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  • Despertai! — 1972
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Datas radiocarbônicas ligadas aos anéis das árvores

O TÍTULO do Décimo Segundo Simpósio Nobel era “Variações do Radiocarbono e a Cronologia Absoluta”. O título subentendia que o método de datar radiocarbônico não mais é considerado absoluto. A ênfase no simpósio foi dada às variações nas datas radiocarbônicas e às tentativas, apenas parcialmente bem sucedidas, de explicá-las. Aquilo que emergiu como a cronologia absoluta foi a baseada na contagem dos anéis das árvores.

São isso más notícias? Afinal de contas, o método de datar radiocarbônico é um campo técnico especializado para alguns peritos altamente treinados, e a teoria tem sido corrigida aqui e ajustada ali até que se tornou difícil que mesmo outros cientistas a compreendam. Por outro lado, todo o mundo sabe — não sabe? — que uma árvore que cresce adiciona um anel a cada ano ao redor de seu tronco. E, depois de uma árvore ser abatida, pode-se dizer quão velha é por simplesmente contar os anéis, não pode? O que poderia ser mais simples do que isso? Sem dúvida muitas pessoas ficarão aliviadas de saber que o relógio radiocarbônico, que sempre parecia um pouco com a mágica científica, está agora sendo mantido no tempo certo por algo tão fácil e compreensível como a contagem dos anéis das árvores.

A curva de calibragem foi incluída no relatório publicado do simpósio (também publicado em Scientific American, de outubro de 1971). Mostra, para cada ano, remontando a 5200 A. E. C., quantos anos precisam ser adicionados ou subtraídos da data radiocarbônica para fazê-la corresponder com a data dos anéis de árvores.

À primeira vista, poder-se-ia confundi-la com uma tabela de cotações da bolsa de valores. Sua falta de qualquer regularidade, suas erráticas flutuações a curto prazo, e suas tendências imprevisíveis a longo prazo, todas sublinham a semelhança. Por usar esta curva corretiva, os laboratórios de datar radiocarbônicos chegaram a depender plenamente da exatidão da cronologia dos anéis das árvores, também chamada dendrocronologia.

Assim aqueles que tiveram fé nas datas radiocarbônicas precisam agora perguntar a si mesmos se tal fé é fortalecida ou debilitada pela nova ligação às datas dos anéis das árvores. A resposta, naturalmente, depende de quão certa é a cronologia dos anéis das árvores. Será firme âncora para as datas radiocarbônicas, impedindo-as de flutuar nas profundezas desconhecidas da antiguidade?

Cronologia do Pinheiro Americano

Não são muitas as árvores que vivem milhares de anos. As magníficas sequóias gigantes que crescem nas encostas montanhosas da Califórnia são famosas por sua extrema longevidade. Nos anos recentes, contudo, verificou-se que o pinheiro americano (pinus aristata), uma árvore despretensiosa, de aparência raquítica, que cresce nas encostas altas e rochosas da parte sudoeste dos EUA, às vezes vive até por mais tempo. Uma árvore em Nevada, segundo relatado, tem 4.900 anos.

A utilidade desta árvore de vida longa foi primeiro indicada em 1953, por Edmund Schulman, da Universidade do Arizona. Nas Montanhas Brancas da Califórnia oriental, encontrou várias árvores bem antigas, algumas delas ainda vivas, outras agora reduzidas a troncos de árvores ou pedaços de madeira mortos. Coletou cernes de árvores vivas bem como os restos de árvores caídas no bosque. Examinou-os em seu laboratório e usou-os para estabelecer uma cronologia de anéis das árvores. Após sua morte, em 1958, este trabalho foi continuado pelo Professor C. W. Ferguson, no mesmo laboratório. Ferguson relatou a situação atual do trabalho ao Simpósio Nobel. Afirma ter estabelecido uma cronologia de anéis de árvores para o pinheiro americano que remonta a 5522 A. E. C. Este é um período de tempo de quase 7.500 anos, uma consecução deveras impressionante. Poderia haver qualquer razão para duvidar-se de que seja correta?

