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Despertai! — 1975
g75 22/9 pp. 10-12

Desastre em Darwin

Do correspondente de “Despertai!” na Austrália

DARWIN, Austrália, era uma cidade comparativamente nova. Sua população cresceu rápido, de 8.071 pessoas, em 1954, para 43.000 no ano passado. Embora Darwin tenha sobrevivido a 68 ataques aéreos durante a Segunda Guerra Mundial, morreu em poucas horas de 24 e 25 de dezembro de 1974. O assassino foi o Ciclone Tracy.

Quando os ventos de Tracy, que atingiram 240 e 320 quilômetros horários, finalmente cessaram, 95 por cento das casas de Darwin estavam em ruínas. A tempestade deixou mais de 50 mortos e cerca de 30.000 desabrigados.

Dados Repetidos Avisos

Ao passo que os ciclones (chamados furacões e tufões em outros locais) são muito comuns na “estação chuvosa” nesta parte da Austrália, usualmente passam ao largo de Darwin. Isto, junto com as festas da Véspera de Natal, aparentemente tornou insensível a maioria dos moradores de Darwin aos repetidos avisos do departamento de meteorologia quanto à fúria do ciclone. Pelo menos quinze avisos foram dados, mas, poucos os levaram a sério.

O ciclone Tracy era ímpar. Ao aproximar-se da cidade, o centro da tempestade parecia encolher-se. Isto aumentou a ferocidade dos ventos e, evidentemente, produziu alguns tornados com seus funis caraterísticos, pois, depois de a tempestade cessar, encontrou-se um refrigerador numa torre de água a cerca de 24 metros de altura. Ciclones não deviam provocar tais movimentos em direção ao alto.

Já sobreviveu a um ciclone? Consideremos um relato de uma testemunha ocular do desastre em Darwin.

“Só Pensávamos na Segurança”

“Esperávamos que a tempestade não nos atingisse senão às 4 horas da madrugada, e que os ventos não ultrapassassem uns 135 quilômetros horários. No entanto, às 23 horas, ventos uivantes lançavam gotas de chuva no sentido horizontal. Rapidamente tais ventos atingiram mais de 150 quilômetros horários.

“Eu e minha esposa tentamos impedir que subissem os 5 centímetros de água no nosso chão, continuando a passar a “bruxa” e torcendo a água na pia. Ninguém conseguia dormir, de modo que nossa filha mais velha veio ajudar-nos.

“Quando minha esposa voltava para a sala de estar, depois de ter ido mais uma vez à pia da cozinha, ouvimos alto estouro. As vidraças da janela da cozinha tinham-se partido. Se isto acontecesse apenas alguns segundos antes, minha esposa teria ficado gravemente cortada.

“Dali em diante só pensávamos na segurança. Vadeei pela água a fim de pegar minhas duas filhinhas mais moças no quarto de dormir. Ambas estavam aterrorizadas. Voltamos à sala de estar, e a família toda se agachou entre duas grandes poltronas puxando-se uma terceira poltrona para maior proteção. Podíamos ouvir as louças e as panelas voando de um lado para o outro, à medida que o vento fazia seus estragos na cozinha. Daí, notei que a parede oeste de nossa casa tinha desaparecido.

“Subitamente houve um grande ruído de desabamento. Ao ruir o teto, quão gratos ficamos pela proteção que aquelas poltronas de costas altas nos deram! Os ventos, soprando agora a mais de 190 quilômetros horários, continuaram despedaçando o que restava da nossa casa. Orávamos e conversávamos para manter elevado nosso espírito, sempre agarrando-nos uns aos outros para ter certeza de que ninguém tinha sido sugado e levado embora pelo vento. As horas se arrastavam. A água no chão tinha vários centímetros; mas não ousávamos mover-nos devido à massa de vidro partido salpicado por toda a parte.

“Então as coisas se acalmaram. Tinha chegado o centro da tempestade.”

“Mais Feroz do que Antes”

“A calmaria era linda em certo sentido, mas inspirava temor. O céu escuro ardia de relâmpagos azulados. Formas grotescas, esquisitas surgiam dos clarões dos relâmpagos. No entanto, o zunido dos ventos circulantes, que soava como infindável trem de carga, lembrava-nos que a fúria do ciclone logo voltaria. E voltou mesmo.

“Dentro de alguns minutos, a outra parte do ciclone nos atingiu; e era mais feroz do que antes. Desta feita, os ventos arrancaram todas as nossas três poltronas protetoras, deixando-nos plenamente expostos à fúria da tempestade. Conseguimos puxar alguns cobertores ensopados de água, mas estes não foram de grande ajuda.

“Quando o vento de Tracy amainou, por volta das 6 horas; ergui-me cautelosamente e olhei em volta. Tinha esta sido a nossa casa? Trepei em cima de armários, paredes caídas e madeiras a fim de chegar à escada externa que dava para o terreno. Embaixo de nossa casa, no térreo, havia um quarto de ferramentas, a lavanderia e uma garagem. Ajudei minha família, um por um, a passar pela mobília quebrada e sob vigas de madeira com pregos à vista até que todos estavam a salvo no quarto de ferramentas.

“Visto que então eu tremia incontrolavelmente de frio, minha filha mais velha ofereceu um conselho surpreendente: ‘Descontraia-se e parará de tremer.’ Para minha grande surpresa, isso deu certo. Mas, após alguns segundos, começava a tremer de novo e tinha de repetir o mesmo processo.

