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  • Evolução, criação, ou criacionismo — em que você crê?

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  • Evolução, criação, ou criacionismo — em que você crê?
  • Despertai! — 1983
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  • Falhas no “Criacionismo Científico”
  • As Doutrinas Criacionistas Não São Bíblicas
  • A Ciência Apóia a Criação
  • A Bíblia “Versus” a Evolução
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Despertai! — 1983
g83 22/9 pp. 12-15

Evolução, criação, ou criacionismo — em que você crê?

O CONFLITO entre a ciência e a religião é de longa data. Até o século 16 o dogma religioso aceito era de que o sol e os planetas todos giravam em torno da terra. Em 1543 Copérnico propôs um novo sistema em que a terra e os planetas giravam em torno do sol. Isso suscitou fortes antagonismos religiosos, de início. Para obter reconhecimento geral exigiu quase cem anos e o apoio das observações telescópicas de Galileu e das análises matemáticas de Kepler sobre os movimentos dos planetas.

Até o século 18, as religiões ocidentais sustentavam que a terra fora criada a meros 6.000 anos atrás. Hutton, em 1785, propôs a teoria do uniformitarismo, que exigia períodos de tempo muito mais longos para as mudanças geológicas. De novo se levantou a controvérsia religiosa, por uns 50 anos, mas o trabalho de Lyell e a sistematização das camadas geológicas finalmente granjearam o comum acordo à idéia de uma terra muito mais antiga.

Até meados do século 19 o relato bíblico da criação divina do homem era comumente aceito. A teoria da origem das espécies por evolução, de Darwin, foi publicada em 1850, e imediatamente despertou intensa objeção religiosa. Os evolucionistas, bem mais de um século depois, talvez gostariam de pensar que sua doutrina tivesse agora conquistado a aceitação universal. Muitos líderes religiosos capitularam, é verdade, mas ainda existe vigorosa e determinada oposição à teoria da evolução. Os apoiadores de Darwin ainda aguardam o Galileu ou o Lyell deles. No ínterim, muitas pessoas bem-informadas começam a crer que a evolução não está inevitavelmente destinada a repetir os triunfos de anteriores revoluções no pensamento científico.

Presencia-se agora uma cruzada organizada nos empenhos para desprestigiar o ensino da evolução nas escolas públicas por meio de leis exigindo que seja concedido tempo igual à criação. Na mais recente batalha legal, um juiz federal nos EUA decidiu que a “ciência da criação”, conforme definida numa lei do Estado de Arkansas, não se qualifica em base igual à evolução. Esse revés desapontou a muitos que sustentam que a evolução não explica satisfatoriamente a origem da vida. Que saiu errado?

Falhas no “Criacionismo Científico”

À base do testemunho dado no julgamento, é óbvio que a evidência científica em favor da criação não foi realmente apresentada num claro confronto com a evolução. Em vez disso, perdeu-se de vista em meio a disputas sobre questões colaterais, especialmente dois princípios do criacionismo que haviam sido incluídos na lei:

1. Que a criação ocorreu apenas poucos milhares de anos atrás.

2. Que todas as camadas geológicas foram formadas pelo Dilúvio bíblico.

Nenhum desses dogmas é realmente crucial à questão central quanto a se as coisas vivas foram criadas ou não. São meramente doutrinas sustentadas por membros de algumas igrejas, especialmente os Adventistas do Sétimo dia, que formam o núcleo do grupo que patrocinou a lei. Quando essas crenças sectárias foram exaradas na lei como algo que devia ser ensinado nas escolas públicas, essa lei ficou fadada a ser declarada inconstitucional.

As Doutrinas Criacionistas Não São Bíblicas

Será que a derrota legal do criacionismo científico, como esse movimento é conhecido, reflete desfavoravelmente sobre a Bíblia? Encontram-se na Palavra de Deus as doutrinas da criação recente e da origem diluviana das camadas geológicas?

Um bem-informado estudante da Bíblia responderia: Não. Embora a Bíblia declare explicitamente que os céus e a terra e tudo neles foram criados por Deus, ela não diz quando essas coisas foram criadas. A maioria das testemunhas de defesa estava agrilhoada ao dogma religioso de que os seis dias criativos em Gênesis foram todos abrangidos num período de 144 horas. Isso remonta a um ensino fundamentalista errôneo não desafiado pela ciência do século 17, mas que não mais é sustentável à luz do conhecimento atual. A própria Bíblia não fixa quaisquer desses limites de tempo para os dias da criação.

