BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • g72 22/5 pp. 28-29
  • O conceito bíblico das riquezas — será contraditório?

Nenhum vídeo disponível para o trecho selecionado.

Desculpe, ocorreu um erro ao carregar o vídeo.

  • O conceito bíblico das riquezas — será contraditório?
  • Despertai! — 1972
  • Matéria relacionada
  • Riquezas
    Ajuda ao Entendimento da Bíblia
  • Riquezas
    Estudo Perspicaz das Escrituras, Volume 2
  • A bênção de Jeová enriquece
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1986
  • “Não tendo nada, e ainda assim possuindo todas as coisas”
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1976
Veja mais
Despertai! — 1972
g72 22/5 pp. 28-29

“A Tua Palavra É a Verdade”

O conceito bíblico das riquezas — será contraditório?

OS SERVOS aprovados de Jeová nos tempos antigos incluíam homens ricos. Efetivamente, Jeová Deus é identificado como Aquele que ‘dá poder aos israelitas para produzir riqueza’. (Deu. 8:18) Todavia, Jesus Cristo exclamou: “Quão difícil será para os que têm dinheiro abrirem caminho para entrar no reino de Deus!” (Luc. 18:24) Será isto contraditório?

É mister lembrar-nos de que Jeová Deus não forneceu as mesmas instruções a seus servos em todo período da história humana. Por exemplo, em vista das circunstâncias e do propósito de Deus para Jeremias, de que servisse como sinal, foi ordenado ao profeta que não se casasse nem constituísse família. (der. 16:2-4) Mas, a nenhum dos servos de Deus, nem antes nem desde aquêle tempo, deu-se a ordem específica de permanecer solteiro. De forma similar, o que a Bíblia tem a dizer sobre as riquezas tem de ser considerado à luz do propósito de Deus quanto a Seu povo.

Fiéis servos de Jeová Deus, tais como os patriarcas Abraão e Jó, não receberam diretamente a comissão de fazer discípulos. Por esta razão, seu tempo parece ter sido preenchido principalmente em cuidar das necessidades físicas e espirituais de suas respectivas famílias. Jeová abençoou os esforços diligentes destes servos, de modo que vieram a possuir grandes rebanhos, muito ouro e prata, e muitos servos.

Embora ricos, estes homens não eram materialistas. Avaliavam que sua prosperidade material se devia à bênção de Jeová sobre eles. Quando lhe foi dada a oportunidade de aumentar sua riqueza por aceitar uma oferta do rei de Sodoma, disse Abraão: “Desde o fio até o cordão de sandália, não, não tomarei nada daquilo que é teu, para que não digas: ‘Fui eu que enriqueci a Abrão.’ Nada para mim!” (Gên. 14:23, 24) Por causa da atitude correta demonstrada por homens como Abraão, Jeová dispunha de boa razão para protegê-los do esbulho de homens egoístas e gananciosos.

Como no caso dos fiéis patriarcas, a prosperidade material dos israelitas dependia de manterem uma relação adequada com Jeová Deus. Era o propósito de Jeová que Israel, se obediente, fôsse uma nação próspera. Disse Moisés: “Jeová te abrirá seu bom depósito, os céus, para dar chuva à tua terra na sua estação e para abençoar todo ato da tua mão; e certamente emprestarás a muitas nações, ao passo que tu mesmo não tomarás empréstimo.” — Deu. 28:12.

A prosperidade da nação teria trazido honra a Jeová, constituindo poderosa prova para as nações circunvizinhas de que ele era o Enriquecedor de seu povo e que a Lei que dera a eles não tinha comparação em assegurar o bem-estar de todos os envolvidos.

Que a prosperidade de Israel realmente moveu outros povos a glorificar a Jeová é ilustrado no caso do Rei Salomão. Tendo ouvido falar de Salomão em relação a Jeová, a rainha de Sabá, por exemplo, veio de uma terra distante para comprovar se eram verídicos os relatórios sobre a sabedoria e prosperidade dele. O que ela viu, moveu-a a louvar a Jeová. A rainha de Sabá disse a Salomão: “Ultrapassaste em sabedoria e em prosperidade as coisas ouvidas que escutei. . . . Que Jeová, teu Deus, venha a ser bendito, aquêle que se agradou de ti, pondo-te no trono de Israel; porque Jeová ama a Israel por tempo indefinido.” — 1 Reis 10:1, 2, 7-9.

