Segurança — o alvo esquivo!
“UMA das mais graves quebras da segurança da embaixada em muitos anos.” Essa foi a descrição do equipamento eletrônico de espionagem descoberto na Embaixada dos Estados Unidos em Moscou, em maio de 1978. Os diplomatas só podem fazer especulações quanto à quantidade de informações secretas monitoradas pelo aparelho receptor, em forma de um prato, oculto por tempo desconhecido num velho tubo de chaminé.
Para a grande maioria das pessoas, naturalmente, tais assuntos da alta segurança do estado não são preocupações diárias. Os assuntos de segurança pessoal mais imediatos, porém, certamente que o são. Como é sua vida influenciada pela busca de segurança?
Segurança Pessoal
Talvez tenha feito um seguro de vida para trazer certa medida de segurança à sua família, no caso de sua morte. Conhece, também, pessoas que investiram em imóveis ou em outros valores—metais preciosos, pedras preciosas, moedas antigas, obras de arte, ou até mesmo em selos postais—como segurança em face da inflação. Para onde quer que olhe, as pessoas se empenham arduamente em obter segurança financeira para elas próprias e suas famílias, de todo modo possível, mas nem sempre com êxito.
Em adição, cada dia, de modos práticos, relacionamo-nos automaticamente com a consciência da segurança. Examine por um instante seu próprio padrão de vida.
De quantas fechaduras e ferrolhos precisa cuidar antes de sair de casa? Constituem apenas parte de uma precaução elementar de segurança. Mesmo assim, calculadamente um quarto de milhão de casas são arrombadas e assaltadas cada ano, apenas nas Ilhas Britânicas.
Destranca seu carro, que talvez esteja ele mesmo trancado numa garagem, antes de poder dirigi-lo. Quando anda em público, segura sua carteira ou bolsa da melhor forma possível, para precaver-se contra os ladrões. Antes de iniciar seu dia de trabalho, precisa mostrar um ‘passe de segurança’para entrar numa fábrica, num conjunto de escritórios, como fazem muitos?
Talvez prefira levar seus filhos de carro para a escola e apanhá-los na volta, também, porque ‘é mais seguro fazer isso’. Quando volta para casa, aventura-se a sair sozinho à noite, sem algum meio de proteção, ou abriria sua porta antes de verificar quem é o visitante?
Na Nigéria e em outros países africanos, as pessoas de todas as rodas da vida possuem aberta, e também secretamente, alguma espécie de fetiche como meio de proteção pessoal. Estes encantamentos são usados como salvaguarda contra a feitiçaria ou o perigo, e para trazer êxito nos negócios, na lavoura e na caça.
Os visitantes da Nigéria observam que a maioria dos anfitriões abrem as garrafas de bebidas na frente de seus convidados, porque poucos nigerianos beberiam voluntariamente de uma garrafa que já estivesse aberta. Qual o motivo? O temor de serem envenenados com feitiçaria! Mas a pessoa que possui um fetiche se sentirá completamente segura contra tal mal. Efetivamente, com seu fetiche, sentir-se-á mais protegida do que se estivesse cercada por uma guarda armada.
Tais exemplos (e poderá pensar em muitos outros) são acontecimentos cotidianos que agora são tidos como corriqueiros. Todavia, é uma realidade da vida que a segurança pessoal nunca é tão facilmente conseguida.
‘Nova Indústria Crescente’
Nos anos recentes, a segurança veio a ser reconhecida como nova ‘indústria crescente’. Da proliferação de lojas que estocam fechaduras, ferrolhos e trancas de segurança, aos alarmas e sistemas de monitoração mais sofisticados, conforme os empregados para reduzir os roubos de lojas, há um surto de vendas. E, caso não deseje comprar uma das muitas raças especialmente treinadas de cães para guardar sua propriedade, é agora possível comprar um cassete que grava os latidos ferozes dum cão. O gravador, conectado com a campainha da porta, toca de imediato quando se aperta sua campainha.
Além disso, mundialmente, o número de firmas de segurança que empregam guardas treinados (e freqüentemente armados) subiu dramaticamente. Isto moveu o Parlamento a propor uma legislação especial para reforçar a segurança pessoal nas Ilhas Britânicas, que agora emprega quase duas vezes mais homens e mulheres que as forças policiais. Pensa-se que esta nova indústria tem um papel chave a desempenhar em contribuir para a redução do crime e para a manutenção da segurança.
O crime, às vezes organizado em escala internacional, e conectado com seqüestros de aviões e de pessoas, também alarmou recentemente o mundo dos seguros de forma incomum.
Depois do seqüestro do filho de Lindbergh, nos EUA, no ano de 1932, pela primeira vez tornou-se disponível o seguro contra seqüestros e resgates, através da Lloyd’s de Londres. Recentes atos de terrorismo internacional impulsionaram atualmente o nível corrente dos prêmios anuais da Lloyd’s, de 16.000.000 de libras esterlinas (Cr$ 690.000.000,00), há quatro anos para entre 55.000.000 a 110.000.000 de libras esterlinas (Cr$ 2.300.000.000,00 a Cr$ 4.600.000.000,00). Isto significa que o mercado segurador de Londres, atualmente, não pode apresentar menos que o total de 5.500.000.000 de libras esterlinas (uns Cr$ 230.000.000.000,00) em riscos diretos de seqüestro e resgate apenas. Deveras trata se de alto preço para os que buscam a “segurança”.
“Imperturbado pelo perigo ou apreensão”, é a definição de “seguro” fornecida pelo Dicionário Conciso de Oxford. Assim, no mundo hodierno de crescente crime, considera honestamente sua perspectiva como sendo assim descrita favoravelmente como “segura”? Ou sente crescente sensação de insegurança, apesar de tudo que possa fazer? Continue lendo, ao considerar a pergunta: