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  • D. ostra fala sobre sua obra-prima

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  • D. ostra fala sobre sua obra-prima
  • Despertai! — 1975
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  • Sofro Uma Operação
  • As Mulheres do Mar
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Despertai! — 1975
g75 8/3 pp. 24-27

D. ostra fala sobre sua obra-prima

ALÔ! Sou uma ostra. Vivo nas águas tépidas da Prefeitura de Mie, no Japão. O nome de minha família é Akoya. Somos fabricantes de pérolas. Há alguns anos, a vida era fácil, mas, agora, com tanta pressão para aumentar a produção, toda nossa família está ocupadíssima em fabricar as populares pérolas Akoya. Temos parentes que labutam ao redor do mundo, desde a Ilha Thursday, ao norte da Austrália, até o Mar Vermelho e prosseguindo até o Golfo da Califórnia.

Ao entrar numa loja para admirar ou comprar nossas elegantes obras-primas, já considerou alguma vez o que passamos para produzi-las? Mudaram-nos de um lar para outro. Sofremos grande operação. Fomos maltratadas. Labutamos vinte e quatro horas por dia, o ano inteiro.

Recordações da Infância

Quando era bem jovem, vivia na água marinha que tinha cerca de 25 graus centígrados. De balsas, ramos de cedro foram abaixados na água, e eu agarrei-me a um deles. Na verdade, era apenas bebê, mas dali em diante comecei a sentir-me como uma verdadeira ostra. Depois de dez dias, quando já tinha quase um centímetro e meio de comprimento, fui retirada do ramo, colocada numa rede de malha fina e suspendida duma balsa, junto com muitos parentes. Continuamos crescendo e éramos mudadas constantemente para redes maiores. No fim do ano, quando já tinha quase uns 5 centímetros, o ostreicultor me vendeu a um cultivador de pérolas. Não tive outra escolha.

Sofro Uma Operação

De início, o mundo dos adultos foi gostoso. Éramos bem tratadas e tínhamos tudo de que precisávamos. Daí, veio um choque. Várias de nós fomos apinhadas em cestos de bambu e lançadas no frio leito do oceano. Nem imagine como ficamos doentes! Mas, isso não era nada em comparação com a forma como nos sentimos quando fomos subitamente trazidas às águas mais tépidas da superfície. Estávamos terrivelmente fracas, e o grande choque fez com que os machos ejaculassem seus espermatozóides e as fêmeas expelissem seus óvulos.

Não posso falar pelas outras, mas certamente não me sentia em condições de enfrentar o que viria. No entanto, o técnico da inserção do núcleo me fez um checkup. E, sabe o que aconteceu? Declarou que estava em excelente forma. Então me abriu e inseriu uma esfera cortada da concha dum molusco, um estrangeiro que veio do Rio Mississípi nos EUA. Além desse material nuclear, um pedaço do manto (órgão que reveste o interior de nossas conchas) de outra saudável ostra viva me foi transplantado. Este envolveu o núcleo e começou a formar o nácar. O nácar dá aquela aparência familiar da pérola. A esfera inserida só tinha milímetros de diâmetro — não era muito grande segundo seus padrões. Mas, para mim era como se tivesse uma bola de futebol no estômago!

O cultivador de pérolas deve ter notado como nós nos sentíamos, porque nos tratou bondosamente depois da operação. Fomos colocadas delicadamente em cestas de metal e lentamente postas em água, ficando penduradas das pranchas. Descansamos quietamente. Algumas de minhas parentas acharam que o choque da operação era demais e expeliram seu núcleo. Ao apresentar certos sintomas, tais ostras foram retiradas. Comecei a me sentir melhor e fiquei pronta para o trabalho. Fabricar o nácar era uma proteção contra o corpo estranho colocado dentro de mim; mas também apreciava esse trabalho, sabendo que derivaria prazer de minha pérola.

Na primavera e no verão, fui mantida na água a uma profundidade de cerca de dois metros e meio e fabriquei bastante nácar amarelo. No outono e no inverno, fui abaixada para uns cinco metros e meio. Embora em quantidade menor, o nácar róseo que fabriquei então era de melhor qualidade.

As Mulheres do Mar

Durante meus três anos de trabalho, recebi atenções diárias. Os cestos e cordas eram examinados constantemente para ver se havia danos causados por tufões, marés fortes e pragas. Sabe quem faz isto? As mulheres do mar, renomadas mergulhadoras de pérolas. Devido a que nós, ostras, moramos agora em cestos, estas mulheres não têm de gastar tempo procurando-nos, como certa vez faziam. Seu trabalho agora consiste em trazer-nos à superfície para uma boa esfregadela quatro vezes por ano. Gostamos disso! Lá se vão os parasitas que desejam viver em nossas conchas, bem como as algas marinhas que se agarram a nós.

Sabia por que são principalmente mulheres que fazem tal serviço? Bem, senhoras, não fiquem ofendidas. Parece que foram abençoadas com mais gordura que os homens. Isto significa que podem suportar as águas gélidas do mar por mais longos períodos. Naturalmente, este serviço gélido traz um pouco de dinheiro extra, e as mulheres do mar não se incomodam com isso.

Meu avô me contou que tais mulheres nadam desde a juventude até à velhice, sua melhor fase estando por volta dos trinta anos. Vovô costumava preocupar-se com elas, porém, por não poderem respirar debaixo d’água assim como nós. Achava que três minutos era bastante para qualquer humano, mas algumas mergulhadoras de pérolas permaneciam submersas por mais tempo. O coitado do vovozinho sempre se preocupava com os outros. Todavia, jamais viu qualquer mulher do mar morrer por permanecer demasiadamente abaixo da superfície.