O primeiro versículo de Gênesis 1:1 diz simplesmente: “No princípio Deus criou os céus e a terra.” Se admitirmos que isso significa a criação dos céus estrelados, das galáxias, e do sistema solar do qual a terra é parte, referimo-nos a eventos que precederam o primeiro dia criativo. A descrição da condição da terra, no versículo 2 de Gên. 1, também precede o primeiro dia. Não antes dos versículos 3 a 5 de Gên. 1 encontramos a atividade do primeiro dia de criação.

Assim, não importa quão longos os dias revelarem ser, os versículos 1 e 2 de Gên. 1 descrevem coisas realizadas antes, e elas não se enquadram em nenhum limite de tempo abrangido pelos dias criativos. Se os geólogos pretendem que a idade da terra seja de 4 bilhões de anos, ou se os astrônomos querem dar ao universo a idade de 20 bilhões de anos, o estudante da Bíblia não tem motivos para discordar deles. A Bíblia simplesmente não indica a época desses acontecimentos.

O ponto seguinte a se observar é que a palavra “dia” é usada em muitos sentidos diferentes na Bíblia. Nem sempre significa um período de 24 horas. Às vezes significa apenas as horas de luz do sol, isto é, 12, mais ou menos. Às vezes significa um ano. Às vezes significa os anos durante certa geração. Em várias referências um dia é 1.000 anos e em algumas até mesmo um período maior. Sem dúvida, os dias em Gênesis capítulo 1 foram muitíssimo mais longos. Mas a Bíblia não diz ali quão longos foram.

Assim, toda a discussão no julgamento em Little Rock, Arkansas, sobre o caráter recente da criação e a atenção que recebeu da imprensa, eram inteiramente irrelevantes à questão quanto a se o homem foi criado ou evoluiu. A época da criação não é o mesmo que o fato da criação. Os dois não deviam ter sido confundidos.

Estabelecido o ponto básico de que o texto bíblico não conflita com as teorias científicas sobre a idade do universo, podemos também deixar aberta a questão da idade e origem das camadas geológicas. A Bíblia não diz absolutamente nada sobre a formação das camadas sedimentares, quer na época do Dilúvio, quer antes. Todos os volumosos escritos dos criacionistas sobre esse assunto, que passaram por um exame crítico no julgamento, têm sido motivados pelo desejo de reconciliar a existência da coluna geológica e seus fósseis, dinossauros e tudo o mais, com sua afirmação que a idade da terra seja de 6 a 10 mil anos. Se essa afirmação for invalidada, todo o resto da discussão não vem ao caso.

A Ciência Apóia a Criação

Como sabem os leitores de Despertai!, existe uma riqueza de evidência científica em favor da criação.a O peso de tal evidência tem levado muitos renomados cientistas do século 20 a falarem publicamente sobre criação e um Criador. Entre esses figuram William T. Kelvin, Dmitri Mendeleev, Robert A. Millikan, Arthur H. Compton, Paul Dirac, George Gamov, Warren Weaver e Wernher von Braun, para citar alguns.

Argumentos cosmológicos em favor da criação foram reunidos por Robert Jastrow em seu livro Deus e os Astrônomos (em inglês). Falando sobre a teoria da grande explosão ligada à origem do universo, muitos cientistas têm usado livremente a palavra “criação”. Mesmo cientistas cujas predileções pessoais são contrárias à idéia de criação confessam relutantemente que a natureza convincente da evidência os deixa pensativos.

A Bíblia “Versus” a Evolução

Para um enfoque nítido da questão entre a criação e a evolução, temos de nos desvencilhar da obscura cortina de dogmas remanescentes da religião do século 17. Comparemos, então, ponto por ponto, o que a Bíblia diz com o que os evolucionistas ensinam, e vejamos o que concorda com os fatos estabelecidos.

Primeiro, a Bíblia diz que Deus é a fonte da vida. (Salmo 36:9) A vida não surgiu e não pode surgir espontaneamente de matéria sem vida. Isso se harmoniza plenamente com as leis científicas e testes experimentais. As leis da estatística, a lei da entropia, os cálculos da termodinâmica e da cinética, todos convergem à conclusão de que a geração espontânea da vida não pode ocorrer. A antigos relatórios sobre geração espontânea não mais se dá crédito, desde as experiências de Pasteur. Em experiências dirigidas, isto simplesmente não acontece. Exames do solo lunar e testes na superfície de Marte constatam que a vida não surgiu nesses corpos celestes.

