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  • Uma torre que atinge os céus

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  • Uma torre que atinge os céus
  • Despertai! — 1975
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Despertai! — 1975
g75 22/11 pp. 21-25

Uma torre que atinge os céus

Do correspondente de “Despertai!” no Canadá

ALI — majestosamente erguida em Toronto, como gigantesco foguete pronto para decolar, com sua ponta superior como uma agulha apontada para o céu — acha-se uma torre que deveras atinge “os céus”! Sente-se excitamento só em contemplar, com olhos descrentes, como vai subindo até a altitude imponente de cerca de 553 metros, cinco vezes mais alta que o foguete Saturno-V usado no projeto lunar da Apolo-11. o que capta a vista da pessoa é a “Torre CN”, a maior estrutura dotada de sustentação própria do mundo. (“CN” representa “Canadian National”, a ferrovia e o sistema de comunicações governamentais do Canadá.)

Desde os primeiros tempos da história humana, o homem se tem ocupado em construir torres que ‘atinjam os céus’, primeiro com fins de religião falsa, e então para proveito militar. (Gên. 11:1-9) Embora a mais antiga destas de que temos qualquer registro, uma torre-templo ou zigurate, não tivesse objetivo nobre, os homens desde então mostraram às vezes surpreendentes habilidades em conseguir algum objetivo digno com as torres. Às vezes foram erguidas unicamente a título de beleza e simetria arquitetônicas, mas, outras vezes, por razões mais práticas, tais como apoiar enormes vãos em pontes.

A Torre CN empenha-se em combinar estes últimos fins, sendo tanto esteticamente agradável aos olhos como servindo para vários fins práticos. Conforme se expressou o Ministro federal das Minas, Energia e Recursos Naturais, Donald McDonald, quando se iniciou a construção da torre: “A Torre CN não será apenas impressionante, mas será também bem prática.”

E como é impressionante! Já viu a Torre Eiffel em Paris? Coloque outra Torre Eiffel em cima dela e o pináculo da Torre CN só estaria a cerca de 45 metros debaixo daquela altura dupla. Ou, já esteve no alto do Prédio “Empire State” em Nova Iorque? Esteve apenas pouco mais de dois terços do caminho até a elevação máxima desta torre. Sim, é quase 122 metros mais alta que ó maior prédio de escritórios do mundo, a Torre Sears em Chicago, EUA. Embora se admita que há transmissores de TV mais elevados que os 553 metros da Torre CN, são sustentados por cabos de retenção ou outras fontes externas de estabilidade, ao passo que a Torre CN se ergue “livre”. Com mais de meio quilômetro de altura, domina o panorama da Zona Metropolitana de Toronto.

No entanto, o que impressiona não é apenas a elevada altitude da torre. Ergue-se de sua base em forma de três “aletas” como as dum foguete, e esta base em forma de Y vai afinando em direção do céu por cerca de 335 metros. Neste ponto, a linha de ascensão é agradavelmente interrompida por um complexo circular de sete andares, duma plataforma de observação e restaurante giratório. Acima deste “pódio celeste”, a ascensão, transformando-se numa coluna hexagonal, continua em direção ao céu por outros 122 metros até um nível superior de observação. Por fim, uma antena que afina gradualmente, de 102 metros, coroa a estrutura, levando-a à sua ponta em forma de agulha. Uma vez que a veja, sua forma simples, graciosa, deixa uma lembrança indelével em sua mente.

Maravilha de Engenharia

‘Como é que toda essa massa veio parar lá em cima?’ talvez pergunte a si mesmo. Não se tratou duma operação simples. Depois de intensivos testes, chegando até a mais de 27 metros de profundidade na área onde se acham os alicerces, as escavações começaram em fevereiro de 1973. Desceram até por volta de 17 metros (os últimos 7,5 metros penetrando na rocha), exigindo que mais de 62.000 toneladas de argila fossem removidas. Aniagem molhada foi aplicada à superfície exposta da cova e então um “cobertor” de concreto com 30,5 centímetros de grossura foi lançado para se evitar o desmoronamento na base rochosa. Em cima disso, derramou-se outra camada de concreto, esta com cerca de 5,50 metros de grossura! Daí vieram os alicerces de 7,073 metros cúbicos de concreto.