‘Pérolas de Sabedoria’

Agora lhe fornecerei algumas deixas quanto a comprar nossas obras-primas. Poderia chamar minhas observações de ‘pérolas de sabedoria’. Primeiro de tudo, lembre-se de que as pérolas existem em muitas cores, formas e tamanhos. Algumas são roliças e arredondadas; outras são pequenas e irregulares. As pérolas de formato incomum, chamadas barrocas, amiúde são usadas para brincos e pendentes. A barroca azul, embora seja popular, na realidade é feita de ostras doentes. Sabia disso?

No passado, as mulheres idosas amiúde desejavam elegantes pérolas negras e azuis, ao passo que as senhoritas queriam as rosas; as pérolas brancas e prateadas eram as favoritas das pessoas nas idades intermediárias. Agora, a cor mais desejada é a rosa, seguida pela branca. Em itens de per si de joalheria, os anéis de pérola acham-se em primeiro lugar nas vendas, embora, pelo peso, sejam vendidas mais pérolas como colares. Os fabricantes se empenham em desenvolver ampla variedade de bases para exibir pérolas de todas as cores. Bem, que acha duma notável pérola verde? Também as fabricamos.

Uma pérola de alta qualidade possui grossa camada de nácar, e isso lhe fornece brilho que durará centenas de anos. Nossas gemas, tendo profundo brilho perlífero, amiúde dão a impressão de um reflexo rosa no centro. As mulheres acham lindas tais pérolas, mas muitos homens as encaram qual ameaça a seus talões de cheques. Uma palavra de cautela: Não compre pérolas que tenham manchas de cor marrom ou cinza desbotado. Estas perderão a cor dentro de poucos anos. Também, o nácar das pérolas brancas amiúde é muito fino e o brilho inicial logo desaparece.

Visto que o peso governa o preço duma pérola, talvez queira comprar uma de tamanho menor. Por exemplo, ao invés dum colar de pérolas-padrão de sete milímetros, que tal comprar um colar que tenha gemas de seis milímetros e três quartos? É muito menos caro, e poucas pessoas notarão a diferença.

Oh, sabia que a Bíblia contém uma ilustração que reflete o valor das pérolas? Sim, Jesus Cristo assemelhou o reino do céu a uma “pérola de grande valor”. (Mat. 13:45, 46) Para nós, naturalmente, todas as nossas pérolas são valiosas. Gastamos muito tempo e energia produzindo cada uma delas! Mesmo assim, reconhecemos que, nas mãos humanas, nossos produtos variam imensamente de valor e de preço. Uma pérola de máxima qualidade é uma esfera grande, sem furos, perfeita. Qualquer ligeira falha pode ser tratada, de modo que se torne quase invisível. As pérolas negras verdadeiras são as mais valiosas.

Genuínas ou de Imitação?

Ficamos orgulhosas de que os humanos tentem tanto imitar as nossas pérolas. Suas pérolas artificiais certa vez não eram nada mais do que pó de escamas do peixe-espada aplicado a bolinhas de vidro! Agora fazem contas de pérolas “ruins” e conchas de ostras trituradas, misturadas com plástico. Relutantemente admitimos que algumas delas são muito boas. À primeira vista até mesmo seus peritos sentem dificuldade em saber a diferença. Mas, ora essa, nós ostras já esperávamos isso. Afinal de contas, eles são apenas humanos!

Sabia a diferença entre as pérolas genuínas e as de imitação? Se a pérola foi furada para ser enfiada num colar, a de imitação apresentará tais marcas. Devido à produção em massa, haverá ligeira protusão em cada lado do furo. É onde as contas foram cortadas uma da outra. Ademais, as pérolas dum colar ou dum broche não serão idênticas na cor se forem pérolas de genuína alta qualidade, mas as de imitação sempre serão iguais.

Bem, queira examinar de novo nossa espécie genuína, feita pelas ostras. Duas jamais possuem a mesma face. Talvez observe falhas nelas. Estas próprias marcas provam que não são feitas por máquinas, mas por nós — mestras das pérolas das profundezas. Naturalmente, uma pérola cara terá poucas falhas.

Suponhamos que ainda não consiga notar a diferença entre as pérolas de imitação e as genuínas. O que pode fazer? Bem, os japoneses as provam com seus dentes. A verdadeira pérola ficará presa na parte da frente de seus dentes, porque sua superfície é irregular. Por outro lado, a pérola de imitação escorregará. Se ainda persistir a incerteza, por que não leva a pérola a um joalheiro? Ele a pesará. Por causa da camada de nácar, a pérola verdadeira é mais pesada. Mas, talvez o teste mais positivo consista em submeter a pérola a um raio ultravioleta num quarto escuro. Apenas a pérola de imitação brilhará com luz branca. Mesmo sem a ajuda dum perito, poderá considerar o brilho. A pérola genuína terá um fulgor ao redor que fará parecer fria a de imitação.

Cuidado das Pérolas

Gostaria de solicitar-lhe que cuidasse bem de nossas obras-primas. Os ácidos as danificam, e, depois de algumas horas, a transpiração humana começa a operar sobre a pérola. Assim, é bom usar uma camurça ou pano macio para limpar as pérolas depois de usá-las. Detergentes, perfume e a maquilagem também danificam as pérolas, fazendo com que percam seu brilho. Assim, queira ter cuidado.

Bem, já atingi os seis anos de idade. Isso significa que estou ficando velha. Logo lhe entregarei a obra-prima de minha vida. Realmente espero que a aprecie e preze.

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