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  • Qual a idade dos fósseis?
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g82 22/5 pp. 13-15

Qual a idade dos fósseis?

“Chineses Desenterram Fóssil do Homem de Pequim de 500.000 Anos de Idade”

VÊ MANCHETES assim de vez em quando? Talvez se pergunte como se sabe que o fóssil tem meio milhão de anos.

Há diversos modos pelos quais os cientistas calculam a idade dos fósseis. Um processo em que depositam a máxima confiança é o método radioativo. Como funciona? É realmente exato?

Usualmente, não é o próprio fóssil que é datado, mas um mineral radioativo encontrado na mesma camada de rocha em que o fóssil é encontrado.

DATAÇÃO POR URÂNIO-CHUMBO. O urânio é um elemento radioativo que se transforma bem lentamente em chumbo. A forma comum de urânio, U-238, desintegra-se num ritmo tal que em 4,5 bilhões de anos metade dele se transforma em chumbo. A idade de um mineral que contém urânio pode ser calculada por se medir quanto chumbo se formou nele.

Portanto, através de uma análise química de um mineral, para se saber seu conteúdo de urânio e de chumbo, um simples cálculo fornece sua idade. Mas a análise se complica com o fato de que há diferentes isótopos de chumbo, e só o chumbo 206 se deriva do urânio 238. Por conseguinte, o químico precisa obter a ajuda de um físico com o seu espectrômetro de massa para avaliar quanto desse determinado isótopo se encontra no chumbo.

Entretanto, há duas suposições muito importantes que precisam ser verdadeiras se a resposta há de ser correta:

Primeiro, que não houve combinação de chumbo no mineral de urânio quando este se formou no magma, em processo de esfriamento, da rocha derretida. Se houve a presença de chumbo, então a rocha recém-formada parecerá já ter milhões de anos de idade.

Segundo, que não escapou chumbo do mineral. Se parte do chumbo indicador foi lixiviada, migrando de um antigo mineral, parecerá muito mais jovem ao ser analisado.

De modo que, conforme vê, o método não é a prova de enganos. Todavia, com a devida atenção a tais possíveis enganos, foi feita a avaliação de datas aceitavelmente fidedignas de muitas antigas formações de rocha. Baseando-se nesse método, avaliou-se que a idade das mais antigas partes da crosta terrestre é de mais de quatro bilhões de anos.

Mas os minerais de urânio não se encontram nas mesmas rochas que os fósseis. Isto se dá porque nas rochas ígneas, ou mesmo nas metamorfoseadas pelo calor, quaisquer fósseis teriam sido destruídos. Assim, outros métodos radioativos, ou os chamados “relógios geológicos radioativos”, precisam ser usados para a datação dos fósseis.

DATAÇÃO POR POTÁSSIO-ARGÔNIO. Existe amplamente o elemento potássio no mundo mineral. Ele possui um isótopo muito raro, de peso atômico 40, que se decompõe com meia-vida de 1,3 bilhão de anos. A maior parte dele transforma-se em cálcio, mas 11 por cento dele se decompõe de um modo diferente, em argônio. Ora, o argônio é um gás inerte. Não combina com outros elementos e usualmente só se encontra na atmosfera. Mas, minerais como o feldspato, que tem potássio não alterado por um longo período de tempo, contêm argônio preso neles por causa do processo radioativo.

Esta propriedade do potássio é utilizada no caso de fósseis terem sido enterrados debaixo de uma chave de cinzas vulcânicas. A teoria da datação pelo método potássio-argônio é simples. Quando há erupções vulcânicas, a rocha derretida que é lançada para fora perde o argônio que se havia formado previamente a partir do potássio na rocha. A rocha se solidifica ao se esfriar a pedra-ume vulcânica, e seu potássio, agora isento de argônio, começa de novo a formar este. Assim, o relógio potássio-argônio é acertado em zero, e tudo o que for enterrado pela erupção pode ser datado mediante uma análise das cinzas ao redor.

A teoria parece boa, mas na prática surgem novamente dificuldades nas suposições fundamentais. Por um lado, a probabilidade de ter vazado o argônio do mineral faria a medição da idade curta demais. Por outro lado, se todo o argônio não tiver sido extraído da rocha derretida pela evaporação, mediante aquecimento vulcânico, o relógio terá ponto de partida errado de início.

Isto pode ser especialmente sério nos casos em que o método do potássio-argônio é usado em sedimentos relativamente recentes — digamos, mais jovens do que alguns milhões de anos. O mínimo vestígio de argônio remanescente na cinza causa um erro enorme. Por exemplo, se um mineral de potássio tiver sido enterrado, formando-se o argônio por um bilhão de anos antes de ser lançado para fora por ocasião de uma erupção, em tal caso tão pouco quanto um oitavo de um por cento de argônio remanescente na cinza faria com que um osso recém-enterrado nela parecesse ter um milhão de anos de idade.

Isto talvez não seja um erro grave com relação a um sedimento de há cem milhões de anos. Mas pode ver quão errada tornaria qualquer afirmação sobre um suposto ancestral do homem, encontrado no desfiladeiro de Olduvai, na Tanzânia — a afirmação de que o fóssil tem um ou dois milhões de anos. É difícil ler segundos num relógio que só tem ponteiro para marcar horas.

