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  • Memórias do Éden
  • Despertai! — 1970
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  • Por Que Diferem do Relato de Gênesis
  • Antigas Memórias do Éden
  • Reflexos em Babilônia e Assíria
  • Memórias Edênicas na Suméria e no Egito
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Despertai! — 1970
g70 22/10 pp. 24-29

Memórias do Éden

SEM dúvida está a par do relato da Bíblia Sagrada sobre a criação do homem e a sua queda no pecado. Adão e Eva no jardim paradísico do Éden, a árvore da vida, a serpente e a árvore do conhecimento do bem e do mal são características familiares. (Gên., caps. 2, 3) Isto se dá por estarem associadas com eventos que tiveram efeitos devastadores sobre a família humana e que deixaram indelével impressão em sua memória. O gênero humano não consegue esquecer por completo que algo de trágico ocorreu no Éden.

O registro da Bíblia Sagrada tem sido o fator principal em manter vivas as memórias do Éden. No entanto, sabia que as idéias religiosas de muitos povos não-cristãos refletem o que a Bíblia diz que ocorreu no Éden?

As idéias religiosas destes povos, naturalmente, não são exatamente iguais ao registro da Bíblia. Não obstante, contêm similaridades a certas características do relato da Bíblia, e isto torna sua consideração interessantíssima e cativante.

Primeiro de tudo, mostram quão inanes se tornam os homens em seu raciocínio quando ignoram a verdade de Deus e quando se desviam dela. Também, as muitas idéias politeístas realçam a beleza e majestade do relato simples, puro e verídico de Gênesis. Isto aumenta nossa apreciação da Bíblia como a inspirada Palavra de Deus. Ademais, a própria existência de tantos conceitos religiosos diferentes, cada qual contendo algumas características torcidas do relato verdadeiro, oferece evidência confirmadora de que havia um jardim paradísico que a humanidade perdeu. — Rom. 1:21-23.

Por Que Diferem do Relato de Gênesis

Antes de considerarmos algumas das idéias religiosas de vários povos, devemos saber por que diferem do relato bíblico. Sim, como surgiram tais diferenças? A história bíblica exata mostra que, certa vez, toda a humanidade falava uma única língua e conhecia os eventos ocorridos no Éden. Adão provavelmente falara sobre eles com seus descendentes, e, assim, tais eventos devem ter-se tornado de conhecimento público.

Os oito sobreviventes do dilúvio dos dias de Noé também transmitiram informações sobre o Éden a seus filhos. Entretanto, após algum tempo, a maioria dos homens começou a rebelar-se contra Deus sob um tirano chamado Ninrode. É razoável crer que, instigados por ele, tais rebeldes começassem a torcer a verdade sobre a origem do homem como expressão de seu desafio a Deus. Por fim, Jeová Deus rompeu sua unidade de uma língua comum por fazer que subitamente falassem línguas diferentes. Por meio deste ato, obrigou-os a espalhar-se para várias partes da terra. — Gên. 10:8-12; 11:1-9.

Embora tais povos rebeldes falassem agora línguas diferentes, não olvidaram suas anteriores crenças religiosas. Assim, para onde quer que emigraram, levaram tais crenças e as expressaram em suas novas línguas. Naturalmente, seu novo ambiente e as culturas que desenvolveram nos vários lugares, ajudaram a modificar tais crenças. Assim, cada grupo, no decorrer do tempo, veio a possuir sua própria versão particular das características ligadas ao início do homem no paraíso e a sua perda do mesmo devido à desobediência pecaminosa.

Também, não é de se desconsiderar a insidiosa influência do inimigo de Jeová Deus, a saber, Satanás, o Diabo. Visto não poder eliminar a evidência do Éden, ele se certificaria que fossem torcidos cabalmente os fatos sobre ele. — João 8:44.

Podemos assemelhar tudo isto que aconteceu à forma de música conhecida como tema e variações. O tema simples e puro é expresso, e daí, segue-se uma série de variações em que o tema é floreado e até mesmo torcido pelas mudanças de tempo, harmonia e acompanhamento. Apesar de todas estas variações, pode-se ainda ouvir vagamente o tema original ou partes dele. Assim se deu com os fatos puros e históricos dos eventos do Éden. O tempo, a cultura étnica, a geografia e a influência demoníaca evidentemente desempenharam todos sua parte em formar variações torcidas do que aconteceu originalmente.

