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  • Nossa terra rochosa — modelada para a vida

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  • Nossa terra rochosa — modelada para a vida
  • Despertai! — 1977
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Despertai! — 1977
g77 22/3 pp. 12-15

Nossa terra rochosa — modelada para a vida

VIVEMOS na superfície de imensa espaçonave, em forma de bola, composta de rochas e metais. Se pudesse cavar abaixo da superfície do solo até uma profundidade de cerca de 30 quilômetros, não encontraria nada, senão rochas sem vida, no que é chamado de revestimento da terra. A crosta, sobre a qual vivemos, composta mormente de elementos não-metálicos, por conseguinte, é uma camada muito fina sobre sextilhões de toneladas de materiais que jamais vemos, exceto no caso de alguma rocha derretida que atinge a superfície através da crosta, devido à ação vulcânica. Todavia, tudo isto é essencial, de modo a termos um lugar para viver.

Como é que os geólogos chegam às suas conclusões sobre a composição da terra? Na realidade, dispõem de métodos que perscrutam o interior de nosso planeta, a fim de obterem uma descrição experimental do interior da terra, mas admitem que o quadro talvez não seja exato. Ninguém conseguiu ainda escavar o revestimento, mesmo sob os oceanos, onde a crosta é mais fina, tendo apenas cerca de 5 a 8 quilômetros de espessura. Durante o Ano Geofísico Internacional (julho de 1957 a dezembro de 1958) fez-se um plano para realizar isto. É provável que já tenha lido a respeito, o chamado projeto “Mohole”. “Moho” é um termo abreviado, em inglês, para os limites entre a crosta e o revestimento embaixo dela. Esta tentativa de descobrir a composição da crosta e exatamente o que constituía a parte superior do revestimento fracassou, devido ao enorme custo envolvido e a falta de tecnologia para executar tal tarefa.

Terremotos “Radiografam” a Terra

É estranho dizer, mas são os terremotos que têm sido de máxima utilidade para se determinar a estrutura do que há sob a superfície da terra. Saber o que existe ali, por sua vez, nos ajuda a explicar as coisas que tornam a crosta da terra habitável por nós. O estudo dos terremotos é chamado de “sismologia”.

Os sismólogos descobriram que há vários tipos de vibrações, ou ondas, criadas durante um terremoto. Tais ondas irradiam-se em todas as direções a partir do epicentro, o foco ou lugar de origem do terremoto. A medida que as ondas atravessam a terra, curvam-se num sentido oposto à superfície da terra, e estações sismográficas situadas a quilômetros de distância recebem e registram tais ondas. Há três tipos de ondas: (1) a onda principal, que percorre a crosta, (2) uma onda primária (“P”), (onda do tipo de pressões altas e baixas) e (3) uma onda secundária (“S”), (onda transversal). Esses dois últimos tipos de ondas percorrem a terra. A onda “P” é refratada a cerca de 2.900 quilômetros de profundidade. A onda “S” é completamente eliminada além desta profundidade. Isto se dá porque, evidentemente, encontram certo tipo de barreira nos limites inferiores do revestimento, onde se encontra com a parte exterior do núcleo, situado mais abaixo. Outro feixe da onda “P” continua através do centro da terra, embora a onda “S” não vá além dos 2.900 quilômetros de profundidade.

Núcleo Parcialmente Líquido

Por que a onda “S” pára naquela profundidade de 2.900 quilômetros? Por que também a refração de um feixe da onda “P”, e a desaceleração do outro feixe? Evidentemente porque o núcleo exterior abaixo do revestimento da terra é líquido. Pode-se ilustrar tal fenômeno pelo fato de que um objeto duro de metal (por exemplo, um sino) transporta uma vibração melhor que um objeto mole. A onda “S” não pode percorrer um líquido, e a onda “P” é refratada ou desacelerada consideravelmente. Esta desaceleração perdura por cerca de 2.175 quilômetros. O núcleo exterior, então, estendendo-se por cerca de 2.175 quilômetros mais para o fundo, em direção ao centro da terra, parece ser líquido, ou se comporta como um líquido. Sob a grande pressão e calor (cerca de 2.200 graus centígrados no alto do núcleo exterior, e de cerca de 5.000° C no fundo, onde começa o núcleo central ou interior) as rochas do núcleo exterior bem podem achar-se em estado derretido, líquido.

