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  • Por que as freiras se vão

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  • Por que as freiras se vão
  • Despertai! — 1975
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Despertai! — 1975
g75 22/7 pp. 9-13

Por que as freiras se vão

SEMPRE houve freiras desistentes. Mas, o êxodo atual de dezenas de milhares de freiras não tem paralelo em números e em seu impacto abalador. Por que tantas se foram?

Há vários fatores envolvidos. No entanto, a causa principal tem que ver com a própria estrutura e operação da própria Igreja Católica. A ex-freira Mercedes Alonso observou: “O número continuamente crescente de mulheres dedicadas que abandonam diariamente os conventos não gera a crise, mas a revela.”

Que condições na Igreja perturbam tanto as freiras que milhares delas desistem?

Razão Principal das Desistências

As freiras objetam, em especial, ao que consideram tradições e restrições sem significado. Exemplo disso é a regra da Igreja que proíbe as freiras de se casar.

A lei do celibato foi imposta há muitos séculos pelos regentes da Igreja; admitidamente não é bíblica. Com efeito, disse o recente Papa João XXIII: “O celibato eclesiástico não é dogma. As Escrituras não o impõem. É até mesmo fácil efetuar uma mudança.”

Milhares de freiras e sacerdotes têm apelado urgentemente para tal mudança, alguns até mesmo citando a autoridade da Bíblia Sagrada. O teólogo católico Hans Küng, por exemplo, disse: “Pedro e os Apóstolos eram e permaneceram casados, mesmo no pleno discipulado de Jesus, e esta permaneceu a norma para os líderes da comunidade durante muitos séculos subseqüentes.” (Mat. 8:14; 1 Cor. 9:5) Todavia, a Igreja se tem recusado a mudar sua lei do celibato.

Assim, devido a se sentirem indevidamente obrigadas a submeter-se a uma lei feita pelo homem, muitas freiras abandonam seus conventos. Algumas abandonam por completo a Igreja Católica, sem dúvida sendo reforçadas em sua decisão pela descoberta do aviso bíblico: “Diz claramente o Espírito que, nos últimos tempos, alguns renegarão a fé, dando crédito a espíritos sedutores e doutrinas diabólicas, . . . esses proíbem o casamento.” — 1 Tim. 4:1-3, Com. Taizé, Edições Loyola.

Regulamentos Restritivos

Todavia, o celibato é apenas uma das leis da Igreja que as freiras acham que as oprimem. Regulamentos que ditam o tipo de hábito, ou uniforme, que as freiras têm de vestir, eram outra fonte de irritação. Muitas consideravam o hábito como não lhes caindo bem e desconfortável, em especial na época quente.

Também, muitas freiras consideraram desnecessária humilhação ter de raspar sua cabeça, de modo a usarem suas elaboradas coberturas para a cabeça. “Em todos os anos que gastei como religiosa”, disse uma ex-freira, “jamais me acostumei a não ter meus cabelos; quando estava sem touca, simplesmente evitava mirar-me em espelhos, a menos que fosse absolutamente necessário.”

Daí, há os regulamentos disciplinares. Midge Turk, que passou cerca de dezoito anos como freira, explica em sua autobiografia de 1971, The Buried Life (A Vida Enterrada): “A disciplina era um chicote de trinta centímetros, cuja haste era feita de cordão trançado de venezianas que se abria na ponta em quatro tiras com nós. Foi-nos dito que o usássemos em particular apenas nas tardes de quarta-feira e sexta-feira, por um período específico de tempo, segundo o regulamento escrito, e o usássemos apenas nas costas, pernas, ou nádegas.” Mas, não só este “tratamento severo do corpo” não encontra nenhum apoio nas Escrituras, mas muitos consideram tal prática aviltante e medieval. — Col. 2:20-23.

Além disso, há as regras que fazem vigorar períodos de silêncio, regulam períodos de oração e meditação, e assim por diante. Os infindáveis regulamentos, muitos dos quais parecem injustos e ridículos, deixam frustradas as freiras. Até mesmo o Cardeal Leo Suenens, em seu livro de 1963, The Nun in the World (A Freira no Mundo), reconheceu que, em muitos casos, as freiras eram prisioneiras de regras ultrapassadas que desperdiçavam seu potencial e sua efetividade.

“Era-nos proibido até mesmo conversar com as colegas freiras, a menos que tivéssemos permissão”, explica uma freira que passou mais de dezessete anos num convento em Brooklyn, Nova Iorque. “Com efeito, estava marcado na Regra Sagrada que o simples gesto de tocar uma na outra era proibido. Esta regra era uma reação extremada às acusações de lesbianismo, que grassavam na comunidade religiosa medieval.”

