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  • Familiarize-se com Hong Kong
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Despertai! — 1974
g74 8/1 pp. 22-25

Familiarize-se com Hong Kong

Do correspondente de “Despertai!” em Hong Kong

EM NOVEMBRO de 1972, Hong Kong recebeu, com uma acolhida de tapete vermelho, seu milionésimo visitante para aquele ano. Foi a primeira vez, em qualquer ano, que o número de visitantes a esta colônia britânica ultrapassou o marco do milhão.

A maioria dos visitantes chegam por uma das dezenas de vôos internacionais diários ao Aeroporto de Kai Tak. Muitos outros chegam de navios de carga ou de passageiros, que são presos a uma bóia ou encostam no moderno Terminal Oceânico na ponta da península de Kowloon, o portão para os distritos turistas.

Se o navio da pessoa chegar à noite, será acolhido com uma aurora de letreiros luminosos coloridos que emanam de ambos os lados da baía. Talvez também veja o que parecem ser centopéias iluminadas que se movem sobre a água. Estas, na realidade, são as barcas de passageiros. Mas, as luzes que refletem de suas janelas, ao fazerem o trajeto entre a ilha e o continente, faz com que pareçam com criaturas rastejantes iluminadas, com muitas patas.

O Aspecto Mais Interessante

Muitos estrangeiros vêm fazer uma visita aqui e, todavia, jamais “vêem” Hong Kong. Como é isso?

Depois de chegarem, são levados de carro diretamente a seus hotéis, e então passam todo o tempo fazendo compras na mesma área geral. Assim, nunca vêem nada mais oriental do que as lembranças, os rostos e a escrita chinesa. No entanto, o aspecto mais interessante de Hong Kong, sem comparação, é o povo e seu modo de vida.

Por trás do verniz da empresa impessoal e comercial de Hong Kong há o povo chinês, laborioso, autoconfiante, e costumeiramente amigável e com boas maneiras. A maioria, em uma época ou outra, emigrou da China, ou nasceu de pais que vieram de lá. As gerações mais antigas trouxeram com elas a personalidade calorosa e confiante do povo rural, do qual a maioria fazia parte. Talvez tenham morado em pequenas aldeias em que havia mútuo interesse e amizade, e onde o crime era praticamente desconhecido. Todavia, infelizmente, houve mudança nas pessoas.

Colapso Moral, e Seus Efeitos

Crimes sexuais e violência, de que, há apenas dez anos, quase nunca se ouvia falar, tornaram-se coisa comum.

Antes do aumento do crime e a conseqüente desconfiança, era bem comum o visitante ser automaticamente convidado a entrar no lar chinês para tomar uma chávena de chá. É triste, contudo, que agora a maioria das pessoas espreitam os visitantes através de portinholas de ferro à prova de assaltantes, ou olhos mágicos, antes de permitirem a entrada apenas das pessoas que conhecem. Embora a taxa de crimes aqui seja inferior à de alguns lugares do mundo, a desconfiança e o temor atingem quase todos que andam pelas ruas.

Também, os fortes vínculos familiares tradicionais se rompem, à medida que os membros mais jovens da família dispõem agora de seu próprio dinheiro e freqüentemente fazem o que querem. Amiúde os pais, que eram pobres demais para cursar a escola quando jovens, são desprezados por seus filhos instruídos. O círculo familiar chinês não escapou, assim, do colapso sentido em outras terras.

Dando Uma Espiada ao Redor

O visitante não tem de fazer uma das excursões comerciais a fim de familiarizar-se com Hong Kong. Quase todo o transporte, quer de barca, de ônibus ou de trem, começa num terminal numa ponta do caminho e vai ao terminal na outra ponta. Assim, pode-se tomar um destes meios de transporte, ir até o terminal, dar uma espiada naquela área, e então voltar pelo mesmo transporte que a pessoa tomou no início, sem se perder.

O bonde na ilha de Hong Kong custa apenas 20 centavos de Hong Kong ou cerca de Cr$ 0,20, para uma viagem de um extremo da ilha até o outro. Se viajar no segundo andar dum bonde de dois andares, obterá dali uma vista prazeirosa da vida. Poderá ver a dona de casa fazer suas compras diárias, os navios serem descarregados, as jinriquixás sendo usadas, as lojas de comidas do mar, e prédios residenciais antigos e novos. Os itinerários de ônibus na península de Kowloon amiúde acabam em um dos enormes projetos governamentais de moradias, onde breve passeio fará com que avalie que o único meio que resta para se construir em Hong Kong é para o alto.

Agora, o que dizer de espiar a cidade de outro ângulo? Um passeio até o Pico de Vitória, montanha na ilha de Hong Kong, fornece-lhe uma visão panorâmica da colônia. E a subida é emocionante, pois o aclive máximo da viagem de bonde é de 45 graus, reputado como sendo o mais íngreme do mundo.

A própria baía é fascinante, e a melhor forma de conseguir uma vista da vida entre os “sampaneiros” é dirigir-se às águas. A maioria deste povo robusto vive da pesca ou da coleta de ostras, ou por usar seus juncos para descarregar os navios que chegam diariamente. No entanto, decresce continuamente o número de pessoas que moram nas sampanas dentro d’água, à medida que o governo as transfere cada vez mais para moradias na terra. Isto agrada à geração mais jovem que encontra lá trabalho mais atraente, lucrativo e menos cansativo.

Ligações com o Continente

Os Novos Territórios são uma área que se estende de trás de Kowloon, na China continental. Foi arrendada ao governo britânico pela China em 1898, aumentando a área da colônia para uma área um tanto maior que a da cidade de Nova Iorque.

