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  • g74 8/7 pp. 23-26
  • É bom instrutor?

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  • É bom instrutor?
  • Despertai! — 1974
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Despertai! — 1974
g74 8/7 pp. 23-26

É bom instrutor?

“MAMÃE, mostre-me como se faz! Eu quero fazer isso!” brada a filhinha de cinco anos. O que pede à sua mãe? Seja minha instrutora.

Não importa qual seja sua situação na vida, com freqüência tem de ser instrutor. Toda vez que fornece orientações à base dum mapa rodoviário, que mostra a um novo empregado como operar certa máquina, que explica a um filho como amarrar seu sapato — ensina.

Sim, todos somos instrutores, e devemos estar interessados em melhorar nossa habilidade como instrutores.

Obviamente, há muitas espécies e níveis diferentes de ensino. Mas, por que apreciamos mais quando algumas pessoas, ao invés de outras, explicam-nos as coisas? O que faz com que algumas pessoas sejam bons instrutores?

Quando lhe fizeram tais perguntas, um aluno dinamarquês respondeu: “Um bom instrutor realmente conhece seu assunto ou perícia. Também é prático na sua maneira de considerá-lo, dizendo-me por que é importante aprender certa coisa. Em resultado, eu vejo onde posso usar a informação ou perícia em minha vida.” Certo estudante canadense ressaltou outro aspecto: “Um bom instrutor tem interesse pessoal na pessoa. Não é apenas um número para ele.”

A Relação Instrutor-Aprendiz

Os aprendizes são pessoas; precisam sentir que se lhes demonstra interesse pessoal. Conforme H. C. Rose declara em The Instructor and His Job (O Instrutor e Sua Tarefa): “Os estudantes correspondem mui rapidamente quando há genuíno interesse.”

Sim, o bom ensino começa com nossa atitude geral para com as pessoas. Realmente nos interessamos o bastante nos outros para explicar-lhes com paciência os assuntos? Se assim for, estaremos dispostos a tomar o tempo, não só com a pessoa, mas também de antemão, para organizar nosso modo de pensar a fim de podermos ser de maior ajuda e orientação. Seremos amigáveis e faremos o aprendiz ficar sabendo que acolhemos bem suas perguntas e comentários.

Como exemplo prático, suponhamos que se nos peça que instruamos um novo empregado na operação de certa máquina. O que podemos fazer para criar boa relação com ele? Se dermos uma bronca por interromper nosso trabalho e imediatamente o inundarmos de palavras como haveria uma atmosfera propícia à aprendizagem? Quão muito melhor seria mostrar interesse pessoal nele e assegurar-lhe de que teremos prazer em explicar-lhe o funcionamento.

Os pais, em especial, têm de lembrar-se de que uma criança deseja desesperadamente ser agradável, sentir-se bem sucedida e apreciada. Se se fizer que se sinta tola, ou rejeitada, porque não aprende algo tão rápido como o genitor acha que deveria aprender, seu desejo de aprender talvez diminua no futuro.

Será que não vemos por que alguns que talvez não tenham tanta perícia técnica em ensinar como outros têm, ainda assim são melhores instrutores? Mostram verdadeiro interesse no aprendiz e no assunto. O aluno corresponde por querer aprender.

Grande ajuda em manter uma boa relação entre instrutor e aprendiz é a animação, ou ser vivaz. O estímulo é comunicável e, infelizmente, também o enfado. Por deixarem transparecer o que pensam do assunto, alguns instrutores conseguem realmente estimular seus estudantes a aprender. ‘Mas, simplesmente não sou assim’, alguns talvez digam. É verdade que variamos em como mostramos nossos sentimentos, mas todos temos sentimentos e podemos encontrar meios de expressá-los.

Amiúde, um pouco de pesquisa nova sobre o assunto reacenderá nosso estímulo e então, por nossa vez, poderemos estimular nosso aprendiz. Recapitular pessoalmente porque nosso entusiasmo é importante para o aprendiz será de ajuda. Também, precisamos deixar de pensar em nós mesmos e imergir-nos em nosso assunto, a fim de conseguir a desejada relação com aqueles que tentamos ajudar.

Mas, há ocasiões em que esta relação existe, o estudante deseja aprender, e, mesmo assim, ambos talvez fiquem desapontados com os resultados. O que falta? Talvez certas perícias de ensino. Considere algumas das mais valiosas.

