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  • g74 22/6 pp. 12-15
  • Levando uma vida de baleia

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  • Levando uma vida de baleia
  • Despertai! — 1974
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  • Vida do Cachalote
  • A Ciência da Cetologia
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Despertai! — 1974
g74 22/6 pp. 12-15

Levando uma vida de baleia

Do correspondente de “Despertai!” no Havaí, EUA

CUSTOSO perfume, cosméticos, ração animal, margarina — o que têm em comum? Cada um talvez tenha sido feito, pelo menos em parte, de produtos da baleia. Com efeito, a baleia tanto contribuiu para a fabricação de tais coisas que é uma espécie em perigo.

Os havaianos acolhem as baleias por outro motivo. Vêem o aparecimento de famílias da baleia como sinal de que haverá abundância de peixes. A cada dezembro ou janeiro, as grandes baleias-corcundas retornam aqui por quatro meses, fazendo exibições marinhas espetaculares ao largo da costa da ilha havaiana de Maui. As baleias de doze a quinze metros de comprimento brincam e soltam seu esguicho, pulando como fazem as crianças num parquinho.

As baleias vêm a Maui para ter seus baleotes em segurança, em clima mais tépido, e para dar os primeiros treinos aos baleotes. Não se sabe por que a mamãe baleia escolhe as mais rochosas das praias de Maui para dar à luz seu filhote de três a quatro e meio metros, mas, enquanto dá à luz, o papai dá um espetáculo e tanto de ginástica! Alguns afirmam que o papai desvia a atenção dos tubarões para longe da ‘maternidade’.

Características das Várias Baleias

Esta baleia bem diferente possui ligeira corcunda, saliências peculiares na cabeça e borda protuberante na cauda e nadadeiras. Suas nadadeiras, que têm até 3,65 metros de comprimento, são mais compridas do que em qualquer outra espécie de baleia. A baleia corcunda permanece perto do litoral e, segundo os padrões para baleias, não é mergulhador profundo. Mas, devido à grande quantidade de óleo que contém, e de ser fácil de matar e processar, as autoridades afirmam que é a primeira espécie a ser morta quase ao ponto de extinção.

Outras baleias talvez sejam mais distintas, ou melhor conhecidas. Por exemplo: há a baleia-azul, que é o maior animal que se conhece em existência. Tem em média de 24 a 30 metros, e chega a pesar até 134 toneladas. Há também a baleia-lisa, certa vez a mais importante para a indústria, graças às suas barbas ou barbatanas. A mais famosa e a mais persistentemente perseguida é o cachalote, aquele do bem-conhecido livro e filme Moby Dick.

O cachalote é rapidamente reconhecido por sua enorme cabeça quadrada, que é quase um terço do comprimento total de seu corpo, e uma única narina. A cabeça maciça contém imensas quantidades de cera espermacete líquida de alta qualidade, avaliada hoje em 28 a 32 centavos estadunidenses a libra-peso. Seus intestinos mui freqüentemente contêm âmbar. Este peculiar composto ceroso é ingrediente valioso utilizado na fabricação de custoso perfume. Assemelha-se a breu macio, mas não é adesivo quando frio nem tem toque oleoso. O âmbar pode ter um cheiro rançoso e ser negro, marrom ou até esbranquiçado. Vale US$ 7,50 a US$ 12 a onça hoje.

Vida do Cachalote

Um dos locais de dar à luz, do cachalote, se acha a cerca de 200 milhas a oeste do México, no Trópico de Câncer. Aqui nasce um baleote. Partilha sua forma de nascimento apenas com dois outros mamíferos do mundo, o peixe-boi e o hipopótamo, no sentido de que nasce debaixo d’água. Vem recuando ao mundo, pois a cauda sai primeiro. Ao nascer, tem cerca de 4,20 metros e pesa uma tonelada!

