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  • g83 22/5 pp. 21-23
  • “Os homenzinhos” da Antártida

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  • “Os homenzinhos” da Antártida
  • Despertai! — 1983
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Despertai! — 1983
g83 22/5 pp. 21-23

“Os homenzinhos” da Antártida

Do correspondente de “Despertai!” no Uruguai

“EH!, ESTOU vendo dois ‘homenzinhos’ naquele iceberg”, exclamou um membro da tripulação. À medida que esses exploradores da Antártida se aproximavam, outra olhada no binóculo revelou cinco “homenzinhos”. Logo eram sete. Mas, reservou-se uma surpresa para esses primitivos exploradores, ao descobrirem que aqueles “homenzinhos” eram realmente pingüins. Quanto a estes, continuavam a pular da água gelada para as banquisas, para uma melhor visão das estranhas criaturas que invadiam seu domínio gelado.

Os pingüins são para a Antártida o que os ursos polares são para o Ártico. Nem todos os pingüins são iguais, porém, e cada espécie tem suas próprias peculiaridades e hábitos que os distinguem.

O Imperador

Os maiores e mais impressionantes de todos são os pingüins-imperadores, que pesam uns 40 kg e chegam a quase 1,20 m de altura. Produzem e criam seus filhotes sob as mais inóspitas circunstâncias para qualquer criatura conhecida — em temperaturas inferiores a -55°C, sob constantes ventanias e severas nevascas.

A fêmea põe apenas um ovo. Daí o macho e a fêmea se revezam em manter o ovo nos pés, aninhado sob um cobertor de pregas cutâneas que pendem do corpo. Enquanto um cuida do ovo, o outro vai ao mar para se alimentar. Quando o parceiro volta e o ovo é transferido de um para o outro, é exercido grande cuidado para que este não toque no gelo sobre o qual estão.

Para proteção contra os fortes ventos em seu domínio, é necessária a cooperação. De modo que grande número de pingüins-imperadores se aglomeram e periodicamente fazem rodízio de posição de modo que não são sempre as mesmas aves que recebem o impacto da nevasca na extremidade do círculo.

O Adélia

O pingüim de Adélia também vive na Antártida, mas é bem menor que o imperador, e suas colônias são separadas das destes. É o palhaço da família dos pingüins. É mui curioso e suas momices são cômicas, especialmente seu andar bamboleante — estilo Charles Chaplin.

Como outros pingüins, suas línguas têm farpas afiadas viradas para dentro. Quão prático quando um peixe é apanhado para o jantar! Com a cabeça entrando pela garganta do pingüim, só pode ir numa única direção.

Vários desses pingüins se têm afastado grandes distâncias de suas colônias, de modo que suas habilidades de navegação podem ser estudadas. Como no caso de outras aves, o Criador os dotou de um sistema inerente de navegação. Este parece depender principalmente do sol. Quando nublado, vagam parecendo incertos quanto a que rumo tomar. Mas, quando o sol aparece, imediatamente se orientam e rumam na direção certa para o lar.

O Papu

Nas Ilhas Falkland, ou Malvinas, existem várias espécies de pingüins. Perto de Porto Stanley altos pingüins-papus vêm à costa para procriar.

Da vizinha praia da baía York podemos observar esses “homenzinhos” chegar às suas colônias. Ficaram meses no mar, viajando milhares de quilômetros em busca de alimento e “recreação” nas águas frias do Atlântico Sul. Observando de perto vemos os pingüins nadando nas ondas para acompanhar o ritmo até que estas estejam a ponto de se quebrar. Quando uma onda quebra, eles rapidamente pulam em posição vertical e caem sobre suas patas palmadas. Deslocam-se para a praia tão rapidamente quanto suas pernas curtas permitem, de modo que a onda seguinte não os derrube e arraste de novo ao mar. Uma vez ou outra isso acontece, contudo, obrigando-os a tentar de novo, dessa vez, porém, correndo um pouco mais ligeiro.

Quando o pingüim-papu está fora do alcance das ondas, alinha-se a outras centenas ou milhares à medida que caminham bamboleando por entre dunas de areia e empetros vermelhos e plantas arbustivas em direção à colônia, distante centenas de metros da praia. Se um deles estiver cansado e decidir parar ou tirar uma soneca por alguns minutos, os outros na fila atrás dele também param e resignadamente esperam até que ele acorde e recomece a jornada.

A corte e as cerimônias nupciais entre os pingüins são interessantes. Ao procurar uma esposa, o macho traz uma pedrinha e a deposita aos pés da prospectiva noiva. Se ela aceitar a pedrinha, tornam-se marido e esposa. Mas é muito difícil diferençar um macho da fêmea. Às vezes até os pingüins têm esse problema, e um macho pode por engano presentear uma pedrinha a outro macho. Isso, naturalmente, é um insulto, e resulta numa acalorada batalha.