Antigas Memórias do Éden

Os povos antigos dispunham de memórias do Éden. Os arqueólogos, ao cavarem os restos de suas civilizações, descobriram bastante evidência disso. Tabuinhas de argila, selos cilíndricos, folhas de papiro, monumentos, e assim por diante, foram descobertos, contendo os conceitos religiosos dos babilônios, assírios, egípcios e outros povos.

Embora vivessem em várias localidades e possuíssem crenças divergentes, estes antigos aparentemente possuíam algumas recordações do Éden. Seus registros escritos indicam isto. O autor de Halley’s Bible Handbook escreve: “Estes registros antigos, escavados em pedra e argila, na própria aurora da história, no lar original do homem . . . são evidência de que as principais características da estória bíblica de Adão se tornaram profundamente inculcadas no pensamento do homem primitivo.”

Pertinentes são as observações do arqueólogo Sir Charles Marston em seu livro The Bible Comes Alive (A Bíblia Revive):

“Ao examinar os antigos escritos cuneiformes, alguns anteriores a Abraão, e os selos gravados e esculturas em pedra de Babilônia, Assíria e de outras civilizações primitivas, revela-se-nos notável inclinação da evidência. Até mesmo da proporção comparativamente pequena dessas relíquias de um passado remoto que chegam a nossa atenção, derivamos a impressão de que as estórias da Criação, da Tentação e da Queda do Homem . . . conforme descritas em Gênesis, eram então assunto de conhecimento atual. E que, talvez num ambiente politeísta, eram ensinadas nas escolas de Ur dos Caldeus.”

Reflexos em Babilônia e Assíria

Quais eram exatamente estes assuntos que talvez fossem ensinados em um ambiente politeísta? Por exemplo, note a crença expressa em certas inscrições babilônicas. Halley relata que tais escritos religiosos antigos afirmam que “próximo de Eridu havia um jardim em que havia misteriosa Árvore Sagrada, uma Árvore da Vida, plantada pelos deuses, cujas raízes eram profundas, ao passo que seus ramos atingiam o céu, protegido por espíritos guardiães, e sem nenhum homem entrar”. Disto pareceria que algumas das características memoráveis dos eventos do Éden ainda aparentemente pairavam nas mentes babilônicas.

A crença precedente parece indicar que a árvore da vida era algo que os antigos não podiam esquecer por completo sobre o Éden. John Elder, em seu livro Prophets, Idols and Diggers (Profetas, Ídolos e Escavadores), comenta: “Na antiga literatura babilônica há freqüentes referências à Árvore da Vida, tal como mencionada em Gênesis 2:9. Representações da árvore são freqüentes em baixos-relevos e selos de alabastro. Seus frutos supostamente conferiam vida eterna aos que comessem deles. Certa impressão em um selo cilíndrico entre as encontradas parece ser gravura da tentação e da Árvore da Vida.”

O selo cilíndrico a que o Sr. Elder se refere evidentemente é o guardado no Museu Britânico, em Londres, Inglaterra. Às vezes é mencionado como “Selo da Tentação”. A impressão ou gravura que deixa ao ser passado sobre argila mole, reflete os acontecimentos edênicos. Mostra uma árvore ao centro, com um homem sentado à direita e uma mulher sentada à esquerda. Por trás da mulher, vê-se uma serpente ereta como que falando com ela. Embora o pleno significado por trás dos simbolismos deste selo babilônico não seja conhecido, as semelhanças nele justificam sua menção.

As memórias assírias do Éden não eram diferentes das de Babilônia. Isto se dá porque as idéias religiosas da Assíria eram quase que as mesmas que as dos babilônios. Com efeito, falando-se em geral, os deuses e deusas assírios são idênticos às deidades babilônicas, exceto um, chamado Assur.

Entre as memórias assírias do Éden se destaca sua “árvore sagrada ou “árvore da vida”. O motivo de uma árvore sagrada guardada por duas criaturas aladas aparece com freqüência nas esculturas encontradas em seus palácios. Em alguns casos, as criaturas aladas são meio animais e meio humanas. Estas representações míticas torcidas são talvez lembranças da colocação de querubins “para guardar o caminho para a árvore da vida”. — Gên. 3:24.