Não se engane em pensar que o baleote sorri quando abre sua boca rosa sem dentes. Não podendo franzir a testa como fazem os humanos, sua face permanece fixa e sem expressão, a não ser por voltear os olhos e o fechar das mandíbulas. Mesmo se o baleote pudesse sorrir, não o faria, pois a água é fria. Ficou dezesseis meses na câmara quentinha dentro de sua mãe, a 35,6° C, e assim arfa à procura de ar enquanto sua mãe o cutuca para subir à superfície, por meio de sua ampla cara. Como vê, o baleote não sabe instintivamente nadar. A mamãe precisa ensinar isso a ele. Mas, por ser gordo, flutua muito bem. A maior vantagem de ser enorme ao nascer é a de se manter quente. Quanto maior o volume corpóreo, tanto mais lenta é a perda de calor no mar frio. Nos dois anos seguintes, mamará no peito da mãe (duas tetas escondidas em profundos rasgos, uma de cada lado da barriga), ficando numa dieta de leite grosso, com mais de 33 por cento de gordura pura. O leite regular dos lacticínios só contém 4 por cento de gordura.

No filhote de cachalote, a camada de óleo de 2,5 centímetros cresce, através dos anos, até que se torna grande cobertor firme com mais de 30 centímetros de grossura. Ganhará, em média, mais de três quilos por dia, enquanto segue a mamãe como uma sombra. Mais tarde, por causa da reserva de gordura de seu corpo, poderá ficar semanas a fio sem comer. Quando for desmamado, passando à sua dieta sólida favorita de lulas, contudo, vai ter alguns problemas digestivos. Diz-se que as lulas são responsáveis pela formação de obstruções intestinais, que se tornam maiores e se combinam com secreções biliares e outros compostos orgânicos que se encontram na parte inferior dos intestinos para formar o valioso âmbar.

Uma das coisas incomuns sobre as baleias é seu grande cuidado mútuo. Quando uma baleia se acha em apuros, solta um brado selvagem e suas companheiras vêm socorrê-la. Colocam seu ombro debaixo duma companheira ferida ou doente e a ajudam a atingir a superfície. Os baleeiros profissionais exploram esta característica amorosa em busca de lucro. Ferem cruelmente um baleote, sabendo que sua mãe virá em seu socorro, e então matam tanto a mãe como o baleote.

Quando o cachalote termina seus primeiros treinos, já é um mergulhador perito. Um cachalote mergulhou a 3.240 pés (990 metros) onde ficou enredado num cabo submarino, e afogou-se! Os cientistas se quedam admirados de como este mamífero consegue mergulhar a tais profundidades rapidamente e vir à tona exatamente na hora de obter o fôlego necessário sem sentir o mal-dos-caixões, como aconteceria com o homem.

Na ocasião em que o cachalote atinge os nove anos, matura sexualmente. O tamanho pleno de seu corpo, de 14 a 18 metros, será atingido dos trinta aos quarenta e cinco anos, e a velhice extrema será aos setenta e cinco anos.

A Ciência da Cetologia

Ao passo que as autoridades marinhas declaram que tem sido impossível perscrutar em profundezas a história natural de qualquer baleia, a ciência da cetologia (ou estudo das baleias) se baseia em evidência penosamente ajuntada pelo biólogo estudioso das baleias. Por identificar o tipo de escória de alga raspada das costas do animal arpoado, os biólogos podem supor se o animal viveu recentemente em águas mais frias. Ou, talvez retalhem os ovários duma baleia e contem as marcas de gravidez a fim de calcular sua história reprodutora.

A ciência da cetologia também lida com os parentes da baleia: os golfinhos e os botos. Todos estes são mamíferos, tendo sangue quente, aleitando e inalando ar. As espécies maiores são conhecidas como baleias; as espécies menores, de focinho agudo, são chamadas golfinhos; as de cabeça rombuda, de botos. E, daí, há uma espécie incomum chamada narval, que só tem um dente, uma lança espiral que chega a medir dois metros e quarenta.

Indústria Baleeira e Sua História

Os colonizadores escandinavos da Groenlândia eram baleeiros, mas os bascos, ao longo da Baía de Biscaia, nos séculos onze e doze, são chamados os primeiros baleeiros profissionais. Os primitivos viajantes à Terra Nova já possuíam uma frota pesqueira bem estabelecida em 1522. Desse tempo em diante, o objetivo principal da pesca da baleia não era a sua carne, mas seu óleo e barbatanas. O óleo era usado mormente como óleo para lamparinas, e as barbatanas para fazer chicotes, guarda-chuvas e várias indumentárias femininas. Já na década de 1890, as barbatanas valiam uns Cr$ 65,00 o quilo.