Na verdade, na última década, foram feitas mudanças em alguns dos regulamentos acima. Mas, as mudanças não vieram com facilidade. Estavam envolvidos conflitos mui desesperadores com as autoridades da Igreja, e a reforma só foi concedida depois que parecia que era o único meio de salvar a comunidade das freiras. Assim, muitas freiras se foram por se sentirem frustradas em cada etapa de suas tentativas de iniciar a reforma.

Isto ocorreu, para exemplificar, em 1970 em Los Ângeles, Califórnia. Ali, cerca de 315 das 380 freiras das Irmãs do Imaculado Coração de Maria partiram em massa. Foram lideradas pela dirigente da ordem, Anita Caspary, que antes tinha abandonado seu nome religioso, Madre Humiliata.

No entanto, não foram apenas as regras antiquadas e as tentativas frustradoras de mudá-las que obrigaram as freiras a partir. O próprio clima dentro dos conventos talvez seja o fator principal.

Atitudes e Conduta

As freiras amiúde apontam para uma falta de calor humano e amabilidade nos conventos, e isto tem contribuído para a decisão de muitas de partir. Como se poderia bem imaginar, tais regras, como as que obrigam a fazer silêncio, proíbem a livre discussão e vedam até mesmo tocarem umas nas outras, contribuem para uma atmosfera fria, formal, nos conventos.

Observa-se com freqüência que falta a sensibilidade humana. “Tentativas de amizades normais, saudáveis, eram desencorajadas, e até mesmo vistas com suspeição”, explicou uma ex-freira. “Eu sentia falta da intimidade”, observou outra ex-freira, “do tipo de familiaridade que só se sente quando se é parte de uma família grande e unida”.

As freiras observaram ainda mais que na Igreja faltava aquele genuíno interesse no bem-estar de outros. Midge Turk, que progrediu a cargos administrativos como freira, queixou-se: “Nem sequer uma vez durante as reuniões com autoridades da diocese foi sequer mencionado o assunto do valor dos seres humanos com os quais eu trabalhava.” Sem dúvida, era este tipo de atitude que um editor católico tinha presente quando escreveu que as freiras “abandonavam as ordens religiosas porque sua comunidade lhes seria mais de empecilho do que de ajuda para um modo de vida cristão”.

Também, muitas freiras se vão porque se sentem sufocadas — todas as iniciativas e inovações são reprimidas. Em 1967, Jacqueline Grennan, educadora nacionalmente reconhecida nos Estados Unidos, abandonou sua ordem religiosa, explicando: “Sob o voto de obediência . . . vim a compreender que não podia viver como ser humano responsável e produtivo.”

Daí, também, as freiras amiúde acham que são tratadas como crianças — deveras, praticamente toda decisão e todo passo lhes são ditados. O modo em que a Igreja Católica se acha estruturada contribui para isso. À Madre Superiora, por exemplo, concedem-se grandes poderes sobre a vida das freiras, o que tende a fazer com que ache que é algo de especial. Certa mulher, que se foi depois de passar sete anos nos conventos na Argentina e no Chile, relatou:

“As superioras exigiam total obediência. Isto, com efeito, equivalia à idolatria, porque, segundo elas, Deus as colocara em suas posições e, por conseguinte, todas tinham de lhes prestar inquestionável obediência. . . . A obediência que exigiam chegava a tal extremo que tínhamos de nos curvar perante elas, sem jamais questioná-las.”

O sacerdote católico, Luke Delaney, que passou cerca de um quarto de século organizando as missões dos conventos, apontou para tais atitudes das superioras como a causa do grande êxodo das freiras dos conventos na Irlanda. Disse ele:

“Algumas Madres Superioras são intratavelmente teimosas, orgulhosas de seu conservadorismo . . . Adotam práticas restritivas . . . Nos dias atuais, as mulheres jovens não suportam ditaduras de salas nos conventos. Simplesmente desistem.”

Poder-se-á observar, contudo, que todas essas condições já existem por gerações — o celibato, os regulamentos restritivos, as atitudes desamorosas, autoritárias, etc. “Por que, então”, talvez perguntem as pessoas, “tem sido agora, na última década, que ocorre o êxodo dramático das freiras?”

A Razão de Partirem em Massa Agora

O Segundo Concílio do Vaticano, de 1962 a 1965, com seus esforços renovadores, é especialmente responsável. O Papa João XXIII observou que o propósito do Concílio era “deixar entrar algum ar fresco na Igreja”. Assim, com efeito, estendia-se um convite aos religiosos para que examinassem sua vocação, que pensassem por si mesmos. Com que conseqüências?

Em sua carta de demissão de 1972, depois de passar cerca de dezoito anos no convento da Visitação de Santa Maria em Bayridge, Brooklyn, uma freira explicou: ‘Muitas das Irmãs ficaram desiludidas ao tentarmos atualizar nossos costumes e tradições. Mas, encontramos grande resistência por parte dos que se opunham à atualização. Não é de admirar que tantas estejam abandonando os conventos.’

