BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • g72 22/3 pp. 9-12
  • Por que estão fechando as escolas católicas?

Nenhum vídeo disponível para o trecho selecionado.

Desculpe, ocorreu um erro ao carregar o vídeo.

  • Por que estão fechando as escolas católicas?
  • Despertai! — 1972
  • Subtítulos
  • Matéria relacionada
  • Como Funciona o Sistema Escolar Católico
  • Causa Primária dos Fechamentos
  • Pode Cada Paróquia Suprir Mais Fundos?
  • Envolvido Mais do que o Dinheiro
  • Serão os Fechamentos Simples Consolidações?
  • O Que Dizer do Futuro?
  • Aumento das escolas religiosas particulares
    Despertai! — 1980
  • Enfrentam o colapso as escolas das grandes cidades?
    Despertai! — 1975
  • O que está acontecendo nas escolas?
    Despertai! — 1995
  • A busca de uma boa instrução
    Despertai! — 1995
Veja mais
Despertai! — 1972
g72 22/3 pp. 9-12

Por que estão fechando as escolas católicas?

“CRISE” é a palavra que mais freqüentemente aparece ao se descrever a condição das escolas católico-romanas nos Estados Unidos. As autoridades de dentro e de fora da Igreja estão convictas de que este sistema escolar se acha agora em graves dificuldades.

Sua preocupação é compreensível, pois o problema é imenso. A rêde de escolas da Igreja nos EUA é, sem comparação, o maior sistema escolar particular ligado à igreja em todo o mundo. Cêrca de quatro e meio milhões de estudantes estão inscritos em suas escolas primárias e secundárias.

Durante apenas os três anos que terminaram em 1970, um total de 877 (7 por cento) destas escolas católicas foram fechadas. E a situação não apresenta sinais de melhora. Notícias da imprensa, tais como as seguintes, são publicadas com regularidade:

“Arquidiocese de Detroit Fechará 56 Escolas.”

“Diocese em Colorado Fechará 12 Escolas.”

“Diocese de Búfalo Fechará 10 Escolas.”

Outros, além dos católicos, são atingidos por tais ações. Grandes números de estudantes extras — mais de 500.000 em dois anos recentes apenas, passaram para escolas públicas. Para cuidar disto, torna-se necessário mais impostos.

Assim, as autoridades educativas e cívicas não-católicas, bem como os contribuintes medianos, perguntam: Por que estão fechando as escolas católicas? Para ajudar a responder a esta pergunta, torna-se necessária alguma informação de fundo.

Como Funciona o Sistema Escolar Católico

Há, basicamente, dois sistemas de escolas nos EUA. Um deles é um sistema público, sustentado pelos impostos. Junto com este, há as escolas particulares, tanto as religiosas (não raro chamadas paroquiais) e outras, que tiveram permissão de funcionar. Por que este sistema separado?

Foi amplamente motivado pelos temores religiosos. No século passado, o sistema de escolas públicas foi considerado orientado pelos protestantes. Oficialmente, os EUA jamais permitiram que qualquer religião estatal fôsse ensinada em suas escolas públicas, como é feito em alguns países. Não obstante, pensava-se que as crianças católicas, sendo minoria, tinham de confrontar fôrças contrárias à sua fé nas escolas públicas. Por conseguinte, o Terceiro Concílio Plenário de Baltimore, em 1884, decretou que, próximo de toda paróquia, devia-se construir uma escola paroquial, como meio de enfrentar as “influências nocivas da religião popularizada”.

Hoje em dia, a maior parte do currículo das escolas católicas é virtualmente uma cópia a carbono do encontrado nas escolas públicas. No entanto, a New Catholic Encyclopedia (1967) admite que uma das coisas “básicas deste currículo, em todas as ocasiões, tem sido a instrução nas verdades da fé”.

Através de grande parte de sua história, o sistema tem tido cuidadosa supervisão religiosa. Um bispo católico é o dirigente de todas as escolas de sua diocese; ele designa um superintendente para trabalhar intimamente com ele. A supervisão imediata de cada escola, contudo, é delegada ao pároco e a um diretor, em geral um membro da junta escolar que pertence a uma ordem religiosa. Similarmente, os membros de tais ordens religiosas, “irmãos” e freiras’ são os que ministram a maior parte do ensino. Por que, porém? depois de quase um século de funcionamento, o sistema se acha em dificuldades,

Causa Primária dos Fechamentos

Para a maioria dos observadores, há um problema imediato: dinheiro. Basicamente, cada escola tem sempre sido financiada pelos fundos paroquiais locais e pelas taxas escolares. Mas, agora, segundo a revista Time, “o sistema escolar católico-romano nos EUA se acha em sérias e até mesmo desesperadoras dificuldades financeiras”. — 28 de março de 1969.

