BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • g72 22/5 pp. 21-23
  • Por que ser seletivo ao ver TV

Nenhum vídeo disponível para o trecho selecionado.

Desculpe, ocorreu um erro ao carregar o vídeo.

  • Por que ser seletivo ao ver TV
  • Despertai! — 1972
  • Subtítulos
  • Matéria relacionada
  • Muitas Queixas Contra os Programas de TV
  • Por Quê? Por Quê? Por Quê?
  • Outro “Por Quê”
  • A Necessidade de Seleção
  • Como a televisão pode prejudicar-nos
    Despertai! — 1978
  • Controle sua televisão!
    Despertai! — 1978
  • O que a televisão faz às crianças?
    Despertai! — 1978
  • Como assumir o controle
    Despertai! — 2006
Veja mais
Despertai! — 1972
g72 22/5 pp. 21-23

Por que ser seletivo ao ver TV

“A ARMA de comunicações que mais inspira temor que já foi inventada.” Quão bem estas palavras, proferidas por notável autor de documentários, descrevem a maravilha da televisão! E é mesmo uma maravilha!

Assim como seu olho se move para lá e para cá cêrca de quarenta e seis vêzes para ler uma coluna de tipos nesta revista, assim o feixe da câmara de TV usado nos EUA percorre cada figura ou imagem em 525 linhas. Com trinta quadros completos por segundo, isto significa que o feixe demora menos de quinze milésimos de um segundo para percorrer uma linha. E há quem fale de leitura rápida! Não só isso, mas a câmara primeiro percorre todas as linhas ímpares, 1, 3, 5, 7 e assim por diante, e daí retorna ao canto superior esquerdo do quadro e percorre todas as linhas pares, 2, 4, 6. O processo pelo qual as câmaras de TV fotografam a cor e os aparelhos de TV a reproduzem (embora nenhuma cor seja realmente transmitida) é ainda uma causa de maior admiração.

Os EUA se jactam de possuir 930 emissoras de TV e mais de 93 milhões de aparelhos de TV, sendo que para mais de 30 por cento deles são aparelhos de TV a cor. Nos últimos cinco anos, dez milhões de aparelhos foram vendidos anualmente. Ali, diz-se que a família típica usa sua TV cerca de seis horas por dia, em média.

O homem deveras conquistou o espaço quando se trata de transmitir informações, quer por meio de imagens, quer por meio de som. Mas, como está sendo usado tal veículo? Está o homem utilizando-o da melhor maneira possível?

Muitas Queixas Contra os Programas de TV

As queixas mais comuns aos programas de TV dizem respeito aos comerciais. Quase todos os telespectadores acham que estes deviam ser em menor número, mais curtos, e, em especial, interromper menos os programas. As autoridades governamentais têm outras queixas mais. Certa autoridade combate as emissoras de TV devido a seu alegado ponto de vista político eivado de preconceitos. Outra autoridade as acusa de produzir um “deserto” cultural. Ainda outra declarou: “Tomamos o mais poderoso veículo de instrução e inspiração já inventado pelo homem, e — semelhante ao templo nos dias de Jesus — o entregamos aos mercadores e aos cambistas.”

Críticos da imprensa falam da “papa sem gosto da TV comercial” e com desprezo se referem às reprises como “reciclagem de esgotos”. Queixam-se: “Não é de admirar que as rêdes afirmem que ninguém se interessa por suas ofertas séries. Não começaram sequer a tentar torná-las interessantes.” Um dos mais destacados comentaristas de TV dos EUA, o falecido Edward Murrow, certa vez descreveu os programas de TV como mostrando “evidência de decadência, escapismo e isolamento das realidades do mundo em que vivemos”. Grande parte desta crítica se dirige aos programas tencionados para crianças ou vistos por crianças.

Por Quê? Por Quê? Por Quê?

Por que há tantas queixas sobre o que é exibido na tela de TV, em especial nos EUA? (Na maioria dos outros países, a televisão é principalmente, ou, em grande parte, monopólio estatal; este decide o que o povo verá.) Alguém lá de dentro, o diretor de uma das agências de publicidade mais movimentadas dos EUA, respondeu a um destes “Por Quês” num artigo intitulado “Os Verdadeiros Senhores da Televisão”. Nêle, disse que, em 1959, as duas principais rêdes de TV (dos EUA) exibiam ‘espetáculos de qualidade’. Daí, uma terceira rêde, que estava muito mal em terceiro lugar, “lançou um grupo de novos espetáculos mobilizados pela violência estilizada e sanguinolência não estilizada”. De imediato, ficou em segundo lugar, bem perto do primeiro, de modo que as outras duas rêdes transigiram em seus padrões de programação a fim de reterem suas audiências, a bem da autopreservação.a

O que determina a “qualidade” dos espetáculos? A acolhida do público. Segundo este diretor publicitário, “no negócio de captar audiências, não se pode dar ao luxo de estabelecer os seus próprios padrões ou os de sua audiência. Antes, lhe são fixados pelo êxito relativo de seus competidores”.

Nem é o precedente a opinião de apenas um homem. Recente entrevistador de cinco programas de TV que foram classificados como de maior índice de audiência no inverno setentrional de 1970-1971 foram os que ele descreveu como ‘baratos, doentios, chatos sem graça e descuidados’. A preferência da audiência sem dúvida é uma razão pela qual os programas de TV às vêzes deixam tanto a desejar.

Outro “por quê” se deve às repercussões que talvez resultem de uma rêde apresentar um documentário desafiador que trate de problemas correntes. O documentário, “A Venda do Pentágono” tratava da política do Departamento de Defesa dos EUA em criar uma imagem favorável de suas atividades e diretrizes. Embora classificado por algumas fontes como um dos melhores documentários do ano, suscitou a ira dos políticos. Também, gerou pouco entusiasmo nas estações-membros, pois temiam a perda de suas licenças.

