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  • O palácio das artes de Sídnei

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  • O palácio das artes de Sídnei
  • Despertai! — 1979
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Despertai! — 1979
g79 8/4 pp. 25-28

O palácio das artes de Sídnei

Do correspondente de “Despertai!” na Austrália.

A MEDIDA que a orquestra conclui sua afinação, as fazes diminuem e um silêncio toma conta da assistência. Ergue-se uma batuta e começa a abertura. Daí, abre-se a cortina e o Ato I de uma ópera fica prestes a começar na Ópera de Sídnei.

Este local, contudo, é muito mais do que um teatro de ópera. A área de 1,8 hectares contém quatro principais teatros de espetáculos, dois restaurantes, uma biblioteca, uma sala de recepção, uma sala de exposições, todas as dependências necessárias para ensaios e camarins, escritórios administrativos e áreas de depósito — cerca de 900 aposentos ao todo!

Tecnologia e Caraterísticas da Construção

É provável que nenhum outro prédio do mundo já tenha consumido tantos milhares de horas de cálculos computados. Com efeito, desde que se escolheu o projeto arquitetônico, os engenheiros gastaram cerca de três anos calculando como construí-lo. Depois de uns 16 anos desde o estágio do projeto arquitetônico, a ópera de Sídnei foi oficialmente inaugurada em 20 de outubro de 1973.

Situada em estreita faixa de terra que se projeta na linda baía de Sídnei, o complexo se assemelha a um emaranhado de 10 enormes conchas brancas, reluzentes, empilhadas da altura dum prédio de 22 pavimentos As aberturas das conchas são fechadas por paredes maciças de vidro cor de âmbar (topázio) — 2.000 vitrôs de 700 tamanhos diferentes!

Trinta e dois países concorreram pelo privilégio de projetar esta casa da ópera, sendo entregues 233 projetos arquitetônicos. O primeiro prêmio coube ao arquiteto danês de 38 anos, Jorn Utzon, que teve a excelente idéia de padronizar seu projeto segundo as velas desfraldadas dos barcos que navegam pela baía. Seu projeto demandou a construção de mais de 1,6 hectares de concreto e suspendê-lo no ar. Todas as 10 conchas de concreto possuíam curvaturas irregulares. Engenheiros de Londres, Inglaterra, tentaram seis métodos experimentais de construção, cada um dos quais teve de ser abandonado. Com efeito, iniciaram-se os alicerces antes mesmo de se saber se seria possível construir uma estrutura segundo o magnífico conceito.

Por fim, o arquiteto dinamarquês sugeriu que se mudasse o formato irregular das conchas para a geometria de uma bola perfeita — uma que teria 150 metros de diâmetro. Isto significava que cada uma das 10 conchas, embora de altura diferente, seguiria a mesma curvatura básica. O novo projeto simplificou enormemente a construção.

As colunas de concreto que sustentam as paredes de cada concha vão-se afilando, desde um ponto mui estreito, em contato com o solo, expandindo-se à medida que sobem, e também se curvam para dentro, de modo a formar tanto o teto como as paredes. O padrão básico das paredes e do teto assemelha-se ao que a pessoa vê quando olha as varetas de um leque aberto.

Mais de 1.000.000 de pastilhas recobrem o exterior da estrutura de concreto. Há pastilhas brancas-lustrosas, e algumas têm acabamento creme. A maciça superestrutura de cor gelo é ainda mais acentuada por situar-se num pódio ou área de fundações de 180 metros, feito de granito de cor rósea, tendo como frente o que se supõe ser a maior escadaria externa em uso, em qualquer parte.

Desde sua abertura oficial, mais de 6.000.000 de assistentes apreciaram milhares de espetáculos realizados aqui. Foram grandes os louvores do local requintado e da fascinante beleza de seu projeto. A acústica das salas de espetáculos, segundo acordo geral, é comparável às melhores do mundo. Certo musico disse sobre a Sala de Concertos: “Temos de ser mui cuidadosos com o que tocamos aqui — a acústica é tão boa.”

Cada sala tem sua acústica apropriada, de modo que o som jamais seja distorcido nem precise de amplificação. No entanto, há sofisticada aparelhagem de amplificação sonora em cada sala. Quando necessário, este sistema distribui igualmente o som para todas as poltronas, sem distorções e com igual intensidade. Por motivos acústicos, não existem carpetes nos pisos dos dois salões grandes. Quando a pessoa se senta ou se levanta, dificilmente faz ruído. Isto se dá porque todas as poltronas têm controle hidráulico.

Os que chegam atrasados a um espetáculo têm de esperar, do lado de fora, até um intervalo adequado. Mas não existe motivo de ficarem muito aborrecidos. Um sistema de televisão, de circuito fechado, habilita o público, do lado de fora, os artistas ou a equipe, a ouvir e observar o que se passa nos vários teatros, a qualquer hora.