As investigações feitas pelas freiras revelaram que numerosos regulamentos que governavam sua vida não tinham sentido e eram desnecessariamente restritivos, ao invés de serem de ajuda para o modo de vida cristão. Por exemplo, seu hábito, ou veste, que supostamente era de origem sagrada, elas descobriram que é simplesmente o tipo de roupa que as camponesas usavam há séculos atrás. Também, as cortinas em volta de suas camas, que pensavam ter significado sagrado, aprenderam que servia originalmente apenas para esquentar as pessoas, por isso, são inteiramente desnecessárias nestes dias de aquecimento central!

O Segundo Concílio do Vaticano incentivara as investigações que por fim levaram à desilusão e aos conflitos ao se fazerem tentativas de atualização. Mas, há outro fator que contribui para o êxodo em massa das freiras. Trata-se da atitude, bem como da condição transformada das mulheres no mundo.

As freiras ficaram envolvidas com o espírito do movimento de libertação feminina que floresceu em meados dos anos 60. Assim, imbuídas de novo senso de independência, as freiras têm sido incentivadas a cair fora de seus conventos, quando se tornam desiludidas. Isto dá coragem a ainda outras de ir embora, e, desta forma, o êxodo ganhou ímpeto.

Outro Fator Importante

No entanto, os esforços de renovação da Igreja levaram a outras descobertas que confundiram muitas freiras. Os santos foram retirados, pode-se agora comer carne nas sextas-feiras, e as imagens foram removidas das igrejas. Mas, isso não é tudo. Uma ex-freira observou: “Também aprendi que os ensinos básicos católicos, como a Trindade, a imortalidade da alma, o purgatório, o limbo e o inferno de fogo são antibíblicos e têm origem pagã.”

Torna-se evidente o fato: A Igreja Católica simplesmente não ensina a verdade bíblica sobre Deus e seus propósitos! Não é de admirar que se espalhe o desânimo entre as freiras. “Sentia que estava espiritualmente faminta”, observou certa ex-freira de Adams, Massachusetts. “Em nosso convento não se falava nem havia esperança do reino de Deus. Raramente falávamos sobre Deus de modo espontâneo.” Até mesmo as autoridades católicas começaram a admitir abertamente a privação espiritual. Por exemplo, o sacerdote católico Andrew M. Greeley escreveu em data recente:

“Há uma crise de energia religiosa na igreja que é ainda mais grave do que a escassez de petróleo. Amplos números de pessoas têm fome de religião, de iluminação e de direção quanto às interrogações críticas da vida e da morte, do bem e do mal, do amor e do ódio, da unidade e da diversidade, de Deus e do homem.

“O último lugar em que elas podem procurar a iluminação, em 1974, será a igreja Católica Romana (e não lhes adiantará muito procurar em outras igrejas tampouco).” — The National Catholic Reporter, 11 de janeiro de 1974.

Pode culpar as freiras de deixar uma igreja que até mesmo seus próprios sacerdotes descrevem desta forma? Mas, se as outras igrejas se acham igualmente desprovidas em sentido espiritual, onde poderá a pessoa obter a verdade bíblica a respeito de Deus e seus propósitos?

Freiras Encontram Respostas Satisfatórias

Há uma fonte de instrução espiritual fidedigna. Depois de deixar o convento em 1969, a ex-freira de Adams, Massachusetts, observou: “Deixei de ir à igreja. Tinha chegado à conclusão de que a Igreja Católica não ensinava a verdade, mas não tinha idéia de onde encontrá-la. Mais tarde, duas testemunhas de Jeová vieram à minha porta e eu alegremente as acolhi em minha casa, deixando-as falar.

“Pesquisei o que as Testemunhas me ensinavam, porque queria estar segura de não ser desencaminhada de novo. No entanto, depois de dois ou três estudos, sabia que as testemunhas de Jeová ensinavam a verdade da Bíblia. Era razoável demais para não ser verdadeira. Fiquei especialmente contente de saber que Deus não é uma Trindade.”

Mas, não só é gratificante aprender a verdade sobre Deus e seus grandiosos propósitos, anima o coração também experimentar o genuíno amor que existe entre as testemunhas de Jeová. “Isto me atraiu mais do que até mesmo seus ensinos bíblicos”, observou uma ex-freira de dez anos, que foi batizada pelas testemunhas de Jeová em janeiro de 1974, no Paraguai.

É freira, ou já foi? Tem-se associado com qualquer organização religiosa? Deseja servir a Deus do modo que Cristo e seus primitivos seguidores o fizeram? Gostaria de partilhar do caloroso e amoroso companheirismo dos cristãos hodiernos que verdadeiramente imitam os cristãos do primeiro século? As testemunhas de Jeová ficarão felicíssimas de ajudá-la. Apenas fale com elas da próxima vez em que visitarem sua localidade, ou escreva aos editores desta revista.

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