Itens Noticiosos

“Calorias Vazias”

◆ Nos EUA, em 23 de julho de 1970, fez-se a acusação de que 40 dos 60 principais cereais secos eram tão desprovidos de valor nutritivo que constituíam “calorias vazias”. Uns 40 cereais “estavam aquém de ser uma refeição completa mesmo que se lhes acrescentasse leite”, afirmou o crítico. Robert B. Choate Jr., ex-consultor sobre a fome, declarou: “Vendem-se deliberadamente aos nossos filhos os produtos menos nutritivos dos patrocinadores” e são “programados para exigir açúcar e sabor adocicado em todo alimento”. A falha mais séria, afirmou Choate, é que o anúncio de “falsas informações remove qualquer mensagem nutricional sólida que poderia proporcionar ao jovem um entendimento durante a vida da relação entre o que come e como se sente”. As companhias cerealistas, naturalmente, protestaram que isso não era verdade.

A Civilização Ruiu — em 1914

◆ Kenneth Rexroth, poeta, crítico e tradutor, de 65 anos, escreve: “Se ‘civilização’ significa o controle da vida para assegurar o aumento constante da experiência de valores em intensidade, escopo e profundidade”, então esta ruiu em agosto de 1914, continuou a funcionar “em perigosa condição remendada” até o fim da Segunda Guerra Mundial, e deixou de existir depois disto. “Vivemos num cadáver, que se sacode que nem uma rã morta num fio rubro”, afirmou.

Inflação: Crise Mundial

◆ Os preços ascendem em praticamente todo país do mundo — não raro a proporções de crise. Os aumentos de preço nos doze meses anteriores a setembro de 1970 oscilaram de 29,3 por cento no Chile e 21,7 por cento no Brasil, a 8,3 por cento no Japão e 6,3 por cento na Suécia. Nos EUA, os preços pagos pelos consumidores subiram 6,2 por cento em 1969. Em outras palavras, a inflação tornou-se problema mundial. No momento é especialmente grave na Europa. A advertência agora é que a menos que os EUA e a Europa combinem as forças para controlar a inflação, a grande depressão da década de 1930 não parecerá nada em comparação. Declarou um economista suíço: “O maior problema para o mundo agora é a inflação norte-americana. Se os EUA, com sua poderosa economia e a principal moeda do mundo, não podem manter sua taxa de inflação abaixo de 5 a 6 por cento por ano, que esperança há para o restante do mundo quanto a restabelecer condições estáveis?”

‘Sodoma e Gomorra’ Modernas

◆ As autoridades estaduais descreveram um festival de música “pop” em Byron, Geórgia, EUA, como “uma repetição de Sodoma e Gomorra”. Vendiam-se entorpecentes às claras. Legisladores testificaram ver várias centenas de pessoas de uma vez em “viagens” produzidas por entorpecentes. Falaram sobre a nudez nas rodovias públicas e a fornicação em plena luz do dia. Calculou-se que a multidão variou de 35.000 a até 500.000 pessoas. Que sinal mais óbvio poderia haver de que a civilização se apressa para a destruição?

“O Milagre das Rosas”

◆ Milhares de pessoas vieram de todas as partes do mundo à Igreja Católica Romana de Sta. Maria em Heaton Norris, em Stockport, Cheshire, Inglaterra, em 1947, para ver o “milagre das rosas”. Ali passavam pacientemente em fila pela estátua da madona. Na cabeça da estátua havia uma coroa de rosas da qual as pétalas nunca caíam, mesmo quando murchavam. O pároco, James Turner, declarava que isto estava “acima e além das obras comuns da natureza”, e ninguém o contestava. Mas, não era nenhum milagre. Era simplesmente a obra de um florista perito. As pessoas que vinham ver o “milagre” atiravam dinheiro por cima do parapeito do altar por causa das rosas. Em 1950, fez-se um apelo, solicitando-se ouro para que se pudesse construir uma réplica da coroa de rosas. As pessoas doaram alianças e relógios de ouro. O atendimento foi maciço. Fez-se uma pequena coroa de ouro e colocou-se esta na cabeça da Nossa Senhora de Lurdes. Pouco depois o sacerdote Turner saiu numas longas férias das quais nunca voltou. Um ex-coroinha e o florista admitiram que as pétalas estavam presas por fios e que tudo era fraude. Os católicos de Stockport não estão muito ansiosos agora de falar sobre o “milagre das rosas”.

Tratamento sem Autorização

◆ Se seu filho contraísse doença venérea, não gostaria de saber disso? Isto, porém, talvez nem sempre seja possível. Recentemente o governador de Nova Iorque sancionou uma lei autorizando a diagnose e o tratamento de menores com doença venérea sem o consentimento ou o conhecimento do genitor ou tutor. A Lei de Saúde Pública sofreu emenda para rezar como segue: “Um médico licenciado pode diagnosticar, tratar ou receitar em caso de doença venérea em pessoa de menos de vinte e um anos de idade sem o consentimento ou o conhecimento dos genitores ou tutor da referida pessoa.” Mas, tratar um filho sem o conhecimento ou o consentimento dos pais — parece-lhe isso direito? Não é usurpação do direito e da responsabilidade dos pais?

‘O Grande Negócio’

◆ O detentor do Prêmio Nobel, Dr. George Wald, afirmou que os enormes estoques de armas nucleares fazem os universitários sentir-se inseguros quanto ao futuro e a se perguntarem se vão ter mesmo algum futuro. Por volta de abril de 1969, disse ele, os Estados Unidos e a Rússia tinham um arsenal nuclear combinado que continha o equivalente a 15 toneladas de T.N.T. para cada homem, mulher e criança da terra. Por volta de 1975, os estoques nucleares serão cinco vezes maiores do que são agora, asseverou. Wald, professor dos Laboratórios Biológicos da Universidade de Harvard, declarou: ‘O grande negócio nos Estados Unidos é produzir bens destrutivos — ao passo que a produção de bens civis vai à bancarrota.’