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  • Obstáculos que influem no conceito judaico sobre Jesus
  • Despertai! — 1972
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g72 8/6 pp. 3-6

Obstáculos que influem no conceito judaico sobre Jesus

MUITOS judeus que vivem hoje aceitam como fato que um homem chamado Jesus viveu no primeiro século E. C. Até mesmo a Jewish Encyclopedia de 1904 identifica Jesus como o “Fundador do Cristianismo” e situa o tempo de seu nascimento por volta de 2 A. E. C. Todavia, comparativamente poucos judeus crêem que Jesus seja o prometido Messias ou Cristo. Para alguns, a própria idéia de se tornarem membros de uma igreja da cristandade é repulsiva. Poderia acontecer que as igrejas tenham parte ou muito da culpa disso?

Atitude das Igrejas da Cristandade

Deve-se lembrar que os judeus, por séculos, têm estado sujeitos ao sofrimento às mãos de pessoas que professam ser seguidores de Jesus. Escrevendo em We Jews and You Christians (Nós Judeus e Vocês Cristãos), Samuel Sandmel observa: “Quando, no passado, perseguiram-nos em nome dele, dificilmente se poderia esperar que honrássemos e prezássemos tal nome. . . . Em partes da Europa, muitos de nós se abstiveram por completo de permitir que o nome de Jesus viesse aos nossos lábios.”

Em vista disto, Jacob Jocz observa em The Jewish People and Jesus Christ (O Povo Judaico e Jesus Cristo): “A Igreja tem, por conseguinte, sido a primeira e a mais destacada pedra de tropeço na avaliação judaica de Jesus. . . . Entre Jesus e os judeus se ergue a Igreja Cristã”, isto é, a cristandade.

O século vinte não mudou os assuntos. Efetivamente, este século testemunhou o assassinato brutal de cerca de seis milhões de homens, mulheres e crianças judias nos campos de concentração estabelecidos pela Alemanha nazista. Sobre a atitude dos clérigos da cristandade para com tal assassinato em massa, Dagobert D. Runes comenta:

“Inumeráveis fotos de homens e mulheres cristãs conduzidos por sacerdotes católicos e ministros protestantes se acham disponíveis para os seriamente interessados, fornecendo evidência irrefutável do entusiasmo clamoroso para com Hitler e seu bando. Tais fotos mostram os semblantes benignos e jubilantes dos eclesiásticos cristãos não só abençoando as armas das tropas de assalto assassinas de Hitler, mas também acolhendo-as nas festas nazistas, nos assuntos eclesiásticos promovidos pelos nazistas, nas reuniões públicas nazistas, nas recepções nazistas, nos musicais patrocinados pelos nazistas, nas celebrações de vitorias programadas pelos nazistas. Com efeito, não há evento público durante a década de Hitler na Alemanha e na Áustria em que as igrejas cristãs não participassem jubilosamente. O Cardeal de Viena, Innitzer, durante aquela era, assinava toda a sua correspondência com ‘Heil Hitler!’ E o próprio bispo de Roma, Papa Pio XII, anterior núncio papal em Berlim, recusou-se até mesmo a proferir uma súplica de piedade a favor de um milhão de crianças judias que foram mortas em trens e câmaras de gás hermeticamente fechados.

“ . . . Os clérigos austríacos e italianos que deixaram de ver as crianças sangrando nos umbrais de suas portas continuaram a viver para louvar a Jesus. Deveras, se suscitar esta questão agora, como eu faço e outros já fizeram antes de mim, tais clérigos ficam um tanto perturbados pela nossa indisposição de esquecer.” — The Jew and the Cross (O Judeu e a Cruz), págs. 50-52.

Mas, estavam os membros das várias organizações religiosas e de seu clero destarte imitando a Jesus? De jeito nenhum. Jesus incentivou seus seguidores a mostrar genuíno amor ao próximo, citando isto como o segundo maior mandamento da Lei. (Mat. 22:39) Ordenou que se mostrasse amor até aos inimigos, afirmando: “Continuai a amar os vossos inimigos . . . para que mostreis ser filhos de vosso Pai, que está nos céus.” — Mat. 5:44, 45.

Ensinos Falsos, Outro Obstáculo

Além de serem culpadas de ações vis para com os judeus e outros, as igrejas da cristandade têm ensinado doutrinas que tornam difícil os judeus aceitarem a Jesus como o Messias. Crendo apenas em um só Deus, os judeus não podem entender como Jesus poderia ser igual a Deus como a segunda pessoa da Trindade. Mas, será que o próprio Jesus chegou sequer a ensinar o que atualmente se crê a respeito dele na maioria das igrejas da cristandade?

