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  • Por que houve a guerra mundial
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g70 22/10 pp. 8-12

Por que houve a guerra mundial

SARAJEVO, Sérvia, Francisco Fernando, pan-eslavismo, Bósnia-Herzegovina, Gavrillo Prinzip, Montenegro — nomes estranhos, lugares estranhos para muitos hoje, mas, há mais de meio século atrás, adquiriram fatal familiaridade para as pessoas em toda a parte, à medida que as nações se lançaram na pior guerra do mundo até aquele tempo.

Caso estivesse vivendo na primavera setentrional de 1914, dificilmente suspeitaria que o mundo que conhecia tão bem fosse em breve derrocado e desfigurado. Na verdade, o mundo ainda mantinha os olhos vigilantes no “estopim da Europa” — os Balcãs — onde guerras locais haviam recentemente terminado. Mas, todas as intenções do mundo eram de paz e permaneceriam pacíficas no futuro previsível.

Quais, então, foram os eventos e as circunstâncias, as atitudes e diretrizes que iniciaram esta conflagração — holocausto que chamuscou ou tostou a maioria das nações do mundo?

A causa imediata foi o assassinato do Arquiduque Francisco Fernando. Mas, como poderia um assassinato ter conseqüências tão amplas? Bem, a vítima era o herdeiro presuntivo dos tronos da Áustria e Hungria. Seu assassino, Gavrillo Prinzip, jovem estudante sérvio, baleou-o mortalmente quando cavalgava em Sarajevo. O motivo? Até esta data a questão ainda é em grande parte indeterminada. Mas, deste incidente partiu uma série de acontecimentos que envolveu o mundo inteiro em guerra dentro de poucas semanas.

O governo austro-húngaro fez exigências ao governo da Sérvia. As Grandes Potências — a Rússia, França, Alemanha, Grã-Bretanha — resultaram impotentes ou indispostas a agir para impedir uma guerra geral européia. Ao invés, todas as forças latentes que se haviam juntado por décadas e até séculos pareciam ter encontrado um escoadouro. O resultado — GUERRA! Quais, então, eram tais forças que produziram os horrores da guerra? Examinemos as quatro mais importantes e influentes — alianças envolventes, nacionalismo, imperialismo, militarismo — e avaliemos a parte que desempenhou cada uma.

Alianças Envolventes

Perigosamente, uma série de alianças alinharam as nações em dois grupos rivais de poder. A França sofrera a derrota na guerra franco-prussiana que findara em 1871. A Alemanha iniciara algumas destas alianças visando isolar a França e impedi-la de vingar-se. Primeiro veio a aliança dupla com a Áustria-Hungria, seguida pela tríplice aliança para incluir a Itália. Estas, junto com um acordo com a Rússia, pareciam deixar sozinha e impotente a França. Embora fossem mormente secretos quanto a seus termos, sabe-se bem que tais tratados previam a ajuda mútua em caso de guerra.

A ascensão de novos líderes na Alemanha também mudou rapidamente o quadro. Guilherme II era então imperador e Bismarck deixou de ser chanceler. O novo imperador deixou de cultivar a amizade com a Rússia e alarmou a Grã-Bretanha com sua “ostentação de poderio militar”. Seu programa de expansão naval e sua exigência de “um lugar ao sol” obrigou a Inglaterra a reavaliar sua perene rivalidade com a França. Os acontecimentos no Extremo Oriente, notavelmente a guerra russo-japonesa, havia no ínterim abrandado a indisposição britânica para com a Rússia. Assim, tomou forma o segundo grupo de poder — a Rússia, França e Grã-Bretanha.

Assim, em 1914, as potências da Europa estavam equilibradas, três contra três. Muitos achavam que tal equilíbrio de poder era a maior garantia de paz. Os eventos deveriam prová-los errados.

Nacionalismo

Se examinarmos o mapa-múndi da primavera setentrional de 1914 e o compararmos com um mapa moderno, veremos que sofreu mudanças drásticas, no que toca aos limites políticos. Em que sentido, então, poderíamos perguntar, a localização dos limites em 1914 contribuiu para o início da guerra?

Primeiro, notar-se-ia que o império então existente da Áustria-Hungria incluía muitas nacionalidades submissas que ressentiam sua falta de soberania nacional. Isto se dava especialmente nos Balcãs, onde a Sérvia queria que todos os povos eslávicos da área ficassem sob sua jurisdição. Mas, a Áustria-Hungria recentemente acabara de anexar as províncias de Bósnia e Herzegovina, apesar de terem população eslávica. O sonho da Rússia, de uma união pan-eslávica de alguma espécie também sofrera retrocesso. Assim, a Rússia sentiu-se obrigada a apoiar os sérvios.

