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  • É o homem inapto à paz?

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  • É o homem inapto à paz?
  • Despertai! — 1982
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Despertai! — 1982
g82 22/8 pp. 4-9

É o homem inapto à paz?

US$ 500.000.000.000 são gastos anualmente em armamentos. É a guerra uma parte fundamental da constituição humana?

PODE certamente parecer que é assim. O homem gasta atualmente US$ 500 bilhões (Cr$ 85 trilhões) por ano em armamentos. Diz-se que houve só 26 dias de paz no mundo desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Quando as pessoas não estão lutando com países vizinhos, amiúde estão lutando entre si — uma religião contra outra, filhos contra seus pais, marido contra esposa. O Japão, há muito um país conhecido pela sua diligência, harmonia e respeito pelos pais, tem um aumento de 42 por cento nos crimes juvenis. Grande parte do crime, chamado o “abalo juvenil do Japão” num número recente de Newsweek, parece ser “ira insensata” contra professores, pais e a polícia.

Há quem diga que o homem é basicamente um animal guerreiro e inapto à paz. Conforme disse o Dr. Polykarp Kusch, laureado com o prêmio Nobel de 1955 e professor de física nuclear na Universidade de Dallas, E.U.A.: “Por fim, ao desaparecerem os principais recursos, iremos uns contra os outros com arcos e flechas e machadinhas.”

Mas é a guerra uma parte fundamental da constituição humana? Não. Os muitos exemplos de pessoas que vivem em paz entre si são prova disso. Tome-se, por exemplo, o povo Tasaday, que vive na floresta equatorial das Filipinas. Um cientista que conviveu com esse povo por algum tempo disse: “Não sabem o que é matar, assassinar, guerrear! Nunca ouviram falar de tais coisas.” Também, o que dizer dos mais de 2.000.000 de Testemunhas de Jeová que vivem a bem dizer em cada país do mundo e, contudo, não estão envolvidos nos conflitos de nenhuma nação? Uma freira católica romana, escrevendo para um periódico missionário português, católico, em Moçambique, a respeito das Testemunhas de Jeová, disse: “Quão diferente seria o mundo, se todos nós acordássemos numa manhã firmemente decididos a nunca mais pegar em armas, qualquer que fosse o custo ou a razão, assim como as Testemunhas de Jeová!” Portanto, o homem é apto à paz. Mas, assim sendo, por que é que há guerras?

Por Que Há Guerra?

Superficialmente, parece haver diversas razões. Na ocasião, estas parecem plausíveis às nações envolvidas. Travaram-se guerras por causa de fronteiras mútuas. Outras têm por base temores reais ou imaginários de discriminação econômica. Esta parece ser uma das razões por que o Japão começou a estender seu domínio sobre a Mandchúria antes da Segunda Guerra Mundial. Os Estados Unidos estavam em meio a sua grande depressão de 1929. As resultantes normas protecionistas e nacionalistas dos Estados Unidos e de outros aliados comerciais foram um fator na decisão do Japão quanto a tentar estender seu domínio sobre países vizinhos para aumentar sua influência e expandir seu potencial econômico.

O nacionalismo, os preconceitos, as injustiças e as dificuldades de comunicação têm sido a causa de outros conflitos. Em muitíssimos casos, os exércitos executaram as ordens de líderes como Hitler, Napoleão e Alexandre Magno, que demonstraram excessivo desejo de glória e honra pessoais.

Entretanto, além dessas óbvias razões visíveis, o que dizem as Escrituras que são as causas básicas das guerras? A Bíblia mostra que a raiz do problema das guerras está no próprio homem. Bem que se diz freqüentemente que as guerras não são causadas por armas, tanques e bombas, mas pelos humanos que, seja dito, são egoístas. Substituam-se tais atitudes egoístas como o preconceito, o ódio e a inveja no homem pelo amor, pela compaixão e pelo perdão, e veremos o fim das guerras, bem como de todas as outras formas de luta. Jesus disse: “Do coração vêm raciocínios iníquos, assassínios.” — Mateus 15:19.

Mas por que há tais falhas no homem? São essas coisas uma parte fundamental de sua constituição — o modo como ele foi feito? Não. A Bíblia mostra que Deus fez o homem bom, perfeito. Conforme explica Eclesiastes 7:29: “Vê! achei somente o seguinte: que o verdadeiro Deus fez a humanidade reta, mas eles mesmos têm procurado muitos planos.” Foi só quando o homem buscou ser independente de Deus e de seu domínio, e por conseguinte pecou, que pensamentos e desejos egoístas começaram a se formar em sua mente e seu coração. Estes então conduziram à ira, a luta e a guerra. — Gênesis 4:5.

A Bíblia apresenta outra causa que contribui para a guerra, ao dizer em 1 João 5:19: “O mundo inteiro jaz no poder do iníquo.” Este iníquo, Satanás, o Diabo, tem tido enorme influência sobre a história da humanidade e suas guerras. Seu desejo tem sido desviar todos os homens e todas as mulheres do governo de Deus. E a guerra tem servido bem esse propósito. Trabalhando através dos que formam e moldam a opinião e o raciocínio público, Satanás tem tido êxito em fomentar guerras com resultados que desonram a Deus.