Em 1932, encontrou-se um selo de pedra a pouco mais de dezenove quilômetros ao norte de Nínive. Este selo, agora localizado no Museu Universitário de Filadélfia, Pensilvânia, EUA, parece refletir outra memória antiga do Éden. Mostra um homem e uma mulher nus e andando curvados, como se estivessem abatidos de coração e deprimidos. Também se mostra uma serpente os seguindo. O Dr. E. A. Speiser, que encontrou o selo, disse que “sugeria fortemente a estória de Adão e Eva”.

Memórias Edênicas na Suméria e no Egito

Outro povo que tinha memórias do Éden eram os sumerianos. Sua literatura em tabuinhas de argila mostra que criam num paraíso que se localizava na terra de Dilmun, provavelmente no sudoeste da Pérsia. Utu, o deus-sol, diz-se, recebeu a ordem de regar Dilmun com água potável trazida da terra, água esta que o transformou num jardim luxuriante. Isto sugere o fato, expresso em Gênesis 2:6, de que o solo era regado por uma neblina que subia da terra. Quando Enki, o deus-água, comeu as preciosas plantas deste jardim, afirma a literatura sumeriana, a maldição de morte veio sobre ele. Isto parece remontar a Adão e Eva comerem o fruto proibido. — Gên. 3:6.

Os antigos egípcios, também, possuíam lembranças edênicas, conforme se vê de seu modo de pensar religioso. Uma delas era a crença de que, depois de seu Faraó morrer, havia uma árvore da vida da qual tinha de comer para se sustentar no domínio de seu pai celeste, Ré. Esta é uma idéia muitíssimo incomum para os egípcios. Por quê? Porque seu país se apresenta relativamente sem árvores, as árvores não sendo uma característica proeminente dele. Todavia, apesar disto, a memória daquela árvore da vida no Éden, da qual o homem jamais comeu, parece persistir. — Gên. 2:9.

Outro eco da história edênica nas crenças religiosas egípcias envolve a serpente. Não há dúvida de que seu conceito dela foi corrompido pela influência demoníaca. Os egípcios a tinham qual símbolo de sabedoria, e a adoravam. Representações artísticas da mesma eram parte dos turbantes dos faraós e de monumentos, templos, túmulos e estátuas adornados de deuses. Como tal adoração se vincula ao Éden se torna claro para nós quando nos lembramos de que Satanás, o Diabo, apresentou suas mentiras a Eva por meio duma serpente. Assim fazendo, deu a entender que era uma fonte de sabedoria superior da qual ela poderia obter maior conhecimento. — Gên. 3:1-5.

Outros Povos com Lembranças do Éden

Há muitas outras raças cujas crenças e mitologias se acham entremeadas de características memoráveis do Éden. O livro The Migration of Symbols (A Emigração de Símbolos), de G. d’Alviella, possui um capítulo, de mais de cinqüenta páginas, devotado aos simbolismos e à mitologia associados com árvores sagradas. Seu texto e suas numerosas ilustrações fornecem indícios de reflexos da árvore da vida e da árvore do conhecimento do bem e do mal nas crenças dos fenícios, sírios, persas, gregos, sicilianos, maias, mexicanos (aztecas), javaneses, japoneses, chineses e os naturais da Índia.

Por exemplo, notamos neste capítulo “que os persas possuíam uma tradição duma Árvore da Vida, a haoma, cuja resina conferia a imortalidade”. Também “que a crença numa Árvore da Vida existia entre os chineses. As tradições mencionam sete árvores maravilhosas . . . Uma delas, que era de jade, conferia a imortalidade pelo seu fruto”.

Ademais, este mesmo capítulo nos conta que a mitologia escandinava contém uma memória torcida desta característica do Éden. Menciona uma árvore sagrada chamada Yggdrasill, sob uma das raízes da qual se dizia manar uma fonte em que residiam todo o conhecimento e toda a sabedoria. Outra lenda fala duma deusa que guardava numa caixa as Maçãs da Imortalidade, das quais os deuses partilhavam a fim de renovar sua juventude.

