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  • Cirurgia cardíaca sem transfusões de sangue
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Despertai! — 1971
g71 8/2 pp. 27-29

Cirurgia cardíaca sem transfusões de sangue

EM 22 de novembro de 1963, o mundo atônito lamentava a morte do presidente dos Estados Unidos. Pouco compreendíamos que, antes de terminar o dia, nossa própria família ficaria paralisada com um choque.

Em meados da noite, Pedro, nosso caçula — que tinha então sete anos — veio correndo ao nosso quarto. “Mamãe, o chão está rodando. Está vindo a meu encontro.”

Seu fôlego parecia que estava sendo tomado em pequenas doses. Agarrei-o e levei-o para a cozinha. Estava segura de que ele delirava, de modo que freneticamente passei uma esponja nele, com água fria, e lhe dei uma aspirina infantil e tentei confortá-lo.

Às 7 da manhã, telefonei para nosso médico de família. Quando ele chegou, examinou Pedro, e seu rosto ficou grave. Abruptamente, perguntou: “Por quanto tempo o coração dele já está assim?”

“Assim como?” — perguntei.

Explicou-me que o sopro cardíaco de Pedro era muito ruim. Estava certo de que ele possuía uma válvula defeituosa. Após muitas perguntas, o médico decidiu que Pedro nascera com esse defeito, que era congênito. Ficamos atônitos, pois Pedro, aparentemente, fora um bebê tão saudável.

Perguntamos: “Será possível fazer uma operação?”

“Sim, acho que é”, respondeu o médico, mas, acrescentou: “Não será possível com a sua crença.”

Inclinamos a cabeça, sem poder falar. Somos testemunhas de Jeová e não tomamos transfusões de sangue porque cremos que tomar sangue é contra a lei de Deus que diz especificamente: ‘Abstenham-se . . . de sangue.’ — Atos 15:20, 29.

“Leve-o ao meu consultório na sexta-feira para um cardiograma. Desejo ter certeza”, disse o médico, ao ir embora.

Tal visita apenas confirmou a suspeita de nosso médico de que Pedro tinha uma obstrução que restringia o fluxo de sangue para os pulmões; chama-se estenose pulmonar. Não obstante, ele fez arranjos para consultarmos um especialista para outro diagnóstico e raios-X.

O especialista terminou seu exame em questão de minutos. Mandando que Pedro se vestisse, chamou-me para a sala externa.

“Este menino morrerá se não for operado”, disse.

Quando tive oportunidade, sugeri: “Talvez esta operação possa ser feita sem sangue. Há substitutos.”

“Não”, declarou ele com ênfase. “É absolutamente impossível. Eu sei do que estou falando.”

“Doutor”, supliquei, “compreendo que o senhor acha sinceramente que está certo. Mas, por favor, submeta Pedro aos raios-X.”

“Eu o submeterei, mas é desperdício de tempo.” Tomando Pedro pela mão, andou pelo corredor até o departamento de raios-X.

Em questão de dias nosso médico da família nos deu o resultado dos exames de raios-X. Confirmaram seu próprio diagnóstico. Agora tínhamos de descobrir o que poderia ser feito. Procuramos na biblioteca informações sobre moléstias cardíacas e os métodos modernos de cirurgia, mas nada encontramos.

Daí, certo dia, encontramos a resposta! Achava-se na revista The Watchtower de 1.º de setembro de 1963 (A Sentinela, de l.° de fevereiro de 1964), num artigo bem curto, intitulado “Cirurgia do Coração sem Transfusão de Sangue”. Explicava como novo tipo de aparelho coração-pulmão fora impulsionado com dextrose e água, ao invés de com sangue. Também mencionava 200 operações a coração aberto feitas pelos médicos da Universidade de Minnesota, EUA, sem transfusões de sangue.

Quão excitados ficamos! Mesmo correndo, eu achava que estava demorando a chegar ao consultório do médico. Rapidamente lhe expliquei sobre o artigo que encontráramos e lhe dei para ler. Depois de lê-lo, disse: “Sim, trata-se de informação fidedigna. Eu mesmo conheço bem a Universidade de Minnesota. Se estão fazendo isto lá, é porque pode ser feito com certeza. A questão agora é achar um médico que o faça aqui no Canadá.” Disse-me que faria o máximo possível para achar alguém.

Alguns dias depois, soubemos de um amigo que sofrera um ataque de apoplexia e, como resultado disso, as válvulas de seu coração sofreram danos. Famoso cirurgião de Toronto, Canadá, o operara sem transfusões de sangue. Telefonamos ao nosso médico e lhe contamos isto. Ficou muito contente, e disse que faria imediatamente arranjos para uma consulta.

O dia da consulta de Pedro em Toronto chegou, e nós nos achávamos no consultório do médico aguardando o resultado. Comprovou o diagnóstico de nosso próprio médico, de que Pedro era possuidor de gravíssima estenose pulmonar — como resultado, seu coração aumentara horrivelmente.

O médico então pediu licença para telefonar para um bem-conhecido cirurgião de crianças do Hospital de Crianças Enfermas. Quando a porta se reabriu, seu rosto estava radiante. Disse: “O Dr. T—— vai ajeitar tudo. Expliquei-lhe a sua situação. Podem ir diretamente para o hospital e esperar na portaria. Ele vai recebê-los.”

Fizemos isto. Quando o médico chegou, foi muito bondoso. Disse que compreendia nosso problema e que era verdade que estes novos métodos de cirurgia eram muito eficazes. Assegurou-nos de que usaria um “substituto do sangue” se fosse necessário. Concordamos em autorizá-lo a prosseguir nos arranjos para a operação. Quão gratos ficamos!

Em questão de dias, recebemos aviso de que Pedro deveria baixar ao Hospital de Crianças Enfermas em 15 de abril. Durante sua primeira semana ali, faria exames e seria completamente examinado. Antes da operação, programada para 22 de abril, o Dr. T — explicou cabalmente a Pedro como é que iria dar um jeito nele. Disse-lhe que não se preocupasse quando despertasse e visse todos os tubos — não era com sangue que seria alimentado.

Na manhã da operação, não se permitiu que Pedro comesse num bebesse nada. Daí, por volta das duas da tarde, o telefone tocou. Era a enfermeira do andar, dizendo-me que o levasse para baixo. Ao ser levado na maca, trocamos grandes sorrisos — ele estava confiante de que ficaria bom.

Às 19,30, dirigi-me ao consultório do Dr. T—— . “Seu garoto está ótimo.” As outras palavras foram apenas enevoadas, mais tarde, porém, foi-me explicado o seguinte. A válvula se tinha fundido com tal gravidade que foi necessário cortar parte dela e fazer uma nova do que restara. Só o tempo diria quanto êxito tivera a operação.

Pedro teve notável recuperação. Duas semanas depois, estava pronto para voltar para casa. Em outras duas semanas, já estava de volta na escola. Seis meses depois, seu primeiro exame geral revelou que seu coração estava diminuindo para ficar do tamanho normal e a válvula operava eficientemente. Um ano depois, as notícias foram maravilhosas! O coração estava do tamanho normal. Agora Pedro vive uma vida normal e ativa.

Ficamos muitíssimo gratos a nosso médico da família e aos demais médicos conscienciosos que respeitaram nossa crença na santidade do sangue e cooperaram conosco para tornar possível a operação. — Contribuído.

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