A busca da evasiva Passagem do Noroeste levou os navegadores a águas frias em que abundavam as baleias, dando grande estímulo ao comércio de baleias. Longos anos de caça nas águas de fácil acesso reduziram o número de baleias, e, assim, as notícias da riqueza marinha não-explorada do Ártico eram boas notícias.

Ao diminuir o número de baleias, os baleeiros tiveram de estender suas atividades ao mar aberto. De início, a gordura de baleia era colocada em tonéis e levada para casa, para extrair-se o óleo. Em 1680, os holandeses já tinham 260 navios e 14.000 homens empenhados no comércio baleeiro. Depois disso começou-se a extrair o óleo da gordura por fervura no próprio navio. Isto habilitou os navios a estender consideravelmente seu alcance.

Os índios americanos e os primitivos colonizadores europeus há muito capturavam baleias nas costas da América, mas foi só em 1712 que se iniciou nos EUA o grande comércio de cachalotes. Resultou em navios estadunidenses serem enviados a cada oceano.

Vida Dura

A vida, do ponto de vista da baleia, não é nada fácil. As costas das baleias são manchadas de círculos pálidos feitos pelos poderosos discos de sucção que orlam os tentáculos das lulas e dos polvos. Todas as baleias mais velhas têm sido repetidas vezes arranhadas e mordidas no rosto pelos bicos das lulas gigantes. O peixe-espada é outro inimigo, que às vezes deixa sua lâmina de 76 centímetros cravada no couro da baleia.

Mas, sem comparação, o pior inimigo que estes monstros brincalhões das profundezas já conheceram é o homem. No entanto, apenas quando provocada é que a baleia ataca o homem. Daí, sua monstruosa cauda às vezes batia nas antigas baleeiras e as reduzia a pedaços. Muitas “presas” foram perdidas, mesmo depois de arpoadas, porque o animal torturado batia com a cauda contra o barco ou até mesmo esmagava o barco com suas mandíbulas.

No entanto, a ganância humana quase que exterminou as baleias. Em 1850, o rei do Havaí compreendeu este perigo em potencial e expediu um edito que acabou com a destruição maciça de baleias nas costas de Maui. Esta foi a primeira de tais restrições que foram impostas aos baleeiros em qualquer parte do mundo.

Com o advento do canhão de arpão, em 1865, e os navios-fábricas flutuantes, de mortífera eficiência, a matança de baleias foi intensificada. Agora o Japão e a Rússia também usam sonares e helicópteros para perseguir ainda mais estes animais que rapidamente diminuem em número. Os biólogos marinhos calculam que há menos de 300 baleias-francas e baleias-brancas nos mares. A baleia-azul diminuiu para calculadamente 6.000 e há somente umas 10.000 baleias-cinzentas que sobraram. O rorqual-azul, o rorqual do Norte e o cachalote são virtualmente as únicas baleias que restam em maior número.

Futuro Para a Baleia?

O que se pode fazer para impedir o completo extermínio da baleia?

Na Conferência do Meio-Ambiente das Nações Unidas em Estocolmo, em junho de 1973, os Estados Unidos pediram uma moratória de dez anos na pesca comercial de baleias, e a resolução foi aprovada. No entanto, a Comissão Internacional Baleeira declinou de impor a proscrição. Alguns grupos pressionam a favor de diretas sanções econômicas contra as nações que pescam baleias.

Várias nações, tais como a Grã-Bretanha, o Canadá, e os EUA, abandonaram por completo o comércio baleeiro. Em certo país, uma firma que certa vez contava com 40.000 marujos e 750 navios, recentemente retirou seus últimos quatro navios e quarenta marujos, quando o departamento de comércio daquela nação recusou-se a renovar sua licença para caçar baleias. Ademais, algumas nações proibiram a importação de produtos da baleia. Os conservacionistas declaram existir alternativas para todos os usos atuais da baleia.

Como se dá com outras formas de vida animal, o futuro da baleia depende principalmente do homem. E, por certo, é encorajador ver que os homens agem para preservar estas maravilhosas criaturas de Deus.

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