Após entrarem num acordo satisfatório, o casal constrói um ninho rudimentar com um pouco de capim e pauzinhos, e, na maior parte, pedrinhas; daí, são depositados dois ovos. Cada casal tem seus próprios limites de propriedade particular e guarda zelosamente seu território durante a incubação. Mas não é incomum um pingüim “tomar emprestado” pedrinhas e outros materiais de construção a um ninho vizinho enquanto o outro não está olhando. Isso torna a colônia um lugar extremamente barulhento. Enquanto alguns se empenham em disputas territoriais, outros tentam recuperar propriedade roubada. Por causa desses assuntos amiúde chegam a golpes violentos com bicos, nadadeiras e garras. É o tipo de conduta descrita na Bíblia como ‘animalesca’, que não se propõe a ser imitada pelos humanos. — Tiago 3:14-18.

Os pais revezam-se em cuidar dos filhotes, permitindo que um dos parceiros vá se alimentar de peixes, lulas, camarões ou mariscos. Quando o parceiro retorna, os filhotes são alimentados por regurgitação.

De início os filhotes são cobertos de penugem e são muito indefesos. Quando crescidos e em vias de serem levados à água, nascem-lhes penas adultas — bem pequenas, de textura suave e impermeáveis.

Visto que os pingüins são desajeitados em terra, quando um papu está com pressa e suas pernas curtas não podem conduzi-lo com suficiente rapidez, ele amiúde deixa-se cair de barriga e se propulsiona com as nadadeiras e os pés, deslizando na areia como um tobogã.

O povo das Ilhas Falkland costuma apanhar ovos de pingüim nas colônias, visto que são considerados por muitos um delicioso manjar. Contudo, o governo local tem desestimulado essa prática entre os nativos de modo que o papu não se transforme numa “espécie em perigo” e venha mais tarde juntar-se a muitas outras espécies de pingüins hoje extintas.

Pingüim-saltador

Também nas Ilhas Falkland encontra-se o pingüim-saltador ou macaroni, adornado com penachos na cabeça. Ao passo que os papus escolhem locais arenosos para suas colônias, os pingüins-saltadores preferem as costas rochosas. Em vez de procurar um caminho mais fácil contornando um penhasco, gostam de pular e rastejar de uma saliência a outra até a parte mais íngreme do penhasco.

Mantêm-se alertas aos seus inimigos, especialmente a foca-leopardo. Quando prontos para voltar ao mar, examinam atentamente a água, para ver se há segurança. Dezenas de pingüins-saltadores juntam-se na beirada de um penhasco ou rochedo e cuidadosamente miram a água na tentativa de localizar a d. Foca. Mais se aproximam, vindo de trás, e a multidão aumenta. Subitamente uma vítima insuspeita na extremidade é empurrada para a água, lá embaixo. Os que permanecem no alto olham para ver o que acontece com seu “amigo tombado”. Se houver uma súbita agitação da água e ele desaparecer, sabem que então não é seguro pular na água. De modo que voltam à colônia e tentarão de novo mais tarde. Mas, se o virem nadar mar adentro sem ser molestado, sabem que as águas estão seguras, e os remanescentes pulam na água rumando de novo ao mar.

Ocasionalmente, porém, uma esperta e experiente foca-leopardo deixará uns poucos primeiros nadar ilesos. Pode imaginar o que se segue! Ela e suas amigas têm uma verdadeira festa depois que centenas de pingüins-saltadores atiram-se no que consideram “águas seguras”.

Muitas Variedades de Pingüins

Como mencionamos, há várias espécies de pingüins — sabe-se de 17 existentes atualmente e cada qual com traços identificadores. O pingüim do Cabo, ou pingüim-jumento, é encontrado nas praias do sul da África e em muitas ilhas do Atlântico Sul.

O pingüim-real é o segundo maior de todos os pingüins. É também encontrado nas Ilhas Falkland e em outros lugares próximos.

O nome pingüim de Humboldt deve-se à corrente de Humboldt, no Oceano Pacífico. Suas águas frias capacitam-no a viver no Chile e no Peru e tão ao norte quanto as Ilhas Galápagos. Este parece ser o ponto mais extremo ao norte em que se encontram pingüins. No lado do Atlântico, na América do Sul, pingüins às vezes são vistos tão ao norte quanto o Uruguai e o sul do Brasil.

O menor, o pingüim-anão, tem apenas uns 15 cm de altura quando adulto e habita apenas poucas ilhas no Pacífico Sul. Todos têm em comum a inabilidade de voar, diferente das outras aves. Contudo, usam suas poderosas barbatanas para “voar” debaixo da água. Ao cruzar as águas movem suas barbatanas alternadamente, como os braços dum nadador, em vez de simultaneamente, como as asas de aves em vôo.

Pessoas têm visto pingüins em zoológicos em muitas partes do mundo. Mas é uma emoção especial vê-los, reunidos aos milhares, no ambiente natural.

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