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  • g80 8/6 pp. 5-8
  • Para seu filho . . . é o maior presente!

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  • Para seu filho . . . é o maior presente!
  • Despertai! — 1980
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Despertai! — 1980
g80 8/6 pp. 5-8

Para seu filho . . . é o maior presente!

O GAROTINHO está muito excitado, aguardando impacientemente que chegue o sábado. Seu pai irá levá-lo ao jardim zoológico! Durante toda a semana, viveu mentalmente esse dia — viu as focas cortando as águas, jogou amendoim na tromba dos gigantescos elefantes, muito mais altos do que ele, emocionou-se com os rugidos dos leões, quando o zelador chegava para alimentá-los. Mal podia esperar!

O tempo se arrastou, mas por fim chegou o sábado. Daí, seu pai lhe diz: “Surgiu um imprevisto. Não tenho tempo de ir ao zoológico.” O garoto se senta no meio dum quarto cheio de brinquedos caros, com o coração partido, choroso, sentindo-se abandonado.

Passam-se os anos. O garoto cresce, casa-se, tem seu próprio filho. Vai levar seu filho ao zoológico, mas, quando chega esse dia, diz ao filho: “Surgiu um imprevisto. Não tenho tempo de ir ao zoológico.” Ao sair de casa, registra na mente que precisa comprar um brinquedo para seu filho, daí, sua mente se volta para o assunto sério que precisa resolver.

Passam-se mais anos. Agora está velho, mora sozinho e sente-se solitário. Mas, hoje, seu filho adulto virá visitá-lo! Seus olhos reluzem de expectativa. Daí, toca o telefone, e seu filho lhe diz: “Surgiu um imprevisto. Não tenho tempo de ir visitá-lo.” Lentamente, o senhor idoso recoloca o telefone no gancho, o brilho sumindo de seus olhos. Pega um jornal e o segura diante de si, mas seus olhos estão umedecidos e não consegue ver nada. Sua mente rememora os anos passados, recordando-se de velhos tempos, e ele ouve a voz do passado: “Surgiu um imprevisto. Não tenho tempo.”

Os pais precisam dedicar tempo aos filhos. Não basta lhes darem coisas materiais. Os brinquedos podem ser um deleite, mas se quebram, ou as crianças se cansam deles. Quanto mais recebem, mais querem, e gera-se um conceito materialista. A verdadeira necessidade que um filho tem é de amor, e a melhor prova de seu amor é dar de si mesmo.

Há países em que os carros colam em seus pára-choques traseiros a pergunta: “Abraçou o seu filho hoje?” Acrescenta um psiquiatra da Flórida, EUA: “A criança que não é bastante abraçada ou acariciada poderá crescer e se tornar introvertida, distante ou arredia. . . . O contato físico entre genitor e filho é tão essencial na criação de filhos que, em certos casos, as crianças que não foram abraçadas ou acariciadas no primeiro ano de sua vida não sobreviveram.”

Num seminário de negócios, apresentou-se um relato dum berçário de hospital cheio de bebezinhos órfãos. Numa longa fileira de berços, os bebês adoeceram, e alguns morreram, exceto o do último berço da fileira. Nesse berço, os bebês sempre passavam bem. O médico responsável não conseguia desvendar a causa disso. As enfermeiras cuidavam igualmente bem de todos. Todos recebiam sua mamadeira, seu banho, eram mantidos quentinhos — não havia diferença em seu cuidado. Todavia, todos os bebês tiveram problemas de saúde e alguns morreram — exceto o do último berço. Ao se passarem os meses, e novos bebês serem trazidos, a história sempre era a mesma.

Por fim, o médico, depois de verificar tudo em que podia pensar, escondeu-se para ficar observando a noite toda. As enfermeiras vinham, os bebês tomavam sua mamadeira na hora certa, todos recebiam iguais cuidados. Por volta da meia-noite, chegou a servente que fazia a limpeza. Agachada, ela esfregava o chão, de uma ponta do berçário à outra. No fim, ficou em pé, esticou o corpo e esfregou as costas cansadas, andando até o último berço. Inclinou-se sobre ele, pegou o bebezinho e andou de um lado para o outro falando com ele, alisando-o, acariciando-o e balançando-o nos braços. Por fim, ela o recolocou no berço e prosseguiu seu trabalho.

