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  • Tem problemas de deslocamento da retina?

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  • Tem problemas de deslocamento da retina?
  • Despertai! — 1977
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  • A “Pele” Ímpar do Globo Ocular
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g77 8/6 pp. 16-20

Tem problemas de deslocamento da retina?

A DIFICULDADE poderá surgir em forma de lampejos de luz, ou como uma cortina nebulosa ou ondulante que flutua no seu campo visual. Os objetos parecem não ter nitidez. Talvez uma porção de manchas dificultem sua visão.

Nem todos estes sintomas, por si mesmos, indicam graves dificuldades oculares. No entanto, se algum deles persistir, é provável que seja sábio consultar seu oftalmologista. Seu problema poderá ser um descolamento da retina. O que significa isso?

A Maravilhosa Estrutura de Seus Olhos

Será informativo um breve exame da maravilhosa estrutura de seus olhos. O globo ocular é redondo, exceto na frente, onde possui uma protuberância. “Esta protuberância”, comenta o livro Living with Your Eye Operation (Viver Depois de Operar Seu Olho) “contém o aparelho de captação da luz do olho. A ‘pele’ do inteiro globo ocular é opaca [não transparente] à luz, exceto nesta protuberância, onde é normalmente uma janela lindamente clara e redonda, chamada córnea.”

Atrás da córnea há a íris colorida, com uma cavidade, ou pupila, em seu centro. A íris aumenta ou reduz automaticamente o tamanho da pupila para controlar a quantidade de luz que penetra no olho.

Logo atrás da íris acha-se o cristalino. Este opera junto com a córnea para focalizar a luz no fundo do globo ocular, onde é convertido em impulsos elétricos que são transmitidos ao centro visual do cérebro. É o cérebro, e não os olhos, que realmente “vê”.

A parte atrás do cristalino, do globo ocular, está cheia do humor vítreo. Trata-se duma substância transparente, gelatinosa, composta principalmente de água, com diminuta porcentagem de sólidos.

A “Pele” Ímpar do Globo Ocular

A “pele” do globo ocular consiste em três camadas. A camada externa é a esclerótica. É rígida, fibrosa e opaca sobre a maior parte do olho, impedindo a entrada da luz. Na frente, contudo, a esclerótica se torna a transparente córnea.

A camada média desta pele é altamente complicada. Na frente do globo ocular, ela se separa em outras estruturas, inclusive a íris. No entanto, por mais de quatro quintos do globo ocular, ela forma uma camada essencialmente contínua chamada coróide.

É a terceira ou a camada mais interna da pele do globo ocular, de três camadas, que especialmente capta nossa atenção. Trata-se da retina. A revista MD de julho de 1970 explica que a retina é uma “membrana fina como papel que dá às imagens de luz que penetram no olho a forma, a cor e a textura que o cérebro percebe”. Embora “fina como papel”, a retina consiste em muitas camadas distintas. Segundo The World Book Encyclopedia (Enciclopédia Mundial do Livro), “consiste em três camadas principais de células: (1) células nervosas, perto da cavidade central, (2) células fotossensíveis no meio, e (3) células pigmentares, perto do lado externo, próximo da coróide”.

As células fotossensíveis da retina alcançam muitos milhões. O artigo em MD indica: “Cada olho contém cerca de 130 milhões de bastonetes que respondem à luz tênue e só transmitem matizes cinzentos; os 7 milhões de cones, concentrados mormente no centro da retina, na fóvea, reagem à luz brilhante e são responsáveis pela visão colorida.” Incidentalmente, a fóvea tem apenas um milímetro quadrado de área, tendo cerca do seguinte tamanho: ▫.

Diminutas fibras nervosas se estendem dos bastonetes e dos cones para todas as partes do olho. Estas se juntam no fundo do globo ocular para constituir o nervo ótico, que está ligado ao cérebro. A respeito da retina, o oftalmologista e Prêmio Nobel, Santiago Ramón y Cajal, comentou em suas Recollections of My Life (Recordações da Minha Vida):

“A retina sempre me fascinou, porque eu cria que a vida nunca tivera êxito em construir uma máquina tão sutilmente engendrada e tão perfeitamente adaptada a um fim. . . . Meu estudo desta membrana enfraqueceu, pela primeira vez, minha fé na hipótese de Darwin sobre a seleção natural, pois eu ficava atônito e confuso diante do supremo engenho construtor revelado não só pela retina, e pelo aparelho dióptrico dos vertebrados, mas também até mesmo pelo olho do inseto mais insignificante. . . .”