Em corroboração com o fato de que não se pode confiar na datação científica, observe o seguinte. Dois cientistas queriam relacionar um novo achado com um anterior, que havia sido datado como tendo 65 milhões de anos de idade. Entretanto, a datação pelo método do potássio-argônio dizia que seu novo achado só tinha 44 milhões de anos de idade — 21 milhões a menos. Não há problema — querer é poder. Os dois cientistas “atribuem isto à perda de argônio ou a contaminações”, informa Science News, de 18 de julho de 1981. Irresolutos quando convém a seus objetivos, dogmáticos quando não.

DATAÇÃO POR RADIOCARBONO. O método radiocarbônico, baseado na meia-vida do carbono 14, de 5.500 anos, é muito mais útil para a medição das eras no decurso da história do homem sobre a terra. Neste caso, não estamos usando elemento radioativo existente desde a criação. Com uma vida tão curta, todo o radiocarbono teria desaparecido há tempos idos. Mas este isótopo está sendo formado continuamente através de chuva de raios cósmicos sobre a atmosfera da terra.

Todas as coisas viventes têm carbono em cada parte de seu corpo, e enquanto estão vivas possuem a mesma proporção de carbono 14 que o bióxido de carbono da atmosfera. Quando deixam de viver e são enterradas, afastando-se da atmosfera, o carbono 14 decompõe-se gradualmente e desaparece. Portanto, quando um velho pedaço de madeira ou de carvão é desenterrado, pode-se medir a proporção de carbono 14 remanescente nele e assim se sabe quanto tempo atrás fazia parte de uma árvore viva.

Novamente, esta é a teoria. Na prática, há muitas coisas que podem levar a leituras erradas. Uma coisa que pode facilmente estragar uma amostra é a possível contaminação com outras matérias que talvez contenham carbono, quer mais velhas, quer mais jovens.

A questão mais séria, especialmente sobre espécimes muito antigos, é se o radiocarbono existia na mesma proporção na atmosfera nos tempos antigos como hoje. Não há meio de se ter certeza sobre isso, porque depende das chuvas de raios cósmicos, que são notadamente variáveis e esporádicas. Se, por exemplo, por algum motivo, durante a história mais primitiva da humanidade, os raios cósmicos eram em média apenas metade em intensidade do que temos hoje, qualquer amostra daquela época pareceria ter 5.500 anos mais do que na realidade tem.

Visto que não temos meios de saber quão intensos eram os raios cósmicos nas eras passadas, será prudente aceitarmos as datas do carbono 14 só para o período no qual o relógio foi regulado com materiais históricos, remontando a uns 3.500 anos atrás. Datas mais antigas do que isso podem ser cada vez mais inexatas.

PORTANTO, QUÃO FIDEDIGNAS SÃO AS DATAS? Tem o fóssil do homem de Pequim realmente 500.000 anos de idade? Vejamos o que a Encyclopœdia Britannica diz a respeito dele. Falando sobre equiparar fósseis de animais similares em estratos em diferentes partes da terra, diz:

“Tais séries de evidências têm levado à conclusão hipotética de que a espécie Homo erectus é essencialmente do começo da metade da era plistocênica. . . . os principais representantes mais jovens aceitos do H. erectus no registro dos fósseis parecem ser os do grupo de Pequim, na China, de Trinil, em Java, de Ternifine, na Argélia, e o crânio do hominídeo 9 de Olduvai, Tanzânia. Repetidas datações pelo potássio-argônio nas camadas de Trinil têm revelado uma estimativa de sua idade como sendo de 550.000 anos BP [before present, antes do presente]. . . . parece razoável sugerir um intervalo de tempo de 1.500.000 a 500.000 BP para o Homo erectus.”

Observe todas as evasivas para não fazer uma asserção definida — palavras tais como “tentativa”, “parece”, “estimativa”, “razoável sugerir”. Não se afirma que o fóssil de Pequim tenha sido datado. Depois de uma série de deduções, a conclusão final é baseada numa análise em que a retenção no mineral de potássio de apenas uma milésima parte de argônio acumulado anteriormente poderia ser responsável por todos os 500.000 anos. Quando olhamos por trás das manchetes, não encontramos prova sólida das afirmações amplamente propagadas da antiguidade dos fósseis de Pequim.

Se alguém quiser achar defeito na história bíblica sobre a criação do homem, poderá usar as afirmações contraditórias sobre os métodos científicos de datação para justificar sua tese. Mas, para ser justo, precisa realmente reconhecer que tais métodos são falíveis demais e indignos de confiança para desafiarem com êxito a fé que aquele que aceita a Bíblia tem de que ela é a palavra veraz de Deus.

[Destaque na página 13]

Duas suposições muito importantes precisam ser verdadeiras se a resposta há de ser correta.

[Destaque na página 14]

É difícil ler segundos num relógio que só tem ponteiro para marcar horas.

[Destaque na página 15]

É prudente aceitarmos as datas do carbono 14 só quando reguladas com materiais históricos.

[Destaque na página 15]

Quando olhamos por trás das manchetes, não encontramos prova das afirmações da antiguidade dos fósseis de Pequim.

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