Isto não pareceu significativo para o médico; ela simplesmente parava nesse berço. Todavia, ele ficou observando na noite seguinte, e a mesma coisa aconteceu. E na outra. E na seguinte também. Toda noite, a servente esticava o corpo no mesmo lugar, e toda noite era o bebezinho no último berço aquele com quem ela falava, o que ela alisava, acariciava e amava. E ele se fortaleceu.

Os órfãos de guerra trazidos para adoção nos Estados Unidos sofriam de muitas doenças diferentes, mas do que mais sofriam era de carências afetivas. O relato sobre isto dizia:

“Os solenes filhos da guerra tocam, tateiam e se agarram a algo. Gostam muito de ser segurados. Sofrem a ‘Síndrome dos Órfãos’. . . . Mesmo algumas crianças mais velhas foram carregadas como bebezinhos para fora dos ônibus que as trouxeram para cá, terça-feira, da Base da Força Aérea de Travis. Ficavam olhando para os voluntários e envolviam seus bracinhos e perninhas finas neles. ‘Trata-se duma carência bem profunda, e não pode ser satisfeita por tapinhas na cabeça ou fazer que “ande de cavalinho” sobre os joelhos’, disse Stalcup [o médico responsável]. ‘É um fato que, para crescer, as crianças precisam de amor, e não apenas de alimento e de água.’”

E, se não crescerem emocionalmente, podem tornar-se introvertidas, hostis, delinqüentes, e possivelmente homicidas, até mesmo de seus próprios pais. O que provocará isso não é deixar de receber presentes, mas deixar de receber amor pode causá-lo.

O Dr. James Dobson escreveu não só sobre a necessidade do amor, mas também sobre a necessidade daquela medida controversial, a disciplina. Disse:

“Estou firmemente convicto de que o ambiente doméstico mais saudável para as crianças envolve cuidadoso equilíbrio entre dois ingredientes essenciais: amor e controle. Quando estes são devidamente implementados, cada um dos filhos sabe que é amado imensamente e que seus pais o prezam infinitamente como ser humano. Mas, também aprende que o amor deles os obriga a ensiná-lo, guiá-lo e orientá-lo — e talvez discipliná-lo quando ele se recusa a obedecer. . . .

“Os conceitos que expressei nesta declaração não são experimentais nem especulativos, nem mesmo posso afirmar que sejam exclusivamente meus. Representam um enfoque no cuidado dos filhos que já existe há 2.000 anos na herança judaico-cristã. Não se baseiam em suposições teóricas abstrusas, mas, ao invés, em conseqüências práticas. Conforme Jack London declarou: ‘A melhor avaliação de algo deve ser: funciona?’ Quando devidamente aplicada, a amorosa liderança adulta funciona!”

Muito antes de Jack London enunciar tal preceito, Jesus Cristo o anunciou: “A sabedoria é provada justa pelas suas obras.” (Mat. 11:19) Comentando a tendência moderna de alguns psicólogos, de os pais advogarem a abdicação de sua autoridade parental e seguirem o proceder permissivo com seus filhos, o Dr. Dobson conclui seu artigo: “Espero que os estadunidenses não abandonem sua rica herança de valores para seguir promessas extravagantes de insensatez comportamental, especialmente com relação a nossos filhos.”

Se se negar a dar de si mesmo a seu filho, ele sentirá que não é desejado Todos os brinquedos do mundo não constituem substituto adequado para o pai amoroso, um genitor que, junto com as provisões e presentes materiais, dá de si mesmo. O círculo familiar é vital para o desenvolvimento espiritual da criança. Isto era bem compreendido no antigo Israel. O filho era parte integrante da família. Era instruído em casa, aprendia uma profissão por trabalhar junto com os pais, e a diversão se tornava disponível no seio da família ampliada.

Hoje em dia, no atual sistema, a tendência em muitas partes do mundo é de suprir as necessidades dum filho fora da família. Ele é mandado para a escola, mandado para a escola dominical, mandado para acampamentos de verão, mandado ao cinema, mandado trabalhar. Ou, quando os genitores saem, talvez seja deixado com uma babá. Lançado fora do núcleo da família, circulando em órbita à distância, por assim dizer, ele passa a achar, mesmo que no subconsciente, que não faz parte dela. Sente-se abandonado, indesejado, desamado, cercado por um mundo hostil de adultos.