A Bíblia mostra também que a falta de um governo forte, reconhecido universalmente, é outro fator contribuinte para o conflito. O cientista Isaac Asimov disse: “A cooperação internacional precisa assumir a forma de um governo mundial suficientemente eficaz para fazer as decisões necessárias e impô-las, e contra o qual as nações individuais não tenham nem o direito nem o poder de erguer-se em armas.”

Mas, não temos tal tentativa de um governo mundial precisamente agora na organização das Nações Unidas? Não, porque todas as nações-membros se apegam às suas próprias soberanias nacionais e recusam entregar plenos poderes às Nações Unidas. Parece que a O.N.U. é meramente um foro onde se conferencia sobre diferenças de diretrizes em vez de ser um governo central ao qual todos se submetem. Em tempos de conflito entre suas nações-membros, ela só tem conseguido fazer sinal com o dedo em desaprovação, mas tem revelado ter pouco poder para impedir a guerra. As Nações Unidas não são o governo mundial que necessitamos.

O Que Dizer das Guerras Mencionadas na Bíblia?

Muitas das guerras mencionadas na Bíblia parecem ter a aprovação de Deus. Por que se dá assim? Um exame de perto dessas guerras que tiveram o apoio de Deus revelará que são exemplos do fato de que Jeová exerce seus direitos como Soberano Universal. Como “Juiz de toda a terra”, ele certamente tem o direito de tirar da terra a iniqüidade e a imoralidade. (Gênesis 18:25) Às vezes, para fazer isso, Jeová usou fenômenos como um dilúvio, um terremoto, ao passo que em outras ocasiões ele usou certas nações quais executores. — Gênesis 6:5-8; Números 31:3.

Vemos isso particularmente no caso da nação de Israel. Ela recebeu ordens de Deus para exterminar certos descendentes de Canaã da Terra da Promessa. Moisés apresenta claramente a razão para isso em Deuteronômio 9:4, ao dizer: “Foi pela iniqüidade destas nações que Jeová as desaloja de diante de ti.” A obra Halley’s Bible Handbook (Manual Bíblico de Halley), na página 161, declara sobre essas pessoas: “Era assim, licenciosamente, que os cananeus prestavam seu culto aos deuses, e também assassinando seus primogênitos, em sacrifício dos mesmos deuses. Parece que, em grande escala, a terra de Canaã tornou-se uma espécie de Sodoma e Gomorra de âmbito nacional. . . . Teria direito de continuar a existir por mais tempo uma civilização de tão abominável imundície e brutalidade? . . . Os arqueólogos que têm escavado as ruínas das cidades dos cananeus admiram-se de Deus não as haver destruído há mais tempo.”

É interessante que a Bíblia mostra que em breve Jeová exercerá novamente sua autoridade como Supremo Soberano do Universo, acabando com todos os violadores atuais de suas leis morais. — 1 Coríntios 10:11, 12; 2 Tessalonicenses 1:6-9.

Que Esperança Há de um Mundo Livre de Guerras?

A Bíblia fala de Jeová como ‘o Deus que dá paz’. (Romanos 15:33) Visto que os esforços do homem de trazer paz tiveram um fim tão funesto, consideremos o que Jeová propõe quanto à paz.

A paz que Deus oferece não se baseia no temor da contagem dos mísseis de outros países, nem nos tratados mútuos de paz. A Bíblia mostra que seu modo de trazer a paz começa com prover educação, resultando em verdadeira mudança de raciocínio e atitudes das pessoas, que são a raiz do problema. Chefes de nações há muito vêm usando a educação para conseguir que seus filhos os sigam na guerra. Por exemplo, Mitsui Sanshiro, que passou 12 anos no exército japonês na Mandchúria, e que é agora uma testemunha cristã de Jeová, lembra que se lhe ensinou Shushin, ou “ética”, desde seu primeiro ano de escola até a graduação. Nas classes de “ética”, ensinava-se que era uma grande honra dar a vida pela pátria e pelo imperador. Jeová, por outro lado, educará seu povo nos caminhos da paz. Conforme Isaías 54:13 diz: “Todos os teus filhos serão pessoas ensinadas por Jeová e a paz de teus filhos será abundante.”

Através do estudo da Bíblia muitos cristãos estão aprendendo a seguir os caminhos da paz. Um senhor japonês relata como de revolucionário confesso passou a ser um cristão pacífico por meio de precisamente tal estudo. Na faculdade, ele havia lido o Toshi Ronri, ou “Lógica da Cidade”, um dos livros de maior circulação, que mostra em pormenores a mudança corrupta da sociedade nas cidades. Deixou-se entusiasmar com discursos e livros que leu sobre o existencialismo, o comunismo e outras filosofias radicais.