De que se compõem o núcleo exterior e o núcleo central? Um estudo dos meteoritos que vêm à terra do espaço sideral sugere que estes núcleos da terra são constituídos principalmente de ferro, ligado com níquel. A onda sísmica que percorre o núcleo central adquire velocidade, denotando que este é sólido, provavelmente, na maior parte, sendo extremamente denso e duro.

A Crosta e o Revestimento Abaixo

Nós, sobre a crosta terrestre, precisamos de um lugar sólido e estável em que viver, que a terra deveras provê. Mas, precisamos de mais do que de rochas compostas mormente de metais. Estas outras necessidades, o Criador proveu na crosta da terra, junto com sua atmosfera. A crosta se compõe de rochas muito mais leves que contêm muitos elementos, especialmente o oxigênio e o silício, bem como alumínio, ferro, cálcio, sódio, potássio e magnésio, em ordem de sua abundância. O oxigênio e o silício, sendo ambos elementos não-metálicos, constituem cerca de três quartos da crosta total por peso, e 93 por cento no volume. Daí, há a água e a atmosfera, que operam juntas para decompor a crosta rochosa em solo. O Criador, porém, não restringiu a realização desta tarefa a meios mecânicos. Criou a humilde minhoca, que faz mais em prol do homem do que ele possa imaginar.

O solo, especialmente, fornece elementos para o crescimento e a sustentação da vida vegetal, alimento básico de toda vida animal da terra. (Gên. 1:29, 30) Outros materiais encontrados na crosta, tanto orgânicos como inorgânicos, são úteis para construção, maquinaria, combustível, química, medicina, etc., em incontáveis apelações.

A matéria situada abaixo da crosta provoca constantes mudanças na crosta, pela ação vulcânica. Correntes de convecção abaixo do leito oceânico, segundo se pensa, são a causa da cordilheira do Atlântico médio, uma cadeia de montanhas com cerca de 600 metros de altitude. Alguns geólogos crêem que os continentes que agora margeiam o Oceano Atlântico certa vez estavam unidos, e, então, gradualmente se separaram, a cordilheira do Atlântico médio situando-se bem no centro dos dois.

Há uma teoria de que a água dos oceanos foi produzida do revestimento. A razão desta idéia é que a parte superior do revestimento contém um mineral chamado serpentina, que é combinação do mineral olivina e água. O revestimento, aparentemente, é a fonte da água. Alguém talvez diga: ‘Mas, olhe só o tremendo volume de água que existe nos oceanos.’ É verdade, mas quando compreendemos que todos os nossos oceanos estão na crosta, e que, em volume, o revestimento é mais de cinqüenta vezes maior que a crosta, vê-se que isso é facilmente possível.

A crosta da terra, portanto, parece repousar sobre um revestimento quentíssimo, que parece estar, pelo menos em algumas áreas, em estado plástico, a crosta, com efeito, “flutuando” sobre o revestimento. Nos oito quilômetros externos da crosta da terra, a temperatura sobe aproximadamente 5/9° C a cada 18 metros de profundidade. As pressões são também tanto maiores quanto mais profundo formos. A água que mina para baixo até que atinge as rochas quentíssimas do interior da terra se torna superaquecida a 145° C e, quando liberada, torna-se instantaneamente vapor d’água. Assim temos os géiseres, tais como o “Velho Fiel” do Parque Yellowstone, Estados Unidos, que lança milhares de litros de água a mais de 30 metros no ar. Fontes termais são formadas por parte desta água subterrânea, e são importantes para o homem tomar banhos quentes, para lavanderia, aquecimento de prédios, e como fontes de vapor para gerar eletricidade.

