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  • O uso da cruz
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Despertai! — 1973
g73 22/5 pp. 27-29

“A Tua Palavra É a Verdade”

O uso da cruz

COMO se sentiria se um de seus amigos mais prezados fosse executado à base de declarações falsas? Faria uma réplica do instrumento de execução, digamos, do laço dum carrasco ou duma cadeira elétrica? Beijaria tal réplica, acenderia velas diante dela, ou a usaria ao redor do pescoço como ornamento? ‘Naturalmente que não’, talvez diga.

Mas, não fazem milhões de pessoas efetivamente isto? Não falam de Jesus Cristo como seu amigo mais querido, que lhes mostrou amor por dar sua vida? Não dizem que Jesus, embora não tivesse pecado, foi executado numa cruz? Todavia, não exibem cruzes em suas igrejas, em suas casas e sobre suas próprias pessoas? Não chegam muitos até a beijar cruzes, a acender velas diante delas, e a curvar-se perante elas? Como foi que surgiu tal coisa?

A evidência histórica mostra que os cristãos primitivos não usavam cruzes em sua adoração. Afirma a New Catholic Encyclopedia (Nova Enciclopédia Católica): “A representação da morte redentora de Cristo no Gólgota não ocorre na arte simbólica dos primeiros séculos cristãos. Os cristãos primitivos, influenciados pela proibição de imagens esculpidas do Velho Testamento, relutavam em representar até mesmo o instrumento da Paixão do Senhor.” É óbvio que jamais se curvaram diante de cruzes nem as beijaram.

Para os judeus e os romanos, a maneira em que Jesus morreu foi humilhante e vergonhosa. Foi executado como criminoso da espécie mais baixa, como os malfeitores pendurados em estacas junto dele. (Luc. 23:32) Por conseguinte, sua morte o representou da pior forma possível. Para os cristãos, o instrumento de execução, portanto, teria sido algo muitíssimo repulsivo. Venerá-lo teria significado glorificar a ação errada cometida nele — o assassinato de Jesus Cristo.

Os não cristãos, contudo, há muito adoravam a cruz como símbolo religioso sagrado. Afirma o livro The Cross in Ritual, Architecture, and Art (A Cruz no Ritual, na Arquitetura e na Arte): “É um fato estranho, contudo inquestionável, que nas eras muito anteriores ao nascimento de Cristo, e desde então, em terras intatas aos ensinos da Igreja, a Cruz tem sido usada como símbolo sagrado. . . . O Baco grego, o Tamuz tírio, o Bel caldeu, e o Odin nórdico, foram todos simbolizados pelos seus devotos por um instrumento cruciforme.” — Página 1.

Isto dá origem a uma outra pergunta: Poderia ser que aquilo que é venerado por cristãos professos seja um símbolo pagão?

Não foi até o quarto século E. C. que a cruz começou a obter uso perceptível entre os cristãos professos. Quem foi primariamente responsável por tal acontecimento foi o Imperador Constantino, adorador do sol que disse ter aceito o Cristianismo anos antes de se submeter ao batismo, quando estava em seu leito de morte. O início da conversão de Constantino é situado no ano 312, quando, supostamente, viu uma cruz no céu. Afirma-se que esta cruz era um símbolo cristão e que Constantino a considerou como significando que o Deus dos cristãos lhe concederia a vitória. Mas, será que Constantino, adorador do sol, realmente viu um símbolo cristão? Por que Deus sancionaria a guerra travada por um adorador do sol?

Anos antes, Jesus Cristo dissera a Pedro: “Devolve a espada ao seu lugar, pois todos os que tomarem a espada, perecerão pela espada.” (Mat. 26:52) Por isso, o Deus da verdade, a quem Jesus representava, não poderia ter apoiado as guerras de um adorador do sol e de seu exército de adoradores do sol.

Ninguém hoje em dia pode afirmar taxativamente o que foi visto por Constantino, se é que foi visto algo. O testemunho tradicional disponível hoje é contraditório. O historiador eclesiástico, Eusébio, afirma que Constantino e seu inteiro exército viram “o troféu de uma cruz de luz nos céus, acima do Sol, com a inscrição [COM ESTE VENCERÁS].” No entanto, bem diferentemente, outro historiador, Lactâncio, afirma: “Constantino foi admoestado em seu sono para assinalar o sinal celeste de Deus nos escudos, e assim empenhar-se na batalha.”

Caso Constantino tivesse visto e tivesse sido influenciado por um símbolo cristão, deveria haver alguma evidência neste sentido por suas ações. Mas, este não é o caso. Anos após Constantino supostamente ter visto a cruz, suas moedas continuaram a honrar o deus sol. Continham a inscrição Sol Invictus (Sol Invencível). Mas, o que dizer do “sinal celeste de Deus” mencionado por Lactâncio? Este, também, associava-se à adoração do sol. Há acordo geral de que “o tipo do símbolo sagrado comumente chamado de ‘cruz giratória’ [um círculo com uma cruz dentro dele] se derivou, com pouca ou nenhuma alteração, do emblema do sol de nossos ancestrais pagãos. . . . e se tem sugerido (como pelo Rev. S. Baring-Gould) que, ao adotar o X P como seu estandarte, o Imperador Constantino foi motivado por política, a mesma figura falando a suas tropas pagãs sobre o disco giratório do sol, e aos cristãos sobre as iniciais em grego do nome do Salvador.” — The Cross in Ritual, Architecture, and Art, p. 2.

Assim, de forma muito sutil, através da influência de um regente adorador do sol, a cruz não-cristã tornou-se aceita pelos cristãos professos. Depois de serem levados a adotar a cruz como símbolo sagrado, os cristãos professos começaram a representar o corpo de alguém crucificado nela. A primeira evidência de tal representação data do quinto século E. C.

Nos séculos anteriores, tais acontecimentos teriam sido denunciados pelos cristãos como sendo idolatria. No segundo século E. C., para exemplificar, Minúcio Félix escreveu: “As cruzes, ademais, não adoramos nem desejamos. Vós, deveras, que consagrais deuses de madeira, adorais cruzes de madeira talvez como partes de vossos deuses.”

Há ainda outro fator que tornou impossível que os cristãos primitivos associassem a cruz com o instrumento em que Jesus foi morto. Nenhuma evidência bíblica sugere sequer que Jesus tenha morrido numa cruz. A respeito da palavra grega stauros’ (traduzida “cruz” em numerosas traduções), A Comprehensive Dictionary of the Original Greek Words with their Precise Meanings for English Readers (Dicionário Completo das Palavras Gregas Originais Junto com Seus Significados Precisos Para os Leitores em Inglês) declara: “STAUROS . . . denota, primariamente, uma estaca ou poste ereto. Neles, os malfeitores eram pregados como execução.” Similarmente, o livro The Non-Christian Cross observa: “Não existe uma única sentença em qualquer dos inúmeros escritos que formam o Novo Testamento que, no grego original, forneça sequer evidência indireta no sentido de que a stauros usada no caso de Jesus fosse diferente da stauros [poste ou estaca] comum; muito menos no sentido de que consistisse, não de um só pedaço de madeira, mas em dois pedaços pregados juntos em forma de uma cruz.”

Esta evidência histórica e o uso da palavra stauros’ pela Bíblia se combinam para estabelecer a verdade de que a cruz não é um símbolo cristão. A adoração da cruz é crassa idolatria, disfarçada sob o rótulo de cristã. Por isso, se desejamos a aprovação de Deus, não devemos evitar a cruz, obedecendo à ordem de Deus: “Fugi da idolatria”? — 1 Cor. 10:14.

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