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Despertai! — 1971
g71 8/2 pp. 17-20

Alumínio — produto de regiões pouco exploradas

Do correspondente de “Despertai!” no Canadá

UM GIGANTE que consome inacreditáveis quantidades de alimento, dia após dia, hora após hora — isso bem descreve uma fundição de alumínio. Sua carne é o minério básico de alumínio, a bauxita, ou seu subproduto, a alumina. Seja ele qual for, tem de haver um suprimento constante e, ao mesmo tempo, vastas quantidades de energia elétrica devem estar disponíveis. Para se estabelecer uma fundição, deve haver uma grande fonte de energia elétrica e também um bom porto próximo.

Seria adequado haver um local com tais facilidades próximo de alguma grande cidade? Não, porque outros consumidores teriam grande necessidade de energia dessa fonte. Uma fundição de alumínio deve ter praticamente o uso exclusivo do suprimento energético. É por isso que a indústria do alumínio é usualmente pioneira em regiões pouco exploradas.

Em grande medida, os fatores determinantes para a escolha dum local de fundição são a geografia e um clima com suficiente precipitação atmosférica para se assegurar um volume constante de água. A única fundição de alumínio da Noruega se beneficia da energia gerada pela água que cai uns 735 metros das montanhas circundantes.

Em Gana, o Rio Volta foi represado por uma hidroelétrica a fim de suprir uma fundição de alumínio e uma usina de processamento de um dos maiores depósitos de bauxita em alumina do mundo. A região montanhosa do estado de Minas Gerais, Brasil, em Ouro Preto, possui três usinas hidroelétricas que suprem uma fundição que obtém sua bauxita de apenas um quilômetro de distância do local de operação.

Há cinqüenta anos atrás, em Shawinigan Falls, Quebeque, a indústria instalou enorme usina geradora e uma fundição na região interiorana do vale do Rio S. Maurice, a uns cento e sessenta quilômetros a oeste da cidade de Quebeque. Anos depois, foram construídos ao norte dessa cidade uma usina geradora de energia e uma fundição, no Rio Saguenay, em Isle Maligne. Pouco depois, Arvida, a alguns quilômetros a leste do mesmo rio, presenciou o início da maior fundição de alumínio do mundo — uma que abriu à indústria a então fechada região do Saguenay. Agora, na costa oeste do Canadá, parte da região interiorana da Colúmbia Britânica foi aberta pelas instalações da fundição Kitimat, da “Aluminum Company of Canada”.

Abrindo Novas Fronteiras

Em Guyana, país do fabuloso El Dorado, estão sendo explorados imensos depósitos de minério rico em alumina. Por cinqüenta e quatro anos, o minério vermelho-amarronado foi arrancado a dinamite de seu leito que vai de 4,50 metros a quase 14 metros de grossura. Por volta de 1958, a área ao redor da comunidade de Mackenzie produzia 300.000 toneladas de bauxita por ano. Hoje, os depósitos em suas modernas docas carregam quase três milhões de toneladas em navios destinados à fundição de Saguenay, Quebeque.

Há dez anos atrás, poucas pessoas jamais ouviram falar de Weipa, na costa bem para o norte de Queensland, Austrália. Em 1955, um geólogo australiano descobriu, nesta área isolada, o que se revelou ser o maior depósito de bauxita do mundo. Cento e oitenta e nove quilômetros quadrados já haviam sido delineados, por volta de 1968, como contendo 516 milhões de toneladas de comprovadas reservas minerais. Perfurações exploradoras em outros 414 quilômetros quadrados revelaram um potencial de 1.200 milhões de toneladas. Subitamente, a Austrália se meteu no negócio da bauxita a um ponto que fez a indústria do alumínio do outro lado do mundo sentar-se e inteirar-se disso.

A mineração em Weipa é muito simples. Ao se atingir a camada de minério, às vezes de uns 9 metros de espessura, não se precisa de explosões a bomba. Os carregadores simplesmente a erguem de seu leito e colocam em caminhões basculantes de 50 toneladas, com carroçaria de alumínio. É levado à usina de beneficiamento em que se eleva o teor do minério por dimensionamento e lavagem. Correias de transporte então levam o minério lavado e tratado a uma pilha de estocagem ao ar livre, de onde um sistema de quilhas de transporte o transfere aos navios transportadores de minério.