Ele achava que tinha de fazer alguma coisa para produzir uma mudança. Eventualmente, uniu-se a atividades de um “Exército Vermelho” ultra-radical, liderando-as. Seu objetivo era causar uma mudança no governo por meio de revolução violenta, substituindo-o por uma nova sociedade proletária (de trabalhadores). Com o tempo, porém, ficou decepcionado com a luta interna e até mesmo com o assassinato de dissidentes dentro do grupo, bem como com o ferimento de tantos cidadãos inocentes para a realização de seus objetivos. Abandonou esse grupo e começou mais tarde a estudar a Bíblia com as Testemunhas de Jeová. Encontrou na mensagem delas o que vinha procurando, a base de uma verdadeira paz e a esperança de um mundo melhor. Ele viu também os efeitos que a educação sobre paz já havia produzido entre as Testemunhas de Jeová. Agora ele, a esposa e três filhos gastam muitas horas cada mês falando a outros sobre o propósito de Deus quanto à paz.

Há muito se reconhece a necessidade de um governo mundial central, ao qual cada pessoa se submeta voluntariamente, como elemento essencial na busca da paz mundial. Por trás de muitos dos empenhos de supostos conquistadores do mundo, bem como da formação das Nações Unidas, tem havido o desejo de estabelecer tal governo.

O livro bíblico de Daniel mostra que Jeová estabelecerá precisamente tal governo mundial, destruindo todas as atuais formas divisórias de governo. Diz em Daniel 2:44: “Nos dias daqueles reis o Deus do céu estabelecerá um reino que jamais será arruinado. . . . Esmiuçará e porá termo a todos estes reinos, e ele mesmo ficará estabelecido por tempos indefinidos.”

Esse governo mundial de Deus fará algumas mudanças muito necessárias para trazer a paz. Destruirá todos os armamentos. (Isaías 2:4; Salmo 46:8, 9) Acabará com todas as fronteiras nacionais, tornando possível uma distribuição uniforme e razoável da população do mundo e de seus recursos. Tornará possível uma só língua universal para todos — um problema que há muito tem contribuído para criar uma barreira para a paz mundial. Esse governo criará um clima em que o homem poderá voltar a ter paz com seu Criador e perfeição mental e emocional, todas essas coisas sendo essenciais para uma verdadeira e duradoura paz. — Sofonias 3:9; Revelação (Apocalipse) 21:3, 4; 22:2.

Mas não é tudo isso um tanto utópico? Não haverá os que simplesmente não concordarão e não se conformarão com esse governo mundial de Deus para a manutenção e imposição da paz? Essa é uma possibilidade realística, da qual a Bíblia fala. Mesmo hoje, muitos mostram forte tendência de ceder às imperfeições herdadas e de resistir à idéia de reconhecer o direito de Deus de governar, e de obedecer às suas leis. Conforme já foi demonstrado neste artigo, Jeová exercerá novamente seus direitos como Criador e Soberano, e removerá esses rebeldes, após ter-lhes dado suficiente oportunidade de aprenderem e agirem concordemente. Isto é imperativo para a proteção dos interesses dos que realmente desejam uma paz duradoura. O Salmo 37:10, 11 diz: “Apenas mais um pouco, e o iníquo não mais existirá. . . . Mas os próprios mansos possuirão a terra e deveras se deleitarão na abundância de paz.”

Felizmente, a Bíblia mostra que vivemos no tempo em que começaremos a ver o cumprimento dessas maravilhosas promessas. O próprio Deus exterminará em breve todos os fomentadores e apoiadores da guerra. Que alegria indizível! O sonho de todas as eras está prestes a se cumprir. Haverá verdadeira paz, que perdurará! A vontade de Deus é absolutamente certa. Iremos nós submeter-nos a ela? Cabe a cada um de nós fazer uma escolha individual. Conforme a Palavra de Deus declara: “Pus diante de ti a vida e a morte, a bênção e a invocação do mal; e tens de escolher a vida para ficar vivo, tu e tua descendência.” — Deuteronômio 30:19; Josué 24:15.

[Destaque na página 6]

As nações-membros têm recusado entregar plenos poderes à O.N.U. Em tempos de conflito, ela tem tido pouco poder para impedir a guerra.

[Destaque na página 8]

Há muito se reconhece a necessidade de um governo mundial, central, como elemento essencial para a paz mundial. O governo mundial de Deus trará as necessárias mudanças.

[Destaque na página 9]

O modo de Deus trazer a paz começa com a educação, produzindo verdadeiras mudanças nas atitudes das pessoas.

[Foto na página 5]

Um contraste com grande parte do mundo dilacerado pela guerra, o tranqüilo Parque Hiroxima, no Japão, faz pensar nas palavras do Salmo 37:10, 11: “Apenas mais um pouco, e o iníquo não mais existirá. . . Mas os próprios mansos possuirão a terra e deveras se deleitarão na abundância de paz.”

[Foto na página 6]

Símbolo de nações transformando espadas em relhas de arados — edifício da O.N.U.

[Foto na página 7]

Parque da Paz, Nagasáqui, Japão, símbolo do devoto desejo humano de paz.

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