Simplicidade — a Chave

Certo instrutor experiente disse: “O instrutor não só deve conhecer a matéria que deseja ensinar, mas também conhecê-la em sua forma mais simples e, mesmo assim, exata. Se for complicada para o instrutor, ele não conseguirá ensinar.” O que se precisa é de simplicidade.

Às vezes o instrutor conhece seu assunto tão bem que se esquece de quão complicado pode parecer a alguém que não o conheça. Se isso se der em seu caso, o que poderá fazer para simplificar sua explanação? Primeiro, cuide de seu vocabulário. É fácil esquecer que os termos, em especial os termos técnicos que talvez lhe sejam familiares, podem confundir outros. Mesmo quando não considera algo técnico, é preciso cuidado. Suponhamos que ensine à sua filha jovem a fazer um bolo. Tem de assegurar-se de que sua filhinha conheça a diferença entre tais palavras como “bater”, “mexer” e “misturar”. Assim, em adição a preferir palavras curtas e sentenças curtas, certifique-se de explicar qualquer palavra que talvez represente algo desconhecido para seu aluno.

Segundo, evite a verbosidade. Não inunde o aprendiz de palavras. Falar não é o mesmo que ensinar. A simplicidade amiúde exige que diminua o passo e escolha cuidadosamente suas palavras.

Em terceiro lugar, encare o assunto de forma lógica, ou como que passo por passo. Edifique sobre o que seu estudante já sabe. Amiúde é de ajuda fazer uma lista do que deseja ensinar. Divida-a, observando o que cada operação ou ponto irá envolver, e então determine qual deles o aprendiz deve saber primeiro. Agora, o que poderá ensinar-lhe com êxito em seguida, e assim por diante? Lembre-se de que alguns passos apenas podem usualmente ser absorvidos de cada vez.

Outro fator que contribui para a simplicidade é a repetição. Se escolher alguns pontos principais e empregar a repetição, os resultados amiúde são animadores.

O que queremos dizer com repetição? É ter uma certa frase que repetimos vez após vez? Esse método talvez faça com que o aprendiz decore a frase como lema, mas não aprenda a idéia por trás dela. Muito melhor é escolhermos diferentes palavras — então as idéias ficarão. Um instrutor com longa experiência incentiva: “Aprenda a dizer a mesma coisa de duas ou três formas diferentes. Isto tende a impedir que o estudante decore apenas palavras, mas conseguirá transmitir o ponto principal.”

Poderá melhorar sua simplificação por analisar sua maneira de encarar o assunto. Pergunte a si mesmo constantemente: ‘Havia um meio melhor de explicar isso? Como poderia ser mais claro, mais simples?’

Duas outras áreas a escrutinar são o uso de ilustrações e uso de perguntas.

Uso de Ilustrações

Uma ilustração é uma história com um ponto a transmitir, ou talvez seja uma demonstração, passo a passo, de como fazer algo. As ajudas visuais, tais como um quadro negro, podem ser usadas com êxito. ‘Figuras verbais’ podem também ser usadas.

Mas, alguns talvez digam: ‘Eu simplesmente não tenho jeito para contar histórias e jamais terei.’ Na realidade, todos usamos ilustrações com freqüência. Quando dizemos “lento como uma tartaruga” ou “livre como um pássaro”, explicamos algo por meio de exemplos — ilustramos.

A pessoa talvez se ache incapaz de usar ilustrações mais longas, porém, amiúde, as mais curtas podem ser usadas com maior efeito. O maior mestre que já esteve na terra, Jesus Cristo, fez isso. Ao falar sobre julgar outros, disse: “Por que, pois, observas o cisco no olho do teu irmão, e não descobres a trave que existe no teu?” (Mat. 7:3-5, Liga Est. Bíblicos, editora Herder) Que poderosa ilustração! Todavia, foi breve.

Há muitos benefícios da ilustração mais curta. É simples e, usualmente, mais compreensível. A ilustração comprida, a menos que dita extremamente bem, tende a ser complicada. O aprendiz talvez fique tão envolvido em tentar entender a ilustração que se esqueça da lição.

