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  • “Por favor, Joãozinho, acalme-se!”

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  • “Por favor, Joãozinho, acalme-se!”
  • Despertai! — 1983
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Despertai! — 1983
g83 8/3 pp. 16-20

“Por favor, Joãozinho, acalme-se!”

Assim uma jovem mãe tentava em vão acalmar seu bebê que chorava. Ela o balançava, dava-lhe de mamar, aconchegava-o, acariciava-o, sacudia-o e tentava apaziguá-lo sem obter resultado. O choro de Joãozinho simplesmente se tornava cada vez mais forte.

O PRIMEIRO choro do recém-nascido é música para os ouvidos de sua mãe. Contudo, os bebês emitem gritos incessantes semelhantes a uma sirene, o que tem levado algumas pessoas à violência. Conforme expressou certo médico: “o choro de um bebezinho . . . pode levar o mais jeitoso adulto a um estado de incapacidade e agitação frenética”. Exaustas com o trabalho de parto, com os nervos esgotados por amamentações noturnas e incontáveis trocas de fraldas, algumas mães acham difícil demonstrar compaixão a um bebê que chora constantemente.

Contudo, por séculos, as mães tiveram sucesso em lidar com bebês chorões. Portanto, você também pode! Embora não estejamos oferecendo soluções “milagrosas”, poderá certamente tirar proveito do conselho dado por pais, pelos médicos e pela Bíblia.

Um Bebê Também É Gente!

Primeiro, deixemos de lado uma idéia errada muito comum: que um bebê é apenas uma pequena massa de modelar, desprovida de individualidade — um objeto, um brinquedo. Pelo contrário, é um humano que vive, respira e tem verdadeiras necessidades. Um bebê é geralmente esperto, tem reações e uma personalidade que lhe é própria, embora imperfeita. Apesar de que é difícil considerar um bebê indefeso como sendo pecador, a Bíblia mostra realisticamente que “a inclinação do coração do homem é má desde a sua mocidade”. (Gênesis 8:21) Isto nos ajuda a compreender que, embora os bebês sejam engraçadinhos e aconchegantes, são capazes de enganar, iram-se, têm inveja — sentimentos característicos da humanidade imperfeita!

Muitas coisas passam provavelmente pela mente de um bebê ao avaliar o mundo que o cerca e ao reagir à base de suas próprias emoções. Um bebê deseja participar da vida com os outros e, com efeito, ele diz: “Eh, eu estou aqui! Prestem atenção a mim!” Como expressa ele isso? Mediante um diálogo calmo? Não, um bebê não sabe outra coisa senão chorar — amiúde com toda a força dos seus pulmões.

Como se Cria um Vínculo

“Quando vi pela primeira vez meu bebê, apaixonei-me por ele. Bastou o aspecto dele. Achei-o tão lindo!” Assim descreve uma mãe de três filhos o que os médicos amiúde chamam de “vínculo”, o sentimento de apego recíproco entre mãe e bebê. É importante a mãe e o bebê estarem “apaixonados” reciprocamente? Sim, pois essa relação ajuda a mãe a estar consciente e atenta quanto às necessidades de seu bebê. “Pode a mulher esquecer-se de seu nenê, de modo a não se apiedar do filho de seu ventre?”, perguntou o profeta Isaías. — Isaías 49:15.

Parece que esse vínculo pode começar a se formar mesmo durante a gravidez, quando a futura mãe sente a vida crescer dentro de si. E quando se permite que mãe e filho fiquem juntos depois do nascimento, esse vínculo parece ser espetacularmente fortalecido. Muitos hospitais permitem agora tal contato, em vista de estudos feitos que revelam resultados positivos a longo prazo: “Menos choros do bebê, crescimento mais rápido do bebê, mais afeição e mais autoconfiança da parte da mãe”, para mencionarmos apenas alguns.

O apóstolo Paulo observou como “a mãe lactante . . . acalenta os seus próprios filhos”. (1 Tessalonicenses 2:7) Este ato de aleitar, cheio de ternura, produz mais do que prover alimento nutritivo ao nenê. Bárbara, mãe de cinco filhos, diz: “Amamentar ao peito faz com que se sinta mais perto de seu bebê. Eu me sentia achegada aos bebês que eu alimentava com mamadeira, mas, quando se amamenta ao peito, sente-se algo diferente.” Muitos médicos concordam com isso entusiasticamente!

Por mais natural que esse vínculo pareça, não surge de modo automático, mas pode ser reforçado ou quebrado. Isso pode exigir tempo e paciência para que o bebê reaja a seus empenhos, seja ele alimentado ao peito, seja com mamadeira, quer tenha nascido de parto natural, quer sob anestesia. Mas, a longo prazo, vale a pena o esforço.

Mas Que Será que Está Tentando Dizer?

