Para onde se deve voltar o homem em busca de orientação?
PRECISA o homem de orientação? Certamente que sim. Isto se torna bem óbvio da confusão, da contenda e da violência que enchem agora a terra. Já por muitos anos, certos cientistas, por fazermos um estudo dos animais, têm procurado a orientação necessária sobre como o homem deve viver. E afirmam que aquilo que aprenderam os ajuda a entender melhor os homens.
Konrad Lorenz, famosa autoridade sobre comportamento animal, por exemplo, efetuou e publicou algumas descobertas interessantíssimas sobre os hábitos sociais de certos gansos. Tais hábitos, segundo indica, parecem assemelhar-se a características humanas. Na opinião dele, há uma contenda pela supremacia entre as criaturas viventes e “isto se aplica sempre quando se colocam cinco meninos [ou] cinco franguinhos [ou] cinco canários [ou] cinco peixes ciclídeos” juntos. Procura a compreensão que a ciência natural provê para ajudar o homem a vencer sua tendência para travar guerras. Afirma que “os problemas de comportamento, motivações, e semelhantes” podem ser solucionados apenas com tal espécie de aprendizagem.
Será isto verdade? Será este o lugar para onde se voltar em busca de orientação! A respeito de tais esforços de compreender o homem e prover-lhe orientação por estudar os animais, o famoso autor estadunidense Arthur Koestler observa: “Falando com toda humildade, parece ser de valor duvidoso tentar um diagnóstico do homem inteiramente baseado nas analogias com o comportamento animal. . . . Pela própria natureza das coisas, eles não vão muito longe, porque ficam aquém das características exclusivamente humanas — tais como a linguagem — que, necessariamente, são excluídas da analogia, embora sejam de importância decisiva para se determinar o comportamento de nossa espécie.” — Times Magazine de Nova Iorque, 19 de outubro de 1969.
O autor Koestler ressalta bem os pontos. E, é interessante que suas conclusões são similares ao que a Bíblia diz. Por um lado, a Bíblia mostra que certas coisas podem definitivamente ser aprendidas por se observarem os animais. Ela manda o preguiçoso ir ter com a formiga e notar a sabedoria dela em acumular alimento para o inverno. Mas, por outro lado, a Bíblia sublinha que os animais,movidos pelo instinto, não têm entendimento e raciocínio. Assim, aconselha o salmista: “Não vos façais iguais ao cavalo e ao mulo sem entendimento, cuja fogosidade é preciso reprimir por meio de freio ou cabresto, antes de se chegarem a ti.” Sim, não poderá fornecer razões a um cavalo ou a um mulo para que ele faça isto ou aquilo. Outros métodos têm de ser usados. — Sal. 32:9; Pro. 6:6-8; 2 Ped. 2:12.
Como pode o homem aprender a resolver os problemas de comportamento humano por estudar os animais, quando os problemas do homem envolvem suas faculdades mais elevadas e mais complexas? O homem apenas, dentre as criaturas terrestres, dispõe de faculdade de raciocínio e de imaginação. Apenas ele dispõe do poder de pensamento conceptual, de pensamento abstrato. Ele exclusivamente dispõe de senso moral que lhe fornece a consciência do certo e do errado. E nenhum animal, mas apenas o homem, possui o instinto de adorar uma força superior. Como comentou tão bem certa vez a antropóloga Loren Eiseley, os evolucionistas, em seu zelo de encontrar similitudes físicas entre o homem e os animas, ignoram a ampla diferença ponderosa entre os cérebros dos homens e dos animais.
Nem podemos voltar-nos para o simples homem. A sabedoria do homem imperfeito é contraditória. Quantas diferentes filosofias existem! Nos tempos apostólicas, os homens sábios da Grécia pertenciam principalmente a duas escolas radicalmente opostas, os estóicos e os epicureus; todavia, ambos afirmavam ser sábios. Até o tempo presente, os filósofos continuaram a discordar radicalmente uns dos outros.
O mesmo se aplica às ideologias políticas. Para quem se voltará a pessoa em busca de orientação? Nos EUA há os republicanos, os democratas, os socialistas, os comunistas, os conservadores, e vários militantes. Quem pode dizer que partido ou grupo é o melhor para o povo, para não se dizer nada quanto a conseguir que os outros concordem com isso? E o que dizer das ainda maiores e mais numerosas diferenças em religião?
Por que toda esta confusão? A Bíblia responde: “Os sábios ficaram envergonhados. . . . Rejeitaram a própria palavra de Jeová, e que sabedoria é que eles têm?” Sim, “não é do homem terreno que anda [nem mesmo] o dirigir o seu passo”. O homem, por motivo de sua transgressão original, é imperfeito, fraco, egoísta. Com efeito, sua inclinação “é má desde a sua mocidade”. Por causa disto, o Criador do homem, Jeová Deus, proveu sua Palavra para ser uma luz e uma lâmpada para a vereda do homem, e para equipá-lo por completo para todas as boas obras. — Jer. 8:9; 10:23; Gên. 8:21; Sal. 119:105; 2 Tim. 3:16, 17.
É isto que seria de se esperar dum Criador sábio e amoroso, e que ele realmente existe depreende-se da criação que se acha em toda a nossa volta. Não fez provisões abundantes para todas as nossas necessidades materiais? Daí, não devíamos esperar que ele supra nossa necessidade de orientação? Aqueles que estudam sua Palavra com a mente aberta e corações honestos, e que se voltam para ele em busca de orientação, serão recompensados com esclarecimento. Mais de 1.400.000 pessoas através do mundo verificaram que isso é verdade. Em resultado, vivem em paz umas com as outras e usufruem contentamento e paz mental. Apreciam o valor das regras e dos princípios da Palavra de Deus. — Rom. 1:20; Fil. 4:19.
É a Bíblia que nos instrui a amar a Jeová Deus com todo o nosso coração, com toda a nossa mente, alma e força, e ao nosso próximo como a nós mesmos. Também delineia a ordem de Jesus de ‘amarmo-nos uns aos outros assim como eu os amei’. Que mundo diferente será este quando toda a terra obedecer a tais mandamentos e a terra “encher-se do conhecimento de Jeová assim como as águas cobrem o próprio mar”! — Isa. 11:9; Mar. 12:29-31; João 13:34, 35.