Na Europa ocidental, no ínterim, havia ainda outro pomo de discórdia. No fim da guerra franco-prussiana, os vitoriosos alemães se apoderaram de duas províncias, anteriormente retidas pela França — a Alsácia e a Lorena. O ressentimento francês ardia às ocultas devido à perda destes territórios estratégicos e comercialmente valiosos. Daí, também, a Polônia perdera para a Alemanha (Prússia) partes de seu território de população eslava, criando assim outra área sensível para a Rússia. E o alvo da Rússia, de se expandir para os portos de água tépida do Mar Egeu, bem como do Adriático, ficou bloqueado.

Se adicionarmos ao acima as aspirações nacionais de outros estados como a Itália, Grécia, Bulgária, România e Turquia, podemos ver que o nacionalismo, como fator perturbador, tomava gigantesco vulto no início do século XX. Cada grupo étnico se sentia justificado de procurar a libertação e a unidade com todos os seus parentes.

Imperialismo

Não se deve desperceber, nos acontecimentos que levaram ao colapso de 1914, a criação de novos estados nacionais da Alemanha e da Itália durante a parte final do século dezenove. Previamente, dispunham de associações frouxas de diminutos estados. Agora, unidos e, portanto, mais fortes, causavam perturbações aos estados mais antigos e melhor estabelecidos da França e Grã-Bretanha. As potências mais antigas já se tinham apoderado de grandes áreas do mundo quais colônias de onde obter as matérias-primas para indústrias que cresciam. Seu começo bem anterior deixara apenas restolhos para os estados recém-surgidos.

Uma espiada de novo ao mapa-múndi de 1914 mostrará que países tais como a Itália e a Alemanha realmente possuíam territórios ultramarinos. Ainda assim, os melhores e mais amplos se achavam em mãos dos britânicos e dos franceses. Por volta de 1900, apenas na África, estas duas potências controlavam cerca de quatorze milhões de quilômetros quadrados de território, com uma população superior a sessenta e sete milhões de pessoas. A Alemanha e a Itália, por outro lado, podiam apenas reivindicar cerca de uns três e meio milhões de quilômetros quadrados, com cerca de doze milhões de pessoas.

Esta grande disparidade levou os alemães a exigir um “lugar ao sol” a fim de que pudessem colher os supostos benefícios de um grande império ultramarino — matérias-primas, mercados monopolistas, áreas de investimento controlado e adicional mão-de-obra. Não gozando destas vantagens, as nações ‘destituídas’ achavam que sofriam sérias desvantagens na competição de um mundo cada vez mais industrializado.

As ambições do imperialismo não se limitavam ao campo colonialista. Abrangiam, também, o desejo de criar esferas de influência em regiões adjacentes à pátria. Por exemplo, o desejo da Rússia de dominar os Balcãs era correspondido pelas ambições da Áustria na mesma área. A Alemanha promovia a ferrovia Berlim-Bagdá, visando explorar a riqueza do Oriente Médio, e, destarte, ameaçando a posição britânica ali. A Rússia, também, pressionava a Turquia para obter um quinhão do controle dos Dardanelos, de modo que pudesse dispor dum escoadouro para seus navios.

A Itália também tinha seus alvos, não só na África, mas também no lado oriental do Mar Adriático, que esperava um dia converter num ‘lago italiano’. Isto colocava a Itália em competição com a Rússia, Sérvia, Montenegro e Áustria. A França, em seus empenhos de melhorar sua posição na África do Norte, ofendia a Alemanha e a Itália, ambas as quais entretinham esperanças com respeito à Líbia, a Argélia e o Marrocos. O imperialismo produziu assim uma mazela de aspirações conflitantes e criou uma atmosfera de suspeita e desconfiança.

Militarismo

Outro poderoso fator contribuinte que levou inexoravelmente para a guerra foi o aperfeiçoamento de máquinas militares em todos os países da Europa. Depois da guerra franco-prussiana, todas as nações européias adotaram o plano alemão de conscrição universal militar. Assim, por volta de 1914, havia aproximadamente três e meio milhões de homens em armas e milhões mais nas reservas treinadas.

Cada nação, naturalmente, afirmava que seus preparativos eram simplesmente com fins defensivos. Os estadistas, também, estavam menos dispostos a negociar em boa fé enquanto achavam que dispunham de um punhado de militares que os apoiavam. Mas, talvez o efeito mais perigoso fosse a disposição mental criada por este armamentismo. Em seu livro The Roots and Causes of the Wars (Raízes e Causas das Guerras), J. S. Ewart declarou: “O militarismo é uma atitude de aprovação da guerra como ocupação elevadora e enobrecedora.” Em cada país, o alvo era preparar cuidadosamente a população, física e mentalmente, para a eventualidade da guerra.