“Então ouvi a voz dum vizinho, convidando-nos a ir para a casa dele, que havia permanecido essencialmente intata. Ali, recuperamo-nos gradualmente de nosso estado de choque.”

“Como Hiroxima”

À medida que os atônitos moradores de Darwin se arrastaram para fora de seus esconderijos, dificilmente conseguiam crer no que seus olhos viam. Nenhum poste de semáforo permanecia em pé. Postes telefônicos de ferro em forma de H estavam curvados e retorcidos como pirulitos de alcaçuz. Ventos violentos haviam lixado parte de automóveis até o metal cru. Alguns verificaram que seus carros foram levados pelo vento para cerca de um quilômetro e meio de suas casas ou tinham mergulhado na piscina de alguém. Muitos veículos tinham sido jogados contra casas, demolindo-as. E o teto do hospital desabou no momento em que mães davam à luz quinze bebês; todos os bebês, porém, sobreviveram. A prisão, também, foi destruída, e cerca da metade dos detentos obtiveram indultos.

“Se já viu fotos de Hiroxima, depois da bomba atômica, . . . então sabe qual era a aparência de Darwin”, comentou um piloto que efetuou o primeiro-vôo socorrista até Darwin no dia seguinte. O Primeiro Ministro em exercício declarou a cidade uma área de calamidade pública. Cinco mil refugiados logo procuraram abrigo num ginásio construído para l.100 estudantes.

Também eram consideráveis os riscos de saúde, cerca de 43.000 pessoas não tendo esgotos, energia elétrica e água potável. A falta de refrigeração aumentou os problemas, pois as temperaturas em Darwin geralmente ultrapassam 32 graus centígrados. Em menos de uma semana os alimentos nos refrigeradores ou nos supermercados ficaram tão estragados que os operários tinham que colocar máscaras de oxigênio antes de entrarem para removê-los.

Necessária a Evacuação em Larga Escala

Pouco após a tempestade, as pessoas começaram a lotar os aeroportos. Foram levados primeiro de avião os feridos, mas que conseguiam ainda andar; em seguida as pessoas que precisavam de hospital e que podiam ser tratadas em outras partes. Isto abriu espaço no hospital de Darwin para emergências. Em seguida se foram as gestantes, os casais idosos e as famílias (apenas as mulheres e filhos).

Dentro de seis dias, cerca de 22.000 pessoas foram levadas de Darwin por avião. Todo vôo ficou lotado. Um jato jumbo, destinado a transportar cerca de 420 passageiros, levou mais de 690 mulheres e crianças para Sídnei. Na viagem de volta, cada avião levava algum tipo de material de socorro. Calculadamente 6.000 pessoas partiram de Darwin pelas rodovias.

Testemunhas de Jeová Estão Bem

Havia cerca de 160 testemunhas de Jeová em Darwin. Logo que possível, depois da tempestade, fez-se uma verificação do bem-estar de todos os associados com sua congregação. As Testemunhas que dirigem grupos de estudo bíblico foram designadas a verificar cada membro de seu grupo. Por fim, contatou-se a todos.

As Testemunhas da área de Sídnei imediatamente fizeram arranjos para comprar suprimentos para seus irmãos cristãos em Darwin. O escritório da Sociedade Torre de Vigia em Sídnei recebeu mais de US$ 116.000 de co-Testemunhas de toda a Austrália para esse fim.

Programou-se para domingo, 29 de dezembro, uma reunião congregacional regular para estudo bíblico, apenas cinco dias após a tempestade. Quão contentes ficaram todos quando, poucos minutos antes de o programa começar, chegaram dois caminhões da cidade de Monte Isa, a mil e seiscentos quilômetros de distância. A Sociedade Torre de Vigia obtivera permissão especial de passar as linhas policiais que bloqueavam a entrada da cidade. Após a reunião, todos os presentes ajudaram a remover as cadeiras do salão e descarregar tendas, equipamento de cozinha, alimentos e outros itens. Depois disso, os irmãos visitantes foram ajudar a consertar os telhados em algumas das casas terrivelmente danificadas.

Base Para Sóbrios Pensamentos

O desastre de Darwin produziu profundo efeito sobre seus habitantes. É interessante que reuniu pessoas que por longo tempo não conseguiam dar-se bem. Relata uma testemunha ocular: “Vizinhos que tinham dado o ‘gelo’ em outros por muitos anos tornaram-se profundos amigos num único dia. Casais prestes a separar-se foram reunidos.” Não parece estranho que é preciso que assole o desastre para que muitos tratem os outros com bondade humana?

Digno de nota, também, é que vários dos entrevistados por repórteres de rádio e de televisão dissessem: “Não podia crer que tal coisa jamais acontecesse.” Quinze avisos separados aparentemente caíram em ouvidos surdos na maioria dos casos. Quão tolo é ignorar avisos duma fonte competente!

Por mais de sessenta anos, as testemunhas de Jeová trazem à atenção de seus vizinhos uma “grande tribulação” que deve assolar a terra inteira nesta geração. Ela varrerá o atual sistema de coisas e pavimentará o caminho para um novo sistema paradísico de paz e justiça. (Mat. 24:21, 34; Rev. 7:14; 21:1, 4, 5) Por que não permite que o relato do desastre de Darwin o mova a levar a sério o aviso desta vindoura destruição da parte de Deus? Fazer isso o ajudará a sobreviver a ela. — Pro. 2:21, 22.

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