Em seguida houve a concretagem da parte em forma de Y da torre e sua coluna hexagonal. Foi feita por se usar uma “forma móvel” que se deslocou continuamente para o alto sob pressão hidráulica (sendo mantida no lugar por um anel de macacos em ascensão), lançando concreto em torno dum emaranhado de barras de aço e aço submetido depois à tensão, à taxa de cerca de seis metros de subida por dia! Esta concretagem continuou até 22 de fevereiro de 1974, até o nível de 446,50 metros, pouco abaixo do local da plataforma superior de observação. Uma cerimônia de “cumeeira” foi realizada em 21 de março de 1974. Pelo menos 106.000 toneladas de concreto foram usadas, junto com 5.000 toneladas de aço reforçado, 600 toneladas de aço estrutural e 1.000 toneladas (128 quilômetros!) de cabos de protensão.

Este método incomum de construção produziu uma maravilha de engenharia. Para tão grandes alturas, os engenheiros estruturais permitem uma variação de até 7,62 centímetros do absoluto prumo vertical. Usando gigantesco prumo e instrumentos óticos de precisão para verificações regulares, foi possível terminar a concretagem com uma variação de apenas 2,79 centímetros!

Outra coisa que teve de ser examinada diariamente era a tendência da estrutura a contorcer-se, à medida que se erguia da terra. Esta “oscilação contorsional”, diz-se, relaciona-se com a rotação da terra, que, no hemisfério setentrional, contorce as estruturas altas e estreitas na direção contrária ao relógio durante sua ereção. Age do outro modo no hemisfério meridional. Os instrumentos acima-mencionados e algumas estações de pesquisa, distantes até 300 metros, forneceram dados que permitiram quaisquer ajustes necessários no sistema de alçamento. O resultado foi uma construção “bem nivelada”.

Em cima de tudo isso acha o mastro da antena de mais de 300 toneladas, instalado por helicóptero. Planeja-se que este mastro de transmissão de aço tenha uma redoma de plástico reforçado com vidro para protegê-lo nos meses de inverno contra o acúmulo de gelo e neve.

Firmeza e Segurança

É a torre firme — e segura? Os ligados ao projeto crêem que sim. Fez-se grande esforço para se garantir a firmeza e a segurança, como já vimos nos trabalhos de fundação e no método de fortalecer o concreto. Adicionalmente, segundo o Dr. R. A. Bandeen, presidente da “Torre CN, Limitada”, o próprio concreto tem uma capacidade de suportar 4.223 toneladas por metro quadrado, bem além das 3.500 toneladas por metro quadrado exigidas nas especificações. Acha-se que isto é mais do que o necessário a bem da segurança. Uma equipe de técnicos e engenheiros calculistas usaram um laboratório no próprio local para testar a qualidade do concreto a cada dia.

Mas, o que aconteceria se algo como um jato “jumbo” colidisse com a torre? A resposta do perito de análises da torre, Dr. Bruno Thurlimann, da Suíça, assegurou que os danos à torre seriam mínimos. O efeito sobre o avião seria outro assunto.

Até mesmo com fortes ventos, o topo oscilará muito pouco. Já, num vendaval, o nível do pódio celeste só se moveu cerca de 13 centímetros. Alguns pesquisadores afirmam que poderá mover-se até 60 centímetros naquele nível no auge da força dum furacão. Isso parece bastante até que ouve relatórios de que a torre de comunicações Ostankino em Moscou (533 metros de altura) balançou vários metros em fortes ventos!

O segredo da capacidade da Torre CN em suportar fortes ventos está em seu estilo e formato finais, segundo se verificou. Conforme comentou o perito no túnel aerodinâmico, Dr. Alan Davenport, depois de testar no túnel vários modelos da estrutura: “Levou [muitos] anos para se descobrir que o formato duma árvore, adelgaçando-se a partir duma base ampla, é o melhor para suportar os ventos.” O homem continua a aprender que as coisas criadas refletem grande Inteligência.

Uso e Propósito

Mas, por que construir tal coluna ascendente? Não foi um empreendimento oneroso, se foi feito apenas para se afirmar possuir a mais alta estrutura de sustentação livre do mundo? A primeira resposta dada é que se pretendia que fosse primariamente uma torre de comunicações. Um motivo para isso é que Toronto, como todas as cidades com grande número de arranha-céus, tem problemas com a transmissão de televisão: imagens duplas na tela de TV devido a ondas ligeiramente retardadas que são criadas quando suas trajetórias são afetadas pelos prédios altos. Espera-se que esta antena da torre seja suficientemente alta para eliminar os incomodativos “fantasmas”. Também foi projetada para aumentar o “alcance” de algumas estações em 50 por cento.

