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  • g73 8/2 pp. 16-19
  • Por que existe a atual crise de energia?

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  • Por que existe a atual crise de energia?
  • Despertai! — 1973
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  • Uso de Combustíveis Fósseis
  • A Crise
  • Rápido Consumo
  • “Começam a Escassear”
  • Dependência do Petróleo Estrangeiro
  • Abundância de Carvão Utilizável?
  • Um Dilema
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    Despertai! — 2005
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Veja mais
Despertai! — 1973
g73 8/2 pp. 16-19

Por que existe a atual crise de energia?

TODA energia tem uma fonte. Um cavalo, por exemplo, deriva sua força da energia química estocada na vegetação que come. A vegetação é a fonte da energia muscular, tanto dos animais como dos humanos.

Até o século atual, o homem confiou bastante na energia muscular para realizar seu trabalho, usando quer seus próprios músculos quer os dos animais. Também, os homens queimaram vegetação — madeira — liberando sua energia para uso. Tão recentemente quanto em 1870, a energia da madeira fornecia a maior parte das necessidades energéticas do homem, movendo as primitivas máquinas a vapor, barcos e locomotivas.

Uso de Combustíveis Fósseis

À medida que a indústria cresceu, contudo, o homem precisava de mais energia para mover as máquinas recém-inventadas. Foram utilizados os combustíveis fósseis, que jaziam na terra há milênios. Extraiu-se o carvão e foi usado em crescente volume. Por volta de 1910, era a fonte de energia para três quartos das necessidades energéticas do homem.

Por volta de 1859, o homem começou a usar, em larga escala, outro combustível fóssil, perfurando um poço de petróleo com êxito naquele ano. Um dos usos principais do petróleo hoje em dia é fornecer energia para os automóveis e outras formas de transporte. Apenas os EUA utilizam agora, em média, cerca de 646 milhões de galões (2.445 milhões de litros) de petróleo por dia!

Mais recentemente, em especial desde a Segunda Guerra Mundial, os estoques de gás natural da terra foram canalizados. Uma rede de cerca de 1.290.000 quilômetros de canos de gás subterrâneos foi construída, nos EUA, quatro vezes a extensão de todos os oleodutos daquela nação. O gás com que uma dona-de-casa cozinha talvez tenha percorrido longo caminho, sem parar, dos campos produtores de gás a muitas centenas de quilômetros de distância.

Atualmente, mais de 95 por cento das necessidades energéticas dos EUA são supridas por tais combustíveis sólidos. Em 1970, o petróleo forneceu cerca de 43 por cento, o gás natural cerca de 33 por cento, e o carvão cerca de vinte por cento das necessidades energéticas totais daquele país. O resto da energia foi fornecido principalmente pelas hidrelétricas. Esta dependência dos combustíveis fósseis é a raiz da atual crise de energia.

A Crise

O Times de Nova Iorque, de 19 de março de 1972, explicou: “O golpe está sendo sentido porque nossos recursos energéticos — o carvão, o óleo e o gás natural — começam a escassear e a demanda destes recursos por parte do resto do mundo aumenta mais rápido do que a dos Estados Unidos.”

O que aconteceria se tais fontes de energia subitamente desaparecessem? Acabaria a atual forma de vida industrializada do homem! Os carros, ônibus trens e aviões parariam. A maioria das luzes, televisores, refrigeradores e outros aparelhos elétricos, deixariam de funcionar. Esta é a base da crise.

Mas, será que os combustíveis fósseis “começam a escassear” realmente? Alguns os têm considerado praticamente ilimitados — pelo menos ainda por milhares de anos. O que aconteceu?

Rápido Consumo

As demandas de energia cresceram mais rápido do que se esperava. Os combustíveis fósseis têm sido consumidos numa taxa fantástica. Cada dia, em média, o mundo retira da terra cerca de 2 bilhões de galões (7,5 bilhões de litros) de petróleo! Em 1970, o total mundial aumentou 9,5 por cento sobre o ano anterior. Se tal taxa continuar, o uso de petróleo mais do que duplicará em dez anos. O consumo de petróleo pela Europa Ocidental realmente triplicou nos últimos dez anos. A respeito da estonteante demanda de combustíveis fósseis, Science Digest de outubro de 1971 disse:

“O rápido consumo do estoque mundial destas matérias-primas vitais se torna assustadoramente dramático quando se compreende que, já em 1968, a metade do petróleo que o homem usou através da história, ele produziu nos 12 anos precedentes. Deveras, a maior parte do consumo de combustíveis fósseis do mundo ocorreu no último quarto de século.”

Tal taxa de consumo tem um efeito duma bola de neve, adquirindo incrível velocidade. Para exemplificar: o consumo de energia elétrica tem mais do que dobrado a cada dez anos nos EUA. Isto significa, como observa Scientific American, de setembro de 1971: “Nos próximos 10 anos, os EUA gerarão tanta eletricidade como foi gerada desde o início da era da eletricidade.” As conseqüências de se duplicar a taxa de consumo-a cada dez anos são assombrosas.

Embora ninguém saiba quanto carvão, petróleo e gás esteja estocado na terra, para fins de ilustração, imaginemos que 5 por cento das reservas totais já tenham sido consumidas até agora. Isto significa que, numa taxa de duplicação do consumo a cada dez anos, todos os combustíveis fósseis da terra já estarão utilizados em cerca de quarenta anos!

“Começam a Escassear”

A taxa em que os combustíveis fósseis da terra estão sendo consumidos é atemorizante para muitos. Alguns peritos afirmam que seu esgotamento ‘se dará dentro de pouco mais de uma geração’. Em um relatório de 1969 ao presidente dos EUA, a Academia Nacional de Ciências predisse: “Levará apenas outros 50 anos, mais ou menos, para esgotar-se a grande massa das reservas iniciais do mundo de líquidos de petróleo e gás natural recuperáveis.’

