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  • Devem os “biorritmos” regular a sua vida?
  • Despertai! — 1979
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g79 8/10 pp. 16-19

Devem os “biorritmos” regular a sua vida?

FAMOSA estrela feminina do tênis sofreu “estrondosa derrota” em 29 de junho de 1977. Alguns são da opinião de que ela teria de perder com certeza naquele dia específico. A razão, afirmam, era que dois de seus ciclos do “biorritmo” eram críticos na ocasião de sua derrota.

É possível que já tenha ouvido o termo “biorritmos”. O que são? Pode o conhecimento dos biorritmos ajudá-lo a regular com mais êxito a sua vida?

Neste artigo, não estamos considerando o que os cientistas chamam de “ritmos biológicos”, isto é, as flutuações em áreas tais como os batimentos cardíacos, a produção hormonal, as capacidades intelectuais e as disposições. Todos os humanos passam por variações destas e de muitas outras funções físicas. Como resultado, todos têm um ‘dia ruim’ de tempos a tempos, quando a pessoa fica desajeitada, irritável, ineficiente e apática.

A teoria do biorritmo, contudo, vai ao ponto de afirmar que todos os humanos passam por três ciclos de duração fixa e que são os mesmos para todas as pessoas. Supostamente, há um ciclo físico de 23 dias (envolvendo tanto o bem-estar como a fadiga), um ciclo sensitivo ou emocional de 28 dias, que varia da alegria eufórica à depressão, e um ciclo intelectual ou mental de 33 dias que varia de períodos de alta criatividade a ocasiões em que a pessoa dificilmente pode pensar corretamente Diz-se que todos estes três ciclos começam na hora do nascimento e continuam ininterruptamente por toda a vida da pessoa.

Imaginou-se um sistema para incluir os três biorritmos numa tabela, que inclui uma linha horizontal que se estende da esquerda para a direita no meio. O ponto mais à esquerda da tabela é a data do nascimento da pessoa. Os três ciclos são representados como tendo início na linha horizontal naquela data e, depois disso, continuam subindo acima da linha e mergulhando abaixo dela. Quando o ciclo está acima da linha, a faculdade que ele representa funciona supostamente bem. Quando está abaixo da linha, crê-se que funcione deficientemente.

“Os dias críticos”, diz-se, ocorrem quando um ciclo cruza a linha (o ponto onde passa de mais para menos ou de menos para mais). Caso dois ou três ciclos atinjam a linha ao mesmo tempo, aquele dia é considerado como um desastre em potencial. Os proponentes da teoria do biorritmo crêem que por calcular matematicamente os três ciclos, as pessoas podem predizer os dias favoráveis ou desfavoráveis para realizar coisas.

Teoria Desprovida de Base

Alguns, contudo, suscitam sérias objeções a esta crença. “Não existe base científica para se presumir que nossos relógios biológicos sejam impulsionados por ocasião do nascimento”, declara um técnico biomédico do Hospital Geral de Massachusetts, EUA. “Antes, tem-se verificado que alguns dos ciclos que afetam as mulheres grávidas estão definitivamente em sincronia com os do feto.” O técnico também indicou que todas as informações sobre ciclos biológicos foram colhidas de adultos. “Muitos ciclos, porém, mensuráveis em crianças, tais como o cardíaco e metabólico, mostram incrementadas freqüências em comparação com os dos adultos. Considerando-se que o ‘dia’ duma criança é apenas uma questão de minutos, na ocasião do nascimento, e alcança a maturidade de 24 horas depois de vários anos, é razoável crer-se que o inteiro biorritmo duma criança seja mais rápido.”

Tem-se feito publicidade de certos acidentes (tais como colisões de automóveis ou de aviões) que aconteceram durante os “baixas” ou “dias críticos” nos ciclos de biorritmos das pessoas envolvidas. No entanto, os acidentes amiúde têm causas múltiplas. Raramente podem ser atribuídos apenas às pessoas cujos biorritmos foram calculados como sendo críticos. Também, quando acontecem coisas favoráveis a uma pessoa cujos biorritmos estão em nível alto, não raro outras pessoas são realmente responsáveis pelas circunstâncias favoráveis. Por exemplo, caso um atleta realize um feito notável, o motivo poderá ser o desempenho excepcionalmente apoiador dos companheiros de equipe.

Registro não Convincente

Será que os fatos realmente apóiam a crença de que as coisas boas ocorrem quando os biorritmos duma pessoa estão em níveis altos e que os desastres sucedem quando tais níveis são baixos? Interessante, neste particular, são os resultados da pesquisa feita por um grupo da Universidade Laurentian, em Ontário, Canadá. Os pesquisadores examinaram 400 acidentes nas minas. À base dos resultados desta investigação, a revista Newsday de 25 de setembro de 1978 veiculou: “Escrevendo no periódico ‘Perceptual and Motor Skills’ (Perícias de Percepção e Motoras), os pesquisadores argumentam que os dados ‘não apóiam quaisquer das predições básicas do biorritmo . . . Os acidentes de mineração (tanto na superfície como no subsolo) não tinham maior probabilidade de ocorrer nos dias críticos, em torno dos dias críticos ou durante as posições descendentes dos vários ciclos’.”