Tais filhos, compreensivelmente, tornam-se amargos, e tentam descarregar suas frustrações quer sobre as pessoas que acham negligenciaram em lhes prover o amor que merecem, quer sobre a sociedade em geral. Perdem o respeito pelos pais e, não raro, pelos adultos em geral. O conflito de gerações cria raízes e cresce. Talvez fujam de casa e terminem nas grandes cidades, confrontados pelo crime, tóxicos, prostituições, e outros problemas que, lamentavelmente, não são capazes de enfrentar.

A chave para equacionar tal problema é o amor no seio da família, desde o nascimento dum filho. Se todos os adultos vivessem segundo os princípios delineados na Bíblia, seriam grandemente reduzidos os problemas com os filhos.

Onde estariam todos os filhos que são vítimas de lares rompidos, resultantes de divórcios e de separações, se todos os casais seguissem o conselho da Bíblia, em 1 Coríntios 7:10, 11? — “Aos casados dou ordens, . . . que a esposa não se afaste de seu marido . . . e [que] o marido não deve deixar a sua esposa.”

Onde estariam todos os filhos abandonados e maltratados de pais e mães bêbedos se os pais seguissem o conselho da Bíblia em Efésios 5:18 e Romanos 13:13? — “Não fiqueis embriagados de vinho, em que há devassidão.” “Andemos decentemente, como em pleno dia, não em festanças e em bebedeiras, nem em relações ilícitas e em conduta desenfreada, nem em rixa e ciúme.”

Onde estariam todos os filhos maltratados, espancados e surrados se os pais seguissem o conselho fornecido em Colossenses 3:21 e Tito 2:4? — “Vós, pais, não estejais exasperando os vossos filhos, para que não fiquem desanimados.” ‘Façam as mulheres jovens recobrar o bom senso para amarem seus maridos, para amarem seus filhos.’

Onde estariam todos os filhos que acham que os adultos não se interessam por eles se os pais seguissem o conselho de Deuteronômio 11:19? — ‘Também, tendes de ensiná-los [os princípios divinos] aos vossos filhos, falando deles sentado na tua casa e andando pela estrada, e ao deitar-te e ao levantar-te.’

Em suma, onde estariam todos os filhos não desejados e desamados se os adultos copiassem o exemplo de Jesus em Marcos 10:14, 16? — “‘Deixai vir a mim as criancinhas; não tenteis impedi-las’ . . . E tomou as criancinhas nos seus braços e começou a abençoá-las.”

Aliás, onde estaria todo o mundo se seguisse a regra delineada por Cristo Jesus em Mateus 7:12? — “Todas as coisas, portanto, que quereis que os homens vos façam, vós também tendes de fazer do mesmo modo a eles.”

Jeová Deus provou seu amor pela humanidade: “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, a fim de que todo aquele que nele exercer fé não seja destruído, mas tenha vida eterna.” — João 3:16.

Jesus provou seu amor por dar sua vida: “O Filho do homem não veio para que se lhe ministrasse, mas para ministrar e dar a sua alma como resgate em troca de muitos.” — Mat. 20:28.

Quando o ressuscitado Jesus Cristo ascendeu ao céu, deu à congregação cristã “dádivas em homens”. — Efé. 4:8.

Jeová Deus nos deu seu Filho unigênito. Jesus nos deu a si mesmo. Também deu homens como dádivas para servir à sua congregação. Ademais, não importa quão ocupado estivesse, quão importante fosse sua missão, sempre concedia tempo para as crianças.a Pais, copiem estes exemplos em dar. Dêem de si mesmos a seus filhos. Dêem-lhes seu amor. Dêem-lhes seu tempo. Evitem dizer: “Não tenho tempo.” Se semearem tais palavras, poderão terminar colhendo-as. É importante reservar tempo para eles. Não apenas num dia do ano, reservado pelo mundo como ocasião de dar presentes, mas a cada dia.

Lembre-se, é o maior presente que pode dar a seu filho!

[Nota(s) de rodapé]

a Veja o artigo nas páginas 27-29.

[Destaque na página 6]

“Os solenes filhos da guerra tocam, tateiam e se agarram a algo.”

[Destaque na página 7]

“A sabedoria é provada justa pelas suas obras.”

[Destaque na página 8]

“Não estejais exasperando os vossos filhos, para que não fiquem desanimados.”

[Destaque na página 8]

“Evitem dizer: ‘Não tenho tempo.’”

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