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  • g76 22/5 pp. 17-20
  • A terra dos fiordes do Pacífico

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  • A terra dos fiordes do Pacífico
  • Despertai! — 1976
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Despertai! — 1976
g76 22/5 pp. 17-20

A terra dos fiordes do Pacífico

Do correspondente de Despertai! na Nova Zelândia

“A OITAVA maravilha do mundo!” foi a descrição do poeta Rudyard Kipling sobre a majestade do Estreito de Milford. Embora este não fosse um sentimento original, Kipling, todavia, expressou o modo em que muitos se sentiram sobre sua primeira visita a este canto remoto da Ilha do Sul da Nova Zelândia, a décima segunda maior ilha do mundo.

O Parque Nacional da Terra dos Fiordes é um canto isolado do sudoeste do país, beirando o imprevisível Mar da Tasmânia, que separa a Nova Zelândia da Austrália por cerca de 1.900 quilômetros. Do norte ao sul, este parque se estende ao longo da costa por apenas cerca de 260 quilômetros, porém, mais de uma dúzia de fiordes o entrecortam, dando-lhe quase 1.600 quilômetros de orla marítima. Abrangendo 1,3 milhões de hectares (cerca de 13.000 quilômetros quadrados), o parque é um dos maiores do mundo.

O único modo de alcançar a maioria dos fiordes ainda é de barco ou por hidroavião. Mas, depois de quase duas décadas de trabalho com picaretas, pás e carrinhos de mão, em 1953 uma estrada de acesso de 120 quilômetros foi terminada até a ponta de um dos mais espetaculares fiordes, o Estreito Milford.

Portão da Terra dos Fiordes

Lindos, profundos (448 metros) e sombrios, os lagos gêmeos, Manapouri e Te Anau, formam atrativo portão para o parque. São cercados de montanhas recobertas de florestas de faias até o nível das árvores de cerca de 900 metros, dando a impressão de que um veludo verde escuro foi espalhado pelas montanhas para amainar seu contorno escarpado.

Ao norte destes lagos acha-se o vale do Rio Eglinton, um vale subalpino espalmado, que sobe brandamente, com cerca de um quilômetro e meio a três de largura, e do qual picos cobertos de neve ascendem quase que verticalmente 1.500 a 1.800 metros de ambos os lados. Nossa estrada para o Estreito Milford serpenteia dentro e fora de clareiras é de florestas de falas, através de campinas desprovidas de cercas, sendo acompanhada em todo o caminho pelo reluzente rio de água da neve, um dos melhores rios do país para a pesca com moscas.

Ocultas entre a grama agreste e outras da campina, há numerosas plantas subalpinas, tão delicadamente coloridas que a pessoa poderia facilmente deixar de vê-las. Determinados a não serem despercebidos, contudo, nos meses de verão, há os multicoloridos lupinos, que crescem em profusão em ilhas de cascalhos no rio, constituindo brilhante contraste com as variedades vermelha, prateada e negra de falas.

Subitamente, à nossa frente, no fim de longa, reta e estreita avenida, perfilada de árvores, ergue-se majestoso pico coberto de neve, emoldurado pela floresta e o céu. Ao seguirmos de carro pela avenida, nossos músculos dos olhos literalmente começam a cansar-se de tanto focalizarmos este pico, ao lentamente diminuir de tamanho e sumir de vista! Mas, isto não é tudo, pois, ao deixarmos essa “Avenida da Montanha Que Some” e entrarmos numa clareira, não só um, mas cinco picos são vistos, qualquer um deles podendo ter sido o culpado da ilusão de ótica.

O segredo, pelo que parece, reside na subida quase que imperceptível da estrada, que gradualmente oblitera a vista da montanha. No entanto, estamos seguros de que os construtores da estrada não arranjaram isso de modo deliberado!

A uns 96 quilômetros de Te Anau, a estrada por fim é tragada por um vale circular, talvez com um quilômetro e meio ou três de diâmetro. Onde o buraco de escoamento poderia situar-se, numa bacia manual, é relativamente onde o Túnel Homer até Milford tem seu portal oriental, parecendo insignificantemente pequeno à base dos picos que ascendem como gigantescas lápides até 2.100 metros. As montanhas silenciosas quase que abafam cristalina corrente que salta do lado de uma delas com o caraterístico sibilo de água que cai.

O túnel se ergue acima do nível das árvores, de modo que 0 vale possui poucas árvores e as árvores que ali crescem param de desenvolver-se e são matagosas. No entanto, no meio do capim-do-mato e da grama agreste acham-se plantas verdadeiramente alpinas. Em dezembro, gigantescos ranúnculos transformam a superfície do vale em ouro, e, um mês mais ou menos mais tarde, é transformado de novo pelas brancas margaridas-dos-campos.

Muitos visitantes pausam aqui porque o túnel de 1.200 metros só tem uma pista ou faixa e fica aberto em cada direção durante 25 minutos de cada hora. Tal pausa é bem recebida por nossos sentidos, dando-nos tempo de refletir sobre as belezas desta notável região.

