pílulas que contenham drogas às ocasiões em que realmente precisarmos delas.

Quão muito mais sábio é dar a devida atenção à nossa saúde por prover a nossos corpos alimento bom e nutritivo, descanso e sono adequados, antes que formar o hábito de enchê-los de drogas desnecessárias! É importante, também, alimentar nossas mentes com regularidade com o alimento espiritual que promove a saúde, contido na Palavra de Deus. Isto pode levar à saúde e a bênçãos espirituais da parte de Deus.

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