As despesas sobem vertiginosamente. Todas as escolas, inclusive os sistemas públicos, vêem-se confrontadas por crescentes custos de novos prédios, equipamentos e de ajudas para o ensino. Os salários dos mestres aumentaram grandemente na última década. No entanto, as despesas crescentes atingiram as escolas católicas com ainda maior impacto. Como?

Eis aqui o âmago da questão:

“A freira que desaparece de cena é a causa central da crise financeira que o sistema escolar católico confronta hoje.”

“Os custos sobem em todos os sistemas escolares, mas os católicos também perdem o arcabouço de seu sistema — as dedicadas irmãs e os irmãos das ordens religiosas que trabalham quase em troco de nada.” — Advance-Star de Burlingame (Califórnia, EUA), 19 de dezembro de 1970.

As fileiras destes mestres religiosos que pouco recebem estão declinando continuamente. Juntando-se tudo, houve uma queda de 12 por cento no seu número entre 1967 e 1970! Muitos saíram para casar; alguns se voltaram para novos campos de empreendimentos. Ao mesmo tempo, menos pessoas se tornam freiras e sacerdotes que lecionam.

Em outros casos, os estados têm dificultado as exigências para que as freiras lecionem. Também, parece que as ordens religiosas, vendo as escolas paroquiais declinarem, têm designado maior número de seu pessoal a outras partes. Cada um destes passos significou menor número de mestres de baixos salários. Como é preenchida esta lacuna?

Com mestres leigos. Mas, precisam ser contratados com salários três ou mais vêzes superiores aos pagos a uma freira ou a um sacerdote. E simplesmente fornecer substituições não foi o bastante nos anos recentes, à medida que mais professôres se fizeram necessários.

Desde que os russos lançaram o Sputnik em 1957, trazendo incrementada ênfase à ciência nas escolas dos EUA, exigiram-se mais professôres de ciência. Estes necessitaram de custosos laboratórios. Métodos modernos de educação dividem turmas grandes em menores — mais turmas significam mais professôres. Considerando-se todos os fatores, em apenas dois anos o custo médio para se educar um aluno da escola primária católica subiu cêrca de um têrço. Os custos para a escola secundária subiram um quarto. Esta súbita carga esmagadora sobre as finanças escolares obrigou muitas delas a cerrar as portas.

Pode Cada Paróquia Suprir Mais Fundos?

Relata-se que as finanças das paróquias, oriundas de campanhas de levantar fundos e de donativos, não podem cobrir as crescentes despesas. Em 1970, segundo se relatou, os fundos paroquiais cobriram apenas cêrca da metade dos custos das escolas primárias e cêrca de um quarto dos custos das escolas secundárias. Mas, nos últimos cinco anos, diz-se que, para cada Cr$ 0,96 de aumento na renda paroquial, os custos escolares aumentaram Cr$ 4,20.

Nem se pode pedir constantemente aos pais que paguem taxas escolares mais altas. Cada vez mais, os abastados retiram seus filhos das escolas paroquiais e se mudam para os subúrbios chiques. Quando se elevam as taxas escolares, os pobres é que restam para custear os aumentos. As taxas escolares, por conseguinte, são mais elevadas em paróquias de baixa renda do que nas mais ricas! As escolas então são fechadas, à medida que os pais mais pobres são compelidos a transferir seus filhos para as escolas públicas.

Conforme se expressam as autoridades católicas em educação, C. A. Koob e R. Shaw:

“As taxas e mensalidades escolares, junto com os donativos, colocam a carga sobre um grupo particular de católicos que, pela própria natureza das coisas, são os que menos podem suportá-la.” — S. O. S. for Catholic Schools (S. O. S. Para as Escolas Católicas), 1970, p. 66.

Compreensivelmente, as autoridades eclesiásticas vêem com suspeição a inteira estrutura financeira paroquial. Afirma uma delas:

“O atual sistema para se financiar a educação escolar católica é inacreditavelmente arcaico, obsoleto e ineficaz.” — Catholic Education Faces Its Future (A Educação Católica Encara Seu Futuro), Neil G. McCluskey, S. J., 1969, p.-264.

Envolvido Mais do que o Dinheiro

No entanto, o problema transcende as finanças. Outros fatores agravam a situação financeira.