Questionada por Alguns Pesquisadores

Bem, talvez observemos que o Professor P. E. Damon, do departamento de geologia da mesma universidade de Ferguson, disse: “A exatidão do método de datar pelos anéis de árvores pode ser questionada por alguns pesquisadores.”8a Então, examinemos o processo de construção da cronologia dos anéis das árvores para ver por que talvez seja questionável.

A primeira coisa que devemos inquirir sobre ela é a suposição básica da contagem dos anéis das árvores, de que cada anel equivale a um ano. Talvez lhe surpreenda saber que isso nem sempre é verdadeiro. Ferguson afirma sobre este ponto: “Em alguns casos, 5 por cento ou mais dos anéis anuais talvez estejam faltando, junto a uma certa proporção que abrange muitos séculos. A localização de tais anéis ‘que faltam’ num espécime é comprovada por se relatar seu padrão de anéis com o padrão de anéis de outras árvores em que se ache presente o anel ‘que falta’.”9 Visto que o investigador adiciona estes anéis ‘que faltam’ à sua cronologia, esta é maior do que o número real de anéis contados, em cinco ou mais anos para cada século.

Ainda mais interessante é o comentário de Ferguson sobre a possibilidade de uma árvore talvez produzir dois ou três anéis num único ano: “Em certas espécies de coníferas, em especial as das elevações mais baixas, ou nas latitudes meridionais, o acréscimo no crescimento de uma estação talvez se componha de dois ou mais rompantes de crescimento, cada um dos quais talvez se assemelhe fortemente a um anel anual. Tais anéis de crescimento múltiplo são extremamente raros no pinheiro americano, contudo, e são especialmente infreqüentes na elevação e na latitude dos locais que eram estudados.”9

Assim, sob as atuais condições climáticas, os anéis múltiplos são raros. Do ponto de vista uniformitarista, tal declaração é bastante tranqüilizadora. Este ponto de vista, porém, despercebe abundantes evidências de que o clima era muito mais temperado antes do Dilúvio de 2370 A. E. C. Também, a localização atual dos bosques do pinheiro americano talvez estivessem em elevações muito mais baixas. Ambas estas diferenças, em harmonia com a opinião citada, podem ter resultado em mais anéis múltiplos nas árvores que então viviam. Isso se teria dado, não só antes do Dilúvio, mas até por algum tempo depois disso, enquanto a crosta da terra se ajustava às novas pressões. Quem pode afirmar quão freqüentemente os anéis múltiplos formaram-se sob tais condições, ou quantos séculos extras estão incluídos na cronologia devido a isso?

Ajuntando os Padrões

O ponto seguinte a observar é que não há uma única árvore que tenha 7.500 anéis. Embora seja relatado que algumas árvores tenham mais de 3.000 e até mesmo 4.000 anos, a árvore mais antiga viva incluída na cronologia remonta apenas a 800 E. C. No entanto, encontrou-se um árvore morta com cerca de 2.200 anéis, e as semelhanças no padrão de anéis grossos e finos foram encontradas entre as camadas exteriores da árvore morta e as camadas interiores da árvore viva. Assim, as idades foram consideradas como se sobrepondo de 800 a 1285 A. E. C., e a árvore mais antiga foi datada de 957 A. E. C. Este processo foi repetido com dezessete outros restos de árvores caídas, indo de 439 a 3.250 anéis, levando a contagem dos anéis a um total de 7.484 anos.