Voltando-nos para o Manual of Mithology de A. S. Murray, lemos na página 173 que “se cria que os Jardins de Hesperides, com as maçãs de ouro, existiam em alguma ilha do oceano . . . Eram muito famosos na antiguidade; pois era lá que fluíam as fontes de néctar, pelo divã de Zeus, e ali que a terra exibia as mais raras bênçãos dos deuses; era outro Éden”. A árvore que produzia as maçãs de ouro se achava confiada aos cuidados de Hesperides, as filhas de Atlas. Não obstante, não conseguiam elas resistir à tentação de colher e comer seu fruto. Assim, a serpente Ladon foi colocada para guardá-la. E quem entretinha esta idéia? Os antigos gregos.

Muitos dos nativos de Papua, no Pacífico, crêem numa árvore invisível na qual e ao redor da qual todos os que levaram vidas boas, antes de morrerem, vivem eternamente, felizes e livres de preocupações. Harold Bailey, em seu livro The Lost Language of Symbolism, relata o que certo visitante ali observou sobre tal crença. Observou que “não é difícil entender que [o papuano] ainda possua tênues memórias de fés aprendidas dos povos perdidos de maior desenvolvimento quando o mundo era mais jovem e talvez estivesse mais perto de seu Criador do que está hoje”.

Quanto ao que parecem ser memórias do Éden nas Américas, Harold Bailey escreve:

“Há um manuscrito mexicano no Museu Britânico em que são representadas duas figuras colhendo os frutos da chamada ‘Árvore de Nossa Vida’. Os maias e outros povos da AMÉRICA CENTRAL sempre representaram suas árvores sagradas com dois ramos partindo horizontalmente do alto do tronco, assim apresentando a semelhança duma cruz . . . e os primeiros missionários espanhóis no México verificaram, para sua grande surpresa, que a cruz já se achava em uso ali ‘como simbolizando uma Árvore da Vida.’”

Quanto à serpente, muitas tribos de índios norte-americanos a veneram como o fizeram os antigos egípcios. Com efeito, a adoração da serpente infetou os povos de todo quadrante do globo. Cada grupo adora determinada cobra, indígena de seu país.

E há muitos conceitos deturpados mantidos por vários povos a respeito dum jardim paradísico que esperam alcançar algum dia depois de morrerem.

Memórias do Homem ou Propósito de Deus — Qual?

Apenas esta breve consideração das memórias do Éden basta para nos mostrar que a maioria da humanidade tem sido ‘jogada como que por ondas e levada para cá e para lá por todo vento de ensino, pela velhacaria de homens, pela astúcia em maquinar o erro’. (Efé. 4:14) Também, prestam “atenção a desencaminhantes pronunciações inspiradas e a ensinos de demônios”. (1 Tim. 4:1) As variações e distorções quase que ocultaram por completo as características que assinalam os verdadeiros eventos ocorridos no Éden. Se dependêssemos destas divagações da imaginação dos homens para aprender a verdade sobre nossos primeiros pais, jamais o conseguiríamos.

Quão gratos devemos ser por termos a preciosa Palavra da verdade de Jeová Deus, a Bíblia Sagrada! É nela que podemos encontrar a história baseada em fatos sobre o Éden. E como devemos regozijar-nos de saber que Jeová Deus não se esqueceu do Éden e da promessa que ali fez. (Gên. 3:15) Trata-se da promessa de destruir Satanás, o Diabo, e restaurar o paraíso para o homem, não apenas em uma seção da terra, mas em todo quadrante. É nesse paraíso restaurado que Jesus prometeu ressuscitar o malfeitor que foi executado junto com ele. — Luc. 23:43; 2 Ped. 3:13; Sal. 72:16.

A oportunidade de entrar nesse paraíso que Deus restaurará se acha aberta para o leitor agora. Por estudar a Bíblia, poderá aprender como fazê-lo. As testemunhas de Jeová apreciariam ajudá-lo a fazer isso. Por que não se vale de sua oferta? — Rev. 22:17.

[Foto na página 25]

Antiga prancha esculpida assíria que mostra figuras de querubins em pé diante duma árvore sagrada. Tinham os assírios conhecimento de uma árvore da vida no Éden?

[Foto na página 26]

Antigo selo cilíndrico babilônico que parece ecoar o que aconteceu no Éden há cerca de 6.000 anos atrás. Pode ver a semelhança?

[Foto na página 27]

Cabeças de serpentes que adornam o templo de Quetzalcoatl fornecem evidência da adoração da serpente azteca no México.

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