Ameaça à Boa Visão

A boa visão requer uma saudável retina. Mas, com freqüência, algo ameaça sua condição saudável. Como assim? A retina se descola da coróide que está por trás dela e a nutre. Isto leva à degeneração da retina e possivelmente à cegueira.

Dezenas de milhares de pessoas sofrem desta moléstia. Segundo Medical Tribune, de 20 de abril de 1973, “a incidência de descolamento da retina é calculada como de cerca de 15.000 a 20.000 por ano, e, dentre estes, apenas cerca de 15 a 16 por cento estão relacionados a traumatismos; os demais são espontâneos”.

O descolamento da retina ocorre com maior freqüência entre pessoas com mais de 50 anos. Cerca de uma de cada quatro delas fica com problemas em ambos os olhos. Os diabéticos tem vinte vezes mais probabilidade de ficar cegos devido a afecções da retina do que os não diabéticos.

Como a Retina se Descola

O que provoca o descolamento da retina da nutriente camada coróide por trás dela? Ao passo que os vasos sangüíneos da coróide nutrem a retina, não estão ligados a ela. Há muito pouca aderência entre as duas camadas. O livro Living with Your Eye Operation explica: “Com efeito, a retina assenta sobre a coróide dum modo um tanto similar a uma cobertura sedosa de parede que não é colada ao reboco, mas é empurrada pelo vento contra a parede.” Em olhos saudáveis, o humor vítreo comprime comodamente a retina contra a coróide. Mas, se sangue ou qualquer outra substância se introduzir atrás da retina, entre ela e a coróide, isto provoca o descolamento da retina de sua fonte nutridora.

Usualmente, o problema começa com uma ruptura, desinserção, buraco ou algum outro dano causado à retina. Isto permite que algum fluido penetre por trás da retina, afastando-a da coróide. As razões deste dano inicial à retina podem ser “traumatismos”, tal como batidas com a cabeça. Mas, evidentemente, tem de haver certa debilidade anterior que torne a retina suscetível à ruptura quando sujeita ao traumatismo.

Por que as pessoas mais idosas são mais suscetíveis ao descolamento da retina? “Depois dos 40 anos”, observa Medical Tribune, “o corpo vítreo, uma gelatina colágena, encolhe-se e afasta-se da superfície interna da retina; a constante pressão da gelatina sobre a retina poderá, por fim, rompê-la no caso de algumas pessoas, e a água livre exsuda por trás da retina, afastando-a da coróide.”

Por que os diabéticos são muito mais suscetíveis a sofrer descolamento da retina? Porque o diabetes amiúde resulta em sangramento da retina. Conforme indicado acima, o sangue ou qualquer outro fluido que exsude por trás da retina pode provocar seu descolamento.

Tente Preservar Sua Visão

Goza na atualidade de boa visão? Faz sentido empenhar-se ao máximo para preservá-la. Uma coisa a evitar é a longa exposição à luz brilhante, tal como amiúde acontece ao se passar dias à beira-mar. Experiências feitas com animais indicam que a exposição prolongada à luz brilhante provoca danos permanentes aos olhos. Com efeito, poderá ser tão perigoso para a retina como contemplar um eclipse do sol.

A publicação Optical Developments (Desenvolvimentos Óticos; fevereiro-março de 1957) menciona importante fator em se manter boa visão: “A nutrição correta é de capital importância no processo da visão. É evidente que a plena quota de vitaminas, sais minerais e aminoácidos deve ser destacada como fatores essenciais na prevenção dos defeitos visuais em todos os estágios da vida, e, na correção de várias disfunções, se ainda não passaram dos estágios reversíveis.”

Os cientistas mostraram por exemplo, que a retina contém enormes quantidades de vitamina A. O pigmento “púrpura retiniana”, encontrado nos bastonetes fotossensíveis e que ajuda os olhos a ajustar-se à luz obscura ou turva, consiste em proteína e numa substância relacionada à vitamina A. As vitaminas B, bem como as vitaminas C e D, também são essenciais aos olhos saudáveis. Uma dieta equilibrada e nutritiva em geral fornece esses elementos essenciais.

Se já tem mais de 40 anos, há outra coisa que talvez seja de ajuda. Visto que os problemas oculares são mais freqüentes nesta faixa etária, a consulta ao oftalmologista, pelo menos a cada dois anos, é recomendada. O conhecimento e perícia de seu médico podem até mesmo impedir o descolamento da retina. Como assim?

