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  • O grande negócio da espionagem industrial

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  • O grande negócio da espionagem industrial
  • Despertai! — 1974
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Despertai! — 1974
g74 8/1 pp. 9-11

O grande negócio da espionagem industrial

OS ESPIÕES industriais, em muitos países, tornaram-se mais numerosos do que os espiões políticos. Todavia, suas atividades talvez constituam novidade para a maioria das pessoas. Por quê? As firmas que são vítimas deles amiúde preferem não divulgar o ocorrido, visto que isto poderia trazer vantagens para seus competidores. Também, poderia prejudicar a imagem da firma.

Segundo o semanário alemão Der Spiegel, de 20 de março de 1972, que apresentou longa história sobre o assunto, o custo da espionagem industrial é de 3 bilhões de marcos por ano para a indústria da Alemanha Ocidental. Para as firmas estadunidenses, o custo atinge 4 bilhões de dólares cada ano. Com efeito, a espionagem industrial, diz-se, representa uma das maiores ameaças à indústria moderna. A revista Dun’s, de outubro de 1970, noticia: “Muitos são os casos autenticados de helicópteros flutuando sobre as pistas de prova de Detroit, de ansiosos fotógrafos, que agem e fogem, rasgarem o encerado que cobre um modelo rival ainda não lançado, tirarem fotos e desabalarem numa corrida a mais de cem quilômetros por hora.”

Para se ter vaga idéia da dimensão da espionagem industrial, sabe-se que, nos últimos dois anos, 100.000 mini-instrumentos eletrônicos usados por espiões industriais foram vendidos na Alemanha.

A contra-espionagem industrial também é operação custosa, visto que as firmas procuram proteger-se dos espiões de seus concorrentes. Nas “Páginas Amarelas” dos catálogos telefônicos das grandes cidades, encontram-se alistados serviços de “Contra-Espionagem Comercial e Industrial”. A principal agência de detetives dos EUA, diz-se, emprega cinco mil de seus homens na tentativa de descobrir ou impedir a espionagem industrial.

Roubar segredos industriais não é realmente nada de novo. Fazem mais de 1.400 anos que dois monges fizeram o papel de espiões industriais por contrabandearem da China o segredo de como fabricar a seda, segredo que a China guardara com êxito para si por mais de 3.000 anos.

Daí, no início do século dezessete, um jesuíta francês conseguiu contrabandear da China os segredos e os materiais para fabricar porcelana. No século dezoito, um aprendiz de boticário alemão, Johann Fredrich Boettger, independente dos chineses ou franceses, descobriu como fabricar porcelana e passou a fabricá-la em Dresden. Pouco depois, operários viraram virtuais prisioneiros das fábricas de porcelana, pois os espiões industriais passaram a chegar a Dresden, até chegando a seduzir as esposas e filhas dos operários, no esforço de descobrir o segredo.

A que se atribui o aumento fenomenal da espionagem industrial que, até tempos recentes, era algo apenas sussurrado? Há, basicamente, três fatores.

Um destes tem sido o grande aumento da importância da tecnologia, com sua crescente pesquisa científica. Trata-se dum projeto extremamente oneroso, e, assim, é grande a tentação de roubar os frutos do trabalho de outros. Em segundo lugar, com o aumento das corporações modernas, a concorrência tornou-se ainda mais ardente. E, naturalmente, visto que há “aumento do que é contra a lei”, em todas as esferas de empenho humano, seria de esperar que uma atividade tão lucrativa e desonesta como a espionagem industrial também florescesse. — Mat. 24:12.

Empregados Desleais

O inteiro negócio ganancioso da espionagem industrial traz à mente o antigo provérbio: “Quem pode achar um homem fiel?” — Pro. 20:6.

Hoje há menos lealdade dos empregados, e, assim crescente número deles sucumbem à tentação de vender os segredos das firmas por certo preço. Em especial, é provável que isto aconteça se o empregado achar que tem uma queixa, tal como a de ter sido tratado injustamente, não ter recebido promoção, ser injustamente rebaixado ou, de alguma outra forma, ter sido tratado de forma prejudicial. Devido à prevalência da espionagem industrial, algumas firmas encaram todo interessado num emprego como provável agente de um concorrente.

Em adição à espionagem industrial dos de dentro, tal como a feita por empregados ressentidos ou gananciosos, há a feita pelos de fora.

“Investigadores Profissionais”

Atualmente há uma agência na Alemanha Ocidental, diz-se, que obtém qualquer informação secreta que alguém deseja — por certo preço. O custo básico de um contrato para seus serviços talvez atinja até Cr$ 305.000,00 por ano.

Os altos diretores pretenderão estar interessados numa fusão a fim de obterem informações secretas de um concorrente. Disse um agente de contra-espionagem: “A maioria dos diretores executivos ficariam chocados se soubessem quão amiúde as palestras para uma fusão não são nada mais do que uma cobertura para a espionagem de alto nível.”

Um “investigador profissional” pode assumir vários disfarces. Talvez se apresente como inspetor do corpo de bombeiros, verificando se há quaisquer violações do código de prevenção de incêndios. Ou, talvez se apresente como um interessado num emprego que deseja saber mais sobre a firma para a qual tenciona trabalhar. Ou, talvez afirme ser um escritor à procura de informações de primeira mão para escrever um artigo autêntico. Assim, um destes “investigadores profissionais” fez com que a esposa se apresentasse qual escritora de artigos de revista e descesse numa mina de zinco para obter informações sobre um processo secreto usado para livrar-se dos gases de motores diesel. A informação desejada foi prontamente fornecida por empregados confiantes.