Agora, talvez pergunte: Quão certo é o casamento dos padrões que se sobrepõem? Ferguson nos assegura de que há apenas uma forma possível de fazer com que cada um dos dezessete se ajustem; como ele diz: “A cronologia-mestra para todos os espécimes envolvidos é ímpar em seu padrão de ano para ano; em parte alguma, através do tempo, é repetida precisamente a mesma seqüência a longo prazo de anéis amplos e estreitos, porque as variações de ano para ano no clima jamais são exatamente as mesmas.”9 Alguns talvez se disponham a aceitar esta opinião pelo que ela vale; outros pesquisadores, conforme afirma Damon, podem achar-se entre os que a questionam.

Outra pergunta: Se fosse possível ajustar um segmento duma árvore morta em mais de um lugar, que considerações guiarão a seleção do ajuste “correto”? Esta declaração de Ferguson talvez nos forneça certo indício: “Ocasionalmente, uma amostra de um espécime ainda não datado é submetida à análise radiocarbônica. A data obtida indica a idade geral da amostra, isto fornece um indício quanto à que parte da cronologia-mestra deve ser perscrutada, e, assim, se pode identificar mais prontamente a data dos anéis das árvores.”10 E, novamente: “A análise radiocarbônica de uma espécie única, pequena, que contenha uma série de anéis de alta qualidade de 400 anos, indica que a espécie tem aproximadamente 9.000 anos. Isto apresenta grande esperança para a extensão da cronologia dos anéis das árvores bem mais para trás no tempo.”11

Assim, é evidente que o método de datar do C14 serve qual guia em ajustar as peças do quebra-cabeças dos anéis das árvores. Será que tais admissões fornecem razão para se suspeitar que talvez a cronologia dos anéis das árvores não esteja bem alicerçada como parece estar, mas que seus propronentes procuram apoio no método de datar radiocarbônico? Tal suspeita não é infundada, pois o Professor Damon, depois de nos assegurar de sua confiança pessoal nas datas dos anéis das árvores, adiciona: “Não obstante, é tranqüilizador ter alguma comparação objetiva, por exemplo, com outro método de datar. Esta é, com efeito, fornecida pelo método de datar do C14, de amostras historicamente datadas.”

Se as datas dos anéis das árvores precisam ser apoiadas pela comparação com as datas radiocarbônicas na série em que são apoiadas pelas datas históricas, remontando a apenas 4.000 anos, o que se pode dizer dos necessários 4.000 ou 5.000 anos antes disso?

Problemas de Datar Madeira

Os esforços de fortalecer o apoio mútuo das duas cronologias vêem-se afligidos por outro problema que ocasionou considerável discussão entre os peritos. Até mesmo na análise radiocarbônica daquelas amostras do pinheiro americano que agora servem de base para todas as outras datas radiocarbônicas, há possibilidade de alterações da amostra que precisam ser consideradas. Sabe-se que substâncias inorgânicas tais como o calcário dos moluscos de conchas e o carbonato nos ossos, são muito suscetíveis de mudança ou de troca com os carbonatos dissolvidos, quer mais antigos quer mais recentes. Por esta razão, são quase inúteis em datar. As substâncias orgânicas, tais como a celulose, são consideradas como improváveis de alterar-se. A seiva viva de uma árvore pode ser lavada da madeira morta, mas, se já tem circulado por séculos ou milênios pela madeira, podemos estar seguros de que não substituiu parcialmente o C14 em decomposição?

Diferente da seiva, a resina é difícil de ser removida. Ferguson se referiu à “natureza altamente resinosa” da madeira do pinheiro americano.12 Os peritos concordam que a resina da madeira mais recente passa para a madeira mais antiga, onde pode provocar erros. “A difusão para dentro da resina certamente é um resultado razoável.”13 Também: “Este problema da resina é importante, em especial à medida que a correção aumenta, ao se penetrar mais para o interior da árvore.”13 Em certa experiência, a resina extraída é aparentemente 400 anos mais recente do que a madeira.