A vida rural aqui, em certos respeitos, não mudou por centenas de anos. Pode-se ver os lavradores regando suas hortas por meio de dois regadores equilibrados em cada ponta de uma vara grossa de bambu sobre os ombros. Destramente, regam duas fileiras de legumes ao mesmo tempo! Sempre presente aqui, também, é o búfalo da Índia, trator do Oriente.

No ano de 1972, mais de 3.000 pessoas obtiveram permissão de deixar a China e atravessar a fronteira para viver na Colônia. Além disso, mais de 6.000 refugiados escaparam ilegalmente por vários meios e chegaram a território britânico, onde usualmente obtêm permissão de ficar. Todavia, Hong Kong e a China usualmente gozam de boas relações.

Isto é indicado por milhares de residentes de Hong Kong terem permissão de viajar regularmente de ida e volta à China. Também, mais de 56.700.000.000 de litros de água por ano e grandes estoques de alimento, de que depende Hong Kong, vêm regularmente da China. O comércio é livre, e as lojas de departamentos comunistas na Colônia fazem excelentes negócios.

Comida e Compras

Quem gosta de comer achará Hong Kong um lugar de delícia ao paladar. Parece haver infindável corrente de pratos diferentes que se possa provar. Há restaurantes especializados em comida de quase toda província da China. Pato pequinês, frango de mendigo, cogumelos secos, lula com aipo, coalho de feijão frito com carne de porco, ou leite frito, são apenas alguns dos pratos interessantes.

O povo chinês é muito hospitaleiro e até fará grande despesa, mesmo quando não puder fazê-la, para receber convidados e amigos. Costumeiramente levam seus convivas a um restaurante, não considerando sua casa e a cozinha doméstica suficientemente boa. Em realidade, porém, a maioria das donas-de-casa são excelentes cozinheiras, e a atmosfera do lar é muito mais descontraída do que a dum restaurante.

Não há tabus especiais na etiqueta de comer. Usualmente a comida será servida numa mesa redonda em que se sentam até dez pessoas, cada pessoa tendo sua própria tigela de arroz. O soong, ou prato principal, é colocado no centro da mesa e todos pegam sua própria porção dele à vontade, apanhando suas porções com seus fachis e comendo-as junto com arroz. Todos ficarão deleitados se os visitantes ocidentais tentarem usar os fachis no espírito esportivo. Alguém talvez pense que passará fome antes de conseguir meter algo na boca, mas a perseverança dá seus frutos e a pessoa em breve obterá o jeito de usar este garfo oriental.

Atitude Para com a Religião

Poderia parecer que as religiões da cristandade são uma força motivadora aqui, em vista das muitas escolas, hospitais e clubes sociais que têm ligações com as igrejas. No entanto, para a maioria, a religião é apenas um meio de atingir um fim. Se uma escola paroquial for perto, e não muito cara, então a família ficará muito contente de seus filhos se afiliarem em tal religião para serem educados. Também, muitos se afiliam a uma igreja porque “meus vizinhos o fizeram”.

Uma grande atração das igrejas é suas atividades sociais e várias formas de ajuda financeira. Sugere-se fortemente aos membros que, uma vez sejam batizados, não poderão deixar a igreja sem perderem os benefícios materiais tais como moradia, escolarização, seguro social e até um enterro. Assim, as igrejas, com efeito, compram os conversos.

As escolas católicas e protestantes realmente falham em criar fé nos estudantes no verdadeiro Deus ou em sua Palavra, a Bíblia. Antes, derrubam a fé. Para ilustrar: um livro religioso de uso nas escolas protestantes diz que o relato da criação de Gênesis é um mito, que foi escrito por judeus desinformados e supersticiosos que não tinham conhecimento algum de ciência.

Bem, então, são o budismo e a adoração dos ancestrais as grandes coisas na família oriental daqui? Não usualmente. Em geral, a maioria dos budistas e dos adoradores dos ancestrais queimam incenso e fazem ofertas de boa sorte e prosperidade. No entanto, este tipo de adoração é feito tendo-se em vista apenas um fim egoísta. As gerações mais jovens se afastam cada vez mais desta adoração tradicional, deixando-a para os membros mais velhos da família. Ao invés, usam o tempo quer na busca de prazeres quer para ganhar dinheiro.

Por que a religião não atrai mais as pessoas em Hong Kong? Certo caricaturista observador explicou-o aptamente: “Em Hong Kong, é tão sublime o dinheiro.” E é verdade, todas as formas de ganhar dinheiro são patrocinadas, quer o mercado de capitais, ou as corridas de cavalo e outras formas de jogatina, tanto legais como ilegais. As pessoas vieram a achar que o dinheiro e o ouro são as únicas coisas realmente seguras. Um idiotismo chinês bem resume a filosofia que muitos adotam quanto à relação entre religião e dinheiro: “Chin haw toong sun”, que significa: “O dinheiro pode comprar até deuses.”

Há, contudo, pessoas, a maioria jovens, que observam a vaidade da busca cega de riquezas e que desejam algo mais duradouro e satisfatório. (Ecl. 5:10; 7:12) Tais pessoas estão sendo ajudadas pelas mais de 250 testemunhas de Jeová em Hong Kong a aprender sobre o Criador e seus propósitos. Muitos destes interessados se achavam entre os presentes à Assembléia Internacional “Vitória Divina” das Testemunhas de Jeová em Hong Kong, de 8 a 12 de agosto de 1973. Esta assembléia, no Colégio Grantham, em Kowloon, foi também uma atração para centenas de visitantes que vieram familiarizar-se com Hong Kong.

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