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  • Ouro extraído das rochas
  • Despertai! — 1978
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Despertai! — 1978
g78 8/10 pp. 24-26

Ouro extraído das rochas

Do correspondente de “Despertai!” no Zaire

O OURO, conhecido como metal “nobre”, há muito tem sido altamente avaliado. Sua maleabilidade, sua resistência à corrosão do tempo e seu lindo brilho amarelo têm tornado o ouro um metal favorito para jóias excelentes e outros adornos. Graças à sua raridade, o ouro ainda é tido em alto valor em todo o mundo, muito embora não mais seja um padrão monetário internacional como era no passado.

Pequenas pepitas ou grãos deste metal podem ser encontrados nas areias de certos leitos de rios. Isto é conhecido como ouro aluvial. Embora contenha entre 2 a 3 por cento de prata, o ouro aluvial possui caraterística coloração amarela. Visto não estar fisicamente grudado aos grãos de areia que o cercam, este metal fino pode ser facilmente extraído por meio da separação pela gravidade. Como isto é possível? O ouro é mais de 19 vezes mais pesado do que a água, e cerca de sete vezes mais pesado que a areia. Por conseguinte, se a mistura de ouro e areia passam por uma corrente, a areia é carregada, porém o ouro pesado cai no fundo.

Também pode haver ouro em veios rochosos, não raro muito abaixo do solo. Atualmente, no coração da África, o homem se vê obrigado a cavar fundo para encontrar estreitos veios de quartzo que contém diminutos grãos de ouro ligado com baixa porcentagem de prata ou misturado com sulfetos. Cinco toneladas de minério talvez só contenham uma onça (28 gramas) de ouro! Como, então, é extraída esta pequena quantidade de ouro?

Extração

O primeiro estágio da mineração é quebrar as rochas em pedaços transportáveis. Isto é feito com perfuratrizes pneumáticas e dinamite. Visto que o veio de quartzo às vezes tem apenas de 30 a 60 centímetros de espessura, tremenda quantidade de matéria que cerca o veio também precisa ser quebrada para se extrair o quartzo aurífero. Esse minério é então carregado em vagonetes que correm por trilhos de bitola estreita, sendo transportado para a usina de refinação, onde o ouro é separado do quartzo e dos sulfetos.

Os vagonetes com minério são descarregados num enorme crivo, com capacidade para mais de 400 toneladas de minério. Da abertura, no fundo deste enorme funil de concreto, o minério cai num triturador, que reduz o tamanho das rochas. Não raro, dois ou mais trituradores são usados em série, reduzindo gradualmente o tamanho das rochas.

O minério triturado é então colocado num moinho de bolinhas de aço. O que é isso? Do lado de fora, tudo que se vê é enorme cilindro ou tambor que gira horizontalmente com estrépito trovejante. Lá dentro, o moinho talvez esteja, em um terço, cheio de bolinhas de aço que pesam várias toneladas. À medida que o moinho gira, o minério é gradualmente pulverizado sob a tremenda pressão das esferas de aço, ao girarem sobre as rochas. Depois de muitas horas de moagem no moinho de esferas, as partículas de minério ficam reduzidas a areia.

As partículas maiores de ouro, já então, desprenderam-se das rochas que as retinham. Tais partículas podem agora ser separadas então por métodos tais como a lavagem (mesa de balanço). Um lavador é uma máquina que faz com que uma corrente de água se mova para cima e para baixo. A corrente de água transporta a areia misturada ao ouro sobre a mesa de lavagem ou balanço. Acompanhando o movimento para cima, da água, a “mesa”, composta de pequenas esferas de aço ou pedrinhas, ergue-se com a água que sobe, e se abre. Isto permite que as partículas mais densas que a água, ou a “mesa”, colam num “coletor” abaixo. Partículas de areia, sem nenhum ouro, passam sobre a mesa e permanecem suspensas na água, sendo levadas embora pela corrente. Os sulfetos, contudo, também são coletados pela mesa. Têm uma densidade um tanto situada entre a da areia (quartzo) e a do ouro, e podem ainda conter diminutas partículas auríferas. A porção de ouro coletada pela mesa, consistindo em partículas do ouro então liberado, de sulfetos e de um pouco de areia, é chamada de “concentrado da mesa”. Este concentrado ainda não é comercializável, mas precisa ser submetido a um processo conhecido como “amalgamação”.

