BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • g73 8/11 pp. 21-23
  • Por que o dólar dos E. U. A. compra menos

Nenhum vídeo disponível para o trecho selecionado.

Desculpe, ocorreu um erro ao carregar o vídeo.

  • Por que o dólar dos E. U. A. compra menos
  • Despertai! — 1973
  • Subtítulos
  • Matéria relacionada
  • Papel do Dólar Depois da Segunda Guerra Mundial
  • Declínio do Dólar
  • Desvalorizado o Dólar
  • O Dólar Flutuante
  • Efeitos Sobre Os Que Usam o Dólar
  • O dólar em dificuldades no ultramar
    Despertai! — 1972
  • Procura-se: um sistema econômico que funcione
    Despertai! — 1972
  • O que faria seu filho?
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1971
  • O que há por trás dos problemas do dólar?
    Despertai! — 1972
Veja mais
Despertai! — 1973
g73 8/11 pp. 21-23

Por que o dólar dos E. U. A. compra menos

EM FEVEREIRO, o dólar dos EUA sofreu outra queda quando foi desvalorizado em 10 por cento. Esta foi a segunda desvalorização em cerca de 14 meses. O que aconteceu?

Para compreender as razões básicas da recente diminuição do valor do dólar, precisamos voltar ao papel internacional que desempenhou desde a Segunda Guerra Mundial.

Papel do Dólar Depois da Segunda Guerra Mundial

Os EUA saíram da Segunda Guerra Mundial como a nação mais rica da terra. Devido a suas enormes reservas de ouro, o dólar se tornou a base das taxas fixas de câmbio internacional. Em outras palavras, o valor exato de outras moedas era expresso em termos de seu valor comparado ao dólar dos EUA, lastrado no ouro.

Por certo tempo, isto apresentava vantagens. As fábricas estadunidenses não foram destruídas na guerra, como o foram as da Europa. A Europa precisava dos produtos estadunidenses. Os EUA precisavam manter empregadas suas enormes forças de trabalho do tempo de guerra. Uma taxa fixa de câmbio entre várias moedas, baseadas no dólar, apressou a reconstrução do mundo assolado pela guerra. Grandes firmas estadunidenses podiam comprar e vender de forma internacional, sabendo que as moedas estrangeiras permaneceriam bem estáveis em seu valor por certo tempo.

Durante alguns anos do após-guerra, os EUA prosperaram. Ricas firmas vendiam a antigos aliados e inimigos no ultramar. Ao prosperarem os negócios estadunidenses, estes, por sua vez, trouxeram ao governo dos EUA maiores rendas.

Daí, o que aconteceu que inverteu este processo? Por que o dólar declinou de valor?

Declínio do Dólar

Em uma só frase, resultou o que se chama de déficit da ‘balança de pagamentos’. Isso é, os estadunidenses gastam mais fora do país do que trazem de volta. Como temos visto, a indústria estadunidense gastou amplas somas no exterior. Também, os turistas estadunidenses levam dólares para o ultramar. A manutenção de operações militares estadunidenses e a ajuda estrangeira enviam ainda mais dólares para fora das fronteiras dos EUA.

Ao mesmo tempo, porém, a Europa tornou-se mais forte industrial e economicamente. As nações européias fabricam mais produtos seus do que os compram dos EUA. Ademais, cada vez mais itens são vendidos aos EUA. Agora, os EUA realmente importam mais do que exportam. O país compra mais do que vende.

Por vinte anos, os problemas do dólar têm crescido. Resume a revista Time, dos EUA:

“A causa básica da debilidade do dólar é que desde o início dos anos 50, os EUA vivem além de suas posses no mundo. Os consumidores, os negociantes, os turistas e o Governo têm gasto dezenas de bilhões a cada ano em construir fábricas na Europa, em comprar carros e câmaras japonesas, em regalar-se ao sol da Riviera, em fornecer ajuda ao exterior, em manter tropas ao redor do globo e em travar a custosa guerra do Vietnã.”

Compreensivelmente, os estrangeiros aos poucos perderam a confiança no valor do dólar. Todavia, os bancos centrais do estrangeiro compraram os dólares estadunidenses em excesso em seus países. Por quê?

Para reduzir o número de dólares em circulação. Dólares demais reduziram seu preço. Se caísse o valor do dólar, a moeda local, baseada no dólar, aumentaria de valor. Daí, qualquer item que o país estrangeiro exportasse custaria mais no grande mercado dos EUA. Os estadunidenses deixariam de comprá-lo. As vendas cairiam. Os negócios e o governo sofreriam. Não se podia permitir que isso acontecesse.

Assim, os dólares continuaram a acumular-se fora dos EUA. Em fevereiro de 1973, calcula-se que mais de 80 bilhões de dólares já haviam sido acumulados.

Os especuladores que detinham amplas somas de dólares estadunidenses no exterior aumentaram ainda mais os problemas do dólar. Firmas e até mesmo pessoas vendem seus dólares em troca de outras moedas fortes, usualmente os marcos alemães ou os ienes japoneses. Quando aumenta o valor de tais moedas, os especuladores os vendem de novo. Mas, nesta transação, compram mais dólares do que venderam.

Quando há venda maciça de dólares por muitos especuladores, ao mesmo tempo, forja-se uma crise. Os governos estrangeiros não dispõem dos recursos para manter o passo com tais vendas. O que se pode fazer em tais circunstâncias? Desvalorizar o dólar!