Primeiro, não há mais o forte apoio que antes era dado à Igreja. As disputas após o Segundo Concílio do Vaticano têm deixado alguns desconfiados da Igreja e de suas escolas. Por conseguinte, muitos pais não mais enviam seus filhos a tais escolas.

Adicionalmente, o próprio motivo para a existência das escolas parece ter desaparecido. Sentimentos anticatólicos talvez fôssem fortes nos anos anteriores, mas, em 1960, um católico, John F. Kennedy, foi eleito presidente dos EUA. Grande parte do preconceito já havia, obviamente, desaparecido. Assim, arrazoam os pais, por que agüentar as despesas duplas de mandar os filhos às escolas paroquiais quando se pagam impostos para escolas públicas”?

Também, há falta de clara liderança para as escolas. Conforme Koob e Shaw confessam:

“Nem todos os problemas da educação católica desapareceriam como que por mágica se grandes somas adicionais de dinheiro se tornassem disponíveis de forma súbita. O dinheiro . . . não eliminaria a questão dos alvos e das prioridades.” — P. 61.

Em outras palavras, se o dinheiro se tornasse disponível, Quem o gastaria? Como seria gasto? Sublinharia a escola católica o serviço prestado aos pobres da cidade e a eliminação do desequilíbrio racial? Ou se mudaria para os subúrbios chiques? Quem decidiria o currículo?

Há esforços para se resolver tais questões; porém, há pouca unidade. Assim, tais autoridades eclesiásticas também afirmam:

“Apesar das noções remanescentes de que a Igreja seja um monólito, um inteiro coro de vozes hodiernas ‘falam’ a favor da educação católica, e não raro, cada um parece estar dizendo algo diferente.” — P. 26.

Entre tais “vozes” se acham os bispos e pastores que, embora encarregados das escolas, não raro carecem de treinamento no campo educacional.

Também, nos anos recentes, “juntas de educação” têm-se pronunciado a favor da educação católica. Tais juntas basicamente procuram atrair leigos experientes das paróquias ou dioceses para trabalharem junto com o pastor ou bispo. Mas, tal união não tem produzido liderança decisiva. A respeito de tais juntas, a revista católica Commonweal, de 3 de abril de 1970, disse:

“Sente-se que as juntas escolares de que tanto se fala têm sido grandemente ineficazes em alterar basicamente as prioridades. As juntas escolares proliferam; as iniciativas quanto a diretrizes parecem tão inescrutáveis como antes. As juntas realmente não dispõem de muita autoridade.”

Tais fatores agravam a crise financeira. No entanto, alguns argumentam que os problemas das escolas não são tão sérios quanto as notícias da imprensa nos fariam crer.

Serão os Fechamentos Simples Consolidações?

Alguns afirmam que os fechamentos são simples consolidações, uma fusão de escolas. Depois de se fecharem dez escolas em Búfalo, Nova Iorque, certo porta-voz disse: “Nós estamos fechando edifícios, e não escolas. Trata-se duma consolidação. Outros escolas católicas poderão acomodar todos os estudantes.” Em alguns casos, isto é verdade, mas não na maioria. Considere, por exemplo, Pueblo, Colorado, EUA.

Não houve fusões em Pueblo quando todas as doze escolas católicas fecharam e esperava-se que mais de 2.600 alunos fôssem para as escolas públicas. A consolidação é a exceção, e não a regra.

O Que Dizer do Futuro?

O dinheiro permanece sendo o problema premente. De onde virão os fundos futuros?

Principalmente, dos governos federal e estaduais, e o que esperam os homens da igreja. Eles já forneceram alguma ajuda. A legislação do governo federal, a Lei da Educação Primária e Secundária de 1965, dos EUA, permitem que sejam providos fundos para ajudar tanto as crianças das escolas públicas como das particulares das famílias de baixa renda.

Vários estados têm fornecido coisas tais como transporte gratuito de ônibus, compêndios seculares e alguns subsídios salariais para as escolas paroquiais. Contudo, em 28 de junho de 1971, o Supremo Tribunal dos EUA votou que muitas das provisões estaduais eram inconstitucionais. Apenas outros processos legais determinarão se quaisquer programas estaduais poderão continuar.

Em qualquer caso, o fechamento das escolas católicas abrange mais do que o problema financeiro. Antes, é um indício a mais da crescente falta de interesse que muitos católicos nutrem pela sua igreja e suas instituições.

    Publicações em Português (1950-2025)
    Sair
    Login
    • Português (Brasil)
    • Compartilhar
    • Preferências
    • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
    • Termos de Uso
    • Política de Privacidade
    • Configurações de Privacidade
    • JW.ORG
    • Login
    Compartilhar