Indicando outro uso em comunicações, Norman J. MacMillan, dirigente principal e presidente do Sistema Nacional Canadense, indicou: “Com suas facilidades de microondas, a Torre ajudará a apressar o fluxo, através do Canadá, de todas as formas de vitais comunicações comerciais, de dados de computadores, de mapas e informações meteorológicas, de dados de reservas para trens e aviões, e até mesmo os relatórios do mercado de ações.” As comunicações aprimoradas para os serviços municipais também foram mencionadas por ele como um benefício da torre.

Bem, tudo isso é razão para o complexo da antena de mais de Cr$ 25,5 milhões na parte superior da torre. Planeja-se que transmita para oito canais de televisão e onze estações de FM.

A torre também é ideal para algumas formas de pesquisa científica. Pensa-se que “poderia ajudar a desvelar alguns mistérios que têm assombrado os engenheiros estruturais e pesquisadores do meio-ambiente”. A Torre CN cooperará com a Universidade de Toronto, o Conselho Nacional de Pesquisas e do Meio-ambiente do Canadá num programa de instrumentação da torre. O Star de Toronto noticia que algumas hastes retráteis de 4,5 e 9 metros sairão da torre em quatro níveis para “ajuda na segurança aérea” e para medir “as velocidades dos ventos e a poluição do ar”. Descreve um programa de cerca de Cr$ 1.700.000,00 que usará cerca de 100 instrumentos para testar coisas tais como a tensão estrutural. Dados de instrumentos serão processados por computadores à medida que forem colhidos a cada três horas.

Em adição, seus planejadores crêem que a construção como um dardo se tornará grande atração turística, uma “torre do povo” depois de sua abertura, programada agora para o início de 1976. O pódio celeste de sete andares, de alumínio e vidro, oferecerá aos turistas duas plataformas de observação (uma envidraçada, uma do tipo “externo”) e um restaurante giratório, tudo com uma vista espetacular — um panorama de 120 quilômetros! E haverá bastante espaço: 6.500 metros quadrados. O restaurante poderá conter 400 pessoas sentadas e os níveis de observação outras 600 pessoas. Poderá chegar a eles por meio de um dos quatro elevadores que subirão por tubos com vidro na frente, fornecendo emocionante visão à medida que a pessoa é erguida por quase meio quilômetro em cerca de um minuto! E, como se isso não bastasse, um elevador interno o levará pelo restante da coluna até a área superior de observação a 450 metros.

Fazem-se planos para que seja o ponto focal duma área de reurbanização de quase Cr$ 13 bilhões, a ser conhecido como Centro Metropolitano. Propõe-se que os atuais trilhos ferroviários e os depósitos cedam lugar a atraente parque e uma área urbanizada residencial e comercial abrangendo cerca de 77 hectares. Um centro de convenções estará entre as instalações a serem oferecidas ali. De acordo com os planos, a própria torre subirá de um espelho d’água situado na área urbanizada. Uma ponte para pedestres deverá fornecer o acesso à rotunda envidraçada na base da torre. Quanto de tudo isso será finalmente realizado, só o tempo dirá.

Outra razão para a construção é a renda. Naturalmente, essa é uma das razões mais importantes de serem executados projetos como esse. Embora o custo da torre atinja cerca de Cr$ 255 milhões, seus planejadores visualizam uma renda anual calculada em Cr$ 51 milhões. Os aluguéis da antena, afirmam, envolverão mais de um milhão de dólares anuais. O aluguel recebido dos concessionários do restaurante do pódio celeste, da sala de estar, das lojas e dos restaurantes na rotunda, irá aumentar os lucros. Com os turistas, que se espera num total de cerca de 2 milhões por ano, as rendas somente pelo uso do elevador irão aumentar rapidamente.

Não há dúvida de que erguer esta torre exigiu engenho, inovação e convicção. O trabalho árduo, longas horas, revisões e frustrações fazem todos parte de tais empreendimentos gigantescos. Seu conceito original exigiu visão, iniciativa, coragem — e atitude positiva. Espera-se que muito do que se aprendeu e que ainda se aprenderá, seja usado em benefício do homem. O mais antigo dos edifícios altaneiros, aquela torre-templo de Babel, com seu motivo errado, acabou produzindo um problema de comunicações — uma diversidade de línguas. Os relacionados com a Torre CN esperam que ela melhore as comunicações e contribua para o avanço do conhecimento humano.

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