Assim, quando a Sérvia irou a Áustria, a Áustria determinou punir a Sérvia, mas então a Rússia apoiou a Sérvia, assim aparentemente ameaçando a Áustria. A Áustria procurou apoio alemão, ao passo que a Rússia, por sua vez, invocou a ajuda francesa, e, por fim, a Grã-Bretanha veio em apoio de França. As rodas giravam e o mundo escorregava inconscientemente para a guerra, sem considerar as horríveis conseqüências.

As Conseqüências

E quais foram as conseqüências? O custo total da guerra foi estabelecido em US$ 337.980.579.657,00 [Cr$ 1.689.902.898.285,00]. O total de mortos atingiu a soma fantástica de 13.000.000, com outros 28.000.000 feridos. Mas, será que este amplo dispêndio de sangue e de recursos produziu quaisquer resultados bons e permanentes? Houve qualquer base para a jactância de certo autor que escreveu em 1918: “Até mesmo o mais prático cambista . . . tem de concordar que o sangue foi bem derramado, o tesouro bem gasto. . . . Milhões de galhardos e ardorosos jovens aprenderam a morrer com destemor e glória. Morreram para ensinar às nações vândalas que jamais a humanidade permitirá a exploração dos povos com fins militaristas . . . [isto resultou] na disseminação da liberdade esclarecida e na destruição da autocracia.”

Quão errada estava essa avaliação de 1918 tem sido demonstrado pelos eventos mundiais desde então. A guerra não tornou o mundo seguro para a democracia. A guerra para terminar as guerras não havia sido travada. Antes, levou apenas à intensificação e multiplicação dos problemas. A década de 1920 viu o colapso da maioria das economias do mundo, seguido por depressões e o aparecimento de ditaduras na década de 1930. Então veio a Guerra Mundial II, que em realidade era apenas expansão da primeira guerra mundial. E esta guerra foi tão estéril em resultados como sua predecessora. Tal guerra, também, terminou com nota de esperança, mas logo surgiu a desilusão.

As décadas desde então apenas presenciaram a continuação das guerras, depressões, tensões internacionais e anarquias em escala sempre crescente. Apesar de todos os esforços de se criar uma sociedade mundial estável por meio de agências internacionais, tais como a Liga das Nações depois da Guerra Mundial I, ou as Nações Unidas, após a Guerra Mundial II, as condições mundiais prosseguem deteriorando.

Eu seu livro In Flanders Fields (Nos Campos de Flandres), Leon Wolf tinha o seguinte a dizer sobre a Guerra Mundial I e seus resultados: “Nada significou, nada resolveu, e nada provou. . . . Os defeitos morais e mentais dos líderes da raça humana ficaram demonstrados com certa exatidão.” O mesmo se poderia dizer da Guerra Mundial II. Até as igrejas deixaram de impedir a degradação dos eventos. P. W. Hausman, escrevendo em The Encyclopedia Americana (edição de 1941), disse: “O mundo não podia evitar a guerra enquanto permanecesse em nível de batalha. O nosso mundo não era cristão. E, ao passo que os púlpitos nacionais pregavam o Cristianismo [de sua própria marca], as nações espreitavam umas às outras, prontas para derramar sangue.” É o futuro por acaso mais brilhante?

O Futuro

Durante todas as dolorosas décadas, multidões de pessoas se quedaram pensativas sobre o resultado final. Lá por volta dos anos finais do século dezenove, alguns se perguntavam se poderia haver alguma relação entre as aflições mundiais e a profecia bíblica. Afirmaram os editores de certa publicação de 1914: “A velha teoria de que a terra é por fim destruída por uma vasta conflagração é trazida vividamente à mente quando contemplamos as chamas da guerra queimarem a um só tempo quase toda a Europa, como se a civilização e todo o progresso pacífico estivessem condenados.” Mas, tal guerra não resultou ser o Armagedom da profecia bíblica.

Entretanto, é verdade que os sinceros estudantes da Bíblia encontraram deveras evidências nas próprias páginas da Bíblia de que o ano de 1914 foi um ano marcado na história humana. Diferentes da maioria das pessoas hoje, estes estudantes da Bíblia também acharam a razão pela qual os esforços humanos continuam falhando em resolver os problemas de paz e guerra entre os homens. Mais importante ainda é que verificaram que a Bíblia apresenta a promessa de que tais condições de ais e dificuldades na terra terminarão em breve e serão substituídas por um sistema de coisas mundial em que todas as mais prezadas esperanças dos homens e mulheres que amam a paz serão realizadas.

Mas, como isso virá? Não em resultado de guerras tais como as Guerras Mundiais I e II, mas pelo poder do Deus Onipotente. (Rev. 21:1-4) Um mundo sem dor, tristeza ou até mesmo morte! Não mais haverá guerras como as que assolaram a humanidade por cerca de 4.000 anos — apenas paz eterna! Não gostaria de viver em tal mundo? Se gostaria, dirija suas atenções para a Bíblia, pois é a única fonte verdadeira de informações que o habilitará a atingir esse alvo feliz.

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