A Bíblia condena tapar os ouvidos ao clamor do indefeso, e geralmente um bebê não permitirá que o esqueçam! (Provérbios 21:13, A Bíblia de Jerusalém) Ele chorará até que seja consolado ou esteja cansado demais para continuar. Certa mãe confessou: “A pessoa simplesmente fica aniquilada ao ouvir seu bebezinho chorar.” Esse desejo instintivo de atender ao choro dele e de consolá-lo age como base da verdadeira comunicação. A revista Redbook declarava: “Os bebês cujas mães reagem regularmente desse modo ficam acostumados com o fato de que seus sinais são entendidos. Isso os faz desejar comunicar-se mais ainda.” Com o tempo, o bebê aprende a falar. Mas até lá deve bastar o choro. Ouça! O que está tentando dizer? Uma pesquisa indicou que mães com ouvido treinado conseguem descobrir a causa do desassossego do bebê com surpreendente exatidão!

Que estaria incomodando seu bebê recém-nascido? Os bebês têm muita vontade de tomar leite, e seu filho está provavelmente com fome. O leite materno, uma mamadeira ou até mesmo uma chupeta poderá acalmá-lo. Como os filhos do patriarca Jacó seu bebê é muito ‘delicado’ e talvez chore simplesmente porque está cansado. (Gênesis 33:13, 14) Será que seu filho está com febre ou apresenta outros sinais de doença? Ou será a fralda molhada que lhe causa desconforto? São numerosas as possíveis causas.

Seu bebê tem também necessidades afetivas. Você mesma necessita ser amada e reassegurada disso, não é verdade? Os bebês necessitam isso em quantidade excepcional. Como pode prover a tais necessidades? Pelo contato! — segurando seu bebê nos seus braços, acariciando-o e fazendo-lhe cócegas agradáveis. Diz a dra. Eleanor Hamilton: “O bebê que chora querendo contato físico está suplicando que se satisfaça uma necessidade essencial como a da alimentação, de se lhe trocarem as fraldas e de arrotar.” Privá-lo de tal contato essencial “equivale a condenar o bebê a uma cela isolada”.

Os bebês precisam sentir segurança. O médico Lucas menciona que a mãe de Jesus usou um método bem antigo de acalmar seu bebê recém-nascido: “Envolveu-o em panos.” (Lucas 2:7, O Novo Testamento, Interconfessional) Transformar um bebê em “múmia” pode parecer-lhe estranho, mas há sabedoria nessa prática. Certa publicação sobre puericultura aconselha: “Alguns recém-nascidos tensos são acalmados e adormecem com mais facilidade . . . se forem envoltos num cobertor leve ou num pano. Parece que impede que acordem devido a ‘agitações nervosas’ ou que acordem devido aos movimentos livres dos braços e das pernas. Deve-se envolver com suficiente firmeza, visto que um cobertor que fica folgado parece irritar os bebês, ao invés de acalmá-los.” Quer se trate de choro por alimentação, quer para ser acariciado, o choro do bebê tem significado, e, por tentativas e erros, você aprende a “sintonizar” com seu bebê.

Como Resolver o Problema das Cólicas

“Meu primeiro filho”, diz Dwan, “era o bebê ‘perfeito’. Mas meu segundo chorava — na realidade berrava — quase que constantemente, por três meses!” As conseqüências? “Toda a minha atenção se voltou para o bebê. Isolei-me e comunicava-me muito pouco com quem quer que fosse. Não sou o tipo de pessoa nervosa, mas isso causou graves efeitos sobre meu sistema nervoso e passei a sofrer de colite.”

Tratava-se de um bebê “mau”? Não. Ele chorava de dor de verdade. O aparelho digestivo de um recém-nascido é frágil e há bebês que têm fortes dores estomacais e intestinais. Isso se chama comumente de cólicas. A cura? O dr. Benjamin Spock admite: “Infelizmente, ainda não se conhece um meio seguro e eficaz de aliviar as cólicas.” A única cura real que os médicos conhecem até agora é o tempo — em geral é preciso esperar dois ou três meses. No ínterim, você pode estar condenada a ouvir gritos de dor sem trégua.

Mas, será que é assim mesmo? T. Berry Brazelton, doutor em medicina, tem pedido a pais que marquem o tempo real dos choros e diz que, “embora parecesse aos pais que o bebê chorava o dia inteiro e a noite inteira, na realidade, o tempo total dos choros não passava de mais de duas horas por dia”. Visto que os bebês parecem sensíveis à tensão nervosa dos pais, “quanto mais frenéticas eram as manobras da mãe para acalmá-lo, tanto mais o bebê chorava”.

Precisa, portanto, manter a calma e tomar as medidas razoáveis para acalmar seu bebê. Uma massagem suave na barriga da criança, balançar, aleitar ao peito ou com mamadeira, enfaixá-lo, falar com ele suavemente ou até mesmo cantar alguma coisa, tudo isso pode acalmá-lo. Talvez não por muito tempo, mas realiza uma coisa muito importante: Reassegura o bebê de que o ama, o que evitará que sofra danos afetivos.

