Observando o Mundo
‘Há Mais Famintos do Que Nunca Antes’
● “Ainda há mais famintos no mundo do que nunca antes — tanto em números absolutos como na porcentagem da população total do mundo”, noticia o Times de Nova Iorque. “Pela maioria das estimativas mais de 500 milhões de pessoas — aproximadamente uma pessoa entre nove — sofrem de grave subnutrição hoje, em comparação com 100 a 200 milhões — uma pessoa entre 14 e 25 pessoas — na década de 1950.” Diz-se que as principais causas do problema são o rápido aumento do custo dos alimentos e a distribuição desigual do aumento de renda, não a quantidade menor de alimento disponível. “Ao passo que mais países — especialmente os países de renda média em rápido desenvolvimento — e pessoas mais abastadas nesses países vão ganhando poder aquisitivo, consomem mais alimento”, explica o Times. “Isto, por sua vez, faz pressão sobre os preços dos alimentos, e significa que as pessoas mais pobres em toda a parte têm mais dificuldade de comprar o suficiente para comer.”
Testemunhas “Preocupam” Soviéticos
● “Soviéticos Preocupados com Testemunhas de Jeová” diz a manchete de um artigo noticioso do gabinete de Moscou do serviço noticioso da agência France Presse. “A seita religiosa das Testemunhas de Jeová, fundada há mais de 100 anos nos Estados Unidos, parece causar preocupação aos líderes da frente ideológica da União Soviética”, dizia o noticiário. “Diversas publicações anti-religiosas revelaram recentemente que muitos jovens cidadãos soviéticos se estão unindo a esta seita, que está banida na União Soviética.” O artigo declara também:
“Testemunhas são duramente criticadas pela sua indiferença à vida social soviética: não se unem ao Partido Comunista, nem aos sindicados trabalhistas, nem votam nas eleições e recusam deixar que seus filhos se afiliem aos movimentos pioneiros ou de Konsomol (jovens comunistas). . . . Por outro lado, os crentes mostram ter energia impressionante para divulgar a boa palavra de sua fé, pois o zelo missionário é dever de cada testemunha.”
A Moral da ‘Maioria Moral’
● Após os jatos F-16 de Israel terem bombardeado um reator atômico inacabado do Iraque, o clérigo Jerry Falwell do chamado movimento da Maioria Moral da América do Norte falou por telefone com o Primeiro-Ministro Begin, de Israel, segundo noticiado. Falwell disse com orgulho aos 4.000 reunidos no Templo Batista Landmark, em Cincinnati, Ohio, o que havia dito ao líder judeu: “Sr. Primeiro-Ministro, desejo felicitá-lo por uma missão que nos deixou muito orgulhosos por termos fabricado esses F-16.” E quanto ao voto da ONU que condenou o bombardeio israelense, ele disse à multidão: “Nós devemos felicitá-los por fazerem o que não tivemos a fibra de fazer em Cuba.”
Os Tempos Mudaram
● “Acha que um casal deve ter vida em comum por algum tempo antes de decidir casar-se ou não casar-se?” perguntou-se aos canadenses numa recente enquête Gallup. Mais do que o dobro de pessoas do que há 10 anos disseram “sim”. De fato, mais pessoas concordaram (46 por cento) do que discordaram (40 por cento). Em tempos mais conservadores, dez anos atrás, 70 por cento disseram “não”. Revelando o rumo que toma a moralidade pública, 70 por cento dos que têm agora menos de 30 anos aprovam casamentos experimentais, em comparação com 40 por cento há 10 anos, e, entre os que têm 50 ou mais anos, três vezes mais aprovam agora (27 por cento) do que há 10 anos (9 por cento).
Etiqueta de Permissividade
● O livro Etiqueta e Maneiras Modernas de Debrett (em inglês), chamado a ‘bíblia britânica sobre maneiras e sobre moral’, decidiu, pelo que parece, aceitar as realidades da sociedade permissiva de hoje. O Morning Herald de Sídnei, Austrália, observa que o guia de decoro “entra logo no assunto e diz que as atenções da parte de qualquer dos sexos dadas ao outro podem ‘legitimamente’ ter como objetivo o sexo”. Entre outras coisas, a compreensão da parte de qualquer dos lados sobre o objetivo sexual do outro faz parte, segundo se diz, das boas maneiras. “Quando Debrett dá seu imprimatur ao amor fora do casamento, sabe-se que a sociedade permissiva veio realmente para ficar!” declarava o Herald.
