BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • g73 22/6 pp. 27-29
  • O que dizer do chamado “Fragmento de Marcos”?

Nenhum vídeo disponível para o trecho selecionado.

Desculpe, ocorreu um erro ao carregar o vídeo.

  • O que dizer do chamado “Fragmento de Marcos”?
  • Despertai! — 1973
  • Matéria relacionada
  • Um antigo tesouro encontrado no lixo
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 2015
  • Evidência de preservação divina
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1988
  • Confirmação antiga do cânon bíblico
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 2006
  • A Bíblia contém um registro exato da vida de Jesus?
    Perguntas Bíblicas Respondidas
Veja mais
Despertai! — 1973
g73 22/6 pp. 27-29

“A Tua Palavra É a Verdade”

O que dizer do chamado “Fragmento de Marcos”?

NOVE fragmentos da coleção do Rolo do Mar Morto, segundo afirmado pelo crítico jesuíta espanhol, José O’Callaghan, são parte das Escrituras Gregas. Um fragmento, pouco maior do que uma impressão digital, é datado por ele como sendo por volta de 50 E. C. Pretendendo-se que é parte de Marcos 6:52, 53, tem sido objeto particular de muita atenção.

Os jornais e as revistas populares se referiram à obra de O’Callaghan como “a descoberta bíblica do século”, “O mais sensacional tesouro bíblico descoberto nos tempos recentes”, e um que “poderá revolucionar a pesquisa do Novo Testamento”, com suas “implicações que abalarão a terra”. No entanto, críticos cautelosos e casas editoras têm esperado mais informações antes de se ligarem a tais conceitos fortes. Considere o que mostram os fatos a respeito desta suposta seção do Evangelho de Marcos.

O fragmento (chamado 7Q5) — uma cópia do qual sendo mostrada aqui — contém menos de doze letras gregas razoavelmente distintas. No entanto, a parte de Marcos 6:52, 53 que O’Callaghan afirma que o fragmento representa parcialmente exige mais de cem letras. Dividimos as linhas de tais versículos como exige a teoria dele e mostramos como são traduzidas da maioria dos textos gregos.

Como se pode ver prontamente, é preciso obviamente suprir gigantesca parte dos versículos. Exatamente o que revela o estudo do fragmento?

A linha 1, como se pode observar na ilustração, virtualmente não existe.

Na linha 2, apenas cerca da metade dos caracteres da palavra que se diz que seria traduzida “seus” se acha intata; o restante da linha tem de ser reconstruído na maior parte.

Daí, na linha 3, aparece o que é interpretado como sendo a única palavra completa do fragmento, KAI (a palavra grega comum que significa “e”). Se for pressuposto que se trata dum fragmento dessa parte de Marcos, as seguintes duas letras depois disso seriam o início da expressão grega traduzida “tendo feito a travessia”. Embora estas duas letras devessem ser DI, como em todos os manuscritos gregos da Bíblia, parecem ser TI neste fragmento. Desapareceu o restante da linha.

Na linha 4, só aparecem duas letras completas, que se diz serem NE de “Genesaré”. Os aparentes riscos parciais das duas outras letras de cada lado delas, segundo afirma O’Callaghan, são o N e o S. As outras letras na linha estão despedaçadas.

Na linha 5, aparece um E completo, e bastante de outra letra para ser interpretado como um S; o resto da linha não existe.

Ademais, segundo o pressuposto esquema da página de O’Callaghan, o termo na linha 3, traduzido “para a terra” (Pereira), encontrado virtualmente em todos os textos gregos, estaria faltando no manuscrito do qual este fragmento é parte.

Também, a data de 50 E. C., baseada no estilo da escrita, é questionável. Outros críticos datam o fragmento de 100 e até mesmo de 150 E. C. Pelos motivos acima, e por outros mais, não é surpreendente que muitos críticos textuais deixem de abraçar a teoria de O’Callaghan.

Por exemplo, Pierre Benoit, diretor da “École Biblique et Archéologique Française” em Jerusalém, examinou os fragmentos reais (O’Callaghan trabalhou com fotocópias). A opinião de Benoit foi noticiada no Times de Nova Iorque: “A escrita nos fragmentos do papiro é indistinta, disse o Padre Benoit numa entrevista, mas até mesmo por um esforço de imaginação, não conseguiu atinar com as marcas que mostram coincidir com as letras gregas necessárias para provar a sugestão do Padre O’Callaghan. Deveras, um pedaço que parecia nas fotocópias como possível parte duma letra grega na rendição do Padre O’Callaghan resultou ser, no fragmento original, simples buraco no papiro.” — 30 de julho de 1972, página 14.

É elogiável que alguns apoiadores duma data anterior para o fragmento desejem silenciar aqueles que afirmam que Marcos foi compilado muito depois da morte de Jesus. Mas, será necessário diminuto fragmento dum papiro obscuro para isso? O que dizer daquilo que o próprio Evangelho de Marcos afirma?

Por exemplo, o que dizer da citação profética de Jesus, feita por Marcos, sobre a queda de Jerusalém? Os romanos não destruíram Jerusalém senão em 70 E. C. Todavia, o relato de Marcos cita as palavras de Jesus para mostrar que era algo ainda futuro. Se o relato de Marcos fosse escrito depois de 70 E. C., por que Marcos não registrou o cumprimento? Não mostraria isso que Jesus era um verdadeiro profeta? Assim, obviamente, apenas neste ponto, o próprio relato de Marcos indica que foi escrito antes de tais eventos ocorrerem no ano 70 E. C. — Mar. 13:14-20; compare com Luc. 21:20-23.

Mas, mesmo que o 7Q5 (ou outro fragmento semelhante que possa aparecer mais tarde) resulte ser aquilo que se afirma que é, será que influenciaria aqueles que não crêem realmente na Bíblia? Lembre-se, foi numa caverna perto de onde estes fragmentos vieram que o rolo hebraico do livro completo de Isaías foi encontrado em 1947. Provou que o texto tradicional (massorético) que chegou até nós era substancialmente correto.

Mas, agora, passados uns vinte e cinco anos, será que a maioria das pessoas, mesmo na cristandade, deveras crêem que o livro de Isaías é inspirado por Deus? Será que os críticos religiosos se empenharam em inculcar este ponto muitíssimo destacado na mente dos freqüentadores de igrejas?

Não! Antes, a maioria deles se preocupam com o estilo das letras do rolo! Ou, pilheriam sobre admitidamente pequenos desvios do texto tradicional! Se um rolo inteiro não convence as pessoas da fidedignidade do texto da Bíblia, como é que o farão alguns fragmentos do tipo dum quebra-cabeças?

Ao passo que os cristãos verdadeiros deveras seguem com interesse tais descobertas, confiantemente têm presente que sua fé repousa, não em alguns fragmentos questionáveis de papiro, mas na clara mensagem da Bíblia e em seu Autor Vivo. — 2 Tim. 3:16, 17.

[Foto na página 28]

(1) “Significado dos pães,

(2) mas os seus corações continuavam

(3) obtusos no entendimento. E tendo feito a travessia, [tomando rumo para a terra, Pe]

(4) chegaram a Genesaré e

(5) ancoraram perto.”

    Publicações em Português (1950-2025)
    Sair
    Login
    • Português (Brasil)
    • Compartilhar
    • Preferências
    • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
    • Termos de Uso
    • Política de Privacidade
    • Configurações de Privacidade
    • JW.ORG
    • Login
    Compartilhar