Colombo, o contribuinte

● O Cristóvão Colombo (1451-1506) é famoso como o navegador e explorador que “descobriu a América”, segundo relatado. Não obstante, o livro Environment — Resources, Pollution & Society (Ambiente — Recursos, Poluição e Sociedade; 1971) observa:

“Quando Colombo cruzou o Atlântico em 1492, e estabeleceu o elo entre o Velho Mundo e o Nôvo, pôs em movimento uma troca de colheitas entre os dois mundos, algumas das quais encontraram melhor nicho ecológico no mundo que foram introduzidas do que naquele de onde provieram originalmente. Ao progredir esta troca de colheitas, aumentou grandemente a capacidade da terra de sustentar a sua população.”

Isto é ilustrado pela batata, que os exploradores espanhóis introduziram na Europa, proveniente da América do Sul, nos anos 1500. Tornou-se alimento básico em muitas partes da Europa. “A população irlandesa cresceu rapidamente por diversas décadas com base no suprimento alimentar aumentado que a batata . . . tornou disponível.”

O milho, uma colheita cereal indígena das Américas, é agora produzido em toda a terra. É o principal alimento básico de Quênia, e é até exportado pela Tailândia. Por outro lado, o trigo, a aveia, a cevada e o centeio foram trazidos às Américas e cresceram muito bem nas Grandes Planícies, onde a umidade geralmente é insuficiente para se cultivar milho.

Quanto ao gado, a troca foi principalmente numa só direção. Lemos: “O Nôvo Mundo acha-se endividado ao Velho por todo o seu gado, exceto o lhama e a alpaca, e, com exceção do peru e do pato do mato, por todas as suas aves domésticas.”

Assim, parte dos grandes progressos na agricultura, e na capacidade da terra de sustentar sua população, provém’ das trocas iniciadas por Colombo. “Não é costumeiro associar Colombo com um grande progresso tecnológico na capacidade da terra de sustentar sua população, mas sua contribuição foi profunda.” — Páginas 54, 55.