Daí, então, um documentário que mencionava como os bancos faziam discriminação aos negros e pobres resultou na perda de considerável renda da parte de pelo menos uma emissora que o exibiu. O programa que expunha os que causavam localmente a poluição resultou em relações tão tensas entre alguns dos diretores da emissora de TV e alguns membros da comunidade comercial da localidade que se achou aconselhável dispensar o repórter que havia desenvolvido este programa. Assim, o temor de represálias econômicas ou políticas é outra razão pela qual não são mais freqüentemente apresentados melhores programas.

Outro “Por Quê”

Os precedentes “por quês” não explicam tudo; há algo mais. As redes e estações transmissoras de TV não podem lançar toda a culpa nos ombros dos outros. Isto se evidencia do fato que, ocasionalmente, excelentes programas são apresentados, em especial nas emissoras educativas ou “públicas”, como são chamadas agora. Notável exemplo é o programa extremamente popular e muitíssimo louvado, “Sesame Street” (Rua Sesame). A respeito do mesmo, o UNESCO Courier foi movido a escrever que se tratava duma “série espirituosa e de bom humor, desprovida de qualquer violência, contendo a mensagem positiva de que nenhum problema pode ser resolvido sem cooperação. Em segundo lugar, procura ensinar as letras, números e perícia simples de contar aos jovens, estimular seu vocabulário e faculdades de raciocínio e abrir seus olhos para o mundo em geral”. Assim, certo programa visto em maio de 1971, apresentava o número 12, a letra E maiúscula e minúscula, macacos brincando, e uma seqüência de danças que mostrava a diferença entre um triângulo e um quadrado. Era um programa que tanto divertia os adultos como educava as crianças.

O que indicam tais fatos? Que os programas edificantes e educativos podem ter êxito se se puser nêles bastante perícia e qualidade; se aquêles que os produzirem forem realmente dedicados a suas tarefas e não forem mesquinhos nem pouparem esforços. É por isso que os esquetes comerciais de apenas um minuto talvez sejam as modalidades mais divertidas de uma jornada noturna de TV.

A Necessidade de Seleção

Os programas de TV refletem o declínio geral dos padrões. Mas, o que mais se pode esperar? Por que deveria a indústria de TV ser mais idealística do que as outras nos dias atuais? A principal preocupação de todas é o lucro.

Naturalmente, como leitor mediano deste periódico, há pouco que possa fazer, se puder fazer algo, para melhorar a qualidade dos programas de TV. Mas, talvez possa melhorar seus próprios hábitos de ver TV. Poderá ser seletivo quanto aos programas de TV que vê. Se fôr pai, também deveria estar muito interessado quanto à espécie de programas que seus filhos vêem. Certifique-se de que sejam edificantes, e não lixo. E, em especial, impeça-os de ver filmes violentos, pois ver TV dessensibiliza as crianças à violência. O problema é grande, com um episódio violento a cada 14 minutos e um assassinato a cada 45 minutos. Segundo o Dr. V. B. Cline, “Estamos criando viciados em violência.” Os episódios violentos se tornam modelos que as crianças mais tarde representam na vida real.

Tem havido alguma agitação para se diminuir a quantidade de violência, mas muito pouca quanto a se diminuir a imoralidade sexual na tela de TV. Não se pode continuar a observar as pessoas em conduta dissoluta sem se perder a sensibilidade moral. E, assim como se dá com a violência, tais exemplos de conduta dissoluta se tornam modelos para a conduta dos telespectadores na vida real. A Bíblia afirma: “Não sejais desencaminhados. Más associações estragam hábitos úteis.” (1 Cor. 15:33) Não iria preferir a companhia de pessoas conhecidas pela sua moral dissoluta, iria? Então, por que associar-se com elas na TV? Ser seletivo significa ser cuidadoso quanto à espécie de programas de TV que costuma ver.

E, ser seletivo também significa controlar o tempo que gasta vendo televisão. Segundo o Dr. G. A. Steiner mostra em seu livro The People Look at Television (As Pessoas Consideram a Televisão), muitos têm atitude ambivalente para com a televisão, isto é, têm atitudes conflitantes a seu respeito. Ao passo que dizem gostar de ver TV, ao mesmo tempo expressam muita preocupação quanto a ver TV demais.

Pode derivar o bem e o prazer de ver TV, mas há o que se pode chamar de ficar viciado a ela. Quando permite que os programas de TV façam que negligencie seus deveres, deixe de dormir o necessário, deixe de exercitar-se de forma saudável e de obter ar fresco, não está sendo seletivo, mas viciador. Nem, se fôr ministro cristão, estará sendo seletivo se negligenciar quaisquer de suas obrigações ministeriais em troca de ver programas de TV.

A TV é, deveras, uma arma de comunicações que inspira reverência, é deveras uma maravilha. Mas, aprenda controlá-la; não permita que o controle.

[Nota(s) de rodapé]

a É de Interêsse que esta rêde tentou obter muita Vantagem em 1969. Exibiu um programa que suscitou tantos protestos clamorosos devido à sua vulgaridade que o mesmo foi cancelado depois de sua primeira exibição, ao passo que sua série mais custosa foi abandonada depois de algumas semanas, como “desastre total”. — The Americana, 1970 Annual, págs. 671, 672.

    Publicações em Português (1950-2025)
    Sair
    Login
    • Português (Brasil)
    • Compartilhar
    • Preferências
    • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
    • Termos de Uso
    • Política de Privacidade
    • Configurações de Privacidade
    • JW.ORG
    • Login
    Compartilhar