Seth, por exemplo, é uma criança inteligente, alegre e calma, de seis anos. A pessoa dificilmente poderia crer que ele passou as primeiras semanas de sua vida gritando. Mas sua mãe, Janice, recorda-se de ter ficado “exausta pelo seu insucesso”. Seu marido acrescenta: “Você levanta, pega o bebê no colo, tenta alimentá-lo. O que quer que faça, ele continua a chorar. Passar por isso esgota muito os nervos, e confesso que às vezes tinha vontade de jogá-lo no chão!” Como é que conservaram a sua sanidade mental? Por causa da cooperação. Janice diz: “Podia realmente sentir a lealdade de Bruce para comigo e seu apoio.” Sim, ele partilhava em levantar-se e em acalmar o bebê. Eles reconheciam também suas limitações. “Às vezes, o único meio de podermos obter alívio era fazer primeiro o que podíamos fazer para sossegar o bebê e daí o deitávamos de novo, deixando-o chorar. A pessoa se sente culpada e egoísta ao fazer isso. Mas, para manter o domínio próprio, tínhamos de simplesmente ‘suportar isso’. Também, lembrávamos continuamente que isso com o tempo passaria.”

Dwan, citada antes, aconselha adicionalmente: “Conte seu problema a seu marido e a amigas. Tendo conhecimento disso, amiúde ficam mais do que dispostos a ajudar. Também, cuide de suas próprias necessidades emocionais.” Talvez uma breve pausa do serviço de cuidar do bebê, deixando-o aos cuidados de uma babá, pode ser de ajuda para restaurar seus nervos. É importante também não negligenciar suas necessidades espirituais. (Mateus 5:3) Janice diz: “Sinto realmente que Jeová tem muita compaixão das mães com nenê novo e as ajuda, se elas tão-somente recorrerem a ele.” — Veja Salmo 55:22.

Mimar e Disciplinar

Embora o amor e a atenção pareçam ser vitais para o bem-estar emocional de um bebê, alguns bebês continuam a exigir atenção mesmo depois de terem passado as cólicas ou de se lhes ter saciado a fome. A maioria dos médicos concorda que é difícil um bebê muito novo ficar mimado demais. Mas bebês mais velhos podem tornar-se tiranos, exigindo de seus pais atenção indivisa.

É típico o menino que começa a caminhar, que, segundo sua mãe, Carmem, “fica tomado de ira e grita, quando não consegue o que quer”. A solução? “Tivemos de discipliná-lo. Aprendeu que, toda vez que agisse assim, apanharia.” Embora haja pessoas que ficam horrorizadas diante da idéia de punir um bebê, Carmem sabe que a Bíblia incentiva a educação e a disciplina das crianças. (Efésios 6:4; Provérbios 23:13) Isso significa dar de vez em quando um tapa no filho. Mas Carmem acrescenta: “Se eu bater nele, depois de algum tempo ele simplesmente corre para mim para me abraçar.” Portanto, visto que a atenção e o amor são excelentes para as crianças, acrescente a isso um pouco de disciplina motivada pelo amor.

A criança disciplinada está muito melhor preparada para “sair em público”. A primeira vez que for a um restaurante ou for fazer compras com seu bebê poderá ser um pesadelo se ele não tiver sido bem educado. Os cristãos têm a obrigação adicional de treinar seus filhos a participar na adoração, visto que a Bíblia ordena que se congreguem não só os adultos, mas também “os pequeninos”. (Deuteronômio 31:12) Não resta dúvida de que um bebê pode causar certo embaraço quando se põe a chorar de vez em quando em público. Mas as pessoas em geral são compreensivas e tolerantes. E uma mãe que se vê atrapalhada se sente grata quando alguém lhe pergunta bondosamente: “Posso ajudá-la?”, oferecendo-lhe assim alguns momentos de alívio.

“Da Boca de Pequeninos”

Esperamos que a tarefa de manter um bebê calmo lhe pareça agora um pouquinho menos difícil. Naturalmente, o bebê continuará a se expressar; isso é natural. Portanto, descontraia-se e compraza-se com seu bebê. Aprenda a conhecê-lo. Ser pai ou mãe é uma tarefa de tempo integral.

Embora possam sair choros e gritos estridentes “da boca de pequeninos”, não esqueça que com instrução dada com amor pode sair “louvor” dessas mesmas pequeninhas bocas. (Mateus 21:16) Os bebês são um testemunho maravilhoso do amor e da sabedoria de Jeová, e são umas de suas mais belas dádivas. Seu bebê vai deixar você em exaspero por frustração e fará você cair em risos; esgotará seus nervos, mas será fonte de extraordinário ânimo. Portanto, continue a educar, a acalmar e, acima de tudo, a amar seu bebê. Pode ser que ele decida ficar tranqüilo simplesmente por um minuto.

[Destaque na página 18]

“Amamentar ao peito faz com que se sinta mais perto de seu bebê.”

[Destaque na página 19]

“Lembrávamos continuamente que isso com o tempo passaria.”

[Destaque na página 20]

A atenção e o amor são excelentes para a criança.

[Foto na página 20]

“Se eu bater nele, depois de algum tempo ele simplesmente corre para mim para me abraçar.”

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