Um artigo em Psychology Today (Psicologia Atual, abril de 1978) publicou os resultados de uma experiência com lançadores de beisebol (que obviamente precisam estar em boas condições físicas e mentais para fazer bons lançamentos). Explica o escritor:

“Examinei exatamente 100 jogos com lançamentos que marcaram pontos consecutivos nas ligas principais, de 1934 até 1975, inclusive. Incluíam todos os lançamentos que marcaram pontos durante o período por indivíduos de per si . . . Eu queria determinar se os 100 lançadores, tomados como grupo, tinham traçados incomumente favoráveis de biorritmos. Havia um número anormalmente grande de traçados ‘positivos’ em seus ciclos físicos — ou mesmo em seus ciclos emocionais e intelectuais? A resposta em toda a linha, era não. À base dos perfis dos seus biorritmos, jamais adivinharia que tais homens estavam realizando seus maiores desempenhos em suas carreiras. Poderia ter sido tão fácil quanto uma amostragem de 100 indivíduos escolhidos a esmo.”

Uma Forma de Adivinhação

Como deve ser encarada a teoria dos biorritmos por pessoas desejosas de agradar a Deus? A Bíblia não contém nenhuma menção específica sobre biorritmos. Mas a Palavra de Deus deveras relata os esforços de certa pessoa em determinar de antemão o dia correto para a realização de certa ação. Diz:

“Aman, tendo ouvido isto, e tendo conhecido por experiência que Mardoqueu não dobrava os joelhos diante dele e não o adorava, concebeu grande ira, porém parecia-lhe nada vingar-se só em Mardoqueu, porque tinha ouvido dizer que era judeu de nação; e quis antes acabar com toda a nação dos judeus, que viviam no reino de Assuero. No ano duodécimo do reinado de Assuero, no primeiro mês, chamado Nisã, foi diante de Aman lançada na urna da sorte, que em hebreu se chama Fur, para se saber em que dia e em que mês devia ser trucidada a nação dos judeus, e caiu a sorte no duodécimo mês, chamado Adar.” — Ester 3:5-7, Matos Soares.

Lançar sortes deste modo era uma forma de adivinhação. Segundo a Bíblia, todos os esforços de discernir o futuro mediante a adivinhação são proibidos a pessoas que desejam agradar a Deus. Lemos: “Não se deve achar em ti alguém que faça seu filho ou sua filha passar pelo fogo, alguém que empregue adivinhação, algum praticante de magia ou quem procure presságios, ou um feiticeiro, ou alguém que prenda outros com encantamento, ou alguém que vá consultar um médium espírita, ou um prognosticador profissional de eventos, ou alguém que consulte os mortos. Pois, todo aquele que faz tais coisas é algo detestável para Jeová, e é por causa destas coisas detestáveis que Jeová, teu Deus, as expulsa de diante de ti. Deves mostrar-te sem defeito para com Jeová, teu Deus.” — Deu. 18:10-13.

Naturalmente, a teoria do biorritmo não envolve lançar sortes. Mas envolve deveras os esforços de discernir o futuro mediante a adivinhação por um método de numerologia. Um artigo publicado na revista Time teceu os seguintes comentários:

“A mania do biorritmo proveio das especulações místicas de Wilhelm Fliess, interessante médico de Berlim que era o amigo mais íntimo de Sigmund Freud por mais de uma década. . . . Fliess publicou livros e ensaios de impenetrável matemática, todos girando em torno de seus números místicos, 23 (representando o princípio masculino ou físico) e 28 (representando o princípio feminino, emocional e, presumivelmente, baseado no ciclo menstrual de 28 dias). Por certo tempo, Freud ficou tão impressionado que estava seguro de que morreria com 51 anos de idade, a soma dos dois números. Um jovem paciente de Freud, Hermann Swoboda, desenvolveu o primeiro calculador do biorritmo, com base na crença de Fliess nos ciclos de 23 e 28 dias. Mais tarde, os fliesseanos acrescentaram um ciclo de 33 dias, representando a vida mental humana.”

“O Tempo e o Imprevisto Sobrevêm a Todos”

O interesse nos biorritmos provém do desejo, por parte de muita gente, de tornar previsíveis a sua vida. No entanto, as Escrituras (em especial o livro de Eclesiastes) tornam claro que a vida humana não pode ser mapeada de antemão assim deste modo. Lemos: “Retornei para ver debaixo do sol que a corrida não é dos ligeiros, nem a batalha dos poderosos, nem tampouco são os sábios os que têm alimento, nem tampouco são os entendidos os que têm riquezas, nem mesmo os que têm conhecimento têm o favor; porque o tempo e o imprevisto sobrevêm a todos.” — Ecl. 9:11.

Muitos eventos surgem inesperadamente. Tais acontecimentos ocasionais desafiam os esforços de se predizer as ocasiões favoráveis ou desfavoráveis de se fazerem as coisas. Interessante, neste particular, é o conselho adicional de Eclesiastes: “Envia teu pão sobre a superfície das águas, pois no decorrer de muitos dias o acharás de novo. Dá um quinhão a sete ou mesmo a oito, pois não sabes que calamidade ocorrerá na terra.” — Ecl. 11:1, 2.

Com poucas exceções, as ‘calamidades’ que recaem sobre as pessoas são algo que elas ‘não sabem’, deveras, não podem saber, de antemão. As circunstâncias felizes, também, amiúde surgem de forma súbita, inesperadamente. Por isso, o modo mais sábio de utilizar o tempo da pessoa é ser generoso dador a ampla variedade de pessoas, ‘dando um quinhão a sete, ou mesmo a oito’, por assim dizer. Sempre que assola uma calamidade inesperada, o dador generoso verifica que as pessoas reciprocam prestimosamente em ampla medida. — Luc. 6:38.

As fórmulas baseadas em “números místicos”, tais como as empregadas para o cálculo dos biorritmos, são desprovidas de base científica e vão mal quando comparadas aos fatos conhecidos. Mais importante é que, como forma de adivinhação, tais cálculos chocam-se com o ensino bíblico. Em vista do que se delineia acima, os biorritmos jamais poderiam ser um meio benéfico de regular a sua vida.

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