Naturalmente, a prosperidade da nação não queria dizer que toda pessoa nela fôsse rica — ou que os que possuíam pouco estavam, necessariamente, sob a desaprovação divina. Ocorrências imprevistas poderiam lançar as pessoas na pobreza. Acidentes e doença podiam, temporária ou permanentemente, impedir a pessoa de fazer o trabalho necessário. A chegada da morte podia deixar atrás órfãos e viúvas. Por isso, encorajou-se aos israelitas a ser generosos com suas riquezas em dar ajuda aos pobres e afligidos em seu meio. — Lev. 25:35; Deu. 15:7, 8.

Diferente dos patriarcas e da nação de Israel, os seguidores de Jesus Cristo tinham a comissão de ‘fazer discípulos de pessoas de todas as nações’. (Mat. 28:19, 20) Cumprir esta comissão exigia tempo e esforço que talvez pudesse, de outra forma, ter sido usado devidamente em empreendimentos seculares. Por conseguinte, alguém que continuasse a apegar-se à riqueza, se esta o impedisse de poder usar seu tempo e seus recursos para cumprir tal comissão, não poderia ser um discípulo de Jesus, com a perspectiva de obter a vida nos céus. É por isso que o Filho de Deus disse: “Quão difícil será para os que têm dinheiro abrirem caminho para entrar no reino de Deus! — Luc. 18:24.

Os seguidores de Cristo, contudo, não deveriam reduzir-se a um estado de pobreza e então depender de outros para sustento. Antes, deveriam trabalhar arduamente de modo a cuidar de suas famílias e também ter “algo para distribuir a alguém em necessidade”. (Efé. 4:28; 1 Tes. 4:10-12; 2 Tes. 3:10-12; 1 Tim. 5:8) Deveriam contentar-se com o sustento e abrigo, não se empenhando em ficar ricos. Afirma 1 Timóteo 6:9, 10: “Os que estão resolvidos a ficar ricos caem em tentação e em laço, e em muitos desejos insensatos e nocivos, que lançam os homens na destruição e na ruína. Porque o amor ao dinheiro é raiz de toda sorte de coisas prejudiciais, e alguns, por procurarem alcançar este amor, foram desviados da fé e se traspassaram todo com muitas dores.”

Naturalmente, isto não quer dizer que o cristão não possa ter riquezas. Até mesmo no primeiro século da E. C., alguns cristãos ricos se associavam com a congregação em Éfeso, Ásia Menor. O apóstolo Paulo não instruiu Timóteo a aconselhar a tais cristãos ricos que se livrassem especificamente de todas as coisas materiais, mas escreveu: “Dá ordens aos que são ricos no atual sistema de coisas, que não sejam soberbos, que não baseiem as suas esperanças nas riquezas incertas, mas em Deus, que nos fornece ricamente todas as coisas para o nosso usufruto; para praticarem o bem, para serem ricos em obras excelentes, para serem liberais, prontos para partilhar, entesourando para si seguramente um alicerce excelente para o futuro, a fim de que se apeguem firmemente à verdadeira vida.” (1 Tim. 6:17-19) Assim, estes cristãos ricos deveriam cuidar de sua atitude, não permitindo que a busca ou a manutenção das riquezas os enredassem, mas mantendo as riquezas em seu devido lugar e as usando generosamente para auxiliar outros. Fazendo isto, sem dúvida deixariam de expandir a sua riqueza, com efeito, talvez diminuísse agora. Mas, seu ‘alicerce para o futuro’ permaneceria seguro.

Deveras, o que a Bíblia diz sobre as riquezas é sempre apropriado às circunstâncias e ao propósito de Deus no que tange aos seus servos. Por todas as Escrituras, destaca-se coerentemente, não a posse das riquezas materiais, mas a boa posição perante Jeová Deus, posição que é mantida por meio de a pessoa continuar a fazer a vontade divina com fé. Assim, o conceito bíblico das riquezas é harmonioso e não contraditório.

    Publicações em Português (1950-2025)
    Sair
    Login
    • Português (Brasil)
    • Compartilhar
    • Preferências
    • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
    • Termos de Uso
    • Política de Privacidade
    • Configurações de Privacidade
    • JW.ORG
    • Login
    Compartilhar