Por outro lado, uma ilustração simples pode realmente ser de ajuda no ensino. O educador N. L. Bossing explica por quê: “A habilidade de pensar em sentido abstrato [pensamento não apoiado em exemplos] é uma das realizações humanas mais difíceis.” O aprendiz precisa de exemplos para captar plenamente seu ponto.

As ilustrações também ajudam a conduzir o ensino ao domínio da vida real. Depois de ensinar a seu filho certos princípios sobre dirigir um carro, dê-lhe um exemplo da espécie de problema que pode surgir no trânsito. Isto inculcará nele que os princípios que acabou de ensinar são importantes nas situações da vida real. Uma ilustração apropriada não o desvia do assunto. Torna-o mais importante, mais real. Isso é bom ensino!

Como é que a pessoa imagina boas ilustrações? Não precisa inventar “histórias”; pense simplesmente em “exemplos” de seu ponto. Não receie usar a imaginação. Por exemplo, suponhamos que tente ensinar à seus filhos como os planetas se movimentam em relação uns aos outros. O que pode fazer para tornar isso “real”? Ora, o açucareiro pode tornar-se o sol; uma chácara, a terra, e o saleiro, a lua! Movimente-os um ao redor do outro, e as palavras que usou assumirão maior significado para seu filho.

Se se habituar a procurar exemplos, logo descobrirá que amiúde causará uma impressão duradoura aquilo que diz.

Uso de Perguntas

Quando devidamente usada, a pergunta é notável instrumento. Basicamente, as perguntas pedem fatos (Quem? O Quê? Quando? Onde?) ou pedem conclusões ou opiniões (Como? e Por Quê?).

Perguntas curtas e concisas são as melhores. Usualmente envolvem uma idéia principal.

Se realmente desejar saber o que seu estudante pensa, talvez precise cuidar do tom de sua voz. Por exemplo, o genitor talvez pergunte a seu filho adolescente como ele considera o fumar maconha. Pelo jeito em que seu pai diz a palavra “maconha”, o filho poderia saber que seu pai não aprova isso. O que fazer, então, Poderia dar ao pai a resposta esperada. Mas, se a pergunta for proposta sem emoção, o rapaz mais provavelmente responderá o que ele realmente pensa sobre isso. As perguntas raramente resultam em bom ensino se forem feitas de maneira dura ou exigente. Não se esqueça da relação entre instrutor e aprendiz.

É bom também lembrar-se de que, se pedir a alguém que pense, é importante ser paciente. Se propuser uma pergunta, mas então der rápido a resposta, jamais saberá realmente se a outra pessoa poderia tê-la respondido. Pause após a pergunta; veja a expressão no rosto da pessoa, e então, se notar que ela não a entendeu, refraseie a pergunta.

As perguntas podem ser usadas para estimular o interesse, para provar a compreensão, ou ambas as coisas. Amiúde, as perguntas que estimulam o interesse são retóricas, isso é, a resposta e óbvia ou não se exige nenhuma reposta verbal — tal como: ‘Todos queremos ser felizes, não queremos?’

As perguntas para provar a compreensão são as mais difíceis. São freqüentemente usadas ao se recapitular os pontos principais ou para verificar a compreensão do estudante. Tais perguntas devem ser fraseadas com cuidado, para evitar desanimar o estudante. Se lhe pedir que raciocine sobre algo e ele chegar à conclusão errada, talvez se sinta vagaroso, embaraçado ou desapontado com ele próprio. Se, pela expressão facial dele, puder notar que não acompanha seu raciocínio, talvez seja melhor explicar o assunto de novo sem fazer perguntas ou, com jeito, perguntar se ele gostaria de obter mais explicações. Seu aluno se sentirá grato.

Realmente, mostrar consideração, interesse e paciência em nossa vida diária exerce bom efeito sobre nós, não só quando ensinamos, mas a todo o tempo. Tornamo-nos pessoas que podem comunicar-se mais eficazmente com outros. Tornamo-nos mais facilmente entendidos, porque nos tornamos mais compreensíveis.

A questão não é realmente: Deve pensar em tornar-se instrutor? Já é um. A questão é: Fará o esforço de ser um bom instrutor?

As recompensas de ser bom instrutor são grandes. Pois, quando ensinamos, partilhamos algo com outra pessoa. Damos parte de nós mesmos para ajudar a outrem. É uma experiência enriquecedora que pode tornar a vida mais interessante e mais digna de ser vivida.

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