Um exame das palavras de Jesus mostra claramente que ele jamais pretendeu ser Deus, mas se referiu a si mesmo como sendo o “Filho de Deus”. (João 10:36) Jesus falou de seu Pai como sendo seu “Deus” (João 20:17) e atribuiu a Ele autoridade, conhecimento e grandeza superiores. — Mat. 20:23; Mar. 13:32; João 14:28.

Há inequívoca evidência de que as ações e ensinos das igrejas da cristandade se acham em oposição aos de Jesus. Isto mostra que a pessoa não deve basear seu conceito sobre Jesus no que as igrejas da cristandade têm feito e ensinado.

Examine a Evidência

Assim, se for judeu, não seria indício de sabedoria de sua parte examinar a evidência sobre Jesus pessoalmente? Por certo, não desejaria que o preconceito o impedisse de examiná-la com o cuidado e a reflexão mais do que usuais, visto que identificar o Messias é a verdadeira questão envolvida. Por aquilo que sobreveio aos judeus através dos séculos às mãos de outros, pode avaliar que o preconceito tende a anuviar o pensamento sadio. Pode fazer com que pessoas que, de outra forma, são inteligentes, ajam contrário ao bom raciocínio e à lógica. Conhecendo este perigo, poderá proteger-se, evitando tirar conclusões erradas sobre Jesus.

O testemunho judaico sobre Jesus se acha prontamente disponível. Os relatos evangélicos escritos pelos evangelistas judeus, Mateus, Marcos, Lucas e João, relatam os eventos do ministério terrestre de Jesus, e o restante das Escrituras Gregas Cristãs comumente chamadas de Novo Testamento), também escrito pelos judeus, delineia o ensino cristão. Já leu e estudou estas informações?

Sem dúvida está a par de que as Escrituras Gregas Cristãs fazem a afirmação de que Jesus é o Messias. “Até mesmo no Talmude se admite que Jesus de Nazaré era da família de Davi”, afirma o autor David Baron. Continua: “No ‘Sinédrio’, página 43, mencionasse Jesus como Aquele ‘que é aparentado ao reino’.” O Talmude até mesmo admite a veracidade dos principais eventos da vida de Jesus, embora os apresentando em luz desfavorável. Observa o erudito judeu Joseph Klausner:

“Estas estórias do Talmude parecem como que deliberadamente tencionadas a contradizer os eventos registrados nos Evangelhos: os mesmíssimos fatos são pervertidos em atos ruins e culposos. Por exemplo, os Evangelhos afirmam que Jesus nasceu do Espírito Santo e não de um pai humano; as estórias do Talmude asseveram que Jesus deveras nasceu sem pai, todavia, não do Espírito Santo, mas como o resultado de uma união irregular. Os Evangelhos afirmam que realizou sinais e maravilhas por meio do Espírito Santo e o poder de Deus; as estórias do Talmude admitem que deveras realizou sinais e maravilhas, mas, por meio de mágica.”

Assim, a questão da identidade de Jesus se resume em qual é o correto testemunho a respeito dele, os escritos de seus discípulos judaicos, conforme contidos nas Escrituras (Gregas Cristãs, ou o que foi dito por judeus que não o aceitaram como o Messias. Se a afirmação feita nas Escrituras Gregas Cristãs for verdadeira, o investigador sincero deve poder encontrar evidência conveniente nas páginas deste registro. Naturalmente, conclusões erradas e desarrazoadas poderiam ser facilmente atingidas pelas pessoas que investigam as coisas com certas idéias preconcebidas ou por pessoas que meramente tentam justificar seus conceitos pessoais ao lerem a evidência bíblica.

Por outro lado, se Jesus não é o Messias, os judeus que o aceitaram como tal devem ter sido iludidos de alguma forma. Mas, foi este o caso? Por que creram que Jesus era o Messias?

Papel de Jesus Como Profeta

Ao falar a seus discípulos, uma das coisas que o próprio Jesus apontou como evidência de ser o Messias foi seu papel como profeta. Em João 13:19, lemos: “Deste momento em diante, digo-vos antes que ocorra, para que, quando ocorrer, acrediteis que sou eu.”