As pressões de gás na crosta ajudam a fazer com que a água e o petróleo artesianos aflorem à superfície e também fornecem uma fonte de gás natural para combustível. Nas profundezas do revestimento se formam rochas fundidas. Estas são chamadas de “magma” (duma palavra grega que significa “massa”). Poderá aflorar sob grande pressão, por meio de aberturas ou fissuras, e acumular-se na crosta, daí irromper em atividades vulcânicas. Grandes quantidades de rochas, lava derretida, vapor, pó e cinza, bem como vários gases venenosos, são expelidos desse modo. Isto, ao passo que é destrutivo, traz ao topo materiais que enriquecem a crosta.

Assim, a terra debaixo de nós está longe de ser um “monte” de rochas mortas, inativas. Se pó e rochas pudessem ser acumulados pelos homens em proporções montanhesas, isso seria muito diferente da excelente estrutura que o Criador produziu. Uma montanha criada pelo homem seria simples “monturo”. Mas, considere só o maravilhoso feito de uma montanha criada por Deus, a saber, suprir reluzente água potável pelas muitas fontes em suas encostas. Que maravilhoso “sistema de bombeamento”! Também, encontramos fontes termais, fontes magnesianas, águas sulfurosas e ferruginosas, e outros tipos de água amiúde benéficas para a saúde.

O Campo Magnético

Outro fator aparentemente governado na maior parte pelo pesado núcleo terrestre é o campo magnético da terra. Pensasse que as correntes elétricas no núcleo exterior são a causa principal do campo magnético. Este campo cerca a terra assim como um campo magnético cerca um ímã. É essencial à vida, pois protege a terra da radiação destrutiva que procede do espaço sideral. Tem ‘que ver com as transmissões de rádio, e, sem dúvida, tem ainda outros efeitos benéficos, ainda não descobertos, sobre a vida. As partículas carregadas do sol e do espaço tendem a seguir o campo magnético, produzindo as espetaculares auroras boreais. Marujos e viajantes há muito dependem do magnetismo da terra para orientar-se pela bússola.

Os campos magnéticos da terra sofrem ligeiras alterações, devido a causas desconhecidas. A localização dos pólos magnéticos varia de tempos a tempos. (Há uma diferença entre o pólo norte “geomagnético”, que é o extremo setentrional do campo magnético da terra, e o pólo norte “magnético”, para o qual aponta a bússola. O mesmo princípio se dá com os pólos sul geomagnético e magnético.) O verdadeiro Pólo Norte geográfico (o extremo norte do eixo rotativo da terra) acha-se, presentemente, a várias centenas de quilômetros dos pólos norte geomagnético e magnético. O verdadeiro Pólo Sul, semelhantemente, não se acha no mesmo lugar que os pólos sul geomagnético e magnético.

Estudos das rochas magnetizadas permanentemente em várias partes da terra parecem fornecer evidência de que, no passado muito longínquo, os pólos magnéticos “vagueavam” sobre a terra, invertendo posições diversas vezes. A razão é desconhecida, como são muitos outros fatores relacionados com nossa maravilhosa terra. Agora mesmo, o interior da terra apresenta tantos mistérios quanto algumas coisas sobre o espaço universal. Isto, com efeito, sublinha as palavras do profeta sobre o Criador e Soberano Jeová Deus:

“Quem mediu as águas na mera concavidade da sua mão, e mediu as proporções dos próprios céus com o mero palmo, e incluiu numa medida o pó da terra, ou posou os montes com o fiel e os morros na balança? . . . Eis que as nações são como uma gota dum balde; e foram consideradas como a camada fina de pó na balança. Eis que ele levanta as próprias ilhas como se fossem apenas pó miúdo. . . . Há Um que mora acima do circulo da terra, cujos moradores são como gafanhotos, Aquele que estende os céus como uma gaze fina e que os estica como uma tenda em que morar.” — Isa. 40:12-22.

[Diagrama na página 13]

(Para o texto formatado, veja a publicação)

Núcleo Interior

Núcleo Exterior

Revestimento

Crosta

1.290 Km

2.175 Km

2.900 Km

5 a 32 km

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