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  • g78 22/5 pp. 21-23
  • A vindima na ilha de Creta

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  • A vindima na ilha de Creta
  • Despertai! — 1978
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Despertai! — 1978
g78 22/5 pp. 21-23

A vindima na ilha de Creta

Conforme narrado ao correspondente de “Despertai!” na Grécia

“OH, LEVANTE-SE! Apresse-se! Vamos rápido! As outras pessoas já começaram e não conseguiremos apanhá-las”, bradou minha mãe.

Era de manhã cedo, o dilúculo antes do amanhecer. Mas toda a aldeia já estava de pé e agindo — filas de pessoas que andavam rápido e desciam alegremente as estreitas estradas rurais da minha ilha nativa de Creta.

Lembro-me ainda como pulei da cama e corri até o quintal de nossa casinha rústica para me lavar. Daí, montei em nossa jumenta nova e corri para me juntar aos outros aldeões. Mas, por que tanta pressa?

Era a vindima. Para minha pequena aldeia desta ilha do Mediterrâneo, era uma ocasião de atividade e alegria, a oportunidade de se colher os frutos dum ano inteiro de trabalho. Estávamos em setembro, a época da colheita das uvas.

Ao nos aproximarmos de nosso próprio parreiral, vimos outros aldeões espalhados ali pelo interior, em outros parreirais. Eram como um enxame de abelhas, movimentando-se alegremente para colher as uvas.

Ao avançar o dia, o sol foi ficando a pino, mas fomos protegidos por nossos chapéus de palha. Alegres gritinhos, risadas e canções continuaram a encher o ar, à medida que as moças se movimentavam pelas videiras, usando facas afiadas para cortar os cachos de uvas brancas maduras e colocá-los em grandes cestos que os esperavam.

Os homens então carregavam os cestos cheios em seus ombros até grandes panos de linho, onde os esvaziavam. Mulheres agachadas em volta dos panos limpavam os cachos, retirando quaisquer uvas estragadas, folhas ou gavinhas. E, depois de cortarem os cachos para ficarem menores, repunham as uvas nos cestos.

Outros homens levavam então estas uvas limpas e as lançavam em grandes tonéis que continham uma solução de barrela, com um pouco de óleo de oliva flutuando no alto. Dali, transportavam as uvas para uma clareira e as espalhavam para secagem sob o sol escaldante de setembro, assim fazendo-as murchar para tornarem-se passas.

A manhã passou rápido, apressada pelo espírito festivo de todos, e o sol atingiu o meio do céu — hora de nosso intervalo do meio-dia e de nos juntarmos sob uma oliveira, no extremo do parreiral. Quanto apreciamos a comida que tínhamos trazido, e a água fresca de uma moringa de barro, ao descansarmos na sombra! Daí, com forças e espírito renovados, reiniciamos nosso trabalho até tarde da noite.

A Vindima

Conforme mencionamos, a vindima aqui na ilha de Creta é uma ocasião de grande júbilo; é também uma de grande atividade e esforço. Começa bem cedo em agosto, com o amadurecimento das primeiras uvas, que apreciamos saboreá-las frescas. Um pouco depois, porém, mais para os fins de agosto, a parte inicial da vindima deve ser efetuada. Primeiro juntamos as uvas pretas reservadas para aquele maravilhoso vinho tinto, tradicionalmente feito por todas as famílias de minha pequena aldeia.

Os cachos de uvas nos cestos eram carregados (principalrnente por jumentos novos) da videira até os lagares de cada casa. Ali, os trabalhadores pisam nas uvas com pés descalços. Se acontecer que esteja, como turista, nesta ilha em tal ocasião, também poderá divertir-se muito por participar nesse trabalho.

Mas, espere um momento! Antes de pisar as uvas, os campônios sempre lavam os pés, e exige-se que os turistas façam o mesmo, caso queiram participar nesta atividade deleitosa.

Dos tonéis do suco, o líquido ou “mosto”, é colocado em grandes barris de madeira, para a fermentação, que o transforma em delicioso vinho vermelho como um rubi, um complemento indispensável às refeições da maioria das famílias cretenses. Mas os produtos da frutífera uva não terminam aqui.

Nem todo o mosto é usado na fabricação de vinho. Parte é usada para a preparação de vários doces — geléia de mosto, salsichas de geléia de mosto e outros. Também, do vinho obtemos um maravilhoso vinagre natural, usado na culinária. E folhas frescas de uva constituem delicioso prato, quando usadas como trouxinhas de mincemeat (recheio de pastéis doces) e de arroz.

Os aldeões até mesmo usam o resíduo, ou “bagaços”, deixados depois de se tirar o suco das uvas pela maceração. Os bagaços talvez se tornem ração para o gado ou fertilizantes. Mas também constituem a base para outra parte deleitosa da vindima. Em outubro e novembro, as “caldeiradas” de bagaços são feitas numa atmosfera festiva.

Os aldeões tradicionalmente fazem suas “caldeiradas” nos limites da aldeia. Fixam fogueiras rudimentares, usando grandes pedras, sobre as quais colocam seus caldeirões cheios de bagaços para cozer. Ao cair da noite, os aldeões começam a preparar as fogueiras, e se juntam ao redor delas para usufruir o calor que amaina o friozinho das noites outonais.

Brincadeiras e troças são feitas, e histórias sobre feitos e aventuras fictícias são contadas, excitando a imaginação dos jovens, à medida que as crianças, sentadas ali perto, ouvem encantadas. Quando a fome começa a apertar, saboreamos deliciosas batatas assadas inteiras nas brasas, sobre gradis. Mas a espera noturna dos varões também é recompensada por saborearem o primeiro produto destilado dos caldeirões — uma bebida fortíssima que os cretenses chamam de tsikudia.

Assim, um ano inteiro de esforços, de trabalho e de cooperação entre os aldeões culmina com estes eventos festivos. O trabalho começou lá em janeiro, com a poda e corte dos ramos velhos, deixando que os novos, mais frutíferos, cresçam em seu lugar. Daí, veio a escavação, a nova poda dos sarmentos e a limpeza da videira em março, quando as videiras começam a florescer.

Mais tarde, quando os frutos ficam firmes, cortam-se as pontas dos raminhos que davam frutos, de modo a impedir o consumo exagerado da seiva da videira, obtendo, assim, frutos mais abundantes. No ínterim, a irrigação, a fertilização, o emprego de enxofre, a aspersão e o entrelaçamento das vinhas receberam atenção.

As condições do tempo podem constituir grande risco para a videira, tal como a geada na época da floração. E ataques de vários tipos de doenças, de gafanhotos e vespas exigem constante vigilância.

Mas, para aqueles que trabalharam arduamente, cuidando das suas videiras, tudo vale a pena, quando vêem sua labuta coroada pelas uvas maduras, e a comunidade empenhada na divertida vindima.

[Mapa na página 21]

(Para o texto formatado, veja a publicação)

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