Espionagem Internacional

Notório caso de espionagem industrial envolveu a produção do supersônico Concorde, projetado pelos governos e firmas inglesas e francesas. Na casa do diretor da linha aérea russa, Aeroflot, em Paris, a polícia descobriu enorme pilha de documentos que forneciam pormenores da construção do avião. Com efeito, os espiões conseguiram roubar tantas informações que os russos conseguiram fazer vôos experimentais com seu próprio supersônico, o TU-144, mesmo antes dos ingleses e franceses com seu Concorde.

O roubo de culturas de drogas e outras informações farmacêuticas também tem sido extremamente lucrativo. Um grupo de espias italianos roubou culturas de micróbios que representaram uma perda de centenas de milhões de marcos. Na Merck, destacada indústria química estadunidense, certo Robert S. Aries subornou jovem engenheiro químico para que lhe desse informações sobre algumas das drogas mais custosas da Merck. Aries, por sua vez, vendeu-as a uma firma francesa. Levou anos para descobrir os culpados que faziam a mesma coisa também a outros laboratórios. As firmas ganharam o caso nos tribunais, mas Aries, multado em mais de 20 milhões de dólares, fugiu para Paris, onde conseguiu obter patentes para tais fórmulas em quarenta países diferentes.

“Olhos” e “Ouvidos” Eficazes do Espião

Sabe-se bem que a maior parte do conhecimento que adquirimos nós o obtemos por meio dos olhos, e os ‘investigadores profissionais’ fazem bom uso dos deles, também, em roubar informações para seus clientes. Exemplificando: notou-se um avião que sobrevoava suspeitosamente sobre o local da construção de uma fábrica de produtos químicos de muitos milhões de dólares, onde devia ser produzido novo produto, ainda não patenteado. Os operários relataram o assunto a seu patrão, a Firma Du Pont, que teve êxito em achar o fotógrafo e processá-lo. Decidindo em favor da Du Pont, o juiz disse: “Trata-se dum caso de espionagem industrial, em que um avião é o disfarce e a câmara é o punhal.  . . . Alguém talvez use o processo secreto do concorrente se o descobrir pela engenharia ao reverso, aplicada ao produto acabado, ou se o descobrir por sua própria pesquisa independente; mas, não se pode evitar tais esforços por apoderar-se, do processo do descobridor sem a permissão dele, numa ocasião em que toma precauções razoáveis para manter seu segredo.”

Os helicópteros são instrumento favorito de tais espias e também o são as câmaras de alta velocidade, com lentes teleobjetivas. O espião talvez filme inteira conferência de alto nível de um prédio vizinho, com uma câmara de alta velocidade. De que serve tal filme? Um perito em leitura de lábios que veja tal filme poderá reconstituir tudo que se passou!

Por causa da facilidade com que se pode gravar o som, o espião industrial, com maior probabilidade, obterá a informação secreta que deseja por meio de “ouvidos” de modernos mini-aparelhos eletrônicos. Atualmente, o espia pode obter um microfone não maior do que o botão duma camisa e amplificadores do tamanho duma unha. Ou usará um microfone disfarçado em caneta, com o qual capta conversas a mais de 90 metros de distância. Há até um gravador que não é maior que um cubo de açúcar; tem seu próprio transmissor e pilhas e capta qualquer conversa num raio de seis metros e o transmite a mais de 75 metros de distância, onde pode ser captado por um receptor de FM. O espia talvez prenda tal aparelhinho embaixo de uma mesa de conferência ou o oculte numa escrivaninha dum executivo, suas pilhas durando dias, se não semanas. Até um cinzeiro ou uma aparente azeitona num martini pode ser um “aparelho de escuta” eletrônico, como são chamados.

A espionagem industrial deveras constitui “grande negócio”, e não é senão outro exemplo da maneira de operar deste sistema iníquo de coisas. As gigantescas firmas gastam grandes somas para espionarem umas às outras e ainda maiores somas para tentar proteger-se dos malsins das outras. Dispondo-se a corromper os empregados de seus concorrentes, são recompensadas com graves dúvidas quanto à lealdade de seus próprios empregados. Se não conseguir ter êxito com suborno, um espia talvez recorra à chantagem. O malsim usará uma prostituta encantadora para conseguir que um empregado fique numa situação comprometedora, e então assegurará à vítima de manter o segredo, se ela cooperar em obter a informação desejada para o concorrente do seu patrão.

Todas essas atividades trazem à mente as palavras do apóstolo João: “Tudo o que o mundo propicia, tudo que agrada aos apetites ou atrai os olhos, todo o encanto de sua vida, não provém do Pai, mas do mundo ímpio.” (1 João 2:16, 17, Nova Bíblia Inglesa) Essa questão toda da espionagem industrial não é senão mais um motivo por que este sistema atual de coisas terá seu fim na vindoura “grande tribulação”, dando lugar aos novos céus e à nova terra em que habitará a justiça. — 2 Ped. 3:13.

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