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  • A melodiosa “pulga saltitante” do Havaí

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  • A melodiosa “pulga saltitante” do Havaí
  • Despertai! — 1980
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Despertai! — 1980
g80 8/9 pp. 21-24

A melodiosa “pulga saltitante” do Havaí

Do correspondente de “Despertai!” no Havaí

UMA pulga saltitante é algo desprezível tanto para o homem como para o animal. Mas, no Havaí, ela assume um significado diferente. Está muito intimamente ligada ao amor natural dos havaianos pela música. Talvez já tenha ouvido falar do ukulele. Esse é a melodiosa “pulga saltitante” do Havaí!

Este pequeno instrumento musical de quatro cordas, trastejado, com formato de violão, tem tom elevado e som melodioso. Não só é belo como instrumento de solo, especialmente com a música havaiana, mas combina lindamente com o violão comum.

Embora seja agora muito amado por havaianos de todas as idades e rodas da vida, o ukulele nem sempre foi apreciado. Foi primeiramente ridicularizado aqui como “um horrível instrumento português” e zombado como “rabeca da roça” pelas pessoas assim chamadas respeitáveis, que estavam acostumadas com os tipos padrões de instrumentos musicais.

Mas, por que o estranho nome ukulele ou “pulga saltitante”? Para compreender este nome, a pessoa precisa primeiro descobrir sua origem.

Os marinheiros e os mercadores portugueses foram os primeiros a trazer este pequeno violão ao Havaí. Embora já fosse visto aqui anteriormente, foi realmente introduzido e executado publicamente pela primeira vez por um imigrante português, João Fernandes, em 1879. O ukulele era então chamado braguinha, porque o primeiro deles havia sido fabricado na província de Braga, em Portugal. Era também conhecido como cavaquinho, que significa “pequena lasca de madeira”.

A Origem de Seu Nome Peculiar

Fernandes era um real virtuose. Divertiu os companheiros de viagem durante a longa travessia desde Madeira, em Portugal, até o Havaí com a braguinha de um outro viajante que não sabia tocá-la. A princípio, pensava-se que só podia ser tocada junto com outro instrumento maior de cinco cordas, para haver alguma harmonia.

Uma das duas versões sobre como o pequeno violão obteve seu estranho nome de “pulga saltitante” centraliza-se em torno da habilidade fantástica deste homem em tocá-lo. Podia tocar qualquer canção, uma vez que a ouvisse, e seus dedos ágeis e móveis tangiam a melodia e dedilhavam as cordas. Rapidamente a realeza havaiana, o Rei Kalakaua, e a Rainha Emma e a futura Rainha Liliuokalani, ordenou apresentações dele, e não demorou muito até que este instrumento musical importado agradou inteiramente a todos os havaianos.

Uma descendente de missionários disse que, quando chegou ao Havaí, em 1882, a braguinha apenas começava a se tornar popular entre os havaianos. É interessante que ela também relatou que um músico perito inglês, Edward Purvis, ajudou a espalhar a fama da braguinha. Chegou ao Havaí no mesmo ano que João Fernandes e foi apenas uma questão de tempo até Purvis tornar-se perito neste pequeno violão. Era tão popular que logo foi designado camarista-ajudante da corte do Rei Kalakaua.

A segunda versão sobre como o ukulele obteve seu nome centraliza-se em torno de Purvis. Era pequeno e rápido nos pés. Os havaianos maiores chamaram-no afetuosamente de “Ukulele” ou “Coisinha saltitante”, o termo havaiano para “pulga”. Logo, o pequeno violão que carregava veio a ser conhecido como ukulele.

A Procura da “Pulga Saltitante”

Seria difícil provar que história é a mais verídica. Ironicamente, contudo, foi em 1910 que ocorreu a primeira reivindicação do direito de “invenção” do ukulele, ou cavaquinho havaiano. Isto se deu 31 anos após ele ter sido tocado pela primeira vez nas ilhas. Conforme declarou certo escritor: “Isso foi quando o pequeno e humilde instrumento ganhou tal popularidade e teve tal procura, que granjeou crédito aos seus originadores em vez de crítica.”

Por volta daquela época havia uma tão crescente procura pelo cavaquinho que qualquer pessoa que tivesse a habilidade para fabricá-lo encontraria um mercado aberto. O primeiro fabricante de cavaquinhos no Havaí foi um fabricante de móveis que abandonou seu negócio para produzir exclusivamente cavaquinhos. Naquele tempo um cavaquinho era vendido por cerca de Cr$ 275,00.

Três homens tinham o direito de reivindicar a invenção do cavaquinho no Havaí por causa de suas contribuições para ele. Entretanto, nenhum deles se enriqueceu por fabricar cavaquinhos. Embora antes de 1910 todos eles fabricassem este instrumento, apenas um afirmou ser o inventor, e naquele ano foi o único fabricante ativo de cavaquinhos dentre os três originais. Seus filhos também tinham aptidão no ramo de cavaquinhos. Por volta dessa época, o pequeno instrumento era bem popular no Havaí, turistas compravam a “pulga saltitante” e chegavam encomendas dos Estados Unidos. O negócio cresceu ao passo que muitas pessoas se tornaram fabricantes de cavaquinhos para atender à crescente demanda.