Em conformidade com isso, se Jesus era deveras um verdadeiro profeta, deveria haver alguma evidência nesse sentido. Também, acatar as suas palavras proféticas deveria ter trazido benefícios aos judeus crentes. Trouxe?

Bem, considere como apenas um exemplo o que Jesus disse sobre a destruição de Jerusalém e a possibilidade de se fugir desta calamidade:

“Quando virdes Jerusalém cercada por exércitos acampados, então sabei que se tem aproximado a desolação dela. Então, comecem a fugir para os montes os que estiverem na Judéia, e retirem-se os que estiverem no meio dela e não entrem nela os que estiverem nos campos; porque estes são dias para se executar a justiça, para que se cumpram todas as coisas escritas. Ai das mulheres grávidas e das que amamentarem naqueles dias! Porque haverá grande necessidade na terra e furor sobre este povo; cairão pelo fio da espada e serão levados cativos para todas as nações; e Jerusalém será pisada pelas nações, até se cumprirem os tempos designados das nações.” — Luc. 21:20-24.

Assim como Jesus predisse, a oportunidade de fugir de Jerusalém surgiu até mesmo depois de os exércitos romanos, sob o comando de Céstio Galo, cercarem a cidade em 66 E. C. Relata o historiador judeu do primeiro século, Flávio Josefo:

“Céstio . . . repentinamente mandou seus homens voltar, perdeu a esperança, embora não tivesse sofrido reveses, e agindo contrário a toda a razão, retirou-se da Cidade.”

Será que os judeus cristãos aproveitaram a oportunidade para sair de Jerusalém, ou ficaram envolvidos na guerra com Roma? Escreve o erudito judaico Joseph Klausner;

“Ao passo que até mesmo os essênios, apesar de todo o seu asceticismo, juntaram-se aos lutadores a favor da liberdade . . ., os cristãos abandonaram Jerusalém imediatamente depois do irrompimento da rebelião, e fugiram para Pela, na Transjordânia, cidade que, em sua maior parte, era estrangeira. . . . Os cristãos, e até mesmo os nazarenos judeus [cristãos], não aceitaram o aspecto político do Messianismo Judaico de jeito nenhum. E o aspecto religioso e espiritual já se havia consumado em Jesus — assim sendo, que interesse teriam eles numa guerra entre os judeus e os romanos?” — From Jesus to Paul (De Jesus a Paulo), pags. 598, 599.

Naturalmente, os eruditos judeus tais como Klausner talvez não admitam que fora uma profecia proferida por Jesus que movera os cristãos judeus a deixar Jerusalém. Tais estudiosos, porém, admitem que os judeus que participavam na guerra contra Roma não incluíam nenhum seguidor de Jesus. Assim, torna-se evidente que a aceitação de Jesus como o Messias poupou os judeus cristãos do terrível sofrimento que sobreveio aos judeus quando os romanos destruíram Jerusalém em 70 E. C. Acatar as palavras proféticas de Jesus resultou na preservação da vida.

Por isso, há boa razão para fazer-se uma investigação cabal de que Jesus é o Messias, de modo a não trazer dano desnecessário a si mesmo. (Deu. 18:18, 19) Também, o investigador sincero desejará encontrar pessoas que vivam realmente em harmonia com os ensinos de Jesus, de modo a certificar-se de que o Cristianismo tem tido um efeito saudável em suas vidas. Isto não exige um exame extensivo de todas as várias organizações religiosas que pretendem ser cristãs. A culpa de sangue que compartilham as igrejas da cristandade é prova suficiente de que representam mal a Jesus e aos seus ensinos.

No entanto, há um grupo de cristãos que é conhecido em toda a terra por sua ausência de orgulho e ódio nacionalistas. Efetivamente, por causa disto, tais cristãos, conhecidos como testemunhas de Jeová, têm provado amarga perseguição no século vinte. Mas, não permitem que a perseguição silencie sua exposição das transgressões das leis justas de Deus ou que transforme sua posição moral. Não têm participado na culpa de sangue de qualquer nação. Portanto, por que não permite que as testemunhas de Jeová o ajudem em sua investigação sobre Jesus e seus ensinos?

[Foto na página 4]

A cooperação do clero com o assassino Hitler, atestado por muitas fotos, ergue-se como obstáculo para que muitos judeus aceitem a Jesus.

[Foto na página 5]

Um símbolo da Trindade, doutrina que os judeus não podem aceitar, visto crerem em um único Deus.

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