Descendo Até Milford

Terminando nossa pausa, a escuridão do Túnel Homer serve para acentuar o curto trecho até o próprio Milford. Uma vez atravessamos o túnel, similar vale circular saúda a vista, parecendo mais imenso à medida que a estrada mergulha 700 metros em cerca de onze quilômetros de curvas apertadas e fechadíssimas, sendo tragada pela vegetação luxuriante de arbustos, samambaias e floresta nativos — tudo sendo evidência de uma precipitação pluviométrica anual de mais de 635 milímetros. Majestosas árvores de samambaias predominam por todo este verde. Não é de admirar que a Nova Zelândia tenha feito da samambaia seu emblema nacional!

Por fim, a estrada finda à beira da água. Atrás de nós acha-se a floresta tropical encimada de picos que aumentam de altitude ao recuarem 1.500, 1.800, 2.000, 2.500, 2.800 metros. A distância, no lado esquerdo, ao sudoeste, acha-se o famoso Pico Mitre, o mais alto precipício ou penhasco marítimo de seu tipo (1.695 metros) ao passo que do outro lado do fiorde, a uns três quilômetros, acha-se um precipício de 1.574 metros, bem defronte de outro que tem 1.308 metros de altitude, assemelhando-se notavelmente a um leão que bate um papo com um elefante em repouso! E é assim que são chamados — o Leão e o Elefante.

Que lugar imenso! Colocar-se ao nível do mar, sendo ananicado pelos picos cobertos de neve é deveras experimentar a pequenez do homem. Navegando pelo Estreito numa lancha turística em direção ao Mar da Tasmânia, podemos avaliar os sentimentos de Kipling sobre este canhão marítimo de 14,5 quilômetros, tendo quase 500 metros de profundidade em sua cabeceira, mas diminuindo para uma fração desta profundidade em sua saída para o mar.

Por toda a parte vemo-nos forçados a olhar em direção ao céu e ficamos sóbrios em pensar que aqueles precipícios que ultrapassam 300 metros ou mais acima de nós mergulham a mesma distância nas águas abaixo. A grande precipitação pluviométrica desta área, na média de 25 milímetros por dia, num ano recente, contribui grandemente para o esplendor verde de Milford. Num dia claro, após a chuva, literalmente centenas de quedas d’água correm em fios reluzentes pelas paredes rochosas do fiorde. Aqui e acolá passamos por uma colônia de focas ou de pingüins tomando sol sobre as rochas, sendo, pelo que parece, os únicos habitantes deste vasto paraíso aquoso.

Quando a marulhada anuncia a embocadura do Estreito de Milford e a lancha faz a volta, não ficamos surpresos de saber que o circunavegador do globo, o Capitão Cook, passou velejando pela entrada, imaginando tratar-se simplesmente de outra baía.

Não Formados por Geleiras

O capitão da lancha informou aos turistas que geleiras de grandes proporções escavaram este e outros fiordes de alto platô nas “eras glaciais”. A evidência disto foi mencionada como sendo as paredes lisas do fiorde, que são notavelmente riscadas num ângulo quase que horizontal. Isto indicava que algo tinha sido esfregado contra tais paredes e ao longo delas, e diz-se que as geleiras são a única coisa capaz de fazê-lo. Talvez pense diferente agora, porém, porque deixamos com ele um exemplar dum livro que prova que tanto o homem como a terra vieram a existir, não pela evolução, mas pela criação.

Explicamos-lhe que as geleiras se movem pela gravidade, e, para que uma das proporções imaginadas pudesse ter supostamente recortado o Estreito de Milford e os vales vizinhos exigiria uma montanha “mãe” atualmente inexistente, de tremenda altitude, para fornecer o gradiente.

De onde viria a água para produzir os alegados mais de 180 metros de gelo? A evaporação dos oceanos tem sido citada como uma fonte, mas, a fim de produzir suficiente vapor d’água para condensar-se e cair como suficiente nove compacta para formar as necessárias geleiras colossais, seria necessário que os oceanos fervessem! E isto numa ocasião em que por centenas de anos sem fim, as condições de congelamento predominassem de modo a produzir tais quantidades de gelo!

Muito mais fácil, e em harmonia com os fatos e a evidência disponíveis, é reconhecer a tremenda remodelagem da superfície da terra pelo dilúvio torrencial do tempo de Noé. Ao passo que o gelo pode riscar as superfícies da rocha assim como o papel-lixa pode riscar um tampo de mesa envernizado, apenas a água sob grande pressão, transportando enormes blocos e restos de terra, pode cavar vales profundos, amolecer e transportar encostas de montanhas, como um machado que penetrasse no tampo duma mesa. — Veja Despertai!, 8 de novembro de 1963; 8 de março de 1971.

Certamente apreciamos visitar este lindo local afastado, e gostamos de lhes ter contado o que vimos — as suaves belezas da criação junto com manifestações das energias vigorosas e dinâmicas do grande Jeová Deus — tudo em exibição em grandiosa escala neste assombroso parque alpino, a Terra dos Fiordes da Nova Zelândia.

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