O ar parece fresco, e a temperatura é exatamente certa. O equipamento de ar condicionado de cerca de 4,5 milhões de dólares muda o ar a cada oito minutos em todos os teatros, e uma vez a cada dois minutos nas cozinhas.

Os muitos corredores, escadarias e camarins atrás do palco, e os vários níveis sob o auditório principal, não podem ser visitados pelo povo comum. Aqui, por exemplo, um maestro duma orquestra sinfônica pode afinar um instrumento, em seu camarim, por solicitar o tom exato de que necessita através do monitor de seu camarim. Por meio de um circoito fechado de televisão, pode obter uma primeira visão de seu público ou observar sua orquestra enquanto afina os instrumentos ou treina. Poderá até mesmo presenciar um espetáculo em outro auditório. Depois de seu desempenho, poderá, caso queira, descontrair-se e ver um filme em seu monitor. O mesmo monitor tem um telefone que lhe permite chamar qualquer parte do mundo.

Por causa do emaranhado de corredores, escadarias e aposentos, alguns artistas ficaram confusos. Disse certo maestro: “Já me perdi duas vezes ao ir para o palco. Uma vez, acabei na cantina e da outra vez num armário para vassouras.”

Mui impressiva é a Sala de Concertos, de 2.690 poltronas, com seu teto esculpido de vidoeiro branco, de 27 metros de altura. Aqui é possível ouvir sinfonias, música de câmara, arranjos corais ou música popular. A Sala de Concertos também é usada para congressos. Há equipamento para tradução para até cinco línguas. Visto que todo esse equipamento utiliza um sistema de rádio, não são necessários botões nem fios para conectar com os fones de ouvido.

Suspensas bem acima do palco acham-se 21 grandes “nuvens acústicas”, de acrílico, em forma de rosquinhas. Estas refletem parte do som de volta para o palco, fornecendo a orquestra seu próprio sistema sonoro, sem interferir com o som voltado para a assistência.

O Grande Órgão, de US$ 400.000 (uns Cr$ 8.800.000,00), ainda em construção, fornece dramático pano de fundo para o palco. Será o maior órgão mecânico do mundo, com 10.500 tubos. Apenas 100 dos tubos polidos de estanho e 24 dos sinos de bronze serão visíveis à assistência. O órgão estará a 9 metros acima do piso, e terá 15 metros de altura. O organista terá de ver o maestro por meio dum circuito fechado de televisão.

Há teatros menores também. O Teatro Dramático, com 544 poltronas, possui um palco adaptável. A parte da frente pode ser baixada para formar um poço da orquestra, entrada alternativa para os atores ou área extra para cadeiras. O palco também possui duas plataformas giratórias concêntricas, de modo que o cenário possa ser mudado em questão de segundos. Ou, os atores podem simplesmente deambular de um cenário para o outro como se fossem de um local para outro. Como se dá com todos os auditórios, a luz do palco pode ser programada para acender e apagar automaticamente. Quando um espetáculo for repetido, até 200 mudanças de luzes podem ser estocadas em fita de computador para serem usadas.

A Ópera

Esta noite, apreciamos uma ópera no Teatro da ópera, de 1.547 poltronas. Não tivemos dificuldade em nos concentrar, visto que as paredes e o teto em nosso redor estão pintados de preto, de modo a que nada de visual nos distraia. Havia quatro atos, com curto intervalo entre cada um para a mudança de cenário. Visto haver muito pouco espaço nas alas, ficamos imaginando como foi que todo aquele cenário desapareceu. Ficamos sabendo que uma plataforma especial de erquimento faz subir o cenário mais leve para o espaço acima do palco, ou leva o cenário de baixo do palco a uma altura de três andares. Graças a que grande parte do palco gira, isso é usado para fazer mudanças rápidas do cenário, durante certo ato.

Novo Marco Internacional

Durante o dia, essa área está bem movimentada, com ensaios, matinês, preleções na hora do almoço, filmes, visitantes, pessoas que almoçam no restaurante ao ar livre ao lado da baía, e até mesmo joggers (corredores de passos curtos) da hora do almoço que usam o “Calçadão” para manter-se aptos.

Mas, é à noite que as atividades realmente atingem seu acme. Acesas suas 10 grandes conchas brancas, no meio de pontinhos de luz oriundos de todo o redor da baía, o inteiro complexo parece viver em outro mundo. Chegam pessoas idosas e jovens, adornadas de jóias e peles, ou apenas trajando blusas ou camisas e jeans, para escapar dos atropelos e das pressões da vida por penetrarem num mundo de fantasia, por algumas horas.

O complexo de prédios se tornou um novo símbolo internacional da Austrália, junto com a ponte da Baía de Sídnei, o canguru e o coala. Depois de visitá-lo, podemos deveras concordar que é majestoso em seu conceito e surpreendente feito de engenharia — um tributo às habilidades criativas do homem, que divinamente lhe foram concedidas.

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