Desvalorizado o Dólar

A desvalorização significa reduzir o valor do dólar dos EUA, permitindo-se que permaneça estável o valor das moedas fortes estrangeiras. Foi isso que aconteceu pela primeira vez em dezembro de 1971. Mas, outras medidas eram necessárias! Não bastava uma só desvalorização. Por que não?

Por que persistiam as razões básicas da desvalorização. Os EUA continuaram a importar mais do que exportavam. Ademais, no próprio país, continuava a inflação; os itens básicos, tais como alimentos, eram caros e seu preço aumentava.

Assim, segunda desvalorização foi necessária em fevereiro de 1973. Acabou com os temores fora dos EUA? Não! Com efeito, logo após a segunda desvalorização, ocorreu uma das maiores vendas de dólares dos EUA na história. Outros ajustes eram obviamente necessários. O que foi feito?

O Dólar Flutuante

Os Estados Unidos acordaram com treze grandes países não-comunistas em não manterem uma taxa fixa de câmbio. Antes, as taxas do dólar dali em diante flutuariam, isto é, procurariam seu próprio valor em cada nação, determinado pela oferta e procura.

Pelo menos seis nações européias concordam numa “flutuação comum”. Estabeleceram uma taxa fixa de câmbio entre si, mas deixaram em bloco flutuar o dólar dos EUA. Desencorajaram-se os especuladores por meio do sistema de dólar flutuante. Anteriormente, sabiam de antemão que prevaleceriam certas taxas de câmbio; mas tal garantia desapareceu agora.

Tudo isto não significa que o dólar não mais ocupe uma posição central no mundo financeiro. Ocupa, sim. Uma razão forte de sua permanência nessa posição é observada candidamente no número de 19 de março de 1973 de Newsweek, periódico dos EUA:

“Os E. U. ainda possuem as ‘reservas’ derradeiras: os elementos dissuasivos nucleares e o poderio militar que garante, como expressou-se alta autoridade, alemã, ‘nossa liberdade, nosso inteiro modo de vida’.”

Mas, por ora, o resultado líquido do que ocorreu desde fins de 1971 é que o dólar compra menos nos EUA e no exterior. Como tais alterações se refletirão nas compras medianas diárias?

Efeitos Sobre Os Que Usam o Dólar

Para os estadunidenses os efeitos de longo alcance das recentes decisões econômicas ainda precisam ser constatados. Mas, o resultado imediato são os preços aumentados para itens e serviços estrangeiros.

Certo carro popular alemão subiu de US$ 2.059 para mais de US$ 2.200 depois da desvalorização do dólar em fevereiro. Os carros japoneses subirão ainda mais nos EUA.

As férias e as viagens serão mais caras, à medida que com o dólar se terá de pagar mais por hotéis, alimento e transporte na Europa, Rússia e Japão.

No entanto, o golpe mais duro para muitas famílias estadunidenses é o custo da necessidades básicas, que subiu vertiginosamente. Os preços dos alimentos, para exemplificar, que já são altos, continuariam a aumentar devido à desvalorização. Por quê? Porque se dá destaque agora à exportação de itens; à venda, e não à compra, para se solidificar a balança comercial em favor dos EUA. Ao se venderem alimentos no exterior sobram menos para que os estadunidenses comprem, aumentando o preço das reservas reduzidas.

O petróleo — outra virtual necessidade do mundo moderno — vem cada vez mais do Oriente Médio e da América do Sul. Custará mais dólares dos EUA. Posteriormente, o óleo para aquecimento, a gasolina, e, por fim, a eletricidade, sem dúvida custarão mais.

As necessidades básicas, também, são atingidas de outra forma. A indústria dos EUA usa matérias-primas de fontes estrangeiras. A bauxita para o alumínio vem da Jamaica e do Suriname; a lã para casacos, suéteres e ternos vem da Austrália. Visto que o dólar dos EUA compra menos em cada um destes países estrangeiros, o produto final estadunidense certamente mostrará correspondente aumento no preço.

Resolverá o dólar flutuante os problemas de uma vez por todas? Muitos economistas acolhem o fim das taxas fixas de câmbio. Mas, a maioria também confessa que o futuro é inseguro. As taxas ‘flutuantes’ parecem, no máximo, ser uma medida transitória. Afirma o professor de economia de Harvard, H. S. Houthakker: “A busca de um sistema monetário internacional mais estável não deve ser abandonada.” Os peritos não estão certos de que mudanças talvez estejam à frente para o dólar e outras moedas.

Sem considerar que medidas futuras os economistas proponham, é preciso que haja grandes mudanças, antes que o gênero humano possa chegar a ter verdadeira segurança. As mudanças exigidas são muito mais amplas do que os homens podem fazer. Mas Deus prometeu trazê-las, não por emendar o atual arranjo egoísta, mas por eliminá-lo e trazer um sistema de coisas inteiramente novo, em que habite a justiça. — 2 Ped. 3:11-13.

Que Deus tem o poder de fazer isso não pode haver dúvida. Ademais, na Bíblia, declarou especificamente que é Seu propósito fazer isto, e nesta geração. Anseia seu coração a vida em tal nova ordem justa? Se ansiar, peça mais informações às testemunhas de Jeová. Terão prazer de ajudá-lo a aprender sobre isso, gratuitamente.

    Publicações em Português (1950-2025)
    Sair
    Login
    • Português (Brasil)
    • Compartilhar
    • Preferências
    • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
    • Termos de Uso
    • Política de Privacidade
    • Configurações de Privacidade
    • JW.ORG
    • Login
    Compartilhar