No entanto, os peritos não concordaram quanto a quão eficaz são seus tratamentos químicos. Um deles disse que ferver a madeira em ácido e álcali “remove toda a resina”.14 Outro disse: “Na minha opinião, a resina dos pinheiros americanos não pode ser removida completamente por tratamento com solventes químicos inorgânicos.”14 Mas, quando usam solventes químicos orgânicos, têm de preocupar-se se o solvente foi inteiramente removido depois disso, porque apenas um pouco do carbono moderno dele poderia aparentemente rejuvenescer uma amostra de madeira antiga. Naturalmente, trabalham conscienciosamente para excluir todos esses erros, mas obtêm completo êxito? Quão seguros podemos estar disso?

Contar as Camadas Glaciais

Um método um tanto similar de contar os anos do passado foi considerado na reunião, método este baseado nas camadas glaciais. As camadas são constituídas alternadamente de areia e argila que supostamente são formadas anualmente por uma geleira ao se derreter. Afirma-se que fornecem um registro contínuo, uma na Suécia remontando até a 12.000 anos. Isto foi também proposto como cronologia absoluta à qual as datas radiocarbônicas poderiam ser vinculadas. Mas, quão firme base realmente é?

A cronologia da camada de aluviões lacustres escandinava é ajuntada de seções observadas em diversos lugares por toda a Suécia. O registro parece ser muito menos útil do que a cronologia dos anéis das árvores por diversos motivos.

Por um lado, não é nenhum elo para o dia atual, correspondendo ao anel da casca. Estimativas quanto à data em que a última camada foi depositada variam amplamente. Também, o problema de identificar os depósitos anuais contribui para a incerteza. Assim, certo geólogo datou o início da série em Skåne de 12.950 A. E. C., e outro de apenas 10.550 A. E. C. O Dr. E. Fromm, da Pesquisa Geológica da Suécia, disse: “Nestes casos, o assentamento geológico não limitou a priori a possível série de datas, e as ‘teleconexões’ obviamente forneceram resultados bem indignos de confiança. Ademais, nestas partes de Skåne permanecem dúvidas quanto a se todos os depósitos de camadas com sedimentação em pequenos lagos de águas derretidas são realmente camadas anuais.”15

Note esta admissão de que as camadas nem sempre correspondem a depósitos anuais. Na realidade, representam condições alternadas de fluxo rápido e vagaroso, que poderiam ocorrer diversas vezes no ano sob certas condições climáticas. “O Dr. Hörnsten, da Pesquisa Geológica da Suécia, indicou que cada camada tinha de ser examinada mui cuidadosamente para se evitar contar a camada de um ano como tendo dois anos. Uma única camada depositada durante um ano poderia ter uma ou duas camadas pseudo-hibernais, devido a variações na descarga da água derretida (cf. duplos anéis das árvores).”16 O Professor R. F. Flint, bem-conhecido geólogo da Universidade de Yale, solicitou uma declaração clara do critério pelo qual uma camada é reconhecida, mas no que tange ao registro do simpósio, ela não surgiu.17

Estas, então, são as “cronologias absolutas” oferecidas no Simpósio Nobel. Dos artigos nas revistas populares de ciência, seria fácil ter-se a impressão de que o método de datar radiocarbônico ficou mais estabelecido do que nunca antes. Mas, uma leitura cuidadosa das palestras de fundo da conferência de Upsália, revela que multiplicaram-se as incertezas. A teoria radiocarbônica não mais fornece uma base sólida para a aceitação de suas datas. Os resultados de vinte anos de estudos debilitaram grandemente a maioria de suas suposições de apoio.

Agora, coloca-se a confiança no trabalho de um único grupo de pesquisa quanto a um novo método — o método de datar dos anéis das árvores. Que habilidades adicionais nesta técnica se poderiam revelar através de vinte anos de intensivo estudo em diferentes laboratórios? Em seu estágio atual, estaria disposto a confiar nela, ao invés de na Bíblia, para basear as decisões vitais que precisará fazer no futuro próximo?

[Nota(s) de rodapé]

a As referências se acham na página 20.

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