BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • g82 8/5 pp. 26-27
  • Um pouco da vida dos ifugaos

Nenhum vídeo disponível para o trecho selecionado.

Desculpe, ocorreu um erro ao carregar o vídeo.

  • Um pouco da vida dos ifugaos
  • Despertai! — 1982
  • Subtítulos
  • Matéria relacionada
  • As Primeiras Impressões
  • Rituais Populares
  • Cordialidade Natural
  • Degraus em direção ao céu
    Despertai! — 2000
  • Serviremos arroz hoje?
    Despertai! — 1974
  • Arroz: você prefere cru ou cozido?
    Despertai! — 1995
  • Os cristãos por interesse não são cristãos
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1964
Veja mais
Despertai! — 1982
g82 8/5 pp. 26-27

Um pouco da vida dos ifugaos

Do correspondente de “Despertai!” nas Filipinas

OS IMENSOS terraços de arroz em Banaue, na majestosa cordilheira a 400 quilômetros ao norte de Manila, há muito têm sido uma das atrações principais para os que visitam as Filipinas. Aqui, por milhares de anos, os povos ifugaos têm escavado as íngremes encostas das montanhas numa série espetacular de terraços de arroz em forma de degraus. Se todos os campos estreitos fossem estendidos ponta a ponta, tem-se dito, cobririam a metade da distância ao redor do globo.

Quase todos os turistas vêm aqui simplesmente para ver os monumentais terraços. Mas Edita e Priscila escolheram morar e trabalhar entre os ifugaos. Como resultado, adquiriram uma íntima e recompensadora experiência que poucos têm usufruído. Acompanhe-nos e compartilhemos juntos a experiência delas.

As Primeiras Impressões

O idioma dos ifugaos foi nosso primeiro desafio. A pronúncia difere, em curtas distâncias, mesmo de povoado a povoado. Mas, com muita prática e com um dicionário simples que bondosamente nos foi emprestado pela mãe do prefeito, logo vencemos este obstáculo.

Aqui em cima nas frias montanhas, andar a pé faz parte da vida. Mas caminhar ao longo das estreitas passagens nas beiradas dos terraços de arroz é uma experiência e tanto. Se tropeçar, você tem a chance de cair quer no lamacento campo de arroz de um lado quer 6 metros ou mais abaixo no próximo terraço, do outro lado. Mas, anime-se, você logo se acostumará.

A aldeia — quando você eventualmente encontra uma — não é nada mais do que um grupo de choupanas construídas sobre estacas de um metro a um metro e meio de altura. Perto da extremidade superior de cada estaca e debaixo da própria casa existe um grande disco de madeira. Somos informados de que servem para evitar que os ratos subam e entrem na casa. A casa, sem janelas, tem apenas um cômodo e uma porta. O acesso é por meio duma escada que é retirada de noite. A cobertura alta, de colmos, em forma de pirâmide, provê espaço para armazenagem de arroz.

Rituais Populares

Alguns costumes dos ifugaos sem dúvida parecem estranhos para nós, de fora. Por exemplo, em certos lugares remotos eles não enterram os seus mortos. Os corpos são envoltos e pendurados para gotejar durante a decomposição. Os esqueletos em seguida são envoltos em mortalhas e mantidos debaixo da beirada da cobertura das choupanas.

Elaboradas festas rituais chamadas “cañao” são realizadas para apaziguar os ancestrais falecidos e consolar os herdeiros. Um sacerdote pratica magia rogando ao morto que não tire a vida das pessoas doentes. Oferecem sacrifícios animais crendo que os ancestrais os aceitarão quais almas substitutas. Às vezes misturam suas cerimônias com histórias bíblicas de que ouviram falar. Contam a história da oferta de Abel, por exemplo, quando fazem seus sacrifícios animais.

As danças em volta do sacrifício e o cheiro de saquê (aguardente de arroz), de carne cozida, de patos e galinhas parece que nunca falham em dissipar a dor dos enlutados. Em geral, tudo termina bem — exceto a ressaca.

Cordialidade Natural

Descobrimos que os ifugaos são pessoas extremamente inteligentes e muito amigáveis. Ao caminharmos pelas trilhas estreitas nos campos, as mulheres encurvadas plantando arroz levantam-se e nos cumprimentam. As pessoas nos dizem quão alegres se sentem que nós as visitamos. Quando finalmente chegamos na aldeia nos dão as boas-vindas por nos oferecerem saquê numa taça comunal — um símbolo de amizade. À medida que conversamos com os aldeões descobrimos que muitos já viajaram e conhecem alguma coisa sobre o estilo de vida moderno.

Os ifugaos aceitam ansiosamente nossa oferta de estudar a Bíblia com eles. Um deles interrompe seu serviço e reúne seus empregados para uma consideração em grupo. Uma mulher nos diz que seus antepassados entraram em contato com ela. Como é que ela sabe? Bem, a panela de arroz dela balançou sozinha e uma pequena parte do arroz se estragou. Isto, para ela, era a evidência. Mostramos a ela, com base na Bíblia, que os mortos retornam ao pó. Estão inconscientes. É Satanás quem está fazendo seu jogo de mentira. Não disse ele a Eva que ela não morreria? Mas quando nossos primeiros pais deveras morreram ele tinha que inventar alguma coisa para se disfarçar. Assim, Satanás foi o responsável pela idéia de que alguma coisa invisível dentro do corpo continua viva após a morte. — Gênesis 2:7; 3:4, 5.

Outra mulher, perita em tecer as tradicionais saias, cestas e cobertores, pergunta: “Por que ficamos doentes após passar perto das sepulturas de nossos parentes?” Nós raciocinamos com ela: Seus parentes amavam a você quando eram vivos. Quando você ficava doente eles oravam a seu favor e arranjavam remédios ou ervas para você se restabelecer. Por que acha que eles tentariam fazer com que você ficasse doente agora? Daí, com base na Bíblia, mostramos a eles qual é a verdadeira condição dos mortos. — Eclesiastes 9:4-10.

Ao estarmos sentados, comendo, uma mulher nativa nos perguntou a respeito do conceito bíblico sobre mascar noz de bétele. Este hábito escurece os dentes e estraga a gengiva e é um hábito muito difícil de largar. Perguntamos a ela se daria água a um viajante sedento num copo sujo. Todo mundo torceu o nariz, desaprovando. Naturalmente, o copo deve estar limpo. Bem, explicamos, nós somos semelhantes a copos que Jeová pode usar para dar as águas da verdade aos espiritualmente sedentos. De modo que devemos ser limpos e não poluídos por noz de bétele, nicotina ou drogas. Eles entenderam o ponto facilmente. “Você pode imaginar Jesus Cristo mastigando noz de bétele?”, perguntamos. Todos riram.

Agora, nós nos sentimos como parte da comunidade ifugao. O povo local começa a nos chamar de anakko, que significa “meu filho”, e nós nos sentimos felizes em sermos considerados parte de sua família. À medida que observamos indivíduos dessa raça antiga e inteligente gradativamente mudarem seu modo de pensar, abandonando seus deuses ancestrais para servir o verdadeiro Deus, Jeová, nosso coração se achega a eles.

Certamente, tem sido para nós um raro privilégio conhecer os ifugaos e estamos contentes de que você nos acompanhou.

    Publicações em Português (1950-2025)
    Sair
    Login
    • Português (Brasil)
    • Compartilhar
    • Preferências
    • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
    • Termos de Uso
    • Política de Privacidade
    • Configurações de Privacidade
    • JW.ORG
    • Login
    Compartilhar