Por volta do ano de 1969, já mais de Cr$ 200.000.000,00 haviam sido gastos neste empreendimento. Em adição à usina moderna e às obras da baía, há uma nova comunidade que aloja mais de 350 pessoas, com lares com ar condicionado, uma escola, lojas, um cinema, e serviços policiais e hospitalares. De um deserto em 1957, Weipa é agora um dos maiores portos exportadores de matéria-prima da Austrália. A capacidade máxima da instalação, em 1963, era a de meio milhão de toneladas anuais. Este número ascendeu para quatro milhões de toneladas em 1968, e calcula-se que atingirá sete milhões de toneladas anuais por volta do início da década de setenta.

Assim, na Guyana e na Austrália, novas fronteiras foram abertas. Mas, nelas, como se dá em outros países, a disseminação da indústria a áreas pouco exploradas não foi uma bênção pura e simples. Arvores e vegetação são abatidas, e as minas a céu aberto substituem a beleza do deserto. Naturalmente, o Criador colocou na terra os minérios para que o homem os usasse, e quão rica é deveras a terra em riquezas minerais! É também do propósito de Deus que esta terra se torne um Paraíso. Mas, o homem, em sua exploração dos recursos minerais da terra amiúde deixa horríveis cicatrizes e transforma grandes partes do solo em desertos desolados. Não resolveu o problema de usar os recursos da terra sem conspurcar a beleza de seu lar terrestre.

A Fundição Kitimat

É interessante que muitos milhares de toneladas de alumina da bauxita australiana logo estarão alimentando os cadinhos da fundição Kitimat do Canadá.

Na acidentada região recôndita nas Montanhas da Costa do Canadá se ergue a fundição Kitimat e a usina de energia. O projeto foi um triunfo da perícia engenheira e o trabalho de 7.500 homens. Começou a surgir na primavera setentrional de 1951, quando se iniciou o trabalho num plano que deveria custar Cr$ 2.200 milhões, por volta do tempo em que terminasse. Nunca antes tanto dinheiro fora gasto no Canadá num único empreendimento particular. Planos correntes exigem que a fundição atinja a produção anual de 550.000 toneladas de lingotes de alumínio, tornando-a a maior do mundo.

Três anos depois de se iniciar a construção neste vasto complexo, um reluzente lingote de alumínio, pesando quase 23 quilos, saiu da fornalha. Kitimat se achava em operação! O próprio forno foi construído no que eram antes as terras baixas de maré do Braço Kitimat do Canal Douglas. Uma moderna cidadela assumiu forma a uns onze quilômetros vale acima da fundição. Um porto oceânico, uma linha ferroviária e moderna estrada também foram construídas para servir à fundição e à nova cidade.

A Represa Kenney

Constante descida de água era necessária para produzir a energia necessária à fundição. Isso significava represar as águas de todos os lagos de um platô de cerca de 210 quilômetros de extensão. Até novembro de 1952, tais águas fluíam para o leste, para juntar-se ao sistema do Rio Fraser em sua passagem para o Pacífico, próximo a Vancouver. Na extremidade oeste do platô, impediu-se que o Lago Tahtsa lançasse suas águas no Pacífico, a apenas uns 32 quilômetros de distância, pela barragem de rochas sólidas do Monte Dubose, de mais de 2.000 metros. A fim de formar um reservatório de suficiente volume para servir à usina de energia que se visava, era necessária uma represa de uns 100 metros de altura para bloquear o desaguadouro oriental do platô, o Rio Nechako. Daí, surgiu a Represa Kenney.

Antes de poder iniciar o trabalho na represa, uma estrada de acesso de uns 96 quilômetros desde a estação ferroviária de Vanderhoof teve de ser construída através de musgos e matagais, bem como uns 72 quilômetros de estradas de suprimento de material. Uma pista de uns 915 metros também foi feita para transportar homens e materiais de Vancouver, três horas de distância por via aérea. A represa, ao terminar, tinha 450 metros de extensão na base e atingia 12 metros em seu espigão. Tornou-se a terceira mais alta represa de pedra do mundo.