A competição aumentou ao passo que a febre do cavaquinho tornou-se popular na área continental estadunidense. E, como era de esperar, o continente começou a produzi-lo em massa e o Havaí começou a perder dinheiro. As companhias continentais ganharam dinheiro com os anúncios há muito usados no Havaí, associando o cavaquinho com luaus (festas havaianas), noites enluaradas e o romance das ilhas. Quando o presidente da Comissão do Desenvolvimento Havaiano escreveu uma nota de protesto a uma casa de música em São Francisco, na Califórnia, E. U. A., recebeu uma carta insolente dizendo que ‘o Havaí não se deve queixar porque as companhias continentais estavam produzindo cavaquinhos melhores’. Naquela época, o Clube Publicitário de Honolulu patenteou o ukulele, ou cavaquinho havaiano, tornando-o descoberta do Havaí.

Durante a Primeira Guerra Mundial, havia um surto de vendas de cavaquinhos, mas, por volta da década de 1920, a febre do cavaquinho desvanecia-se. Aos poucos, os fabricantes havaianos de cavaquinho desistiram, e hoje restam apenas alguns. No entanto, estes se orgulham de seu produto, utilizando amiúde as mais belas madeiras cheias de veios e que propiciam melhor qualidade de tom e ressonância ao pequeno instrumento. É notável a muito estimada madeira koa do Havaí. É interessante que certo fabricante emprega uma pessoa surda para testar a vibração ressonante de cada instrumento.

Usa-se muito pouca maquinaria na fabricação dos cavaquinhos, sendo cada um o produto das mãos de um artista. Embora haja geralmente 14 trastes no cavaquinho havaiano normal, certo fabricante produz também um de 18 trastes para um proeminente solista. Tal virtuose pode tocar qualquer coisa, desde a hula-hula até uma sinfonia — tudo solado. E há diversos outros homens de igual talento. Assim, a pequena “pulga saltitante”, que a princípio fora desprezada como não tendo valor como instrumento de solo, conseguiu seu próprio lugar no mundo musical.

Fácil de Tocar

Por ser tão fácil de tocar, muitas pessoas que têm inclinação para a música nem podem esperar para pôr as mãos num cavaquinho. A pessoa amiúde vê uma criança dirigindo-se da escola para casa tocando um cavaquinho, com seus livros enfiados debaixo do braço. De fato, aulas de cavaquinho são grátis em muitas escolas havaianas. O pequeno violão é a lembrança favorita que os milhares de turistas, que visitam as Ilhas do Havaí cada ano, levam para casa.

Permita-me apenas ilustrar quão fácil é aprender alguns acordes básicos. Primeiramente, o cavaquinho é deitado na dobra de seu braço direito (a menos que seja canhoto), com o polegar esquerdo nas costas arredondadas do braço do cavaquinho e sua palma afastada do braço dele. Pode-se usar uma palheta de feltro, mas a maioria dos havaianos o dedilham com o dedo indicador. Para música escrita, usam-se os nomes padronizados dos acordes do violão.

Agora, queira considerar a nossa ilustração. As linhas verticais representam as cordas e as linhas horizontais, os trastes. Na música escrita, os números dos dedos não são empregados, apenas as notas. Mas, para podermos simplificar esta lição, usaremos números. Toquemos algo no tom de C (dó). Para este tom, os acordes mais usados são C, G7 e F. Este é o modo como aparecem numa folha de música (menos os números):

No exemplo que segue, vamos supor que as notas regulares estejam sendo veladas num outro instrumento. Tocará o acompanhamento com os acordes indicados acima das notas. As linhas diagonais mostram quantas vezes deve dedilhar certo acorde. Agora, vejamos o seu desempenho. (Veja a canção abaixo.)

Então, não foi difícil demais, foi? Naturalmente, levará algum tempo para poder manejar bem tons e acordes adicionais e usar o cavaquinho como instrumento de solo.

Sim, na verdade, esse pequeno e “horrível instrumento português” de há muito é agora apreciado em todo o mundo e se imagina que seja havaiano. De fato, os havaianos nativos falam dele com o maior carinho como sendo ‘invenção’ deles. Mas você também pode deleitar-se com a melodiosa “pulga saltitante” do Havaí.

[Diagrama na página 23]

(Para o texto formatado, veja a publicação)

C

3

G7

1

2

3

F

1

2

[Diagrama na página 24]

(Para o texto formatado, veja a publicação)

On Top Of Old Smoky

(No Topo do Velho Fumegante)

C F F F

/ / / / / / / / / / /

On top of old Smok — — y — — — — all

F C C C C

/ / / / / / / / / / / / / / /

cov- ered with snow — — — — — — I lost my true

G7 G7 G7 G7 C C

/ / / / / / / / / / / / / / / / / /

lov — er — — — — came court - in too slow — — — —

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