Entretanto, esta predição feita há três anos talvez seja altamente otimista. Já a reserva de gás natural escasseia. Num relatório da equipe de fevereiro de 1972, a Comissão Federal de Energia observou que a escassez que começou no ano de 1971 “assinalou um momento decisivo histórico — o fim do crescimento da indústria de gás natural sem ser inibido por questões de fornecimento”. Concluía o relatório: “A carga de aliviar a deficiência recairá sobre outros combustíveis.”

Todavia, o petróleo, também, se acha com fornecimento reduzido nos EUA. Já mais de um quarto do petróleo do país é importado — cerca de 620 milhões de litros cada dia, em média. Mas, a julgar dum recente relatório do Departamento do Interior, tais importações terão mais do que dobrar por volta de 1980.

Dependência do Petróleo Estrangeiro

Embora tenham sido feitas descobertas de petróleo no Alasca, o grosso das restantes reservas de petróleo conhecidas da terra se acha em outros países, especialmente no Oriente Médio. Assim, o Secretário-Adjunto do Interior dos EUA, Hollis M. Dole, afirma que “este país vai ter de ir onde exista petróleo — a África ou o Oriente Médio — para recompor seu déficit de combustível”.

Todavia, a crescente dependência do petróleo do Oriente Médio apenas acentua a crise de energia, como indicou o Times de Nova Iorque, de 7 de dezembro de 1971:

“A Comissão Estadual de Serviços Públicos asseverou que ‘as atuais realidades políticas’, inclusive o ‘contínuo fogo lento do conflito árabe-israelense’, tornaram as empresas de energia do estado cada vez mais vulneráveis à interrupção de seu fornecimento residual de combustível de petróleo. Quase todo esse petróleo é importado.”

Noticia o Herald de Miami, EUA: “O petróleo do Oriente Médio é tão importante que os Estados Unidos estão dispostos a correr o risco do confronto nuclear para protegê-lo.” Sim, as nações hoje se arriscariam a travar guerra para obter esse petróleo necessário a manter sua indústria em progresso, seus carros em movimento, os televisores em operação e as luzes acesas.

Entrementes, por que não se pode depender do carvão, ao invés de do petróleo, como a principal fonte energética? Os EUA, segundo se noticia, ainda dispõem de amplas reservas carboníferas.

Abundância de Carvão Utilizável?

O problema é que a maior parte do carvão contém enxofre demais para satisfazer os atuais padrões de preservação do meio-ambiente. As leis, em crescente número de cidades, não permitem o uso de carvão com índice sulfúrico de mais de 1 por cento. É por isso que cada vez mais comunidades substituem o carvão por combustíveis menos poluidores nas usinas de energia — como o óleo e o gás natural. Contrário ao que alguns talvez pensem, o homem simplesmente não dispõe do know-how para remover os poluentes de enxofre do carvão ou do óleo. O presidente Nixon, em sua mensagem de 4 de junho de 1971 sobre energia, explicou:

“Uma das maiores dificuldades em nosso programa de energia limpa é o fato de que não podemos agora queimar carvão ou óleo sem descarregar seu conteúdo de enxofre no ar. Precisamos de nova tecnologia que torne possível a remoção do enxofre antes que seja lançado no ar.”

Na verdade, há carvão disponível que possui pouco enxofre. Mas, é mais provável que esteja perto da superfície do solo, e é assim obtido principalmente pela mineração a céu aberto. E a mineração a céu aberto é tão prejudicial ao solo que foram propostas leis para proscrevê-la.

O carvão no âmago da terra, por outro lado, é difícil e oneroso de ser extraído, e é provável que tenha alta dose de enxofre. Assim, T. F. Bradshaw, presidente da Companhia Atlantic Richfield, observou: “O carvão, a bem dizer — pelo menos a curto prazo — provavelmente estará escasseado apesar destas enormes reservas.”

Um Dilema

O homem confronta um real dilema. A sociedade industrializada hodierna precisa de amplas quantidades de energia para funcionar. Todavia, as reservas de combustíveis estão escasseando, especialmente as dos que causam menos poluição. Se os combustíveis disponíveis forem usados, as pessoas serão lentamente envenenadas pela poluição. Mas, se não forem usados, a moderna sociedade industrializada lentamente perece por falta de energia.

Aparentemente, os humanos farão perigosas decisões a fim de manter sua atual forma de vida industrializada, consumidora de energia. Assim, ao passo que reconhece a seriedade da escassez de combustíveis fósseis, S. David Freeman, antigo conselheiro sobre energia do presidente Nixon, observou:

“A exaustão dos recursos energéticos não é, por si mesma, provavelmente a raiz do problema. . . . As quantidades de monóxido de carbono, de diminuta matéria particulada e de outros poluentes em potencial, projetadas nas seguintes duas décadas são tão grandes de modo a sugerir a possibilidade de mudanças, fundamentais em nosso meio-ambiente.”

É óbvio que se faz mister uma mudança, e tem de vir logo. Os meios atuais de gerar energia precisam ser substituídos. Isto é geralmente reconhecido. Com efeito, a escolha preferida aparentemente já foi feita — é a energia nuclear. Os Estados Unidos praticamente se voltam para ela.

Mas, será segura a energia nuclear? Será uma escolha sábia? Como é gerada a eletricidade pela energia nuclear? Tais perguntas ficam para ser consideradas num próximo número.

[Foto na página 17]

Esgotaram-se nossas principais fontes de energia!

NADA funciona mais!

Poderia a crise atual levar a isto?

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