Segundo, a Bíblia diz que cada coisa vivente produz sua própria espécie de descendência. (Gênesis 1:11, 21, 24) Nem a evidência da paleontologia nem as experiências de reprodução ou de mutação jamais refutaram esse princípio. Restos fósseis em antigas camadas geológicas, de espécies ainda vivas, são idênticos às formas atuais. Tanto na natureza como nas experiências de reprodução pode surgir uma ampla diversidade dentro de dada espécie, mas, em nenhum caso passa dos limites e produz uma nova espécie.

Terceiro, no que diz respeito ao homem, a Bíblia revela a época de seu surgimento, cerca de 6.000 anos atrás.b (Plantas e animais existem há muito mais tempo.) Sobre essa data há uma estreita concordância entre a história e a arqueologia. As afirmações de evolucionistas de que certos fósseis humanos são mais antigos são objeto de disputa e não refutam o registro bíblico.

Vindicada a Verdade da Criação

Qual é, então, nessa controvérsia, a posição biblicamente baseada?

O fato da criação é claramente declarado na Bíblia. Está em harmonia com a evidência científica encontrada na astronomia, física, química, geologia e biologia.

A teoria da evolução é diretamente contrária à Bíblia. Tem deixado de dar uma explicação satisfatória dos fatos da paleontologia e da biologia.

A Bíblia não estabelece a época da criação dos ‘céus e da terra’. A posição dos criacionistas nisso não é apoiada pela Bíblia e suas teorias conflitam com os fatos da astronomia, da física e da geologia.

A fé dos cristãos no relato de Gênesis sobre a criação permanece firme, imperturbável pelas atuais querelas religioso-científicas. Essa fé se baseia na “demonstração evidente de realidades, embora não observadas”. (Hebreus 11:1) Acima de tudo, é apoiada pelo testemunho de Jesus Cristo: “Não lestes que aquele que os criou desde o princípio os fez macho e fêmea?” Ademais, na revelação, que Deus lhe deu, lemos: “Digno és, Jeová, sim, nosso Deus, de receber a glória, e a honra, e o poder, porque criaste todas as coisas e porque elas existiram e foram criadas por tua vontade.” — Mateus 19:4, 5; Revelação [Apocalipse] 4:11; 1:1.

[Nota(s) de rodapé]

a Grande parte da evidência biológica foi apresentada na Despertai! de 22/3/82. Outras edições recentes de Despertai! que contêm tal evidência são as de 22/2/79, 22/6/79, 22/8/79, 22/3/80.

b Veja Ajuda ao Entendimento da Bíblia, página 385.

[Quadro na página 15]

DIAS BÍBLICOS — DE QUE DURAÇÃO?

O hebraico YOHM: ‘Um dia; um longo tempo; o tempo que abrange um acontecimento extraordinário.’ — Old Testament Word Studies, página 109.

Luz do DIA: “A luz clara que clareia mais e mais até o dia estar firmemente estabelecido.” — Provérbios 4:18.

DIA de 24 horas: “O dilúvio prosseguiu por quarenta dias.” — Gênesis 7:17.

DIA pode incluir estações: “Naquele dia terá de acontecer . . . Isto se dará no verão e no inverno.” — Zacarias 14:8.

DIA pode significar muitos dias: “Dia da colheita.” “Nos dias da sega do trigo.” — Provérbios 25:13 e Gênesis 30:14.

DIA como 1.000 anos e uma vigília noturna: “Mil anos aos teus olhos são apenas como o ontem . . . e como uma vigília durante a noite.” — Salmo 90:4; também 2 Pedro 3:8-10.

“DIA de salvação”, muitos anos. — Isaías 49:8.

“DIA do Juízo”, muitos anos. — Mateus 10:15; 11:22-24.

O período de vida dum homem, um dia: “Dia de Noé”, “dia de Ló”. — Lucas 17:26, 28, A Bíblia de Jerusalém, ed. inglês.

DIAS criativos de Gênesis capítulo 1: “primeiro dia”, “segundo dia”, e assim por diante, 7.000 anos cada um.

Refere-se a todos os seis dias criativos como um Dia: “No dia em que Jeová Deus fez a terra e o céu.” — Gênesis 2:4.

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