Cinco anos mais tarde, havia cinco e meia milhas cúbicas de água a mais na bacia do que quando a represa foi construída. Mas, agora, essa água tinha de cair uns oitocentos metros da extremidade ocidental do Lago Tahtsa até o nível da usina de força no Rio Kemano, a uns dezesseis quilômetros mais para o oeste. Era necessária uma queda-d’água.

Queda-d’água Dentro da Montanha

Como se conseguiu isto? Bem, ao passo que a Represa Kenney ainda estava sendo preparada, iniciou-se o trabalho também no Monte Dubose. Um túnel de dezesseis quilômetros foi escavado na face da montanha, a partir da extremidade oeste do Lago Tahtsa. Seu diâmetro era de 7,60 metros. Ao mesmo tempo, dois túneis com diâmetro de 5 metros foram escavados e abertos a explosão, do nível da usina de força para cima, num ângulo de 48°, para encontrar-se com a ponta oeste do túnel no coração do Monte Dubose. Dentro destes túneis, seções de canos de aço, com uns 8,50 metros de comprimento e diâmetro de 3,35 metros, foram soldados para formar os condutos, ambos de 790 metros de comprimento. Introduziu-se pedra britada e concreto em torno destes condutos, para ,mantê-los firmes em seu lugar.

Cada encanamento ou conduto levava a um cano de distribuição com quatro ramos de 1,50 metros de diâmetro que levavam às turbinas hidráulicas dos geradores. Canais de descarga, partindo de cada gerador, foram escavados e abertos a dinamite por baixo do chão da usina de força, e estes, por fim, juntavam-se a um túnel principal de descarga de mais de 8 metros de largura que lançava a água usada no Rio Kemano e, daí, no Pacífico’.

Assim, as águas que certa vez fluíam para o leste, agora fluem para o oeste, para operar o que se planejou para ser uma das maiores usinas de energia de propriedade particular do continente. A resultante queda-d’água dentro da montanha é, com efeito, cerca de dezesseis vezes mais alta que as Cataratas de Niágara.

Fornecer Energia à Fundição

Não só a queda-d’água se acha dentro do Monte Dubose, mas a própria casa de força é uma caverna em que, no que tange à extensão, poderia caber facilmente o transatlântico “Queen Elizabeth I”. Quando finalmente terminada em sua inteira capacidade planejada, suas medidas serão 345 metros de comprimento, uns 26 metros de largura e uns 43 metros de altura. Deverá possuir dezesseis unidades geradoras que produzam 2.400.000 cavalos-força de eletricidade. O sistema de ventilação desta ampla usina tem de operar continuamente, puxando 2.660.000 metros cúbicos de ar por minuto para a sala de operações e outras principais.

Ligadas à fundição, a uns 82 quilômetros de distância, linhas de energia de alumínio especial, com reforço de aço, atravessam regiões realmente acidentadas, inclusive o Passo de Kildala, de 1.600 metros. Para se construir essa linha, foi necessário construir-se uma estrada cujos nove quilômetros e meio finais vão ascendendo até o cume a uma taxa de 300 metros a cada 1.600 metros. A linha exigiu 309 torres. A própria linha, por causa da exposição a temporais, tempestades de neve e gelo, foi construída para suportar uma carga de 18 quilos para cada 30 centímetros de comprimento. O próprio cabo, na maior parte da distância, pesa um pouco mais do que 900 gramas para cada 30 centímetros, ao passo que a parte que ultrapassa o Passo de Kildala pesa quase que 2,200 quilos para cada 30 centímetros e tem um diâmetro de cerca de seis centímetros.

Por fim, terminou o serviço. Ligaram-se as chaves nos controles em cada extremidade da linha. A energia veio em poderoso ímpeto, ativando os cadinhos da fundição. À medida que o reluzente metal prateado começou a fluir dos cadinhos para a roda de fundição em que se formam os lingotes, escrevia-se outro capítulo na fascinante estória do alumínio, produto de regiões pouco exploradas.

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