Testemunhas Como Vizinhos
● Um colunista da Brooklyn Heights Press, de Nova Iorque, publicou recentemente parte de uma carta de queixa, enviada por alguém que usou o pseudônimo “Miles Standish”. Em resposta à queixa de que o pessoal da sede da Sociedade Torre de Vigia estava ocupando espaço demais na vizinhança, a coluna dizia em sátira: “Sentimos muito feri-lo com isto, Miles Standish, mas estamos contentes de ter as Testemunhas como vizinhos. Primeiro, são muito limpos. . . . não há nenhum sujo na turma inteira deles. Varrem, por assim dizer, a sua própria calçada . . . pode imaginar que aspecto teria a Rua Montague [um distrito comercial da localidade] se as Testemunhas tivessem algo que ver com ela? . . . Nós dizemos: Dêem a esses santos um prédio em Montague . . . dêem-lhes dois! Teremos todos um lugar de melhor aspecto para fazer compras.”
Participação nos Lucros
● Foi “dito que custou quase 8 milhões de dólares” [Cr$ 1,2 bilhão] a visita do Papa João Paulo II à Irlanda em 1979, informa o Financial Post de Toronto, Canadá, e “a Igreja teve de fornecer quase 6 milhões de dólares . . . ao passo que empresários oportunistas embolsaram dinheiro vendendo bugigangas e souvenirs”. Segundo o Post, para assegurar que a Igreja tenha parte no lucro desta vez, os bispos da Escócia, da Inglaterra e do País de Gales formaram uma nova empresa chamada Visitas Papais Ltda. A companhia nomeou, segundo se informa, uma organização comercial para cuidar da venda de programas comemorativos, camisetas, livros e uma infinidade de outros souveniers — todos naturalmente com a marca oficial.
Atenções Indesejadas
● Um cientista que trabalhava com substâncias sintéticas para atrair insetos sexualmente se tornou objeto das atenções amorosas de limântrias machos até dois anos mais tarde. Escrevendo para o Journal of Chemical Ecology, o Dr. E. Alan Cameron disse que os feromônios sintéticos, como são chamados, devem ser muito mais potentes e menos biodegradáveis do que se pensava. Embora estivesse com roupa toda nova, a tela da janela perto de sua escrivaninha ficou coberta de limântrias machos buscando as suas atenções até um ano depois de seu último contato com a substância química. O cientista concluiu que o atraente, de ação prolongada, havia contaminado seu corpo.
A Gordura e o Coração
● Um chamado Estudo de Sete Países sobre como a gordura na dieta afeta o coração foi recentemente publicado na revista médica Lancet, da Inglaterra. Informa-se que o estudo de 10 anos, feito em 12.000 homens de cinco nações européias, do Japão e dos Estados Unidos, revelou que há uma relação entre dietas de elevado teor de gordura e o risco de morte por doença cardíaca. Segundo o relatório, há evidência de que “gorduras saturadas não só contribuem para o aumento do colesterol no soro [o sangue], mas também aumentam a probabilidade de morte prematura”. Descobriu-se que no caso de homens em dietas de baixo teor de gordura não havia riscos maiores de outras doenças como o câncer. As indústrias de carnes e de laticínios e alguns entendidos afirmaram que não há relação dietética entre as dietas com muita gordura e as doenças cardíacas.
Mais Mortes nas Escaladas
● O Clube Alpino de Nova Iorque informou que um total de 664 escaladores de montanhas morreram em acidentes de escaladas nos Estados Unidos desde 1951 até 1979. Em 1979, o último ano do relatório, houve 40 mortes, em comparação com 29 dez anos antes. Em princípios de 1981, 11 homens morreram numa avalancha quando escalavam o monte Rainier, no estado de Washington, E.U.A. Algumas horas mais tarde, mais cinco morreram quando um grupo de escaladores caiu 610 metros abaixo do monte Hood, em Oregon, a uma distância de 160 quilômetros do monte Rainier.
Última Baforada
● Um senhor idoso inglês que sofria de bronquite crônica estava com balão de oxigênio no hospital Colindale, em Londres. Mesmo nessas condições, achou que tinha de fumar um cigarro. Qual foi o resultado? O oxigênio do inalador fez com que o cigarro causasse uma explosão na sua face, pondo fim a uma vida que os cigarros sem dúvida já haviam contribuído para encurtar.