Isto é realizado com o mercúrio. Embora seja um metal, o mercúrio é um líquido que absorve o ouro, formando o que é chamado “amálgama”. Mas o mercúrio não forma amálgamas com o quartzo ou com sulfetos. Por conseguinte, se o concentrado da mesa for misturado com mercúrio, nas condições corretas, o mercúrio extrai o ouro e deixa o resto. Tal amalgamação é responsável pela extração de mais de 60 por cento do ouro total contido no minério.

Que dizer do restante do ouro que está preso nos sulfetos? As partículas de ouro precisam ser suficientemente grandes para ser absorvidas pelo mercúrio. No entanto, as partículas de ouro encontradas nos sulfetos são pequeníssimas, talvez tendo apenas alguns micros de diâmetro. Um micro é um milionésimo de um metro, ou cerca de cinco centésimos do diâmetro do ponto no fim desta frase. Pense só nisso! Visto que este ouro escapa da amalgamação, os preciosos sulfetos têm de ser triturados ao ponto de se tornarem um talco, e então o ouro pode ser dissolvido.

O veneno mortífero cianeto, quando numa solução bem diluída, possui a surpreendente capacidade de dissolver o ouro. Por este motivo, os sulfetos reduzidos a talco são agitados em enormes tanques, por um dia ou dois, numa solução que contém cianeto, e um pouco de calcário. Quando o ouro se dissolve, pára-se a agitação e permite-se que os sulfetos desprovidos do metal se depositem. A solução cheia de ouro, conhecida como solução “grávida”, é decantada ou extraída por sifão. Daí, para recuperar o ouro em estado sólido, adiciona-se pó de zinco. Este precipita o ouro da solução.

Por meio da amalgamação e da cianetação, extrai-se mais de 90 por cento do ouro do minério. Mas, neste estágio, a substância extraída nem parece ouro. A amálgama de ouro-mercúrio se acha em forma de bolinhas cinza-prateadas e o precipitado de ouro-zinco é um talco preto-amarronzado. Por isso, ambas as substâncias precisam passar pela refinação química.

Recuperados os Micros Finais

Como se faz a transformação da amálgama do ouro-mercúrio? O mercúrio tem ponto de ebulição em 357 graus C, ao passo que o ouro nem mesmo derrete até que alcance 1.063 graus C. Assim, o primeiro passo no tratamento da amálgama é a destilação. A amálgama é colocada num tanque de ferro que dispõe dum cano de escape resfriado por água corrente. O tanque é aquecido ao ponto em que o mercúrio entra em ebulição, deixando atrás o ouro. O mercúrio, contudo, é coletado e reutilizado.

O precipitado de ouro-zinco tem de ser processado de modo diferente. É tratado com ácido, que dissolve o zinco e assim libera o ouro. Daí, o resíduo aurífero é lavado e secado.

Nesse ponto, o ouro proveniente de ambos os processos está pronto para ser fundido, junto com qualquer ouro retido no topo da “mesa” de balanço. O ouro é colocado em grandes cadinhos, junto com várias substâncias químicas para facilitar a fundição e também a formação da escória. Estes cadinhos são aquecidos num forno refratário, alimentado a óleo diesel. O ouro liqüefeito é agitado e então derramado rapidamente em moldes de ferro para lingotes. As impurezas, sendo mais leves que o metal precioso, flutuam na superfície como escuma que se solidifica numa crosta, conhecida como escória. Depois de resfriar por alguns minutos, retira-se a escória com martelo e os lingotes são escovados, ficando limpos. Tendo sido analisados para medir seu teor de pureza ou finura, os lingotes são carimbados com um número e embalados para expedição.

Depois de realizar esses tremendos esforços para retirar algumas gramas de ouro de muitas toneladas de minério, não é de admirar muito que este metal amarelo valha tão alto preço. E que paradoxo é que grande parte dele seja então escondido nos cofres-fortes dos bancos, onde não pode ser diretamente utilizado nem ser útil ao homem!

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