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  • Música feita no Japão
  • Despertai! — 1983
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Despertai! — 1983
g83 8/6 pp. 27-28

Música feita no Japão

Do correspondente de “Despertai!” no Japão

AS ORIGENS da música tradicional japonesa remontam a mais de mil anos. Incluem-se a música clássica ou erudita, a música de câmara, a música de teatro, a popular e a festiva, bem como grande número de estilos vocais. Esse tesouro musical passou de geração a geração sem a ajuda de partituras.

Entre o terceiro e o quinto século da EC, sacerdotes missionários budistas vieram ao Japão para difundir seus conceitos. O salmodiar e o fundo musical associados com sua religião gradualmente se mesclaram com a música xintó tradicional, formando uma base para praticamente toda música japonesa nativa.

No sétimo século, essa música do Japão se desenvolveu no que veio a ser conhecido como Gagaku, a música clássica (literalmente “elegante”). A partir do Gagaku, que se tornou a música da corte imperial, o secular uso de música instrumental se expandiu, como também a música teatral. No ínterim, surgiram a música popular e a festiva, com suas batidas fortes e ritmo vibrante, contrastando-se vividamente com a suave música do Gagaku.

Os Instrumentos

Muitos instrumentos são hoje empregados na música japonesa tradicional. Os três que em geral mais se ouvem são o koto, a shakuhachi e o shamisen.

O koto, importado da China por volta do nono século, é um instrumento longo, com caixa de ressonância de madeira, de uns 2 metros de comprimento e 30 centímetros de largura. Sentado (ajoelhado) diante do instrumento no chão, o executante tange suas 13 cordas com uma palheta. Um tocador habilidoso pode produzir música que agradavelmente lembra a de harpa.

A flauta de bambu japonesa, de uns 53 centímetros de comprimento, chama-se shakuhachi.

Esse instrumento tem 5 orifícios e um bocal na extremidade superior. O tocador mantém a shakuhachi em posição vertical. Por habilmente ajustar seus lábios ao bocal sob ângulos variados, e por variar a posição do pescoço à medida que cobre os orifícios com os dedos, o instrumentista pode produzir sons de três oitavas. O lamento triste produzido por essa flauta pode gerar sentimentos de vagueação e melancolia.

O shamisen não tem similar entre os instrumentos musicais ocidentais. Chegou ao Japão procedente da China via Okinawa por volta do ano 1560 EC. Mas apenas o instrumento é uma importação. O modo de se executar o shamisen, o tipo de música nele produzido e a fabricação do instrumento em si são estritamente japoneses. Assemelha-se um pouco ao banjo, é feito de madeira revestida de pele de gato e tem 3 cordas de tripa. Executa-se o shamisen por percutir as cordas com uma palheta grande.

Quando se produz música no shamisen, a coisa mais importante não é o som do instrumento, mas sim as letras para as quais a música provê o fundo. Sem as palavras, a música significa pouco. Varia segundo o sentido da canção. Quando as palavras deixam de expressar o que se quer transmitir, tais como o frio da neve que cai ou o burburinho de um riacho, o shamisen é usado para “imitar” essas coisas, e o enredo é desenvolvido sem palavras.

Apreciar a Música

Qual é o efeito global produzido pelos instrumentistas japoneses? Ao ouvir pela primeira vez, sua reação talvez seja de que está ouvindo a mesma coisa vez após vez. Talvez pareça estar ouvindo uma espécie de melodia e no entanto parece haver melodias conflitantes. Mas é deleitoso observar os músicos tocar. Os movimentos, a postura e as expressões deles parecem todos coreografados e em perfeita harmonia. Sim, no Japão, não só a música, mas como é executada e o visual da apresentação são importantes.

A música japonesa é muito diferente da música comum nos países ocidentais. Essa diferença inclui a escala, o ritmo e o som. Na música orquestrada ocidental, os sons dos vários instrumentos se misturam, produzindo harmonia. Na música japonesa, porém, pode-se ouvir os instrumentos individuais tocando melodias conflitantes. Contudo, juntos criam um equilíbrio estético.

Influência Ocidental

Nos últimos 100 anos, o estilo de música ocidental tornou-se a norma no Japão. Sob a reforma do imperador Meiji, começou-se a ensinar música nas escolas, e era música do Ocidente. Apesar disso, não há perigo de que a antiga música tradicional desapareça. Muitos japoneses querem preservar a música tradicional. Portanto, as várias entidades que perpetuam essa música e a ensinam, continuam a prosperar

Visto que a música do mundo ocidental tornou-se parte tão destacada na cultura japonesa, pode-se encontrar velhas canções japonesas escritas em notação ocidental e instrumentadas para piano e guitarra. Também, no último século, muitas novas canções japonesas têm sido escritas segundo o estilo ocidental. Mas não se pode dizer que sejam genuinamente canções ocidentais. Em vez disso, os japoneses simplesmente têm usado um meio para enriquecer sua própria herança musical. O resultado é música com nítido sabor japonês, embora instrumentada e executada no estilo ocidental.

Se você não é oriental, essa breve olhada na música do Japão talvez o tenha ajudado a compreender por que é tão diferente da música ocidental. Se tiver oportunidade de ouvi-la, seja observador e ouça cuidadosamente. Poderá, com o tempo, vir a gostar da música feita no Japão.

[Fotos na página 28]

SHAKUHACHI

KOTO

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