Por usar um oftalmoscópio e outros instrumentos, o oculista pode examinar o fundo de seu globo ocular. Literalmente “ilumina” o interior de seu globo ocular e o examina, através da pupila e do cristalino. Estes instrumentos podem revelar tanto se há descolamento da retina como rupturas e desinserções na retina que talvez precedam ao descolamento. O pronto tratamento poderá impedir graves complicações. Mas, e se a retina já se descolou? Que tratamento poderá usar o médico para esse problema! Quão brilhantes seriam suas perspectivas de recuperar a visão funcional?

Tratamentos de Grandes Êxitos

Se a retina já se separou da coróide, o alvo desejado é fazê-la colar-se de novo. Como se consegue isso? Bernard Seeman explica em Your Sight — Folklore, Fact and Common Sense (Sua Visão — o Folclore, os Fatos e o Bom Senso): “Em 1919, um médico suíço, Jules Gonin, sugeriu que o descolamento da retina poderia ser corrigido pela cauterização da ruptura da retina, provocando assim um coágulo aderente que, mais uma vez, fixaria a retina à coróide. . . . Atualmente, a tese básica de Gonin ainda é aplicada, mas as técnicas melhoraram consideravelmente.”

Agora o coágulo aderente amiúde é causado por meio da diatermocoagulação. Esta envolve uma agulha que transmite uma corrente elétrica de alta freqüência. O toque dela sobre pontos da esclerótica produz pontículos de irritação que provocam a formação de coágulos. Os coágulos seguram a retina por trás e a aderem firmemente à coróide.

Mais recentemente, este mesmo efeito tem sido conseguido pelo uso da luz. Na década de 50, desenvolveu-se um processo para “soldar” retinas descoladas por meio de intenso raio de luz brilhante produzido por um arco de xenônio. Na década seguinte, fez-se maior progresso pelo uso dum raio laser.

Outro método de tratamento das retinas descoladas envolve a criossonda. Trata-se duma minúscula sonda ligada a uma unidade de congelamento. Neste caso, a temperatura frígida, ao invés do calor ou a luz, produz o coágulo aderente. “A criocirurgia, um dos mais recentes aperfeiçoamentos no trato do descolamento da retina”, observa Bernard Seeman, “possui várias vantagens sobre outras formas de cirurgia, especialmente no sentido de que é menos provável que cause dano ao vítreo do que a diatermia elétrica ou a ultra-intensa luz conhecida como raio laser”.

Às vezes, grandes rupturas da retina se dobram e as abas se grudam por trás. Que se pode fazer a respeito? Tem-se usado mesas cirúrgicas que viram o paciente de cabeça para baixo, de modo que a força da gravidade provoque a queda livre da aba. Em casos persistentes, insere-se no olho uma agulha com pequeno balão em sua ponta. Este é colocado na dobra e inflado, assim acabando brandamente com as aderências que se tenham formado. Daí, o médico emprega os métodos usuais para recolar a retina.

Um tratamento inovador para o descolamento da retina granjeou muita popularidade nos anos recentes. É conhecido como indentação escleral. Envolve abrir-se fino canal na esclerótica, no local em que a retina se descolou. Daí, o médico prende pequeno cateter de silicone no canal. Isto provoca a indentação da esclerótica para dentro, movendo a ela e a coróide contra a retina. A respeito deste tratamento, declara Medical Tribune:

“A indentação escleral diminui a pressão das membranas vítreas sobre a retina por descomprimir, ou indentar, a esclerótica, assim reduzindo o tamanho da cavidade vítrea. Daí, usando-se a diatermia, a criocirurgia, ou a fotocoagulação, produz-se um coágulo que fecha as rupturas retinianas, permitindo assim a aderência de novo da retina.”

Quanto à eficácia dos processos para corrigir retinas descoladas, o Dr. Charles L. Schepens, presidente da Fundação da Retina, em Boston, EUA, aponta: “A cirurgia reparadora depois do descolamento, é cerca de 85 por cento bem sucedida, mas, de 10 a 20 por cento dos pacientes precisam fazer mais de uma operação.” O Dr. Schepens adiciona então uma observação que faz pensar: “Sea retina já está descolada por dois anos ou mais, são nulas as probabilidades de êxito funcional.”

Tem problemas de descolamento de retina? É sensato verificar isso; e, quanto mais cedo obtiver ajuda, tanto melhor.

[Foto na página 17]

Olho com retina normal.

ÍRIS

CÓRNEA

CRISTALINO

HUMOR VÍTREO

ESCLERÓTICA

CORÓIDE

RETINA

NERVO ÓTICO

[Foto na página 18]

DESCOLAMENTO DA RETINA

ÍRIS

CÓRNEA

CRISTALINO

ESCLERÓTICA

CORÓIDE

RETINA (soltou-se da coróide)

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